07 maio 2011

O ACORDO COM O FMI

Acordo com FMI é "bastante melhor" que o alcançado na Grécia e Irlanda - Mário Soares*** serviço áudio e vídeo disponíveis em www.lusa.pt

Acordo com FMI é "bastante melhor" que o alcançado na Grécia e Irlanda - Mário Soares

  *** serviço áudio e vídeo disponíveis em www.lusa.pt ***

- O antigo Presidente da República Mário Soares afirmou hoje que nunca considerou o FMI um "monstro", e reiterou que o acordo alcançado por Portugal é "melhor do que se esperava" e "bastante melhor" do que o grego e irlandês.
"Tive ocasião de duas vezes receber FMI, em circunstâncias muito diferentes, em 1978 e 1983, e nunca achei que o FMI fosse um monstro. Para mim, os grandes monstros são os mercados, que não têm regras, e não propriamente uma organização como o FMI", afirmou Mário Soares aos jornalistas.
Numa sessão de autógrafos da republicação do livro "Diálogo de Gerações", escrito com Sérgio Sousa Pinto, o antigo Presidente e antigo primeiro-ministro insistiu que o acordo "é melhor do que se esperava", evitando qualificá-lo de bom.
"Este acordo, como todos os acordos que vêm daquela zona, mas toda a gente pensava que seria muito pior e, relativamente ao que se passou com a Grécia e a Irlanda, é bastante melhor", disse.
Mário Soares sublinhou que "o FMI melhorou", sobretudo sob a direção do socialista francês Strauss-Khan, que, relativamente a Portugal, fez "declarações muito positivas, dizendo que era possível resolver os problemas da finanças, mas que, mais do que isso, era preciso conseguir diminuir o desemprego, arranjar mais emprego, investir no sentido de haver desenvolvimento da produção portuguesa, da riqueza portuguesa".
Também Sérgio Sousa Pinto defendeu "que não vale a pena uma leitura 'tremendista' da situação do país" e "é preciso ver as coisas por um ângulo construtivo e positivo" e, nesse sentido, argumentou, "o FMI traz grandes oportunidades".
"Desde logo, porque nós revelámo-nos incapazes de lidar com certos grupos de interesse, certos corporativismo que existem na nossa sociedade e na nossa economia. Antes do 25 de Abril, vivíamos numa ditadura corporativa e hoje vivemos num sistema democrático em que aparentemente quem manda são as corporações", defendeu.
Para o deputado socialista, "é preciso disciplinar as corporações e os grupos de interesse" e "o FMI justamente vem criar condições, vem reforçar aqueles que querem efetivamente mudar as coisas".
"Em Portugal somos todos a favor de todas das reformas em abstrato, mas depois somos contra todas as reformas em concreto. Portanto, isto é uma grande oportunidade e temos que encará-la como tal", argumentou.
Mário Soares disse que foi o editor do livro "Diálogo de gerações", que escreveu com Sérgio Sousa Pinto, (Temas e Debates), que considerou que a republicação seria oportuna porque a obra "tinha muito a ver com a tal geração que está à rasca".
"Pode dar algumas respostas, porque aqui expressamos a nossa indignação. Mostramos muito da nossa indignação, porque o mundo vai mal, não é só Portugal, é Portugal, mas é a Europa inteira. Acho que o que é mais grave de tudo é a Europa, mais ainda do que Portugal", disse Mário Soares.
"Nós ainda temos aqui coisas excelentes, as pessoas que só veem os números julgam que estamos perdidos, nunca estamos", acrescentou.
Sérgio Sousa Pinto considerou que o livro demonstra que aquilo que distingue as pessoas "não é, fundamentalmente, a sua circunstância geracional", refletindo que "muitas ideias" que foram importantes para a geração de Mário Soares "não são meramente geracionais, perduraram, existem, mantêm-se, continuam vivas".
"Isso é que é o essencial, aquilo que está vivo e tem condições para prosseguir", concluiu.
Lusa/Fim.

VÍDEO FINLANDES

Vídeo finlandes

ACORDO COM FMI MELHOR DO QE OS DA GRÉCIA E IRLANDA

 
 

Acordo com FMI é "bastante melhor" que o alcançado na Grécia e Irlanda - Mário Soares
Acordo com FMI é "bastante melhor" que o alcançado na Grécia e Irlanda - Mário Soares
 O antigo Presidente da República Mário Soares afirmou hoje que nunca considerou o FMI um "monstro", e reiterou que o acordo alcançado por Portugal é "melhor do que se esperava" e "bastante melhor" do que o grego e irlandês.
"Tive ocasião de duas vezes receber FMI, em circunstâncias muito diferentes, em 1978 e 1983, e nunca achei que o FMI fosse um monstro. Para mim, os grandes monstros são os mercados, que não têm regras, e não propriamente uma organização como o FMI", afirmou Mário Soares aos jornalistas.
Numa sessão de autógrafos da republicação do livro "Diálogo de Gerações", escrito com Sérgio Sousa Pinto, o antigo Presidente e antigo primeiro-ministro insistiu que o acordo "é melhor do que se esperava", evitando qualificá-lo de bom.
"Este acordo, como todos os acordos que vêm daquela zona, mas toda a gente pensava que seria muito pior e, relativamente ao que se passou com a Grécia e a Irlanda, é bastante melhor", disse.
Mário Soares sublinhou que "o FMI melhorou", sobretudo sob a direção do socialista francês Strauss-Khan, que, relativamente a Portugal, fez "declarações muito positivas, dizendo que era possível resolver os problemas da finanças, mas que, mais do que isso, era preciso conseguir diminuir o desemprego, arranjar mais emprego, investir no sentido de haver desenvolvimento da produção portuguesa, da riqueza portuguesa".
Também Sérgio Sousa Pinto defendeu "que não vale a pena uma leitura 'tremendista' da situação do país" e "é preciso ver as coisas por um ângulo construtivo e positivo" e, nesse sentido, argumentou, "o FMI traz grandes oportunidades".
"Desde logo, porque nós revelámo-nos incapazes de lidar com certos grupos de interesse, certos corporativismo que existem na nossa sociedade e na nossa economia. Antes do 25 de Abril, vivíamos numa ditadura corporativa e hoje vivemos num sistema democrático em que aparentemente quem manda são as corporações", defendeu...
Para o deputado socialista, "é preciso disciplinar as corporações e os grupos de interesse" e "o FMI justamente vem criar condições, vem reforçar aqueles que querem efetivamente mudar as coisas".
"Em Portugal somos todos a favor de todas das reformas em abstrato, mas depois somos contra todas as reformas em concreto. Portanto, isto é uma grande oportunidade e temos que encará-la como tal", argumentou.
Mário Soares disse que foi a editora do livro "Diálogo de gerações", que escreveu com Sérgio Sousa Pinto, (Temas e Debates), que considerou que a republicação seria oportuna porque a obra "tinha muito a ver com a tal geração que está à rasca".
"Pode dar algumas respostas, porque aqui expressamos a nossa indignação. Mostramos muito da nossa indignação, porque o mundo vai mal, não é só Portugal, é Portugal, mas é a Europa inteira. Acho que o que é mais grave de tudo é a Europa, mais ainda do que Portugal", disse Mário Soares.
"Nós ainda temos aqui coisas excelentes, as pessoas que só veem os números julgam que estamos perdidos, nunca estamos", acrescentou.
Sérgio Sousa Pinto considerou que o livro demonstra que aquilo que distingue as pessoas "não é, fundamentalmente, a sua circunstância geracional", refletindo que "muitas ideias" que foram importantes para a geração de Mário Soares "não são meramente geracionais, perduraram, existem, mantêm-se, continuam vivas".
"Isso é que é o essencial, aquilo que está vivo e tem condições para prosseguir", concluiu.
ACL.
Lusa/Fim.

SERÁ DESTA?

Carlos Freitas apresentou André Carrilo e anunciou mais duas aquisições Gif Rei LeãoCarlos Freitas apresentou André Carrilo e anunciou mais duas aquisiçõesO director-geral do futebol do Sporting revelou hoje, durante a apresentação de André Carrilo, que ...O director-geral do futebol do Sporting revelou hoje, durante a apresentação de André Carrilo, que o clube tem "duas transferências em curso de jogadores com o perfil" do jovem peruano, a quem "não se vai pedir sucesso imediato".
"Esta contratação insere-se numa politica que delineámos, na qual vamos contratar dois a três jogadores com o perfil de André Carrillo, englobado numa bolsa de valores, a quem não vamos pedir sucesso amanhã", disse Carlos Freitas, com o jogador peruano a seu lado.O dirigente leonino entende que é preciso "dar espaço de manobra" a André Carrilo para se "adaptar ao clube e à vida em Portugal", de forma a "evitar casos recentes" de alguns jogadores que acabam por "vingar noutros países", dando o exemplo de Caicedo.
A importância de dar tempo a Carrillo para se afirmar foi enfatizada por Carlos Freitas: "O André reúne um conjunto de qualidades importantes e será capaz, com o potencial que tem, de singrar no Sporting e no futebol português".


O COELHO ESTÁ QUASE CAÇADO

SONDAGEM UNIVERSIDADE CATÓLICA


Os resultados da mais recente sondagem do CESOP da Universidade Católica para o Diário de Notícias, RTP, Antena 1 e Jornal de Notícias, explicam muita coisa.

Então é assim: PS 36%. PSD 34%. CDS-PP 10%. CDU 9%. BE 5%. Face ao estudo anterior do CESOP, o PSD cai cinco pontos e o CDS-PP sobre três. A soma da direita fica aquém da maioria absoluta. O PS lidera, como seria de esperar (os erros do PSD são clamorosos), mas com estes resultados ninguém vai a lado nenhum.
Nem as campanhas negras contra Sócrates lançadas de sectores afectos ao PSD conseguem abrir caminho ao infeliz coelho...

JOSÉ SÓCRATES - O ÚNICO LÍDER QUE TEM CRÉDITO*

Antes e depois, é connosco
 As opiniões de aplauso e júbilo ao programa acordado com aTroika multiplicam-se. Na verdade, todos sabem e sabiam há muito tempo quais os problemas do país, as reformas estruturais (aquela fórmula linguística utilizada a propósito e a despropósito, principalmente por quem não as quer executar), as despesas a reduzir e as reestruturações e ganhos de eficiência possíveis.
 O problema foi e é implementar as medidas que todos reputam indispensáveis e inadiáveis. O único governo que, nas últimas décadas, teve uma agenda verdadeira e assumidamente reformista, foi o primeiro governo liderado por Sócrates. Anunciou e iniciou reformas em várias frentes. O resultado foi uma enorme revolta de todas as corporações e de todos os grupos de pressão empresariais e políticos, do seu e dos outros partidos, que fizeram tudo para boicotar quaisquer sinais de mudança, da educação à saúde, das finanças regionais às locais, do sistema de justiça à auto-estrada tecnológica. Tudo foi pretexto para impedir, emperrar, denegrir, descredibilizar, qualquer assomo de iniciativa para a diferença.
Na última legislatura houve até convergência de forças políticas antagónicas, mas que concordaram em tentar desfazer o que, com muito esforço e trabalho, se tinha conseguido fazer anteriormente.
Quem tem que assumir a responsabilidade de cumprir as metas que nos são impostas (é claro que nos são impostas) somos nós,,cidadãos, que não queremos perceber que é preciso cumprir horários, controlar a qualidade do nosso trabalho, prestar contas e responsabilizamo-nos pelo pagamento dos impostos, pela educação dos filhos, pela avaliação do desempenho, pelo mérito, pela partilha e pela solidariedade, pelo cumprimento rigoroso de normas de trabalho e de conduta, pela exigência a nós mesmos e aos outros, pelo desfazer de clientelas, compadrios, amiguismos, negligências, oportunismos e vigarices.
Seja quem for que ganhe as eleições terá que conseguir que nos olhemos ao espelho. E, melhor ou pior, o único líder que tem créditos em termos de querer mudar, por ter assumido os riscos que isso importa, é José Sócrates.
*Apesar das campanhas negras a tentar desacreditá-lo
 Em  Defender o Quadrado

OS DERROTADOS DA TROIKA

Os derrotados da troika (5)


Nas "baixas" da troika inclui-se também o movimenrto das escolas privadas em luta contra a redução dos pingues subsídios públicos, que até foi queixar-se à troika, e que sai totalmente derrotado, pois o programa de ajuda externa não só não lhes dá razão como apoia totalmente a redução desses subsídios.

Os derrotados da troika (4)


Entre os derrotados da troika conta-se o sector das farmácias, que vêm as suas confortáveis margens de comercialização sensivelmente reduzidas, em proveito dos utentes e do SNS.
A poderosa ANF, que até agora vergou todos os governos, não conseguiu impressionar a UE e o FMI. Certos poderes só são gigantes à escala doméstica...

Os derrotados da troika (3)


Derrotados são também os governos regionais, que até agora tentaram manter-se no essencial à margem das exigências da austeridade orçamental do País, incluindo os seus privilégios fiscais, e que agora se vêem obrigados não só a compartilhar inteiramente dos objectivos da consolidação orçamntal e da redução da despesa pública, mas também a reduzir as saus regalias fiscais e a sua dependência em relação ao orçamento da República.

Os derrotados da troika (2)


Os segundos grandes derrotados do programa da UE e do FMI são os partidos da extrema esquerda, que em nome da rejeição da austeridade se juntaram à direita para rejeitar o PEC IV, assim derrubando o Governo e tornando inevitável o pedido de ajuda externa, e que agora levam cima com um programa de austeridade bem mais exigente, bem como com uma liberalização bem mais funda das relações laborais.
É evidente que não podiam ignorar que o resultado só podia ser esse. Mas está-lhes na massa do sangue: quanto pior, melhor para eles...

Os derrotados da troika (1)


Quem sofre uma derrota em toda a linha com o programa de ajuda externa é o PSD.
Desde há meses que contava com a intervenção externa para um programa de disciplina orçamental que justificasse uma ofensiva neoliberal em forma contra o SNS, o sistema público de pensões e a escola pública. Contudo, o programa ontem conhecido respeita inteiramente esses três pilares do Estado social (embora não sejam poupados à redução dos gastos), sem ennhuma referência à famosa liberdade de opção pelo sector privado.
O PSD queria um programa de disciplina orçamental exclusivamente baseado no corte da despesa, de modo a pôr o Esatdo a pão e água, só admitindo aumento do IVA para reduzir no mesmo momtante as contribuições patronais para a segurança social. Mas programa da UE e do FMI tem uma forte componente de aumento da receita fiscal do Estado e das regiões autónomas como meio de reduação do défice orçamental.
O PSD opunha-se visceralemente a um corte adicional nas deduções e benefícios fiscais. O programa, porém, pede muito mais.
O PSD sugeria a privatização parcial da CGD (banco). O programa não só não inclui a Caixa no plano de privatizações (salvo os seguros, como já estava previsto) como assume plenamente a propriedade pública da mesma.
Depois desta amostra, ver o PSD a reivindidar uma vitória sua no programa de ajuda externa, só por masoquismo...

06 maio 2011

AVAL A ASSISTÊNCIA FINANCEIRA A PORTUGAL

 


Comissão Europeia dá aval a assistência financeira na terça-feira
Comissão Europeia dá aval a assistência financeira na terça-feira
Bruxelas, 06 abr (Lusa) - A Comissão Europeia deverá dar na terça-feira em Estrasburgo o seu aval político ao programa de assistência financeira a Portugal que em seguida terá de receber a aprovação definitiva dos ministros das Finanças europeus.
Um porta-voz do executivo comunitário informou que o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, vai fazer uma "exposição breve" do acordo técnico alcançado com Portugal esta semana antes de o colégio dar o seu acordo político ao compromisso.
Olli Rehn dará em seguida uma conferência de imprensa sobre a questão às 15:30 (14:30 de Lisboa).
Os ministros das Finanças da Zona Euro (16 de maio) e da União Europeia (17 de maio) reunidos em Bruxelas irão tomar uma decisão final sobre o resgate a Portugal.
Os responsáveis da Zona Euro terão de aprovar a parte da ajuda financeira relacionada com o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF)e os da UE a parte do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF).

NÃO FOI CATROGA QUE DISSE TER SIDO ELE O CÉREBRO DO PROGRAMA APROVADO?

FMI: "Governo já tinha tomado estas medidas antes de chegarmos aqui" (Com vídeo)
O programa de austeridade e de reformas que Portugal terá de seguir nos próximos anos a troco do empréstimo internacional não resulta de qualquer imposição externa, disse o representante do FMI na troika que negociou a ajuda externa. Veja aqui o vídeo.
Depois de ter qualificado o programa de “ousado”, “severo” e “exigente”, Poul Thomsen precisou que a receita de austeridade, mas também de reformas económicas, não foi imposta de fora.

“O Governo já tinha tomado estas medidas antes de chegarmos aqui”, disse, depois de o representante da
Comissão Europeia, Jürgen Kröger, ter também passado a mesma mensagem que já Teixeira dos Santos frisara: “Este é um programa português que merece o apoio da UE e do FMI”.

Kröger precisou que o PEC IV, chumbado pela oposição, foi um "bom ponto de partida, mas não era suficientemente abrangente". "Tinha elementos muito positivos em termos orçamentais, mas não era suficientemente profundo em termos de reformas estruturais”, acrescentou.
Ambos rejeitaram a ideia de que o programa português seja mais leve do que os acordados na
Grécia e na Irlanda. A grande diferença está nas reformas estruturais (concorrência, mercado laboral, por exemplo), que são elencadas de forma muito mais detalhada no programa português.
O representante do
FMI advertiu, por seu turno, ser fundamental que o próximo Governo “assuma a responsabilidade deste programa”. “Ao fazê-lo vai contribuir decididamente para restaurar a confianças da economia portuguesa nos mercados e nos fora internacionais”, disse Thomsen.







05 maio 2011

A IMORALIDADE DAS PENSÕES MILIONÁRIAS


Nada de muito importante em tempos de comemorações da cinderela de Londres, da execução do barbudo e agora, recente, da possibilidade da charmosa de França estar prenha do seu presidente.
Qualquer coisa relacionada com uma das medidas que se diz fazer parte do pacote da troika e que tem a ver com uma machadada nas reformas de quem já está à rasca e o escândalo que representam as reformas milionárias dos Catrogas, Cavacos e Constâncios deste Mundo. Para que o vómito não aconteça irei abster-me de comentar as reformas de quem consegue obtê-las com meia dúzia de anos de descontos feitos de lustro nos cadeirões do poder, não por medo que me chamem demagogo e populista, que é o que esses Pensionistas de Subserviência costumam chamar a quem desconta uma vida inteira para lhas pagar, mas porque não tenho à mão nenhum "compensan".
Quando hoje se soube que Catroga, na sua fúria das cartas, escreveu agora à Caixa Geral de Aposentações para acertar a sua Pensão de Subserviência no módico valor de 9.600 Euros, resultante de descontos que nunca a poderão pagar, fica-se nervoso, revoltado, enfurecido, por ele ainda estar solto (e não preso tal como sugeriu que devia acontecer aos membros do Governo). Saber que é este homem que está a negociar o que se vai aplicar aos seus concidadãos que têm pensões de 600 Euros é um apelo à insubordinação. É quase tão mau como se saber que o actual Presidente da República, obrigado a optar entre as suas Reformas de Subserviência e o vencimento do cargo que exerce, optou pelas reformas uma vez que são mais valiosas que o seu vencimento ou de que Constâncio, lá nas Europas, estará provavelmente a receber as suas reformas douradas em cúmulo com o vencimento,  sendo  ele um dos  mandantes  do  aperto do cinto.
Cansa, farta, enoja. Um dia destes, convençam-se, isto vai acabar realmente mal.
LNT

PORQUE SERÁ QUE CERTOS JORNAIS PERDEM LEITORES?=

O diário ‘Público’ vendeu uma média de 24 821 exemplares em Janeiro e Fevereiro, o que significou uma diminuição de 4,2%. Bem maior foi a quebra do semanário ‘Sol’, que diminuiu as suas vendas em 60,3%, para os 23 480 exemplares.
A fechar a tabela está o ‘
Diário de Notícias’
, também da Global Notícias, que vendeu menos 38% do que nos mesmos meses do ano passado, baixando para uma média de 18 398 exemplares, como consequência da  se ter tornado mensageiro do PSD
Referência ainda para o diário
‘i’,O Povo Livre diário em todo o seu esplendor
 que fechou este período com uma média de vendas em banca de 4289 exemplares, uma quebra de 46,1% em relação aos mesmos meses do ano transacto."
Os leitores são muito injustos. Então eles esforçaram-se tanto por demolir o governo e destroçar o PS e perderam leitores.
Não desistam! Continuem com determinação. Com um pouco de sorte ainda conseguem perder mais leitores...

O TROMBILÓMETRO

                                                  
«Há anos, na tevê, um especialista em crimes resolvia a culpabilidade de Kate McCann, assim: "Uma mãe a quem se raptou a filha não tem cara impassível!" Ontem, na SIC, um especialista em economia, depois da intervenção de José Sócrates com Teixeira dos Santos ao lado, também resolveu um mistério: "Viram as caras dos dois? Cada um para o seu lado..." Esse é um dos problemas de Portugal: especialistas que analisam ao trombilómetro. Como sabem pouco da sua especialidade, recorrem demasiado à prova do algodão, passando-o no trombil dos protagonistas, tentando ler pistas. "Hmm, quanto ao défice, não sei, mas aquele piscar de olho diz-me que aqui há gato..." Um conhecido trombilometrista (e esse cito-o porque é contumaz, Marcelo Rebelo de Sousa) decretara, ainda ontem: "O desaparecimento de Teixeira dos Santos não dá para perceber." Horas depois, aparecia o ministro, ao lado do primeiro-ministro, que anunciou: vai haver 13.º e 14.º, não haverá despedimentos na função pública, não haverá cortes nas pensões acima dos 600 euros... - tudo contrário ao que antes fora fartamente noticiado, às vezes em manchetes. Pouco depois, sabia-se que o empréstimo era de 78 mil milhões (os jornais e tevês tinham apostado no quem dá mais: 105 mil milhões! 115 mil milhões!...) Afinal, já dá para perceber o que andou a fazer o ministro: estava a apagar falsas notícias
Ferreira Fernandes, no DN.

O PROGRAMA DE AUSTERIDADE NÃO É UMA IMPOSIÇÃO EXTERNA

O programa de austeridade e de reformas que Portugal terá de seguir nos próximos anos a troco do empréstimo internacional não resulta de qualquer imposição externa, disse o representante do FMI na troika que negociou a ajuda externa.FMI: "Governo já tinha tomado estas medidas antes de chegarmos aqui
  Depois de ter qualificado o programa de “ousado”, “severo” e “exigente”, Poul Thomsen precisou que a receita de austeridade, mas também de reformas económicas, não foi imposta de fora.

“O Governo já tinha tomado estas medidas antes de chegarmos aqui”, disse, depois de o representante da Comissão Europeia, Jürgen Kröger, ter também passado a mesma mensagem que já Teixeira dos Santos frisara: “Este é um programa português que merece o apoio da UE e do FMI”.
Kröger precisou que o PEC IV, chumbado pela oposição, foi um "bom ponto de partida, mas não era suficientemente abrangente". "Tinha elementos muito positivos em termos orçamentais, mas não era suficientemente profundo em termos de reformas estruturais”, acrescentou.
Ambos rejeitaram a ideia de que o programa português seja mais leve do que os acordados na Grécia e na Irlanda. A grande diferença está nas reformas estruturais (concorrência, mercado laboral, por exemplo), que são elencadas de forma muito mais detalhada no programa português.
O representante do FMI advertiu, por seu turno, ser fundamental que o próximo Governo “assuma a responsabilidade deste programa”. “Ao fazê-lo vai contribuir decididamente para restaurar a confianças da economia portuguesa nos mercados e nos fora internacionais”, disse Thomsen.







Economia - Sócrates anuncia acordo com a Troika - RTP Noticias, Vídeo

Economia - Sócrates anuncia acordo com a Troika - RTP Noticias, Vídeo

NOTAS QUE VOU TOMANDO

Um dia passado, às voltas com as notícias que vão saindo nos jornais online, no rádio e na televisão, algumas notas vou tomando:
Pudemos perceber que, ao longo do último mês, pelo menos, os jornais serviram de veículo de propaganda e de desinformação, alarmando continuamente a população, tudo fazendo para que a avaliação que fizéssemos do governo fosse aquela que os partidos de direita e de extrema esquerda, em união perfeita, uns por um lado outros pelo outro, queriam.
      • À parte uma nota final no editorial de Pedro Santos Guerreiro, não me apercebi de qualquer tentativa de justificação da parte dos media de tanta incompetência. A não ser que não seja incompetência, que seja mesmo luta política, da mais baixa.
      • As medidas que se vão conhecendo são, tanto quanto me apercebi, as que estavam previstas no PEC 4, com algumas outras alterações ou especificações, nomeadamente na redução da despesa do estado, privatizações, etc.
      • De facto a sensação que fica, mais uma vez e com mais sustentação, é que o PSD precipitou a queda do governo para evitar que Sócrates conseguisse evitar a intervenção externa e, apesar de tudo, pudesse aguentar-se este ano, com a eventual ajuda da União Europeia, e ultrapassar a pressão d'Os Mercados.
      • Ficámos com a certeza de que o PSD precipitou a demissão do governo negando apoio ao último PEC, primeiro porque era muito duro, depois porque era pouco duro, para agora vir a apoiá-lo, ensaiando uma distância e uma soberba ridículas, descredibilizando-se totalmente, se ainda tinha algum crédito de sobra.
      • Defender o quadrado

 

Portugal vai ter de ir aos mercados financiar-se já em 2012 - Passos Coelho

O presidente do PSD afirmou hoje que Portugal vai ter de ir aos mercados financiar-se já em 2012 porque a ajuda externa acordada só cobre 80 por cento das necessidades financeiras para esse ano. Numa entrevista à RTP1, Pedro Passos Coelho acrescentou que o empréstimo a Portugal de 78 mil milhões para três anos cobre apenas 40 por cento das necessidades de financiamento em 2013 e que só as necessidades para este ano são cobertas na totalidade.já em 2012

(A equipa económica de Coelho parece que é essencialmente formada por refugo ex-socialista, alguns  com origens desde o PC, que fizeram a purificação com o santo Guterres e continuaram a caminhada rumo à direita. Para dar respeitabilidade à coisa chamaram das parafundas  o velho Catroga que mostrou estar pouco à vontade a lidar a equipe e parecendo agora  limitar-se a dar aulas algures a 0% a tempo parcial...  Quer dizer que o PSD parece andar no mato a caçar sem cachorro e estas previsões de financiamentos se calhar valem o que valem. Mas ainda têm a alternativa da verborreia de Miguel Relvas, o porta voz, que com ruidos e perdigotos deixa o ambiente irrespirável,  vence os adversários por exaustão,  conseguindo ficar sempre  com ar satisfeitinho de vencedor das contendas


ERMELINDA FREITAS - UMA PAIXÃO

Leonor Freitas
Leonor Freitas
Quatro gerações de mulheres fazem da Casa Ermelinda Freitas uma referência no mundo dos vinhos nacionais. Leonor Freitas, directora-geral, herdou a paixão que revela o segredo do sucesso da marca produzida em Terras do Sado.

"Durante muito tempo, estive longe de imaginar que seria este o meu destino. Até às décadas de 70/80 a relação com o mundo rural era algo ‘contraditória’. Se, por um lado, a relação com a terra era de amor, o futuro das famílias passava sempre pela cidade, mais que fosse para escapar às flutuações inerentes às estações. Assim, formei-me em Serviço Social e durante muitos anos estive ligada à Segurança Social e à Saúde. Com a morte do meu pai, era necessário optar: por parar, vender, continuar a produção ou vender uvas a outros produtores. Primeiro continuei, depois comecei a produzir vinhos próprios, depois qualifiquei a produção… E se pensei, a princípio, que poderia conciliar a vida profissional que tinha com a nova, depressa percebi que o corpo até poderia estar na cidade mas a mente, o coração e a força, esses ficavam sempre na terra, adivinhando a chuva, sentindo a saúde das vinhas, antecipando e sofrendo com a sorte do ano. Descobri assim que o meu destino passou a estar traçado no momento em que tomei a primeira decisão, insignificante que foi, sobre a vinha e o vinho.

As mulheres da minha família tiveram sempre, e por razões diversas, um papel preponderante. Primeiro, a minha bisavó que, depois de enviuvar, manteve a exploração agrícola em conjunto com os filhos. Novamente a morte, ainda mais precoce, do meu avô, deixou a minha avó, com 38 anos de idade e cinco filhos pequenos, a comandar o barco. Sendo o meu pai o filho mais velho, com uns verdes 14 anos, foi sempre o seu braço direito. Mais tarde, construíram uma adega e começaram a saga da produção de vinho na propriedade. Hoje, tudo o que fazemos não é mais que o mesmo que eles começaram. A minha avó casou-se, sem segundas núpcias, com a terra, casamento esse que a minha mãe continuou, juntando-se ao dueto.
Numa empresa, ainda familiar, existem várias formas de descrever o meu papel. Desde aquele que, muito prosaicamente, poderemos chamar de ‘apaga-fogos’ até ao de Directora-Geral, passando pelas vendas. Sou a líder de uma grande, competente e dedicada equipa, da qual fazem parte os meus filhos. Ele, mais velho e formado em engenharia informática. Ela, mais nova, com formação em gestão. Podemos dizer que, por contingências do destino ou dos modelos, a continuidade da trisavó, da bisavó, da avó e da mãe está assegurada.
Os meus dias variam consoante o momento. Alturas há em que estou dependente do pulsar da terra, como nas vindimas, onde todos os momentos são dedicados a coordenar a apanha, o transporte e processamento mas, cada vez mais, são as reuniões que tomam a maior fatia do meu tempo. De futuro só penso em consolidar, consolidar, consolidar, fazendo da Casa uma marca forte na sustentabilidade social e ambiental. Produzir algo que ajuda a ampliar a felicidade dos outros é, de longe, o melhor neste trabalho."
Em 2008, Leonor Freitas conquistou o Prémio de Inovação e Empreendorismo, concedido pelo Ministro da Agricultura. No ano seguinte, foi-lhe atribuída a Comenda de Ordem de Mérito Agrícola, pelo Presidente da República. E, em 2010, foi distinguida com a medalha municipal de Mérito Grau de Ouro pelo Munícipio de Palmela.
Uma homenagem a uma grande mulher e aos excelentes vinhos da marca "DONA ERMELINDA"da zona de Palmela.

A MULHER -

Rosie Huntington-Whiteley é a mais sexy para a "Maxim"

AS MÁS NOTÍCIAS DO PEC

As más podem resumir-se assim:
Vencimentos da Função Pública e salários do sector empresarial do Estado congelados até 2013. Necessidade de despedir (até Dezembro de 2013) 1% dos funcionários da administração central e 2% da administração local e regional. Por junto, cerca de 23 mil pessoas. Redução de cargos de chefia na Função Pública. Subsídios de maternidade e desemprego sujeitos a imposto. Redução das comparticipações da ADSE. Duração do subsídio de desemprego desce de 36 para 18 meses. Valor máximo do subsídio de desemprego desce de 1200 para 1040 euros. Liberalização das rendas antigas. Aumento dos transportes, gás e electricidade. Equiparação da carga fiscal dos pensionistas aos trabalhadores do activo. Fim da dedução dos juros das hipotecas em sede de IRS. Redução do tecto com as despesas de educação e saúde em sede de IRS. Agravamento dos impostos sobre a habitação, automóveis, álcool e tabaco. Taxas de justiça mais caras. Redução dos apoios e subsídios ao ensino privado. Redução das transferências do OE para as autaquias. Subida do IVA na Madeira e nos Açores (mantendo-se, mesmo assim, inferior ao do continente). Redução drástica de concelhos e freguesias. Grandes obras públicas congeladas: TGV, aeroporto de Lisboa, etc. Parcerias público-privadas em stand by. Obrigação de vender o BPN até Julho próximo. Privatização da ANA, TAP, GALP, REFER, CP, CTT, REN, etc. Venda da quota de 19% que o Estado ainda detém na EDP. Fim da Golden Share na PT.
O BPN tem de ser vendido nos próximos 90 dias. Duas privatizações têm de estar feitas até ao fim do ano. Mas a generalidade das medidas entra em vigor no dia 1 de Janeiro de

2012


OS DERROTADOS DA TROIKA

Os derrotados da troika - PSD O MAIOR (5)

 
Nas "baixas" da troika inclui-se também o movimenrto das escolas privadas em luta contra a redução dos pingues subsídios públicos, que até foi queixar-se à troika, e que sai totalmente derrotado, pois o programa de ajuda externa não só não lhes dá razão como apoia totalmente a redução desses subsídios.
Os derrotados da troika (4)
[Publicado por Vital Moreira] [Permanent Link]
Entre os derrotados da troika conta-se o sector das farmácias, que vêm as suas confortáveis margens de comercialização sensivelmente reduzidas, em proveito dos utentes e do SNS.
A poderosa ANF, que até agora vergou todos os governos, não conseguiu impressionar a UE e o FMI. Certos poderes só são gigantes à escala doméstica...
Os derrotados da troika (3)
[Publicado por Vital Moreira] [Permanent Link]
Derrotados são também os governos regionais, que até agora tentaram manter-se no essencial à margem das exigências da austeridade orçamental do País, incluindo os seus privilégios fiscais, e que agora se vêem obrigados não só a compartilhar inteiramente dos objectivos da consolidação orçamntal e da redução da despesa pública, mas também a reduzir as saus regalias fiscais e a sua dependência em relação ao orçamento da República.
Os derrotados da troika (2)
Os segundos grandes derrotados do programa da UE e do FMI são os partidos da extrema esquerda, que em nome da rejeição da austeridade se juntaram à direita para rejeitar o PEC IV, assim derrubando o Governo e tornando inevitável o pedido de ajuda externa, e que agora levam cima com um programa de austeridade bem mais exigente, bem como com uma liberalização bem mais funda das relações laborais.
É evidente que não podiam ignorar que o resultado só podia ser esse. Mas está-lhes na massa do sangue: quanto pior, melhor para eles...

Os derrotados da troika (1)

Quem sofre uma derrota em toda a linha com o programa de ajuda externa é o PSD.
Desde há meses que contava com a intervenção externa para um programa de disciplina orçamental que justificasse uma ofensiva neoliberal em forma contra o SNS, o sistema público de pensões e a escola pública. Contudo, o programa ontem conhecido respeita inteiramente esses três pilares do Estado social (embora não sejam poupados à redução dos gastos), sem ennhuma referência à famosa liberdade de opção pelo sector privado.
O PSD queria um programa de disciplina orçamental exclusivamente baseado no corte da despesa, de modo a pôr o Esatdo a pão e água, só admitindo aumento do IVA para reduzir no mesmo momtante as contribuições patronais para a segurança social. Mas programa da UE e do FMI tem uma forte componente de aumento da receita fiscal do Estado e das regiões autónomas como meio de reduação do défice orçamental.
O PSD opunha-se visceralemente a um corte adicional nas deduções e benefícios fiscais. O programa, porém, pede muito mais.
O PSD sugeria a privatização parcial da CGD (banco). O programa não só não inclui a Caixa no plano de privatizações (salvo os seguros, como já estava previsto) como assume plenamente a propriedade pública da mesma.
Depois desta amostra, ver o PSD a reivindidar uma vitória sua no programa de ajuda externa, só por masoquismo...


«Necessitamos de recentrar a nossa agenda de prioridades, colocando de novo as pessoas no fulcro das preocupações colectivas. Muitos dos nossos agentes políticos não conhecem o país real, só conhecem um país virtual e mediático. Precisamos de uma política humana, orientada para as pessoas concretas, para famílias inteiras que enfrentam privações absolutamente inadmissíveis num país europeu do século XXI. Precisamos de um combate firme às desigualdades e à pobreza que corroem a nossa unidade como povo. Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos.» [no discurso de posse de posse 

ACORDO GOVERNO TROIKA

Acordo entre Governo e 'troika' prevê metas suavizadas para redução do défice
Primeiro Ministro louvou a acção de Teixeira dos Santos

Acordo entre Governo e 'troika' prevê metas     suavizadas para redução do défice

                             clicar aqui para ouvir a cantiga

Segundo o memorando de entendimento entre o Governo e a 'troika', a que a Lusa teve acesso, o novo compromisso de Portugal é que atinja um défice de 5,9 por cento em 2011 (contra os 4,6 por cento anteriores), 4,5 por cento em 2012 (contra os 3 por cento previstos no chamado PEC IV) e os 3 por cento em 2013, quando a meta anterior era de 2 por cento.

O memorando indica que estas metas "irão estabilizar a dívida pública por volta de 2013", acrescentando que tal "reflete um apropriado equilíbrio entre o que as ações necessárias para restaurar a confiança dos mercados e assegurar que este ajustamento não prejudique excessivamente o desenvolvimento da economia e do emprego".

04 maio 2011

A CATERVA DE OPINADEIROS QUE DEVIAM SER POSTOS A PÃO E AZEITONAS

Durante semanas, os jornais disputaram entre si a primazia da cacha hard. Restrições, cortes, supressões. Especialistas filiados deram o seu aval: Atribuir o subsídio de férias aos pensionistas é uma aberração. Tem de ser cortado! Bagão Félix, por acaso, discordou. A débâcle é o afrodisíaco dos cantigueiros encrespados. Súbito, o governo fecha negociações com a troika. Ninguém mexe nos subsídios de férias e de Natal. Os vencimentos da Função Pública e os salários do sector empresarial do Estado mantêm-se como estão (ou seja, cortes para o somatório das remunerações de valor igual ou superior a 1550 euros). O salário mínimo permanece intocado. As pensões idem, sendo as mais baixas actualizadas. Conforme consta do PEC IV. A idade legal da reforma não é alterada.
Um murro no estômago da caterva de opinadeiros que, tendo ficado sem narrativa, aposta numa política de terra queimada. Veja-se o desastrado sermão da montanha de Catroga, chamando a si os louros de uma negociação para a qual não foi tido nem achado (como demonstra o incontido desejo de mudança do mix...). Declaração aventureira, lhe chamou Medeiros Ferreira, que tem educação suficiente para não lhe ter chamado aldrabão.
Sejamos claros. As pessoas estão a borrifar-se para a revisão em alta do défice. As pessoas querem lá saber se algumas empresas do sector público vão ser privatizadas. As pessoas querem saber se têm dinheiro para pôr comida na mesa, pagar a hipoteca da casa, a escola dos filhos e a prestação do carro. A revisão em alta do défice é o tipo de assunto que interessa a trinta bloggers que passam fins-de-semana em Bruxelas, a convite do PPE, ou na Comporta, a convite dos patrões. As pessoas querem saber se têm subsídio de férias para pagar dívidas acumuladas no primeiro semestre do ano. E depois subsídio de Natal para poder oferecer aos filhos o aparelho fixo (dentário) que se tornou a imagem de marca da geração sub-15.
Não perceber isto é não perceber o país que somos. Por isso foi importante que o primeiro-ministro tivesse vindo dizer, preto no branco, como vai ser. Ontem, milhões de portugueses puderam respirar de alívio. Verdade que, não obstante os 78 mil milhões do resgate (coisa diferente dos propalados cem mil milhões), os desempregados continuam desempregados. Um drama a que não podemos fechar os olhos. Mas o aperto geral goza um ano de dilação. Pagar juros de 4% ou mesmo 5% não é o mesmo que pagar 11% ou mais. E assim sucessivamente. Se dúvidas houvesse, fica claro que a situação de Portugal não é comparável às da Grécia e Irlanda. Chega de truques.
Já agora, se mal pergunto: quem votar no PSD, vota Catroga ou Passos Coelho?in Da Literatura

[Foto: Público.]


RUI VELOSO - DISCO DE DUETOS








O novo trabalho do cantor de ‘Chico Fininho’ é o primeiro de originais em seis anos de carreira
destaque
Rui Veloso: Disco de duetos
30-04-2011
O músico Rui Veloso está a gravar um disco de duetos com alguns dos mais importantes nomes da música portuguesa da actualidade, entre os quais se contam Pedro Abrunhosa, Sara Tavares e o fadista Camané.
Ao que a Vidas apurou, o novo trabalho deverá chegar ao mercado em versão de ‘disco duplo’ e será totalmente preenchido por temas originais, alguns dos quais da autoria de Carlos Tê, o ‘velho’ companheiro de escrita do cantor de ‘Chico Fininho’.
O novo álbum, ainda sem data prevista de edição e que está a ser gravado nos estúdios do próprio Rui Veloso, em Vale de Lobos, Sintra, conta ainda com a participação do músico londrino Todd Sharpville, ele que no passado ganhou o prémio de ‘Best UK Guitarist’, batendo nomes como Eric Clapton e Gary Moore. Recorde-se que, nos passados dias 15 e 16, Rui Veloso foi o convidado especial de Todd Sharpville nos ‘showcases’ que o músico britânico deu em Portugal de apresentação do seu último disco, ‘Porchlight’.
Depois de ter lançado uma edição comemorativa do 20º aniversário de ‘Mingos e Os Samurais’ (um dos mais importantes discos da história da música portuguesa), Rui Veloso prepara assim o sucessor de ‘A Espuma das Canções’, lançado em 2005, o último disco de originais.
Recorde-se que o ano de 2010 foi particularmente especial para Rui Veloso já que se assinalaram os seus 30 anos de carreira, facto comemorado com dois concertos memoráveis nos Coliseus do Porto e Lisboa. O novo registo de Rui Veloso, ainda sem título definido, marca, por isso, o início de uma nova década na carreira do cantor.
Miguel Azevedo


PASSOS COELHO ANDA NAS FARÓFIAS? NINGUEM O VÊ...

Passos Coelho conseguiu chumbar o PEC IV e certamente vai aprovar o acordo com as instituições internacionais sem que tenha apresentado uma única proposta, sem ter defendido uma única alternativa e sem ter manifestado a mais pequena preocupação com o que estaria a ser negociado, nunca disse nem o que queria nem o que não queria. A sua espera pelo acordo nada tinha que ver com o impacto no país mas sim nas sondagens eleitorais que diariamente recebe.
A comunicação de Sócrates ao país foi a maior humilhação que Pedro Passos Coelho poderia ter sofrido, a troika autorizou José Sócrates a fazer uma comunicação antes de um acordo com o PSD e em que o primeiro-ministro em vez de comunicar o conteúdo do acordo informou e tranquilizou o país afastando o cenário negro que estava a ser criado pela comunicação social. Foi uma comunicação inédita nestes processos negociais, antes da divulgação do acordo e quando se sabe que se está a meio de um processo eleitoral, um governo é autorizado a dizer aos concidadãos o que não fará parte do acordo. Pior do que isso, deixou no ar que o acordo com as organizações internacionais é o PEC IV e mais algumas medidas.
A não ser que existam grandes surpresas ficaremos com a impressão de que a troika veio a Portugal para fazer aprovar o PEC IV, os mesmo que foi rejeitado por Passos Coelho, que num dia o rejeitou por ser austeridade a mais e no dia seguinte por ter austeridade a menos. Passos Coelho apostou tudo no FMI e arrisca-se a ser a sua principal vítima.

REVISTA PARA SOPEIRAS?






D. JOSÉ POLICARPO

Cardeal-Patriarca de Lisboa foi eleito à terceira volta. O vice será o bispo do Porto
Cardeal-Patriarca de Lisboa foi eleito à terceira volta. O vice será o bispo do Porto
O cardeal-patriarca de Lisboa é, desde ontem, o novo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). D. José Policarpo foi eleito à terceira volta, ontem de manhã, durante a 177.a assembleia plenária da CEP - substituindo o arcebispo de Braga, D. José Ortiga, que esteve à frente do organismo em que têm assento os bispos portugueses nos últimos dois mandatos. Para vice-presidente, a escola dos prelados recaiu em D. Manuel Clemente, o bispo do Porto, que passa a ocupar o cargo até agora desempenhado pelo bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto. Quem se mantém no mesmo lugar é o padre Manuel Morujão, secretário e porta- -voz da CEP.

O cargo de chefia dos bispos portugueses não é novidade para D. José Policarpo, que foi eleito presidente da Conferência Episcopal em 1999 e reconduzido no cargo em 2002. O cardeal-patriarca só foi escolhido, soube o i junto de um dos bispos presentes na assembleia, à terceira volta, apesar de ter ganho nas primeiras duas votações. À terceira foi a votos só com D. Manuel Clemente. 

Primeiro recado Ontem, D. José Policarpo falou aos jornalistas e admitiu que Portugal "está a viver um momento muito próprio". Por isso, continuou, a Igreja "não pode cair na tentação" de fazer intervenções "no campo estritamente político ou partidário, dado que não é nossa função em nome da natureza e do nosso ministério".  



BRETH








Marie Brethenoux: "Sou muito safada na intimidade" (com fotogalerias)
03-05-2011
Ficou conhecida há três anos por ter vencido o concurso da Sloggi, que elege o melhor rabo de Portugal, e continua a dar que falar. Desta vez, Marie Brethenouxaceitou posar em nu integral para a revista ‘Penthouse' e adorou a experiência.
"Sinto-me completamente à vontade com o meu corpo, por isso não tenho problemas em fotografar sem roupa. Além disso, a produção aconteceu numa biblioteca, num ambiente em que me sinto muito bem" revela a manequim, de 21 anos, que está no terceiro ano do curso de Comunicação Aplicada.

MESTRE CATROGA É A MAIOR ABÉCULA





Quando vejo o sr Catroga naTV, num afã  meio deslocado naquele 
seu tremeliqueiro ar senil, a tentar recolher  louros   das negociações com a TRÓICA sem nelas ter exercido qualquer influência (ainda bem!),  não consigo libertar-me da imagem do velho escuteiro do  Miguel Esteves Cardoso...
É triste quando um velho simpático perde a noção do ridículo e sem um neto que o chame à razão...oh avô,  por amor de Deus, toda a gente sabe que és o maior mas não te fica bem seres tu a dizê-lo. Deixa isso para o tio Cavaco que até será capaz de te erigir uma estátua para te ver feliz! Recato  avô! Olha que a reacção  já anda a dizer que não passas de um verbo de encher e que o tio Cavaco te meteu nessa coisa para te contentar...



Catroga dixit, voto PSD fugit... Diz Ana Gomes sobre o assunto:

 Foi surpendente e penoso ver e ouvir o Dr. Catroga*, esta noite, a reagir na peugada do PM, em malabarismo incipiente a por o PSD em bicos dos pés, concorrendo com o Governo que o acordo será bom, mas procurando chamar a si o mérito de alcançar essa bondade.
Foi um acordo que o PSD não ajudou realmente a negociar (e podia e devia te-lo feito), antes tratando de publicar carta atrás de carta a por em causa a negociação, questionando os números sobre as quais ela se foi fazendo.
O PEC IV era mau porque não era suficiente, Dr. Catroga dixit, repetindo o argumento que já o lider do PSD usara junto do Wall Street Journal, pouco depois de precipitar a crise política e lançar o pais nesta fossa de descrédito internacional.
O PEC IV era mau porque cortava reformas de 200 euros, dixit o Dr. Catroga, desonestamente, porque sabe bem que o PEC IV que o governo submeteu a AR já tinha essa medida revista. E muito mais poderia ser reformulado se o PSD então tivesse querido negociar, em vez de preferir precipitar-nos na crise política e destruir a imagem de Portugal perante o mundo.
Se mais não houvesse, bastava esta patética exibição do máximo expoente económico do PSD para dissuadir muito boa gente de dar o seu voto ao PSD.



*Professor Catedrático a 0% de tempo