05 fevereiro 2010

SACANICES CASTELHANAS... E NÃO SÓ

.Quem quer que tenha escutado o que Almunia ontem disse ao anunciar o apoio da União Europeia à Grécia, entendeu que a insólita referência a Portugal serviu apenas o propósito de desvalorizar os problemas da Espanha. Aparentemente, os espanhóis acreditam, ao contrário de nós, que:
a) as opiniões das agências de rating e das autoridades comunitárias não são "inevitáveis como a chuva no inverno";
b) é mais apropriado falar a uma só voz para o exterior do que minar os esforços do governo nacional com declarações incendiárias. Seja, como for, o episódio revela mais uma vez as contradições actuais da União Europeia: no mesmíssimo momento em que intervém para pôr cobro à especulação contra um país membro, a União Europeia fomenta-a contra outro, ainda por cima por iniciativa da própria Comissão Europeia.
Não se esqueçam de agradecer ao Durão... quando ele reaparecer por cá como candidato a Presidente da República. Decididamente, o que está mesmo em causa é o arranjo institucional europeu. Como ontem Roubini recordou nas páginas do Financial Times, não pode haver união monetária estável e duradoura sem união fiscal e política.
Mas, entretanto...em Portugal, um dos países onde haverá mais sacanas por metro quadrado, essa estirpe tem protecção garantida pelo pessoal do clube. daqui




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