26 abril 2011

PORQUE CAI O PRESIDENTE



O Presidente deu um grande tombo no barómetro da Markteste.O maior desde o ano dois mil, onde havia menos que contar.Mas não deixa de ser surpreendente que Cacaco Silva mal tenha dissolvido o parlamento por uma espécie de dupla unanimidade dos partidos e dos conselheiros de Estado se veja envolvido neste descontentamento cruzado.Por que cai o Presidente? Deve ter ficado algo por esclarecer.Um vazio qualquer de poder...

No mês de Abril, 47% dos inquiridos pela Marktest disse ter uma opinião negativa de Cavaco Silva, face aos 35% que responderam em sentido contrário, o que dá um saldo final de -11%.Em apenas um mês, entre Março e Abril, o número de inquiridos que tem de Cavaco uma imagem positiva passou de 47 pontos para 35 e cresceu o número de pessoas que tem do Presidente uma imagem negativa: de 34 pontos para 47. Valores que confirmam a queda abrupta na valorização do trabalho do Chefe de Estado. Se olharmos para o comportamento dos inquiridos de acordo com a sua intenção de voto, verifica-se que aumentou o número de socialistas que penaliza Cavaco Silva (em Abril 67% dos votantes PS criticam o Presidente) mas também o número de social-democratas que discordam do Chefe de Estado - 21% em Abril face aos 17% de Março.
Desde o último trabalho de campo da Marktest, o Presidente ouviu os partidos políticos, os conselheiros de Estado e dissolveu o Parlamento colocando no Governo o ónus de negociar com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia um resgate financeiro de cerca de 90 mil milhões de euros. Cavaco explicou aos portugueses que não tinha nem os meios técnicos nem os poderes constitucionais para o fazer. O próprio primeiro-ministro, desmentido o que tinha dito Teixeira dos Santos, acabou por assumir a liderança das negociações. 

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