02 maio 2009

POR ONDE ANDA O RANGEL?

Quem é Paulo Rangel? Pergunta o Senhor Luís da Barbearia. Apreciando estes cartazes, realmente a dúvida assalta-nos de forma impiedosa. Que é feito do Rangel? Terá desertado deixando Manuela sozinha no mato sem cachorro? Ou será Manuela a candidata ao Parlamento Europeu? Dizem outros que foi Manuela que aproveitou uma ausência de Rangel para lhe ocupar o lugar no cartaz. Serão todos precisos menos o Rangel? Vamos esperar para saber!...

OS TROGLODITAS DO PCP


Este Primeiro de Maio ficou assinalado pela agressão e insultos a Vital Moreira, o qual foi à manifestação a liderar uma delegação do PS, começando por cumprimentar os seus principais responsáveis.A arruaça daqueles indivíduos que foi possível observar nos canais de TV é um típico quadro da intolerância de um partido fascistóide que goza das liberdades de um regime democrático generoso, mas no seio do qual não consegue disfarçar a sua profunda índole totalitária.
Curiosamente, o principal responsável da CGTP, Carvalho da Silva, que um cuidadoso processo de marketing consegue apresentar como pessoa prazenteira e civilizada,(a comunicação social capitalista até o promove a fazer os seus petiscos...na TV, assim como ao troglodita dos Prof...) assistiu aos factos sem qualquer gesto, tal como o chefe do bando, Jerónimo de Sousa, deixando assim bem claro que terão sido os próprios a ordenar a operação. Aliás, todos sabemos que aqueles acéfalos militantes são submetidos a uma rígida disciplina e estão mentalmente incapazes de ter iniciativa própria. São sim autênticos cães de fila treinados para obedecer ao dono!
Os telejornais, como é normal, noticiaram abundantemente o caso e alimentaram-no durante as emissões. É lastimável também porque em vez da voz dos trabalhadores, ouvimos falar dos jagunços do PCP e do seu departamento sindical, a CGTP. Registe-se, a serenidade do agredido e insultado, tanto durante a criminosa ocorrência, sorrindo e olhando os olhos dos arruaceiros, como nas entrevistas que concedeu. Um senhor que há mais de vinte anos conseguiu libertar-se do obscuro mundo em que se move o PCP, modelo soviético, porventura um dos piores inimigos da liberdade e da democracia.
Tenham medo desta gente! Eles não comem criancinhas mas estragam-lhes a vida de hoje e os dias de amanhã! É uma autêntica praga social.

01 maio 2009

UM POLÍCIA IMPÁVIDO... E SERENO?

O cidadão holandês que se lançou de automóvel sobre os participantes da parada do Dia da Rainha da Holanda, realizada na cidade de Apeldoorn, não apanhou nenhum elemento da família real, que era o seu alvo, segundo posteriores declarações às autoridades, mas fez alguns mortos e feridos entre participantes e espectadores do evento, incluindo um polícia.
Curiosa é a pose do polícia da imagem, nas barbas do qual se desenrolava a atentado e que, qual estátua de sal, se matém aparentemente impávido, enquanto as vítimas eram trucidadas pelo inesperado terrorista. Diriamos que é o cúmulo da disciplina ou os efeitos de um grande susto. Julga-se não ter sido este o polícia vítimado, visto que a trajectória do "carro assassino" já o tinha ultrapassado.
De qualquer modo cenas lamentáveis que, porventura, não serão alheias aos exibicionismos de abastanças e desperdícios de poucos, perante a gritante escassês de muitos...

30 abril 2009

PAULA TEIXEIRA DA CRUZ... ZURZE SANTANA


O caso é grave e esta senhora não brinca às eleições nem ao faz de conta daqueles que só querem o tacho ...
D.Manuela que tem tantas aptidões para líder política como Pacheco Pereira para aconselhador, está metida numa camisa de sete varas! Que mais poderá acontecer à velhota? Começa a meter dó tanta trapalhada. Imaginá-la em primeira-ministra é de pesadelo!



UM CASTIÇO PSD DA PROVÍNCIA

JÁ SÓ CÁ FALTAVA ESTE - E que bem tratado que ele está!

"Sócrates e Guterres são substancialmente iguais: a mesma mensagem, a mesma superficialidade, as mesmas ilusões. Ambos ferrenhos adeptos do socialismo da facilidade. Os dois convencidos que são Primeiro-Ministros de sonho. Que fazem mais do que é possível! Que são o melhor da vida, feitos especialmente para os Portugueses. No entanto Sócrates é diferente formalmente; é do género, "quem sabe sabe, e eu é que sei"! Guterres era mais do estilo "use e abuse" ou "combino com tudo, por isso combino consigo". Sócrates precisa de provar que é enérgico e valentão, Guterres era pachorrento e bonacheirão. Sócrates nunca pede desculpa, ataca, Guterres pedia desculpa por tudo e por nada e defendia-se."
Diferentes na forma, iguaizinhos na substância. "Os socialistas são todos diferentes mas todos iguais
"
.(Luis Campos Ferreira - Correio da Manhã)
Não sabemos quais os méritos deste castiço para ocupar espaço na banca do C.M, e de ter lugar cativo na bancada do PSD, neste caso no mero papel de mudo. Sabemos que tem uma irmã na TV, por acaso muito competente, qualidade que, infelizmente, não se transmitiu ao irmão . Deve ser um caso de terçolho da ninhada. Normalmente estes raspadores de queijo são atrevidotes e este não foge à regra. Só essa qualidade dá a ousadia a esta figura rasteira para ousar tratar de superficial o digníssimo e respeitável senhor António Guterres! Ao invocar personalidades desta grandeza humana, diria que o sr. Ferreira deveria persignar-se... para não ir parar às parafundas do inferno. Vá já confessar-se ao Padre lá da paróquia porque corre o risco de não ter mais a ajudinha dele para manter a vidinha do bem bom de deputado da Nação.

COISAS DE POLÍTICOS TRAMPOLINEIROS

EIS O QUE D.MANUELA DIZIA EM 2003:

A construção da linha de comboio de alta velocidade (TGV) é uma prioridade nacional que está condicionada ao respeito das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) e ao aumento da contribuição comunitária, disse ontem a ministra das Finanças."Tem de haver uma contribuição comunitária superior ao previsto inicialmente", disse Manuela Ferreira Leite, no Luxemburgo, no final de uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (UE). A ministra mostrou-se satisfeita com o aumento proposto pela Comissão Europeia de 10 para 30 por cento da taxa de comparticipação comunitária a projectos deste tipo, mas advertiu que, mesmo assim, a comparticipação nacional está sujeita "a regras que obrigam a uma grande contenção da despesa". O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) da UE impõe que nenhum Estado pode ultrapassar um défice orçamental de três por cento do PIB.
[Correio da Manhã, 8 Outubro 2003]
Não deveria haver limites para o descaramento na política? Por acaso têm reparado no que a D. Manuela anda por aí a dizer sobre este assunto?

29 abril 2009

SONDAGEM DE ABRIL 2009


Clique na imagem para ampliar
A sondagem mensal (barómetro), referente a Abril, da Marktest confirma o fenómeno da descida do PSD (2 pontos), comparado com o PS que desce, somente, meio ponto, apesar de ser governo, em condições fortemente adversas. Nas extremidades do espectro partidário o BE e o PCP sobem e o PP desce. O panorama, à luz desta sondagem, não é brilhante para a direita. Mas também com uma direita destas a coisa só pode estar torta... (como quem diz...) canhota!....

A VIRGEM MARGARIDA

Margarida Menezes tem 26 anos e é virgem por convicção. Recusa ter relações sexuais de uma noite, uma semana ou de um mês. À espera do príncipe encantado, Margarida criou o Clube das Virgens mas lamenta que durante mais de um ano não tenham surgido sócias...
Porém a virgem Margarida, segundo as suas palavras, já se lhe abriram as portas do céu no dia 22 de Junho de 2005, na madrugada de S.Pedro, quando experimentou o seu primeiro beijo... recusando no entanto entrar pelo céu adentro. Tudo explicado ao pormenor em vídeo exibido no Correio da Manhã

28 abril 2009

A PROVA E A EVIDÊNCIA



"Se há dia em que a palavra toma todo o seu esplendor político é o dia 25 de Abril. Ramalho Eanes inaugurou a era e deu força ao discurso nesta data. A partir de então nenhum PR pode ficar calado como se nada fosse com ele.
Os dirigentes políticos europeus, que Mário Soares tem fustigado ultimamente com razão, usam dois registos quando falam da evolução da crise: ou o registo da certeza desmentida, ou o registo da surpresa impotente. Ninguém se surpreende porque a situação é mesmo difícil. Pois na sua entrevista o primeiro-ministro foi pelo caminho da expectativa. Como quase todos os portugueses. Já quanto ao caso Freeport não sei se haverá muita gente a acompanhar José Sócrates na confiança que manifestou na Justiça para resolver o assunto. Desde que a portuguesa palavra ‘prova’ foi substituída pelo neologismo ‘evidência’ que
cada um crê no que quer e tudo fica na mesma Medeiros Ferreira .

Pois, dizem outros, é a justiça que temos. Mas porque deveria a Justiça ser melhor que tudo o resto que compõe este marginal rectângulo, a começar pela nossa proverbial mesquinhês?!

A PERIGOSA GRIPE SUINA MEXICANA

«Um palhaço usando uma máscara cirúrgica como forma de chamar a atenção para as precauções a tomar contra a infecção, na Cidade do México. A mortal gripe suína foi detectada no México e especialistas temem que se torne uma epidemia global ».Washington Poste

27 abril 2009

O REGABOFE MADEIRENSE

OS MILIONÁRIOS E OS OUTROS

O Marítimo (salários em dia pagos pelos 3,5 milhões € do OE da Madeira dados a fundo perdido pelo dr. Jardim) ‘arrasou’ o V. Setúbal (salários de 4 meses em atraso), o Nacional (21 estrangeiros no plantel e salários em dia, à custa dos 3,5 milhões € idem, aspas) subiu ao 4º lugar do campeonato.
As parangonas e os elogios escondem um escândalo de concorrência desleal de que o futebol português se devia envergonhar. É que, tirando os 3 grandes, também eles falidos, todos os outros vegetam e agonizam entre orçamentos de 1 a 2 milhões, raspados entre misérias e dívidas, para glória dos 2 clubes milionários que o dr. Jardim sustenta com o dinheiro dos nossos impostos. Mas até eles se calam. (eles, os clubes do continente...)
Rui Cartaxana

26 abril 2009

O PCP CRITICA ? - É BOM SINAL...

PCP, através de Jerónimo de Sousa, teceu críticas ao Presidente da República por... nada. O homenzinho quer comemorar o "25 de Abril Sempre" no típico registo daquela organização de eventos, contra alguém e, se possível, contra o mundo. As lutas do PCP nunca são por causas menores... E, não se tratasse de gente pouco recomendável, até seria uma honra!
Mas pode o Senhor Presidente da República estar descansado que se o PCP critica é porque V.Exª está no caminho certo. É esse o trágico destino dessa gente que afanosamente se esgota na luta contra a própria razão. A democracia, na sua generosidade em acolher quem contra ela milita, tem algo de perverso...

COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL


UM NOTÁVEL DISCURSO DO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Reunimo-nos de novo para celebrar o aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974, este ano num hemiciclo que foi recentemente objecto de obras de renovação, pelas quais felicito a Assembleia da República. Os Senhores Deputados dispõem agora de melhores condições para poderem exercer condignamente o mandato que o Povo português lhes conferiu.
Esta sessão solene tem lugar num momento muito particular da vida nacional. Vivemos tempos difíceis, muito difíceis. A palavra «crise», que até há uns meses estava afastada do discurso político, é agora um dado adquirido e assumido.
A crise que vivemos não pode ser iludida e, num dia como o de hoje, haverá com certeza muitos portugueses que se interrogam sobre se foi este o País com que sonhámos em Abril de 1974.
É certo que não nos devemos esquecer do muito que foi conseguido neste caminho de 35 anos. Vivemos em liberdade, estamos integrados numa Europa unida, são inegáveis os progressos registados na educação, na saúde, no bem-estar dos cidadãos.
Mas, apesar dos esforços para combater a crise, Portugal encontra-se hoje dominado pelas notícias de encerramento de fábricas e de empresas. Centenas de trabalhadores são lançados no desemprego, pessoas que até há pouco tempo viviam com algum desafogo pertencem agora ao grupo dos novos pobres, há famílias que não conseguem suportar os encargos com as prestações das suas casas ou a educação dos seus filhos.
As previsões económicas divulgadas por organizações nacionais e internacionais estão à vista de todos e não é possível negá-las.
São muitos os Portugueses que sentem que viveram na ilusão de que poderiam usufruir padrões de consumo idênticos aos dos países mais ricos da União Europeia, sustentados num continuado endividamento.
Devemos, por isso, compreender que esta crise leve muitos Portugueses a interrogarem-se sobre aquilo que o futuro nos reserva.
São interrogações tanto mais pertinentes quanto a crise que vivemos tornou mais nítidas as vulnerabilidades estruturais que o País ainda manifesta.
Não há, assim, a certeza de que este seja um momento meramente transitório de recessão da actividade económica, a que se seguirão melhores dias num prazo mais ou menos próximo.
Senhoras e Senhores Deputados,
Os líderes dos países mais industrializados e das maiores economias emergentes reuniram-se em Londres, no princípio deste mês, para encontrar uma resposta global para a crise. Todos desejamos que as decisões aí tomadas contribuam para a estabilidade financeira internacional e para restaurar o clima de confiança e o crescimento económico.
No entanto, importa não esquecer que a ausência de valores e princípios éticos nos mercados financeiros constituiu uma das principais causas da crise económica que o mundo atravessa.
Gestores financeiros imprudentes ou incompetentes, e outros pouco escrupulosos ou dominados pela avidez do lucro a curto prazo, abusaram da liberdade do mercado e da confiança dos cidadãos, com gravíssimas consequências para as condições de vida de milhões de pessoas.
Só poderemos estar seguros de que uma tal situação não se repetirá se a dimensão ética e a responsabilidade social ocuparem um lugar central no desenho das novas regras de controlo e supervisão das instituições e dos mercados financeiros.
Seria condenável e imoral que os países mais pobres fossem obrigados a suportar os custos de uma crise para a qual em nada contribuíram.
Se é certo que a estabilidade financeira internacional é um bem público global, cuja defesa a todos compete, no caso da presente crise não restam dúvidas sobre quem foram os que se aproveitaram das poupanças alheias e provocaram o colapso do sistema.
Senhoras e Senhores Deputados,
O ano em que se comemora o 35º aniversário do 25 de Abril é também um ano em que os Portugueses irão ser chamados às urnas, em três actos eleitorais.
O exercício do sufrágio é, sem dúvida, a melhor homenagem que poderemos prestar à liberdade conquistada há 35 anos.
É essencial que os Portugueses, sobretudo os mais jovens, percebam o quanto custou ganhar o direito que agora têm de escolher os seus representantes, através de eleições livres e transparentes.
Foi justamente a pensar nos jovens que, há precisamente um ano, trouxe ao conhecimento dos Senhores Deputados um estudo sobre a juventude e a participação política, elaborado a meu pedido.
Na sequência desse trabalho, promovi um encontro para o qual convidei representantes de muitas organizações de juventude, com quem debati o problema do distanciamento dos jovens em relação à política, e tenho incluído o tema da participação cívica nos Roteiros para a Juventude.
Procurei, pela minha parte, dar um contributo para combater o abstencionismo, nomeadamente entre os mais jovens.
Neste dia, faço um especial apelo aos cidadãos para que participem activamente nas três eleições que irão realizar-se este ano. A abstenção não é solução. Aqueles que se abstêm de votar abdicam do direito de contribuir para a construção de um Portugal melhor.
As campanhas eleitorais devem ser informativas e esclarecedoras. Todos têm um papel muito importante a desempenhar.
Os meios de comunicação social devem informar objectiva e imparcialmente os cidadãos sobre os conteúdos das propostas das diversas forças políticas.
Essas propostas, por seu turno, devem ser claras, para que, uma vez apresentadas ao eleitorado, este assuma também as suas responsabilidades.
Votar é um dever cívico e um acto de responsabilidade. Quem vota num programa eleitoral, cujas propostas nos mais diversos domínios sejam feitas em termos transparentes, deve saber que está a dar o seu apoio a essas propostas.
Aqueles que votarem numa dada força partidária devem ter consciência de que estão a sufragar um programa de acção nas mais variadas áreas, da economia à justiça ou à segurança, passando por outras questões que atravessam e dividem a nossa sociedade.
Da parte dos agentes políticos, designadamente da parte das forças partidárias, exige-se uma atitude e um comportamento que mobilizem os cidadãos para a necessidade de votar. A ocorrência de níveis muito elevados de abstenção eleitoral será um indício de que a nossa República pode enfrentar um sério problema de legitimação democrática.
Considero essencial que os próximos actos eleitorais tenham como horizonte Portugal inteiro. As campanhas devem decorrer com serenidade e elevação e os Portugueses esperam que, num tempo de dificuldades, os agentes políticos saibam dar o exemplo.
Que sejam discutidos os problemas reais das pessoas e do País. Que não se perca tempo com questões artificiais, que haja sobriedade nas despesas, que não se gaste o dinheiro dos contribuintes em acções de propaganda demasiado dispendiosas para o momento que atravessamos.
Uma campanha em que os adversários políticos se respeitem, sem linguagem excessiva nem crispações, será um contributo para a dignificação da nossa democracia e abrirá espaço para o aprofundamento do diálogo interpartidário que tão necessário é para a resolução dos problemas nacionais. As forças políticas devem ter presente que sobre elas recai a grande responsabilidade de encontrar soluções de governo, e que essa responsabilidade é particularmente acentuada nos tempos difíceis que o País atravessa.
Senhor Presidente,Senhoras e Senhores Deputados,
É importante que o debate eleitoral se concentre na resolução dos grandes problemas que o País enfrenta, com os olhos postos no futuro, sem perder tempo nem energias em recriminações sobre o passado.
Políticas que foram adoptadas anteriormente podem ter sido correctas na conjuntura em que então se vivia, mas não o serem nos dias de hoje, do mesmo modo que, actualmente, haverá porventura que tomar medidas que não seriam adequadas no passado.
Basta ter presente que a política económica adequada para um país depende de múltiplos factores que variam no tempo, como sejam as prioridades definidas face ao diagnóstico da situação, os instrumentos disponíveis e a sua eficiência, as restrições que os decisores enfrentam, a incerteza quanto ao futuro, a envolvente externa, o grau de integração com outras economias.
Por outro lado, nas propostas que os diversos partidos irão apresentar ao eleitorado, deve existir realismo e autenticidade.
Aquilo que se promete deverá ter em conta a realidade que vivemos no presente e em que iremos viver no futuro. Dizer que essa realidade será fácil será faltar à verdade aos Portugueses. Quem prometer aquilo que objectivamente não poderá cumprir estará a iludir os cidadãos.
É natural que os partidos apresentem ao eleitorado as suas propostas e as suas soluções para os problemas do País.
Mas este não é, seguramente, o tempo das propostas ilusórias. Este não é o tempo de promessas fáceis, que depois se deixarão por cumprir. A crise cria a obrigação acrescida de prometer apenas aquilo que se pode fazer, com os recursos que temos e no País que somos e iremos ser.
Não deveremos, sobretudo nesta fase, alimentar um discurso de crítica sistemática à classe política, nem ceder aos populismos fáceis de contestação do sistema sem apresentação de alternativas consistentes.
Quem critica, deve participar. É cómodo ficar de fora e culpabilizar os agentes políticos ou os agentes económicos. Difícil é fazer um esforço de empenhamento activo na vida cívica, contribuindo para o esclarecimento e para o debate e procurando avaliar com discernimento as diferentes propostas de governação.
Os governos são avaliados pelos cidadãos, pelas suas atitudes, por aquilo que fizeram ou deixaram de fazer. É essa a lógica natural da democracia. É isso que distingue o regime em que vivemos daquele que caiu em 1974.
Para tanto, é essencial que as campanhas esclareçam os eleitores, em lugar de se converterem em momentos de mera confrontação verbal em torno de questões acessórias que pouco ou nada dizem àqueles que procuram assegurar os seus empregos, que pretendem viver em segurança, que querem ter acesso mais rápido aos cuidados de saúde, que desejam uma justiça mais rápida e eficaz, que querem que os seus filhos tenham uma educação de qualidade.
São estes os reais problemas dos cidadãos. É para a resolução desses problemas que têm de ser convocadas as escolhas dos eleitores.
O emprego, a segurança, a justiça, a saúde, a educação, a protecção social, o combate à corrupção são questões básicas que devem marcar a agenda política e em torno das quais deve ser possível estabelecer consensos entre os partidos estruturantes da nossa democracia.
Os Portugueses estão cansados de querelas político-partidárias que em nada resolvem as dificuldades que têm de enfrentar no seu dia-a-dia. Impõe-se, sobretudo nesta etapa da vida nacional, uma concentração de esforços na resolução dos problemas reais das pessoas.
Este é um ano de grandes opções. Há 35 anos, vivíamos também tempos de crise e soubemos fazer a opção certa. Por isso nos reunimos aqui, hoje, neste hemiciclo renovado, para celebrar a opção que fizemos pela democracia e pela liberdade. São esses os valores que me levam a acreditar que os Portugueses não se acomodam, não se abstêm, não se conformam.
A pior forma de lidar com o presente seria perder a esperança no futuro. Eu não perdi a esperança no futuro. Acredito que, se todos nos mobilizarmos, se forem tomadas as decisões certas, a crise será vencida. Então, seremos dignos daqueles que, há mais de três décadas, tiveram a coragem de se levantar porque acreditaram num País novo e num futuro melhor.