03 janeiro 2009

DISCURSOS DE CAVACO



Da Literatura: CITA��O, 143Para lá da crise, sobre a qual repetiu os lugares-comuns da praxe, de que ninguém discorda e toda a gente aplaude, Cavaco, por uma vez, disse o essencial: “Portugal gasta em cada ano muito mais do que aquilo que produz.” Por outras palavras, os portugueses vivem acima dos seus meios, com o que pedem emprestado lá fora. E, quando se fala aqui dos “portugueses”, de quem se fala não é de um grupo irresponsável de “especuladores”, que a esquerda resolveu diabolizar,mas do Estado, das câmaras, das famílias. [...] Infelizmente, não ocorreu ao dr. Cavaco explicar que este problema não nasceu anteontem. Desde o “25 de Abril”, não houve governo, incluindo os dele, que não desse a sua simpática contribuição para a desgraça actual (embora o de Guterres sem dúvida se distinguisse) . E mesmo o país não se pode queixar de que não o preveniram. Muita gente o avisou de que não iria suportar um Estado com 700.000 funcionários, um serviço de saúde inteiramente gratuito, um sistema de educação de massa ou uma segurança social sem um fundamente financeiro sólido. [...]Até que, no dia de Ano Novo, o dr. Cavaco apareceu, convertido às virtudes salvíficas da verdade, e pôs tudo metodicamente em pratos limpos. Muito bem. E depois? Vai com isso apagar o passado? [...] De maneira nenhuma. As pregações não mudam nada, nem ninguém. Só a experiência muda e esta, que espera os portugueses, será ardente e com certeza que não será politicamente inócua. O dr. Cavaco que se prepare
António Guterres, um dos activos participantes, na oportunidade muito mal aconselhado por Pina Moura e outros que agora andam por aí a vender as suas "doutas" ideias... teve o bom senso e a grandeza de abandonar a sua actividade política e dedicar-se à sua vocação de homem bom...

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