22 outubro 2011

GENTE PEQUENA...

Rendem-se por dez reis de mel coado


Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, acumula ao vencimento do cargo (4240 euros) mais 1400 euros por mês a título de subsídio de alojamento. A lei é de 1980, abrangendo titulares de cargos políticos que não têm residência permanente em Lisboa ou num raio de cem quilómetros. O chamado direito adquirido, neste caso com trinta anos de uso.
Macedo tem duas casas: uma em Braga, cidade onde nasceu, outra em Algés, onde reside em permanência. Sucede que um parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República, exarado em 1990 (era Cavaco primeiro-ministro), fixou doutrina: Lisboa é sempre “uma residência ocasional” para os membros do governo, porquanto Lisboa é o sítio onde “exercem funções governativas que, por natureza, são temporárias em sociedades democráticas”. Então ficamos assim.

O corte de 14,8% no rendimento anual bruto dos pensionistas, funcionários públicos e trabalhadores do sector empresarial do Estado serviria para sustentar marajás?LER: Naturalmente, num país civilizado, este já não brincava mais aos polícias e ladrões. Ia para casa brincar com soldadinhos de chumbo.

Iniquidade


O Presidente da República veio ao encontro do meu desafio sobre a iniquidade na repartição da austeridade.A resposta dos círculos governamentais não poderia ser mais desajeitada, quer quando afirmam, contra toda a evidência, que toda a gente é afectada por igual (qual é a percentagem dos rendimentos de capital atingidos pela austeridade!?) , quer quando defende que as medidas de austeridade não são inconstitucionais (o que está por averiguar...).
É verdade que nem tudo o que é politicamente injusto é inconstitucional, mas antes de saber se são inconstitucionais, trata-se de saber se não são politicamente indecentes...
VM

CAVACO NEUTRALIZA PARASITISMO EMPRESARIAL? TEMOS HMEM!

                                                                      Crise na quinta da coelha 

                                                    



Quando à falta de colónias e subsídios europeus o parasitismo empresarial português tinha encontrado mais um balão de oxigénio no empobrecimento de funcionários públicos e pensionistas, eis que veio Cavaco e estragou a festa. Estava tudo a correr bem, Cavaco tinha levantado os limites à austeridade, O ministro que mora em Lisboa mas tem subsídio de residência estava a garantir que o pessoal do cassetete ficava bem disposto, as centrais sindicais já tinham convocado a greve geral da praxe e até o líder da oposição dava por aprovado um orçamento que desconhecia. Os muitos milhões tirados à função pública até animaram Mira Amaral que já pedia mais dinheiros para fazer o sacrifício de levar o BPP limpinho, com capitais e à borla.

É então que Cavaco se lembrou de ler o OE, olhou para o espelho e ficou com a sensação de que lhe estava a nascer um bigode à Augusto Pinochet, chamou o seu pequeno chefe da Casa Civil para lhe dar conta do susto e ficou ainda pior, que vez do seu obediente chefe julgou ver entrar no seu gabinete o antigo chefe da Dina. Ele que passou a vida a dizer que é social-democrata que foi para Presidente para ajudar o país com os seus conhecimentos de economia, sentia-se como mais um polícia de intervenção, um caceteiro encarregado de explicar aos cidadãos de forma elucidativa os princípios da política económica do Gaspar.

Não podia ser, tiravam-lhe subsídios, nem a pensão miserável da esposa escaparia à perda de um subsídio e só contavam com ele para tropa de choque, tinha de tratar da sua imagem, até porque era uma oportunidade de voltar a assumir o estatuto de presidente de todos os portugueses. Pensou e fez, juntou-se ao bispo das forças armadas e desancou no orçamento. Estragou o caldinho aos vizinhos da Quinta da Coelha

Nem o obediente Catroga resistiu à tentação de desancar no vizinho, até porque o que o vizinho da Quinta da Coelho disse não era uma mera pentelhice, era uma verdadeira vulva política, algo parecido a apelar ao pessoal para se juntar aos enrascados.

E foi o que se viu, na Quinta da Coelha passou a haver mais pedrada do que em Chelas, com as Ildas esbaforidas a meter os putos em casa. O caso é tão grave que nem o Marques Mendes resistiu à tentativa concretizada de parricídio político.

daqui

APANHADO

                                           Emergência nacional

LEMBRAM-SE DA MAFALDA? ESTÁ VIVA

Mafalda: viva e única



Estátua de Mafalda, em Buenos Aires, Argentina, é uma das atrações turísticas da cidade. A menina continua tão atual quanto na época em que foi criada, em 1964, uma vez que persistem os mesmos hábitos e acontecimentos sociais, que inspiravam comentários da personagem. Quino, seu criador, afirmou, ao perguntarem se não pensava em ressuscitá-la. "E ressuscitá-la significaria que está morta, quando ninguém duvida que está bem viva, felizmente.

PORQUE NÃO PERGUNTAM AO PROF. CAVACO SILVA?



Pergunta um leitor:«Até quando vamos pagar o saque do BPN? O Dias Loureiro vive como um nababo em Cabo Verde, onde é conhecido por Rei, vem a Portugal quando lhe apetece (avião privado, chegada e partida de Tires), janta no Porto de Santa Maria com amigalhaços, e Vocês não piam

Resposta:

— Destinatário errado.
— Faça a pergunta às Cabritas, aos Cerejos e às Laranjos.
— Mande dossiê ao cuidado de Marques Beria Mendes.
— Cabo Verde, rei, avião, Porto de Santa Maria: onde a novidade?
— Dias Loureiro é procurado pela Interpol?
— O que há para piar?
— A quem se refere quando diz Vocês...?
Publicado em "Da Literatura"
Em tempo: Porque não fazem estas perguntas ao Sr. Prof. Cavaco Silva já que se trata de gente que conhece muito bem?

ConselhoNacional de Transição diz que não haverá autópsia ao corpo de Kadhafi

Os cadáveres de Kadhafi e do filho estão expostos em Misrata, cidade-natal do antigo líder líbio

Um responsável do conselho militar do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia, com base em Misrata, anunciou hoje que nenhuma autópsia será realizada ao cadáver do antigo dirigente líbio, Muammar Kadhafi, exposto nesta cidade. "Não haverá qualquer autópsia hoje, nem outro dia. Ninguém abrirá o corpo (de Kadhafi)", declarou a um jornalista da Agência France Press o porta-voz do conselho militar de Misrata, Fathi Bachagha.

UMA DESGRAÇA

Vasco Pulido Valente, Uma desgraça, hoje no Público. Excerto:

«A eleição do dr. Cavaco para Presidente da República foi uma das maiores desgraças que sucederam a Portugal e aos portugueses desde 2006. Mas foi pior do que uma desgraça, foi um erro. [...]»

Kadafi fala aos Portugueses

CHEGAM TARDE...

                                                                                       "Chegam tarde" os que sugerem cortes que já foram feitos

O Presidente do Governo dos Açores, Carlos César, afirmou hoje que "chegam tarde" os que sugerem os cortes nas despesas e que agora aconselham a cortar nas gorduras do Estado na região, reagindo a criticas do PSD regional. Na sexta-feira o PSD/Açores desafiou o Governo Regional a cortar nos "excessos que consomem milhões de euros do erário público", concentrando a poupança obtida no combate ao desemprego e no apoio aos mais desfavorecidos, tendo sugerido o corte nas "gorduras provenientes do excesso de gastos com administradores das 53 empresas tuteladas pelo Governo Regional".
Hoje na inauguração de um novo troço de estrada incluído no projecto SCUT da ilha de S.Miguel, o presidente do Governo regional criticou "os que agora aconselham a cortar nas gorduras do Estado na Região". "Já o fizemos, e continuamos a fazê-lo, antes ainda deles pensarem nisso", disse.
"Chegam pois tarde os que sugerem os cortes nas despesas que já temos feito, a transparência que já praticamos, a reestruturação do sector empresarial e a fusão de empresas que já fizemos e continuamos a fazer", apontou.
Carlos César defendeu que: "a boa gestão das finanças públicas regionais que até já foi reconhecida publicamente por elementos da Troika e do próprio Governo da República, o que significa que, em simultâneo, não engordamos o Estado e promovemos a economia e a iniciativa privadas", sustentou Carlos César.
O presidente do Governo Regional recordou ainda o ano da sua tomada de posse, em 1996, para afirmar que "havia três trabalhadores privados por cada dois funcionários públicos e agora há seis trabalhadores privados por cada dois funcionários públicos."DN

OS MARAJÁS DA PORCALHOTA

 



                                                                                        

Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, acumula ao vencimento do cargo (4240 euros) mais 1400 euros por mês a título de subsídio de alojamento. A lei é de 1980, abrangendo titulares de cargos políticos que não têm residência permanente em Lisboa ou num raio de cem quilómetros. O chamado direito adquirido, neste caso com trinta anos de uso. No governo de Passos são 9 os beneficiados: os ministros da Administração Interna e da Defesa, seis secretários de Estado e uma subsecretária de Estado.
Macedo tem duas casas: uma em Braga, cidade onde nasceu, outra em Algés, onde reside em permanência. Sucede que um parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República, exarado em 1990 (era Cavaco primeiro-ministro), fixou doutrina: Lisboa é sempre “uma residência ocasional” para os membros do governo, porquanto Lisboa é o sítio onde “exercem funções governativas que, por natureza, são temporárias em sociedades democráticas”. Então ficamos assim.
O corte de 14,8% no rendimento anual bruto dos pensionistas, funcionários públicos e trabalhadores do sector empresarial do Estado serve para sustentar marajás?
LER: Naturalmente, num país civilizado, este já não brincava mais aos polícias e ladrões. Ia para casa brincar com soldadinhos de chumbo.


                                                                                    

Conferência no Porto
diz Rui Rio:NÃO É POSSÍVEL GOVERNAR O MINISTÉRIO DA ECONOMIA 
“O ministro da Economia começa a ser atacado e o mal não está nele, que é um senhor capaz, o mal está num ministério que não é possível governar”, disse nesta quinta-feira à noite o presidente da Câmara Municipal do Porto.

Rui Rio acrescentou, no Porto, que o “primeiro-ministro teve oportunidade de fazer um Governo equilibrado” e acabou por criar “dois ministérios, o da Agricultura e da Economia, que são praticamente ingovernáveis, nem que se ponha lá um super-homem”.
O autarca falava minutos antes de dar uma conferência sobre o tema “Política e economia: ideias para enfrentar a crise”, integrada no projecto “Porto de Desafios”, do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, no âmbito das comemorações dos 125 anos desta escola.
“Aquilo que eu acho é que aqueles ministérios têm de, outra vez, voltar a ser partidos em dois, para que os titulares dessas pastas possam fazer um bom trabalho, caso contrário aquilo não é gerível”, continuou, na sequência de uma pergunta sobre as consequências da anunciada fusão das transportadoras públicas de Lisboa e do Porto.
Rui Rio respondeu que a Junta Metropolitana do Porto, de que é o presidente, “pediu uma audiência o ministro da Economia”, Álvaro Santos Pereira.
Por sua iniciativa, falou depois sobre a dimensão actual tanto do Ministério da Economia, que agora tutela ainda o Emprego, as Obras Públicas e os Transportes, como do da Agricultura, que gere também o Ambiente e o Ordenamento do Território.
Rio não queria criticar “antes do tempo”
O autarca portuense aconselha o Governo a “fazer rapidamente aquilo que sempre devia ter feito”, não olhando, por isso ao número de ministros, “porque isso não interessa para nada”.
“O que é importante é ter um número de ministros e as pastas adequadas ao que são as necessidades do país”, porque, “de certa forma até injustamente, está-se a atacar o senhor [ministro da Economia] quando é impossível a tarefa que lhe é pedida e esta é a questão de fundo”, continuou.
Rui Rio explicou que “não disse nada de início” sobre a opção do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, por um Governo com menos ministérios do que o anterior, porque isso podia ser visto como “uma crítica antes do tempo”.
“Mas agora deve dizer-se: por favor, altere-se esta orgânica de Governo, porque há particularmente dois ministérios que são praticamente ingeríveis”, insistiu.
Em sua opinião, “o país pode sofrer indevidamente as consequências de se dizer que queremos ter poucos ministros”.
O presidente da Câmara Municipal do Porto considerou também que “não há um culpado” apenas pela crise em que o país está mergulhado, afirmando que “há muitos culpados e não são todos do mesmo partido”.
A crise que se abateu sobre Portugal “não é tanto económica, mas é, acima de tudo, uma crise política”, defendeu Rui Rio. “A crise económica é uma consequência da crise política” e esta tem “30 anos”, acrescentou ainda o autarca

NÃO É POSSÍVEL GOVERNAR...

Conferência no Porto

“Não é possível governar” o Ministério da Economia, diz Rui Rio"

“Por favor, altere-se esta orgânica de Governo”, diz Rui Rio
Diz RUI RIO: -“Por favor, altere-se estaorgânica de Governo”, diz Rui Rio “O ministro da Economia começa a ser atacado e o mal não está nele, que é um senhor capaz, o mal está num ministério que não é possível governar”, disse nesta quinta-feira à noite o presidente da Câmara Municipal do Porto.
Rui Rio acrescentou, no Porto, que o “primeiro-ministro teve oportunidade de fazer um Governo equilibrado” e acabou por criar “dois ministérios, o da Agricultura e da Economia, que são praticamente ingovernáveis, nem que se ponha lá um super-homem”.

O autarca falava minutos antes de dar uma conferência sobre o tema “Política e economia: ideias para enfrentar a crise”, integrada no projecto “Porto de Desafios”, do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, no âmbito das comemorações dos 125 anos desta escola.

“Aquilo que eu acho é que aqueles ministérios têm de, outra vez, voltar a ser partidos em dois, para que os titulares dessas pastas possam fazer um bom trabalho, caso contrário aquilo não é gerível”, continuou, na sequência de uma pergunta sobre as consequências da anunciada fusão das transportadoras públicas de Lisboa e do Porto.

Rui Rio respondeu que a Junta Metropolitana
do Porto, de que é o presidente, “pediu uma audiência o ministro da Economia”, Álvaro Santos Pereira.
Por sua iniciativa, falou depois sobre a dimensão actual tanto do Ministério da Economia, que agora tutela ainda o Emprego, as Obras Públicas e os Transportes, como do da Agricultura, que gere também o Ambiente e o Ordenamento do Território.

Rio não queria criticar “antes do tempo”
O autarca portuense aconselha o Governo a “fazer rapidamente aquilo que sempre devia ter feito”, não olhando, por isso ao número de ministros, “porque isso não interessa para nada”.

“O que é importante é ter um número de ministros e as pastas adequadas ao que são as necessidades do país”, porque, “de certa forma até injustamente, está-se a atacar o senhor [ministro da Economia] quando é impossível a tarefa que lhe é pedida e esta é a questão de fundo”, continuou.

Rui Rio explicou que “não disse nada de início” sobre a opção do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, por um Governo com menos ministérios do que o anterior, porque isso podia ser visto como “uma crítica antes do tempo”.

“Mas agora deve dizer-se: por favor, altere-se esta orgânica de Governo, porque há particularmente dois ministérios que são praticamente ingeríveis”, insistiu.

Em sua opinião, “o país pode sofrer indevidamente as consequências de se dizer que queremos ter poucos ministros”.

O presidente da Câmara Municipal do Porto considerou também que “não há um culpado” apenas pela crise em que o país está mergulhado, afirmando que “há muitos culpados e não são todos do mesmo partido”.

A crise que se abateu sobre Portugal “não é tanto económica, mas é, acima de tudo, uma crise política”, defendeu Rui Rio. “A crise económica é uma consequência da crise política” e esta tem “30 anos”, acrescentou ainda o autarca

21 outubro 2011

Que deve acontecer em 2014 se a estratégia do Governo falhar?

Excelente entrevista dada por Eduardo Ferro Rodrigues a Maria Flor Pedroso na Antena 1, que ajuda a compreender a crise. Depois de Passos Coelho ter assegurado que o ano de 2013 será o ano da recuperação económica, Ferro Rodrigues tira uma conclusão inevitável (embora seja a primeira pessoa a quem o ouço dizer): com o brutal plano de austeridade em curso, o Orçamento do Estado para 2014 será o momento para avaliar os resultados de dois anos de actividade do Governo de direita — sendo que, no caso de a estratégia falhar, o Executivo perde legitimidade e deve cair.

POIS!...

Ministro recebe subsídio apesar de passar a semana em casa própria

  • O ministro da Administração Interna recebe todos os meses cerca de 1400 euros como subsídio de alojamento apesar de ter um apartamento seu na área de Lisboa onde reside durante toda a semana...

A SENHORA ESTÁ SENIL SIM SENHOR...

                                                                                           


pensamento circular ou sinal de senilidade?

Depois de querer suspender a democracia por seis meses, Manuela Ferreira Leite quer agora suspender o acesso universal à saúde e à educação por dois a três anos. Comecei por pensar que se tratava do habitual pensamento circular onde MFL deseja o regresso ao Estado Novo.

Mas não. MFL critica a "gratuitidade" destes sistemas. Esquece-se, claro, que estes sistemas não são gratuitos; são pagos através dos impostos de forma progressiva. Pois, afinal MFL está simplesmente senil.

Obscenidade



Causa alguma revolta ver gestores e empresários abastados, com pingues rendimentos de capital, criticarem a denúncia da iniquidade das novas medidas de austeridade, que os poupam inteiramente (como aliás já sucedia com as anteriores) enquanto castigam duramente os funcionários públicos e os pensionistas.
Um mínimo de pudor devia aconselhar ao menos um recatado silêncio. No debate político a defesa não decclarada de interesses pessoais é simplesmente obscena
por Vital Moreira

OH!...PORTUGAL ESCAVACADO


 
 
Quer emagrecer 25 quilos? Corte uma perna.” Este é o tipo de solução que o governo nos propõe para a economia. Consegue-se a perda de peso, não consta é que o paciente corra muito. Os partidos da troika e os economistas do regime, que nos levaram ao estado actual, explicam-nos candidamente que, embora a gente esteja a tomar as medidas da Grécia, o resultado vai ser, naturalmente, a Suécia. É obviamente impossível reduzir quase 6% o défice público num só ano, aumentar brutalmente os impostos, secar o crédito bancário às empresas, cortar mais de 30% dos salários, subir drasticamente o preço dos transportes, saúde e educação e pretender ficar com uma economia saudável.
A receita é tão estapafúrdia que é preciso considerar o que de facto pretendem os governantes, para além do manto da propaganda. Estão a borrifar-se para o país. Há muito tempo que PSD e CDS assumiram o objectivo de conseguir impor o modelo económico da ditadura chilena, usando as imposições da Alemanha como tanques. No final desta crise, o executivo de Passos Coelho terá dado aos grupos económicos sectores estratégicos da economia, como a energia e as águas, que gerações de contribuintes pagaram. Terá acabado com a educação e a saúde públicas, de modo a que haja um serviço pago, de qualidade, para os ricos e uma espécie de sopa dos pobres para todos os outros. E, finalmente, terá garantido uma mão-de-obra submissa e a metade do preço. Não lhes interessa que os portugueses vivam melhor, basta-lhes que alguns tenham lucros milionários.
por Nuno Ramos de Almeida

 Outubro 21, 2011

EM CABO VERDE NÃO HÁ MARISCO?


Pergunta um leitor:«Até quando vamos pagar o saque do BPN? O Dias Loureiro vive como um nababo em Cabo Verde, onde é conhecido por Rei, vem a Portugal quando lhe apetece (avião privado, chegada e partida de Tires), janta no Porto de Santa Maria com amigalhaços, e Vocês não piam

Resposta:

 
Destinatário errado.Faça a pergunta às Cabritas, aos Cerejos e às Laranjos.
— Mande dossiê ao cuidado de Marques Beria Mendes.
— Cabo Verde, rei, avião, Porto de Santa Maria: onde a novidade?
— Dias Loureiro é procurado pela Interpol?
— O que há para piar?
— A quem se refere quando diz Vocês...?

NADA ESTÁ ESCRITO NA PEDRA...

Neste momento, não é o PS que precisa do Governo”


• Marina Costa Lobo, É fundamental um acordo com o PS:
    ‘Como se viu pelo episódio recente da TSU, nada está escrito na pedra. O contexto internacional deteriorado é uma realidade que põe em causa os objectivos traçados em Maio. De Pacheco Pereira a Bagão Félix, passando por Belmiro de Azevedo e Cavaco Silva, já se percebeu que mesmo à direita a proposta orçamental não gera consenso porque é injusta. Seja porque alguns grupos não foram chamados a contribuir, seja porque os funcionários públicos estão a ser castigados com perdas de poder de compra que terão um efeito devastador no resto da economia arrastando o País para uma recessão profunda. Por isso, PS-PSD e CDS-PP deveriam trabalhar para negociar uma redistribuição mais justa, bem como a inclusão de grupos até agora deixados de fora.
    por Miguel Abrantes

E a Europa pula e avança, como bola colorida nas mãos de uma criança...


Um clamor atravessou hoje a Europa e muito mal ficaríamos se não o registássemos para a posteridade.
Foi quando Assunção Esteves, da mais alta tribuna parlamentar, falou assim
:
Os milhares de deputados dos 27 (sim, 27) parlamentos da UE exclamaram em uníssono, se bem que em línguas diversas: "Como é que ninguém ainda se tinha lembrado disso?".
Em Lisboa, especialmente, houve logo um deputado que juntou a essa tão prática proposta outra de igual calibre: pôr o povo a falar directamente com os deputados (ah, e como o povo anda com uma sede de falar com os deputados...), em tertúlias generalizadas. E quem foi esse deputado? Ora, precisamente
Assunção Esteves.
Se juntarmos a ideia genial de Assunção Esteves com a genial ideia de Assunção Esteves, teremos então algo de verdadeiramente grandioso: uma mega-tertúlia de cafés parlamentares, à escala europeia, para, até à Primavera, refundar isto tudo. Isso é que era...

20 outubro 2011

EQUIDADE


O Governo e os seus apoiantes não se cansam de repetir a cassete de que as medidas de austeridades anunciadas com o orçamento para 2012 são "inevitáveis" e "não têm alternativa".
Mas uma coisa é defender que os objectivos de reequilíbrio orçamental têm de atingir o montante em causa (conjugando cortes na despesa e aumento da receita), outra coisa bem diferente é defender que a repartição dos sacrifícios tem de ser tão iníqua como a que é proposta. Há alguma razão para que uns (como os funcionários públicos e os pensionistas) suportem enormes cortes nos seus rendimentos, enquanto outros, justamente os mais ricos, não sofram nenhum corte nos milhões de euros que recebem de rendimentos de capital (dividendos, mais-valias mobiliárias, juros de obrigações e de depósitos)?
Vital Moreira

O DEPUTADO "POST-IT"

por FERREIRA FERNANDES

Antes de falar no Parlamento o deputado Pedro Saraiva distribuiu 230 post-it -nos lugares dos seus colegas. Um papelito por cada deputado de todos os partidos. Lembram-se da intervenção, ontem, de outro deputado? Mas a de Pedro Saraiva conhecem - mérito dele, ter chamado a atenção. É verdade que também chamaria se se tivesse exibido em cuecas nos Passos Perdidos, mas o dia de fama que ele ganhou conseguiu-o com um gesto de algum sentido. O post-it tinha a forma de balão de diálogo - imagem sempre boa de recordar num parlamento - e era um post-it. O post-it, pequeno papel com adesivo que se tira facilmente sem deixar marcas, é das invenções mais práticas e úteis da História da Humanidade. Eu sei que nunca seria capaz de inventar o Teorema de Gauss, mas o post-it quando apareceu, em 1977, já eu ganhava a vida e se tivesse ousado pensar teria descoberto o post-it. Mas falhei, não fui eu. Propondo um post-it aos colegas, Pedro Saraiva pedia-lhes uma pequena sugestão para Portugal. Ao que sei, recolheu um alvoroço de protestos por não se ter limitado a discursar, como é costume na casa, para o esquecimento do País, como a casa sabe ser costume. Ser diferente é duro em Portugal. Também ontem, soube-se que João Ricardo Pedro tinha ganho o prémio literário Leya (100 mil euros) e os jornais titularam: "Desempregado ganha prémio literário". Desempregado coisa nenhuma, estava todo empregado a fazer pela vida

O ESTADO SOCIAL TEM FALÊNCIA ANUNCIADA!


                                                                                   


Eu tenho para mim, e creio convictamente que o Estado Social é a maior realização da humanidade! Nunca tantos, por tanto tempo viveram com este nível de qualidade de vida, nunca houve nenhuma sociedade com igual nível de equidade e justiça. Muito longe de ser perfeita? Claro, muito longe de ser perfeita!
Há pelo menos vinte anos que se sabe que o estado social tal qual o conhecemos não é sustentável financeiramente. Várias razões concorrem para esta insustentabilidade. Desde logo a demografia: mais gente a viver mais tempo, logo a receber pensões mais tempo. Gente no activo a decrescer a ponto de estarmos hoje numa relação de um no activo para um pensionista e, a economia, não cresce a dois dígitos como cresceu nos primeiros anos.
Vem isto a propósito de, num programa semanal com o Dr. Medina Carreira que acompanho , o o tema ter sido o Estado Social. Entre várias coisas disse-nos e mostrou com gráficos:dentro de quinze anos o número de pensionistas ultrapassará o número de trabalhadores activos e, dentro de trinta anos o total da despesa do Estado Social será maior que o total da despesa actual de todo o estado.
No caso Português isto é ainda mais dramático face ao comportamento da nossa economia. Com excepção do inicio dos anos 90, em que conseguimos aproximarmo-nos dos outros países da Europa (convergir) nunca mais paramos de divergir, isto é, o nosso pindérico crescimento nunca ultrapassou os dois por cento nos melhores anos e, o que aí vem nos próximos anos, é ainda pior.
Há quem diga que estas realidades económicas são invenções do Dr. Medina Carreira que quer arranjar razões para destruir o Estado Social.
A não ser que o Dr. Vieira da Silva, ministro da Segurança Social de Sócrates esteja também metido na tramóia, todos nos lembramos que o melhor trabalho daqueles desgraçados governos foi, exactamente, o reequilíbrio da Segurança Social feito pelo Dr. Vieira da Silva, aumentando a idade da reforma, aumentando os anos de trabalho, retirando subsídios acumulativos e que deixaram de o ser...e, com isto, reequilibrou o sistema por mais cinco anos!
Não querer ver a realidade é a melhor maneira de não perceber como é que temos, há trinta anos, dois milhões de pobres e nada conseguimos fazer por eles ! A não ser que se tomem as medidas convenientes (dolorosas) o Estado Social está em perigo !

Ó ILDA, METE OS PUTOS NA BARRACA

Ó Ilda, mete os putos na barraca que o deputado Amorim vai ter uma ejaculação precoce



Relvas & arrastadeiras conseguem abafar o “ruído” na comunicação social doméstica. Mas ainda não estão aptos a “trabalhar” as declarações dos comissários europeus, como é o caso do comissário europeu para os Transportes, Siim Kallas: “alta prestação” é “alta velocidade”. E muita sorte teve o Governo por o comissário europeu não lembrar que as infra-estruturas a construir são as mesmas. Temos “compromisso”. Teremos TGV.

GASPAR, O HERÓI, TRNSFIGURA-SE PARA FAZER O BEM




As Malformações provocadas pela
desmedida
actividade da super inteligência do ministro
Gaspar
cogitando
em busca de soluções para a  felicidade
de reformados
e
aposentados
da Pátria
Os que não foram excluídos da condição de cidadão pelo Vítor Gaspar que sigam as suas ideias, que se empenhem na recuperação do país, que ouçam os discursos de Cavaco. Aos que foram escolhidos para serem sacrificados pelo Vítor Gaspar pouco interessa saber se o país recupera, se cresce ou não, se o IA ou IMT sobe ou desde, esses estão condenados aos cortes e ao congelamento dos seus rendimentos por melhores profissionais que sejam, estão excluídos dos benefícios do congelamento económico e dificilmente estarão a equacionar a hipótese de comprar carro ou casa. O seu empenho pelo país fica-se pela selecção nacional ou pelos jogos da Liga dos Campeões.
O resultado desta política do Vítor Gaspar é a destruição de valores, a destruição do sentimento de nação em muitos portugueses e a indiferença em relação à evasão fiscal e a muitas formas de ilegalidade. Com estas políticas a economia paralela quase merece o estatuto politico de área libertada, nela não se aturam as idiotices do Álvaro Batanete, os abusos do Gaspar ou as manipulações eleitorais do Coelho, na economia paralela reina o mercado sem interferência de gente sem grandes valores. Além disso, o único sector da economia que vai de encontro aos princípios liberais do Gaspar e do Batanete é precisamente a economia paralela.
Hiperligações para esta mensagem 

interacção humano-computador. | Machina Speculatrix

interacção humano-computador. Machina Speculatrix

KADHAFI MORREU






As autoridades líbias confirmaram hoje a morte do líder deposto Muammar Kadhafi. "É um momento histórico,  e o fim da tirania e da ditadura", afirmou o porta-voz do Conselho Nacional de Transição. Em Tripoli festeja-se ruidosamente. 

DELORS - POPRTUGAL ESTÁ A CUMPRIR




Delors

Portugal está a cumprir e UE deve fazer a sua parte   

 

O antigo presidente da Comissão Europeia advertiu contudo que tal será insuficiente se a União Europeia não fizer a parte que lhe compete para estimular o crescimento.
Falando após um encontro com o secretário-geral do PS, António José Seguro, o antigo presidente do executivo comunitário criticou a resposta da UE à crise - "demasiado tardia e demasiado curta" -, e defendeu que para a ultrapassar é necessário disponibilizar aos Estados-membros os meios para relançar o crescimento económico, ou os esforços de países com planos de austeridade, como Portugal, serão "demasiado duros".
Segundo Delors, "Portugal tomou as medidas necessárias, mas entretanto deve fazer face, como os outros países, ao abrandamento da economia europeia, e a questão dramática que se coloca é de como aplicar um plano de rigor necessário, cortando nas despesas públicas, sem que haja crescimento económico".
"Aí não há resposta possível (por parte dos governos), é preciso que seja a UE a fornecer os meios do relançamento", sustentou.
Jacques Delors disse que a sua "fórmula" continua a mesma de sempre, ou seja, que aos governos nacionais compete o rigor orçamental, "e não há forma de o evitar", e à União Europeia compete encontrar os meios para relançar o crescimento económico.
"É possível mobilizar os fundos para permitir a Portugal, por exemplo, prosseguir o seu programa de desenvolvimento de infra-estruturas", mesmo num contexto de contenção da despesa pública.

GRASSA A IMORALIDADE E CASTIGAM-SE AS VÍTIMAS...

                                                                                          



Agente PSD
Será justo, ético ou moralmente aceitável retirar pensões de três ou quatro mil euros anuais aos  pensionistas de uma vida de trabalho e a contribuir enquanto tantos geitosos que se encostam aqui e ali como o sr  Luís Cunha [Público] continua a embolsar os subsídios pela sua pensão vitalícia que recebe desde 2002 do Banco de Portugal onde trabalhou apenas seis anos?
  Quando foi ministro-relâmpago, de Sócrates (Não resistiu ao primeiro  debate na A.R. e fugiu com o rabo entre as pernas...) e  questionado sobre essa pensão oportunista e abusiva respondeu que se tratava de um direito adquirido. Pelos vistos as pensões oportunistas do Banco de Portugal são as únicas  que resistiram ao orçamento com o estatuto de direito adquirido!
A acreditar em Passos Coelho é justo porque esses profissionais ganhavam em média mais do que os trabalhadores do sector privado. É tão justo que o governador do Banco de Portugal em vez de ter vergonha na cara e esconder-se, veio a público defender a continuidade das medidas de austeridade ...para os outros, isto é, do corte dos subsídios, enquanto no seu feudo é à tripa-forra...

PORTUGAL NÃO É A GRÉCIA - É O CHILE DE HÁ TRINTA ANOS...


«Afinal, Portugal não é a Grécia. É o Chile. De há 30 anos. Não vamos apenas recuar no rendimento per capita, mas também na História, na integração europeia e, seguramente, na qualidade da democracia. Em prol de quê? — Em prol de uma fé. E a troco de quê? — A troco de uma mão cheia de nada.
[...] Os ministros das Finanças europeus são políticos, não teóricos e sobretudo não teóricos da fasquia dos 5%, brilhantes, é certo, de Vítor Gaspar. Quanto muito chegam a governadores de bancos centrais. Tivemos azar.
E tivemos azar por culpa de muita gente e, em última análise, do actual primeiro-ministro. Ele ouviu à saciedade que era preciso “mudar o rumo”, que vivíamos “acima das possibilidades”, que era preciso um “corte radical com o passado”. E acreditou nisso tudo. Primeiro, acreditou nas “gorduras do Estado” — até ver que as havia, mas que eram macroeconomicamente marginais. Ficou sem eira nem beira.
[...] O plano de Vítor Gaspar já chocou muita gente, porque é chocante. E não o fez só à esquerda, pois o PSD também ficou chocado e muito. Mas não se consegue mexer. Nem o PS. A principal razão porque o plano é chocante é que ele assenta numa carta que não estava no baralho: a contracção sem limites de salários — e mais aumento de impostos. Assim qualquer um sabe governar.
Passos Coelho não parece ter percebido o que se estava a passar, como revelam duas das suas declarações. A primeira foi quando disse que os funcionários públicos “ganham mais 10 a 15% que trabalhadores privados”. Sim, ganham, mas não todos e porque os de rendimentos mais baixos ganham mais e as mulheres ganham o mesmo que os homens.
[...] A segunda foi quando disse que a medida era para dois anos, o que o ministro das Finanças prontamente desmentiu. Obviamente. Um choque destes para durar tem de durar. Não há milagres.
[...] voltemos ao Chile. Nos anos 1980, um grupo de rapazes de Chicago entrou pela ditadura chilena adentro e “cortou com o passado”, fazendo um “ajustamento profundo”. Os pormenores não cabem aqui, mas quatro questões importantes cabem: o país era então uma ditadura; não estava integrado num espaço económico e monetário alargado; havia uma enorme taxa de inflação; e os mercados internacionais não estavam de rastos. E o desemprego subiu a perto de 25%, sem subsídios, claro, que isso é para os preguiçosos.
A estratégia de Vítor Gaspar, sufragada por Passos Coelho, é profundamente desactualizada e mesmo errada. Ela insere-se num quadro mental em que os gastos do Estado provocam inflação, quando estamos numa fase de baixíssima inflação; pressupõe o financiamento nos mercados internacionais de capitais, quando estes estão retraídos em todo o Mundo.
Há alternativa? Claro que há. A Europa não se gere pelos 5% de ideias económicas que infelizmente foram parar ao Ministério das Finanças. Nem de perto, nem de longe. Passos Coelho tem muito que aprender. Já está é a ficar sem tempo para o fazer. Vítor Gaspar tem um bocado de razão em pensar como pensa. É isso que acontece sempre, entre economistas. Mas deitou essa razão por borda fora, ao ir tão longe, tão fora da realidade do país, do euro e da Europa. Precisamos de recentrar o País, para o que convém começar por reconhecer as causas das coisas.»

19 outubro 2011

INTERACÇÂO HUMANO-COMPUTADOR



interacção humano-computador.

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Quanto tempo vai a actual direcção do PS - por omissão, inépcia, distracção, ou seja lá pelo que for - continuar a ser cúmplice da táctica do actual governo, que consiste em culpar os anteriores governos socialistas pelas políticas actuais? Se António José Seguro continuar a olhar para o lado, assobiando, sendo ainda aquilo que foi nos últimos anos (um opositor mal disfarçado de Sócrates), em vez de assumir o património completo do PS, veremos a prazo um enterro compósito: Seguro arrisca-se a ser enterrado na mesma cerimónia fúnebre de PPC. Ou será que Seguro simplesmente não percebe o que está em causa e goza, impudicamente, a tentativa de PPC para debitar ao PS esta política, com base em mistificações e ideologia da dura?

O último processo eleitoral no PS teve um gravíssimo defeito: não fez o balanço do socratismo. Fazer o balanço é preencher as colunas do "conseguido" e do "falhado". E as colunas do "ainda bem que não se conseguiu, apesar de tentado" e do "pena não ter tentado". Fazer o balanço é identificar os métodos, respectiva eficiência e eficácia: houve suficiente diálogo social? houve suficiente flexibilidade negocial? houve a sabedoria de distinguir o essencial do acessório? quanto custaram as más opções nesse campo? Fazer o balanço é escrutinar as alianças e seus efeitos na correlação de forças quando a luta aquece: foi sábio desistir do diálogo da esquerda? foi boa ideia não tentar um bloco central? poderia fazer-se melhor com um presidente errante? Fazer o balanço serve para medir o passo, fazer contas com a responsabilidade, consolidar o património, abrir caminhos com melhores mapas. Nada disso se fez. Em particular, o actual SG do PS evitou imprudentemente dizer uma palavra que fosse de relevante para resolver essa questão. Agora, parece que a actual direcção do PS tem um certo gozo em deixar passar a mistificação que por aí anda. Seguro engoliu a narrativa da direita ou não a percebeu - e, por isso, engole-a na mesma? Que tenham de vir antigos ministros e secretários de estado explicar em público como as coisas se passaram, e quais são os números, como se houvesse um PS velho e um PS novo, e o PS novo lavasse as mãos, não augura nada de bom. Porque para estes tempos difíceis não serve de nada um PS de facção.


interacção humano-computador.

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Ladrões, gatunos, filhos da puta, muitos são os nomes que chamam a este "gajo" e à corja de que faz parte. Uma corja que não existe só por cá, mas que governa todo o mundo. Eu nem sei como lhe chamar para mostrar a minha indignação, mas também a minha determinação em correr com esta cambada. Eles representam a criação de mais pobreza e mais miséria todos os dias um pouco por todo o lado. No passado dia 15 quase mil cidades por todo o planeta manifestaram-se num protesto contra este sistema e esta cambada. Por cá, pela primeira vez em 36 anos, não acontecia desde o cerco à Assembleia Constituinte em 1975, a escadaria da Assembleia da Republica foi ocupada por participantes numa manifestação. É na rua, na ocupação do espaço publico que está a força de quem deseje fazer a mudança. Temos todos de nos levantar dos sofás, desligar as televisões, sair para a rua e participar na exigência da mudança. Só juntos o podemos fazer.

TINHA SIDO TÃO FÁCIL SENHORMINISTRO

                                                                                                                                       PSD de duas cabeças
Afinal tinha sido tão fácil, Senhor Ministro. Nem os cidadãos que trabalham na Administração Pública chamavam ladrão a este Governo, nem os senhores perdiam o IRS correspondente aos salários de quem trabalha no Estado, nem sequer deixavam de incentivar, ainda que á força, uma boa parcela de poupança neste País.
Se Vossas Excelências não se quisessem comportar como um bando que põe e dispõe de uma boa parcela da população portuguesa, sacando-lhe o que lhe é devido e a quem ao mesmo tempo continuam a exigir o que ninguém exige aos seus trabalhadores na privada (ai de quem não cumpra os objectivos que o SIADAP impõe);
Se Vossas Excelências não se limitassem a reconhecer que em momentos de crise e aflição, esta parte da população que insistem em difamar atribuindo-lhe culpas que são vossas e que nem aos cornos do diabo se atribuem, é sempre exemplar no serviço público, na qualidade e na dedicação e que não há História de alguma vez se ter recusado ao esforço de reconstrução deste País;
Teriam equacionado a hipótese de, em vez de os assaltar na remuneração pelo trabalho desenvolvido, lhes pagarem o esforço das soluções, ainda que com um diferimento, em dívida pública, títulos do tesouro, certificados de aforro, ou qualquer outro produto deste tipo.
Sabemos que preferem a prepotência, a arrogância e a imposição à boa maneira da direita mais retrógrada da Europa, mas podiam pelo menos, tentar dar algum sentido à expressão "social-democrata" que usam no nome da força predominante do actual poder.
Convenço-me que teria sido isso que Sá Carneiro teria feito no vosso lugar.
LNT 

INIQUIDADE FISCAL



Hoje, no fim da sessão de abertura do IV Congresso Nacional dos Economistas, o Presidente da República afirmou:

«A suspensão dos subsídios de férias e de Natal da administração pública e dos pensionistas viola o princípio básico de equidade fiscal. Mudou o Governo, mas eu não mudei de opinião. Já o disse anteriormente e posso dize-lo outra vez: é a violação de um princípio básico de equidade fiscal. Não estou a dizer-vos nada de novo. Era a posição que eu já tinha quando o anterior Governo fez um corte nos vencimentos dos funcionários públicos, os livros ensinam-nos quais são os princípios básicos de equidade fiscal e é sabido por todos que estudam esses livros que a regressão de vencimentos ou de pensões a grupos específicos é um imposto.»

Cavaco Silva disse ainda esperar que a discussão do OE 2012 no Parlamento possa clarificar a situação: «Vamos esperar pelo debate que agora vai ter lugar no sítio certo, que é a Assembleia da República.»

Isto é muito bonito mas devia ser dito em comunicação ao país, com pompa e circunstância. Assim não passa de  uma mera nota de má consciência de Sua Exª. 

WEEDS

IMPERDÍVEL



Para atenuar a desgraça, valha-nos Weeds, cuja 7.ª temporada a RTP-2 começou ontem a exibir. Mary-Louise Parker continua imbatível. Terças às 22:55h. Absolutamente para adultos.

BARDAMERDA

Vá bardamerda senhor Governador

Neste país há investigadores universitários que estudam todos os dias até altas oras da noite, que trabalham continuamente sem limites de horários, sem fins-de-semana e sem feriados. Há professores universitários que dão o seu melhor, que prepararam cuidadosamente as suas aulas pensando no futuro dos seus alunos, que dão o melhor e sem limites pelas suas universidades. Há policias que ganham miseravelmente, que não recebem horas extraordinárias, que pagam as fardas do seu bolso e para sobreviverem têm de prestar os serviços remunerados.
Toda esta gente e muita mais que poderia ser referida foi eleita como a culpada da crise, denunciada como gorduras do Estado, tratada como inutilidade social, acusada de ganhar mais do que a média, desprezada por supostamente não ser necessária para a direita se manter no poder. Mas há uns senhores neste país que ganham muito mais do que a média dos funcionários públicos, que têm subsídios extras para tudo e mais alguma coisa, que cumprem com incompetência as suas funções, que recebem pensões chorudas, que vivem do dinheiro dos contribuintes como todo o Estado, mas que não foram alvo de nenhuma das medidas de austeridade que até hoje foram aplicadas aos funcionários públicos. São os meninos e meninas do BdP.
Ainda as pessoas mal estavam refeitas do anúncio da pilhagem aos seus rendimentos e á um tal Costa, governador do Banco de Portugal, vinha defender que as medidas deste OE deveriam prolongar-se par a além de 2014. Isto é, o senhor defende que os cortes se tornem definitivos. No mesmo dia a comunicação social informava que as medidas de austeridade aplicadas aos funcionários públicos não seriam aplicadas aos funcionários do banco de Portugal, o argumento para tal situação era o da independência do banco.
Mas se o Governo não pode nem deve interferir na gestão do BdP e o senhor Costa se comporta como um cruzamento entre a ave agoirenta e o Medina Carreira o mínimo que se espera é que ele dê o exemplo pois nada o impede de aplicar aos seus (incluindo os pensionistas do BdP) a austeridade que exige aos outros. No caso do BdP o senhor Costa não só estaria a adaptar as mordomias dos funcionários públicos e pensionistas do BdP à realidade do país como estaria a dar um duplo exemplo, um exemplo porque aplica aos seus a austeridade que exige aos outros e um exemplo porque chama os seus a responder pela incompetência demonstrada enquanto entidade reguladora de bancos como o BPN ou o BPP.
Porque razão um professor catedrático de finanças ganha menos do que um quadro do BdP, não recebe subsídio para livros como este e na hora da austeridade perde parte do vencimento e os subsídios enquanto o funcionário público do BdP não corta nada e muito provavelmente ainda recebe um aumento?
E já que falamos no BdP que tanto se bate pela transparência das contas públicas e do Estado enquanto o seu governador anda por aí armado em santinha das finanças, porque razão os vencimentos e mordomias do BdP não aparecem no seu site de forma a que sejam conhecidas pelos contribuintes que as pagam? Todas as colocações, subidas de categoria e remunerações dos funcionários públicos são divulgadas no Diário da República mas o que se passa no BDP é segredo, muito provavelmente para que o povo não saiba e assim manterem o esquema.
Ainda a propósito de transparência seria interessante saber porque razão os fundos de pensões da banca vão ser transferidos para o Estado e o do Banco de Portugal fica de fora. O argumento da independência não pega, o que nos faz recear que o fundo de pensões seja abastecido de formas pouco aceitáveis para os portugueses. Seria interessante, por exemplo, saber a que preço e em que condições
uma boa parte do imobiliário que o banco detinha por todo o país foi transferido para o fundo de
pensões dos seus dirigentes e funcionários.
É por estas e por outras o senhor Costa não tem autoridade moral para propor o mais pequeno sacrifício seja a quem for e deveria abster-se de parecer em público, este senhor só merece a resposta que lhe daria o saudoso Almirante Pinheiro de Azevedo, que vá à bardamerda.
 Hiperligações para esta mensagem

O PODER EM PORTUGAL NÃO TEM ESTADISTAS À ALTURA...

Depois da chegada do PSD ao poder Cavaco Silva não voltou a repetir a célebre frase ("há limites para os sacrifícios que podem ser pedidos aos portugueses") que pronunciou quando as medidas de austeridade eram uma brincadeira, comparadas com as que foram impostos nos últimos meses.
O que não se compreende é que, face à selectividade social dos sacrifícios, o Presidente da República não tenha ao menos a coragem de dizer que há limites para a iniquidade na repartição da austeridade. Se a austeridade pode ser inevitável, não é inevitável que ela recaia sobretudo sobre os funcionários públicos e os pensionistas.

O PALHAÇO DAS FINANÇAS

Quarta-feira, Outubro 19, 2011

O MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
DO PALHAÇO GASPAROV
<><><> . 
gasparov em exercícios
de palhaçadas
    desvio colossal «««clique no link para ver o palhaço em acção
                                                                                                 

Um aventureiro no Ministério das Finanças

Como é que um homem que passou a vida a fazer modelos na universidade, no Banco de Portugal e no Banco Central Europeu pode fazer esta declaração da Idade das Trevas:

Vítor Gaspar mandou fazer um estudo que envolveu, durante mais de um mês, o Banco de Portugal, o Ministério das Finanças, o Ministério da Solidariedade e o Ministério da Economia, para dizer, afinal, que a redução da TSU é um delírio académico?

E vai daí toma uma medida que não tem nada a ver com a TSU: mais meia hora por dia de trabalho. Sem estudos, sem nada. Puro aventureirismo.

Os efeitos disto podem ir de nada até à destruição de emprego. Por isso, esta medida ou não dá nada (mais provável) ou destrói emprego (o que na conjuntura actual é acrescentar desgraça à desgraça). Se tiver efeito, é para destruir emprego!

É o que se chama em bom português um "ganda maluco". O problema é que estas maluquices são feitas à custa do tuga!