18 junho 2011

O NOVO MINISTRO DA EDUCAÇÃO

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Nuno Crato, matemático que deu protagonismo à ciência exata, é ministro da Educação

 
Lisboa, 17 jun (Lusa) - Nuno Crato, o matemático que deu protagonismo à ciência exata e se distinguiu pela sua divulgação, nomeadamente entre os mais novos, é o novo ministro da Educação.
Nascido em Lisboa, em 1952, onde se licenciou, é atualmente presidente executivo do Taguspark, em Oeiras.
Professor catedrático e pró-reitor da Universidade Técnica de Lisboa (UTL), começou por dar aulas no ensino secundário.
Viveu em Lisboa, nos Açores e nos Estados Unidos da América, onde fez o doutoramento em Matemática Aplicada (1992), depois do mestrado em Métodos Matemáticos para Gestão de Empresas (1987), na capital portuguesa.
Foi também em Lisboa que se licenciou em Economia (1980/81), no Instituto Superior de Economia.

ALEMANHA NO CENTRO DA CRISE

 


Do falhanço da liderança europeia na resposta à crise das dívidas soberanas falei, esta manhã, na rúbrica Conselho Superior da ANTENA UM. Procurei explicar como a Alemanha não está a fazer o que devia, como Estado central na UE, determinando políticas inconsequentes, contraditórias e contraproducentes para o Euro, e assim pondo em risco o projecto europeu.
E sublinhei como será importante que o novo Governo se articule quanto antes com os dos outros países com problemas financeiros (Espanha incluida, porque já está na linha de mira dos especuladores contra o Euro) para pressionar a Alemanha a viabilizar a adopção de medidas como:
1) os Eurobonds 8obrigações de tesouro europeias), que mutualizariam as dívidas dos Estados, permitindo a Portugal, Grécia e Irlanda evitarem as restruturações que ominosamente lhes vaticinam, e voltarem ao mercado para obter crédito a juros comportáveis;
2) um Imposto sobre as Transacções Financeiras que poderia permitir à UE e aos Estados Membros obter fundos para relançar o crescimento económico e o emprego, sem ser à custa dos contribuintes, mas antes à conta dos bancos e outros agentes financeiros que foram os principais causadores da crise; e
3)governação económica aprofundada, como a que pode resultar da criação de um Ministro das Finanças europeu, há dias proposto por Trichet, a fim de se conseguir a convergência económica na zona Euro que é precisa para dar sustentação ao Euro, e que deve passar por medidas de harmonização das políticas fiscais e de controlo dos paraísos fiscais.
por AG] [Permanent Link]

RELEMBRANDO...CAVACO TAMBÉM É ISTO...




DESCONSTRUÇÃO EUROPEIA



Enquanto estamos distraídos com a formação do novo governo, tremendo perante algumas sugestões que vão aparecendo, como Fernando Nobre à frente do Ministério da Saúde, a Europa desfaz-se e as convulsões sociais abrem a apreensão perante o caminho que estamos a trilhar.
A Grécia está em tumulto e não se vislumbra solução. Multiplicam-se os pacotes de austeridade e aumenta a incerteza e a revolta. Em Espanha os movimentos espontâneos de democracia real ameaçam a própria democracia. É assim que se concretizam os inúmeros discursos populistas e demagógicos anti política e anti políticos.
Avizinham-se tempos perigosos de desmantelamento da segurança e da paz social, tal como nos habituámos a vivê-la. A construção europeia desconstrói-se e as democracias não são vitalícias.
Ler Ricardo Alves e Tomás Vasques.



in Defender o Quadrado de Sofia Loureiro dos Santos

O GRANDE EMPREGADOR... OU O MERCEEIRO MOR

O Merceeiro mor passa o tempo a criticar o país, talvez ainda dorido por não lhe terem oferecido a PT pelo preço da uva-mijona e mesmo assim tem o direito de fechar a principal avenida de Lisboa por três dias para aí realizar um piquenique de propaganda às suas enormes mercearias. Sei que há quem diga que o homem é um benemérito, que dá emprego a milhares de trabalhadores, que é o maior empregador nacional, esquecem-se é que paga miseravelmente pelos milhares de empregos que ele destruiu quando arruinou no comércio de bairro. Mas, como agradecimento o país ainda lhe vai baixar o famoso TSU, (Taxa social única), que para quem tem tantos trabalhadores representa muitos milhões, mesmo que ele tenha deslocado a sua sede para a Holanda para não pagar os impostos em Portugal. Confesso que fiquei um pouco preocupado quando o vi a fazer campanha, no meio do povinho, ao lado do Passos Coelho porque sei que ele só dá um chouriço a quem lhe dê um porco e não sabemoque porco lhe prometeram...

(nota) - Uma coisa  é certa: o execrável JOSÉ SÓCRATES não se rendeu à adulação e a PT ainda está nas mãos do Estado!!!  Veremos a resistência do rapaz jeitoso...

17 junho 2011

RESULTADOS FINAIS


HABITUEM-SE


Resultados finais, já com os mandatos da emigração. Direita com 132 deputados. Esquerda com 98. Agradecer a Francisco Louçã e Mário Nogueira. Clique na imagem.

Coragem, mudança e moderação».E muito espectáculo.



O NOVO SENHOR DAS FINANÇAS?


O independente Carlos Costa, actual governador do Banco de Portugal, pode vir a ser o ministro das Finanças do próximo governo. Antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos e vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (2006-2010), é membro da direcção da Euro Banking Association. Assinou, em nome do Estado português, o Memorando da troika. A ver vamos...

FERNANDO NOBRE

Fernando Nobre foi exibido durante a campanha eleitoral e na noite das eleições como um “grande trunfo político" – pelo menos no entender do presidente do PSD.

No período pós-eleitoral continuou na berlinda. Rejeitado pelo CDS que recusou apoiar a sua candidatura para Presidente da Assembleia da República (cargo que inopinadamente lhe tinha sido prometido pela direcção do PSD) terá entrado na “dança” dos ministeriáveis. link
Vários órgãos de comunicação social referenciaram-no como um putativo candidato ao Ministério da Saúde (associado ou não à Segurança Social). link. Tal personagem transformada em “pomo da discórdia” acabou por ficar fora do acordo governamental. link
Ontem, Pedro Passos Coelho, depois de ter sido indigitado 1º. Ministro, interrogado sobre Fernando Nobre, reafirmou a intenção de o candidatar ao cargo de presidente da AR. link
Mais uma vez, surgiu nos bastidores a hipótese (especulação) de que o PSD estaria a negociar com o PS um suporte parlamentar para sustentar Fernando Nobre. Hoje, o secretariado do PS fez saber que se opunha a esta candidatura. link.

UM CANDIDATO DE NEGOCIATA - UM ERRO CRASSO DO PSD

 
 
 
 
 
                                                                                 
«Interessa-me pouco que Fernando Nobre venha a ser ou não presidente instantâneo da AR mesmo que, por via disso, se torne em segunda figura do Estado e lhe passe a caber substituir o presidente da República em caso de impedimento ou vacatura do cargo. Nessa matéria estou como Alexandre O'Neill: seja Nobre ou seja outro o presidente, "acaso o nosso destino, tac!, vai mudar?".
  Ao longo dos anos, abundantes figuras e figurões chegaram à vida política portuguesa, aí permaneceram uns tempos e partiram sem deixar memória ou rasto. Curiosamente, ao contrário de outras instituições, a presidência da AR tem sido exercida por figuras não só com um longo passado parlamentar como, provavelmente também em virtude da natureza pouco conflitual da função, consensuais dentro e fora do hemiciclo.

Ora Nobre chegará (se chegar, a procissão ainda vai no adro) a presidente da AR sem qualquer experiência parlamentar, com um nebuloso e errático passado político, notável não propriamente pela coerência, e em resultado de uma negociata pré-eleitoral de bastidores.
  Por muitos motivos, designadamente o próprio desprestígio dos partidos, a AR é provavelmente hoje a instância política mais desprestigiada da democracia portuguesa e só a imagem dos seus presidentes tem obstado a que esse desprestígio seja ainda maior. Aquilo de que a AR menos precisará neste momento é de um presidente ainda com menos prestígio do que ela.» [
JN]
Manuel António Pina.

FUTRE TIRA AS MEDIDAS À DAMA

                                                                                      




O olhar de Futre não  esconde a cupidez do macho perante a fêmea exuberante...
Ficou hipnotizado o coitado!...
                                                                                                                                                         

A SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA ANTI-SOCRETINA

Informação útil
                                                                                                                               
                                                                                                                                                       
Para aqueles que já começam a sentir a síndrome da abstinência por não terem motivos ou matéria para se atirarem ao Sócrates informo que vai ser criada a Associação dos Anti-Socráticos Anónimos. Esta associação visa auxiliar os que estão viciados em Sócrates e não conseguem conceber a vida sem chamar um nome a José Sócrates, os que não conseguem suportar uma vida cinzenta sem chamar, panasca, corrupto, Hitler ou qualquer outro adjectivo. Na associação poderão trocar experiências, saber como cada um consegue superar o dia a dia sem José Sócrates, para que se torne suportável a sua ausência prolongada..

16 junho 2011

PROFETAS E PROFECIAS DA CRISE


O Bandarra da SIC

Nouriel Roubini, professor da Universidade de Nova Iorque, avisa para o perigo de, sob as condições ‘certas’, a economia mundial entrar em colapso, a partir de 2013. Os problemas orçamentais dos Estados Unidos, o eventual abrandamento económico da China, a reestruturação da dívida europeia e a estagnação do Japão, aquilo que apelida de uma ‘tempestade perfeita’, podem combinar-se de forma catastrófica, garante um dos homens que previu a crise financeira de 2007-2009.
Ouvi o Medina Carreira explicar porque estamos tramados. Com a globalização, as industrias menos tecnológicas transferiram-se para os países de terceiro-mundo, enquanto as mais emblemáticas ficaram nos países mais ricos do centro da Europa. Para nós e os outros países periféricos não sobrou nada. Qual a solução, perguntou-lhe a jornalista, e ele já ia a dizer que não sabia, mas rapidamente mudou de ideias e transferiu as culpas para o nosso sistema político(pois....) Isto no dia em que a União Europeia convocou uma cimeira de urgência dos Ministros da Economia, o rating das dividas dos países cai e os juros batem recordes.
Parece evidente que o mal não está só nas políticas que se seguem, mas especialmente no sistema global em que nos meteram. O sistema é inviável para muitas pequenas economias e ou se muda ou isto tudo dá um enorme estrondo um dia destes. Já tenho alertado para as lições da história e para um possível conflito a nível, agora não mundial, mas global. As duas anteriores grandes crises económicas do século XX acabaram em grandes guerras. (Crise de 1909 - Guerra de 1914 e crise de 1029 - Guerra de 1939). Não acredito em destinos traçados, mas acredito que se nada fizermos, as mesmas causas acabam por produzir consequências iguais

JORGE SAMPAIO DIZ QUE GOSTARÁ DE LER O ACORDO PSD/CDS

 







Jorge Sampaio "gostará de ler" o acordo PSD/CDS
Jorge Sampaio "gostará de ler" o acordo PSD/CDS
 - O ex-presidente da República Jorge Sampaio disse hoje que seguiu "com interesse" as negociações entre PSD e CDS/PP, adiantando que "gostará de ler" o acordo programático, assinado esta manhã entre os dois partidos.
As declarações de Sampaio foram proferidas à margem do lançamento do livro Os Governos da República, 1910-2010, que decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa.
O ex-presidente disse ainda esperar que o futuro Governo esteja à altura das responsabilidades e desejou-lhe "o melhor". Como afirmou: "Qualquer pessoa, independentemente da tendência política, tem que desejar o melhor possível para os portugueses e, de algum modo, o melhor possível também para o Governo".
Considerando que Portugal precisa "sair deste ciclo vicioso e terrível, com desemprego, défice e dívida pública", o mais rapidamente possível, prevê que o esforço será "pesado e exigente", esperando que "seja bem repartido" e que "cada um possa perceber que está a trabalhar com o objetivo de melhorar a situação geral e a ajudar o País a arrebitar".
Jorge Sampaio sustentou ainda que "Portugal precisa de mostrar ao estrangeiro, nomeadamente aos seus credores, numa altura de grande confusão europeia em matéria financeira, numa situação difícil, com exigências económicas, financeiras e sociais, muito grandes, que é capaz de responder".
Mas deixa um aviso: "Não podemos proteger os interesses que normalmente acabam sempre por dominar as coisas em Portugal. Isso é que é o desequilíbrio que faz com que as pessoas se afastem da política", advertiu.

OS MERCADOS PODEM ACABAR - OS POVOS E AS NAÇÕES NÃO!!!!

MENSAGEM                                                                                                                          
A Grécia está a ferro e fogo, na rua. Atenas está paralisada. Primeiro-ministro com apoio maioritário no parlamento propôs demitir-se para dar espaço à formação de um governo de salvação nacional. A Europa ignora. A Alemanha está, há um século, sempre na origem das grandes catástrofes europeias. Estamos a avançar perigosamente para o momento em que haverá uma inversão de situações: os mercados vão ter de pagar as dívidas dos Estados. E com juros. Altíssimos. Os povos, as nações e os Estados não acabam. Os «mercados» podem acabar.
Por Tomás Vasques link do post

SUPER CATROGA

Eduardo Catroga

Eduardo Catroga deverá ser o próximo titular da pasta do super-ministério da Economia, que vai agregar as Obras Públicas, Transportes, Telecomunicações e Emprego segundo apurou o i. A ideia desta fusão é agregar sob a mesma responsabilidade as diferentes áreas produtivas.
Um dos primeiros dossiês deste ministério será a privatização da TAP, que deverá estar concluída até ao final de 2011.
Aquele que foi o enviado do PSD às negociações com a troika e coordenou o programa eleitoral do Partido Social Democrata não irá assim voltar à pasta das Finanças, que ocupou há 16 anos no governo de Cavaco Silva.

Como se vê o homem de facto não se fica por pentelhices e ia tomando conta da totalidade dos ministérios.  Veremos se Catroga não se verá confrontado com essas coisas

É TEMPO DE LHES DAR CAÇA

OS ABUTRES

São eles


«Duas consultoras económicas britânicas, a Charles Stanley e a High Frequency Economics, fizeram relatórios dizendo que Portugal não tinha dinheiro para pagar uma dívida que vencia hoje. Portanto, a partir de hoje, 15 de Junho de 2011, a bancarrota. Portugal em "default", caloteiro. Escrito em relatórios. O analista da Charles Stanley, o sr. Jeremy Batstone-Carr (assina colunas nos jornais e vai à televisão), até titulou o seu relatório assim: "Portugal à espera da fada dos dentes." Segundo ele, o nosso esforço para sair da crise era o que a tradição pede às crianças: pomos o dente de leite, acabado de cair, debaixo da almofada e no dia seguinte uma fada deixa lá uma moeda. Garotos preguiçosos e iludidos, os portuguesitos. Passei a tarde de ontem a tentar saber mais sobre o eminente analista. A Internet é uma informadora desvairada. Disse-me que Jeremy Batstone-Carr era uma famosa bloguista lésbica e síria. Disse-me que era um patrão da Fórmula 1 com gosto por fardas nazis. Estas voltaram a aparecer noutra versão: Jeremy seria um jovem príncipe bêbado... Entretanto, Jeremy Batstone-Carr admitiu que se tinha enganado nas contas: hoje, Portugal tem com que pagar sem recorrer a fadas. Afinal, o Jeremy é o que é: um reputado analista. Ele assina relatórios sobre contas que dão para encher muitas estantes de livros de ficção. » [DN]

Autor:


Ferreira Fernandes.

PS: O governo português processou estes analistas

CAGANEIRA INFORMATIVA


Passos e Portas começaram a negociar
O contentinho e o outro
                                                  As operações de markting que têm rodeado a formação do governo PSD/CDS mobilizando  a comunicação social de uma forma que até parece  estar eminente  o anúncio de que, finalmente e por acção desta  coligação, há grossas reservas de petróleo no Beato e por horas a auspiciosa  nomeação de Paulo Portas  como ministro da Armada e dos aprovisionamentos militares... É de qualquer forma uma falta de recato, apenas valendo a pena esta encenação para ver o ar contentinho de Paulo Portas que até parece levitar... Pedro Coelho, o rapaz jeitoso segundo as damas,  não larga um certo ar preocupado perante  a montanha de areia que tem de acarretar com a sua camioneta...

15 junho 2011

CATROGA REDUZIDO À SUA INSIGNIFICÂNCIA

                                                                                 
.Eduardo Catroga foi o pilar de Passos Coelho em momentos decisivos e que exigiram grande habilidade política, como a viabilização do Orçamento de Estado para o presente ano. Catroga, com a mãozinha do Presidente Cavaco Silva, foi o cérebro, o rosto e o protagonista das negociações encetadas entre PS e PSD - que, felizmente, chegaram a bom porto, evitando a ideia louca de Passos Coelho não deixar passar o instrumento essencial da nossa política financeira. Neste contexto, a atribuição da pasta das finanças públicas a Eduardo Catroga era um dado adquirido. Natural. Incontestável. Veio a campanha eleitoral - e tudo mudou. Catroga, político muito experiente e audaz percebeu as fragilidades e infantilidades da direcção do PSD, começando a sonhar muito alto: afirmou, mesmo, que ele poderia ser o próximo primeiro-ministro de Portugal. Consequência: Eduargo Catroga foi deportado simpaticamente para o Brasil, não se fazendo ouvir mais . A relação Passos/Catroga azedou, sem retorno possível à vista. Agora, enquanto decorre o processo de formação do governo, já temos uma certeza: Eduardo Catroga não será Ministro das Finanças.
2.Desta forma, Passos castiga exemplarmente Eduardo Catroga: falou demais, logo, é excluído do projeto passista para o país. Pretende, assim, o próximo Primeiro-Ministro de Portugal deixar um sinal claro de que não tolerará ameaças à sua liderança. É que, caso Passos indicasse Catroga para as finanças, estaria a premiar alguém que comprometeu a sua estratégia política e que mostrou um ego político enorme, com a pretensão (implícita, mas evidente) de ofuscar Passos Coelho. Neste sentido, a opção de Passos Coelho de castigar o ex-ministro de Cavaco Silva é compreensível. Por outro lado, Passos ainda não venceu completamente o complexo de inferioridade que tem perante o atual Presidente da República. É assim mesmo: Passos Coelho teme uma associação excessiva das suas políticas com orientações vindas de Belém e de tiques paternalistas que Cavaco Silva possa ter a partir de agora. Daí que excluir Eduardo Catroga, figura proeminente do cavaquismo, seja o pretexto ideal para reiterar a sua independência face a Cavaco e uma manifestação de autoridade para o exterior. Ao castigar Eduardo Catroga pelos seus distrates políticos, Passos Coelho avisa Cavaco Silva que não admitirá ingerências na esfera governamental - e tenta dar um ar de líder. Veremos se se confirma com os próximos episódios.

PROFETAS E PROFECIAS DA CRISE





Profecias da crise


Nouriel Roubini, professor da Universidade de Nova Iorque, avisa para o perigo de, sob as condições ‘certas’, a economia mundial entrar em colapso, a partir de 2013. Os problemas orçamentais dos Estados Unidos, o eventual abrandamento económico da China, a reestruturação da dívida europeia e a estagnação do Japão, aquilo que apelida de uma ‘tempestade perfeita’, podem combinar-se de forma catastrófica, garante um dos homens que previu a crise financeira de 2007-2009.

Ouvi o Medina Carreira explicar porque estamos tramados. Com a globalização, as industrias menos tecnológicas transferiram-se para os países de terceiro-mundo, enquanto as mais emblemáticas ficaram nos países mais ricos do centro da Europa. Para nós e os outros países periféricos não sobrou nada. Qual a solução, perguntou-lhe a jornalista, e ele já ia a dizer que não sabia, mas rapidamente mudou de ideias e transferiu as culpas para o nosso sistema político. Isto no dia em que a União Europeia convocou uma cimeira de urgência dos Ministros da Economia, o rating das dividas dos países cai e os juros batem recordes.
Parece evidente que o mal não está só nas políticas que se seguem, mas especialmente no sistema global em que nos meteram. O sistema é inviável para muitas pequenas economias e ou se muda ou isto tudo dá um enorme estrondo um dia destes. Já tenho alertado para as lições da história e para um possível conflito a nível, agora não mundial, mas global. As duas anteriores grandes crises económicas do século XX acabaram em grandes guerras. (Crise de 1909 - Guerra de 1914 e crise de 1029 - Guerra de 1939). Não acredito em destinos traçados, mas acredito que se nada fizermos, as mesmas causas acabam por produzir consequências iguais.

OS VOOS LÍRICOS DE BARRETO

                                    
Vasco Pulido Valente,
O renascimento da oratória
«À falta de melhor, os portugueses sempre gostaram de oratória. [...] Os voos líricos de Barreto não nos fizeram compreender melhor a situação do país, nem propuseram nada de prático ou de útil. [...] Em contrapartida, esclareceu que se deve mudar a Constituição, que, na opinião dele se tornou “anacrónica, barroca e excessivamente programática”, uma ideia que não fica mal a ninguém e que se distingue pela sua absoluta impossibilidade. E voltou também à sua obsessão de infância, o círculo uninominal, a que atribui virtudes miraculosas. Nunca lhe ocorreu que o círculo uninominal iria entregar a Valentim Loureiro e à sua estirpe a escolha e o domínio do Governo, como já entregou as câmaras [...] e os partidos [...] Mas presumo que Barreto não liga a esses pormenores terrenos. Um homem que acaba um discurso oficial tratando Portugal por “tu”, numa longa fuga lírica e tremelicante, está com certeza destinado à santidade cívica.»  daquidaliteratura
Na foto A.Barreto, com Soares, antes de aderir ao do Pingo Doce...

PERNAS BONITAS... TODAS!

Quais são as pernas mais bonitas de Hollywood?


O que têm em comum Rihanna, Charlize Theron e Mariah Carey? Pernas de fazer cair o queixo. São apenas três das mulheres de Hollywood que fazem sucesso quando trocam as calças pelas saias e mostram as pernas deslumbrantes com que foram abençoadas.
A verdade é que não é tão fácil quanto parece. Muitas das celebridades também suam para manter a celulite a léguas de distância. Mas, para as que entram nesta lista, a batalha está definitivamente ganha porque elas são as mulheres com as pernas mais bonitas de Hollywood.

14 junho 2011

ACABE-SE COM O SORVEDOURO DESSA MERETRIZ

 


R T P
Consta que, entre outras coisinhas (20 na contabilidade "recatada" do prof. Marcelo), o PSD e o CDS estão "separados" pela RTP em relação à qual Passos Coelho tem uma posição adequada. A RTP custa ao bolso dos portugueses milhões de euros/ano que servem para sustentar um emporio de propaganda e de mau "entretenimento". Há muito - se é que alguma vez foi - que a RTP deixou de ser "serviço público". Uma "política do audiovisual" devia ter isto em conta e, tendo-o, facilmente chegaria à conclusão que o "serviço público de televisão" não passa pela actual RTP. Esta, tal como está, é um sorvedouro inútil de dinheiros públicos. Para quê, pois, mantê-la a não ser por motivos famosamente alheios à nossa vontade e a uma ideia retórica de "serviço público"?

Hiperligações para esta mensagem

QUE RAIO DE MÉDICO TINHAMS DE ARRANJAR...



No seu discurso, há uns dias, Cavaco Silva falou no caso do doente que não obedeceu às prescrições do médico. «Aos que não aceitam as ordens dos médicos, não se deve dar conselho médico. Não há cura para aquele que não quer ser curado. Não há ventos favoráveis para aquele que não tem rumo e não sabe para onde ir», citou, esclarecendo mais tarde que espera que os portugueses queiram ser curados.

Que raio de médico para a crise tínhamos de arranjar, logo aquele que foi quem nos contaminou com a doença. Para mais não confio sequer no diagnóstico quanto mais na prescrição e mais facilmente vamos morrer da cura que da doença. DAQUI

                



A Alemanha no centro da crise


Do falhanço da liderança europeia na resposta à crise das dívidas soberanas falei, esta manhã, na rúbrica Conselho Superior da ANTENA UM. Procurei explicar como a Alemanha não está a fazer o que devia, como Estado central na UE, determinando políticas inconsequentes, contraditórias e contraproducentes para o Euro, e assim pondo em risco o projecto europeu.
E sublinhei como será importante que o novo Governo se articule quanto antes com os dos outros países com problemas financeiros (Espanha incluida, porque já está na linha de mira dos especuladores contra o Euro) para pressionar a Alemanha a viabilizar a adopção de medidas como:
1) os Eurobonds 8obrigações de tesouro europeias), que mutualizariam as dívidas dos Estados, permitindo a Portugal, Grécia e Irlanda evitarem as restruturações que ominosamente lhes vaticinam, e voltarem ao mercado para obter crédito a juros comportáveis;
2) um Imposto sobre as Transacções Financeiras que poderia permitir à UE e aos Estados Membros obter fundos para relançar o crescimento económico e o emprego, sem ser à custa dos contribuintes, mas antes à conta dos bancos e outros agentes financeiros que foram os principais causadores da crise; e
3)governação económica aprofundada, como a que pode resultar da criação de um Ministro das Finanças europeu, há dias proposto por Trichet, a fim de se conseguir a convergência económica na zona Euro que é precisa para dar sustentação ao Euro, e que deve passar por medidas de harmonização das políticas fiscais e de controlo dos paraísos fiscais.

POLITÓLOGO

AS PROMESSAS DO RAPAZ JEITOSO...

Promessas ...                         
Miguel Relvas já disse que no próximo governo «não há redução de ministérios». O que significa que não há redução de ministros. O novo governo ainda não tomou posse e já faltou ao cumprimento de uma promessa eleitoral: a de reduzir o governo a 10 Ministérios. Miguel Relvas justifica a decisão porque tal medida exigiria um “processo jurídico longo com a alteração de leis orgânicas”. Pois !?... Há um mês, durante a campanha eleitoral, não sabiam isso? É mau, muito mau. Pelo andar da carruagem isto vai ser assim todos os dias. Não vai haver milho que chegue...


Por Tomás Vasques

O HOMEM SEM QUALIDADES

Robert MusilRobert de MusilAustria1880 // 1942Escritor
A Beleza ou a Excitação Aparecem no Mundo por OmissãoO que faz quando lê? Vou dar-lhe já a resposta: a sua leitura deixa de lado aquilo que não lhe convém. O mesmo fez já o autor antes. Omitem-se também coisas nos sonhos e na imaginação. Daqui concluo: a beleza ou a excitação aparecem no mundo por omissão. Parece evidente que o modo como nos situamos na realidade corresponde a um compromisso, um estado intermédio em que os sentimentos se impedem mutuamente de chegar a paixões e se misturam em tons de cinzento. As crianças que desconhecem este modo de estar no mundo são, por isso, mais e menos felizes do que os adultos. E acrescento já: também as pessoas estúpidas omitem; como se sabe, a estupidez faz-nos felizes.

Robert Musil, in 'O Homem sem Qualidades'

RAZÕES PARA CELEBRAR E MARCAR DIFERENÇAS

Terça-feira, Junho 14, 2011 


Hoje, o Público dedica várias páginas à Educação. Vale a pena guardar o dossiê antes da cedência do ministério à Fenprof (corolário da participação activa do PSD nas manifs de professores).
Comparando as realidades de 1997 com 2010, os números são eloquentes. Em 1997, a presença da Internet nos lares portugueses era residual: em termos estatísticos, equivalente a 0%. Zero. No ano passado era de 54%. A existência de computadores passou de 11% para 60%. E o número de telemóveis em uso de 1,5 milhões para 16 milhões.
Porquê 1997? Porque 1997 (Guterres) foi o ano em que voltou a haver exames. Agora, pelos vistos, é uma overdose deles: «Nunca se realizaram tantas provas nacionais como neste ano lectivo. Segundo investigadores, os chamados testes intermédios podem ter impactos negativos na avaliação e aprendizagem dos alunos.» Preso por ter cão, preso por não ter.
Em 1997, só 26 mil alunos frequentavam os cursos profissionais do ensino secundário. Hoje são 124 mil. O abandono escolar precoce era de 40,6% sendo hoje de 28,7%. Afinal, as cabeças mudaram. A despesa com a acção social escolar mais que duplicou, passando de 72 milhões para 168 milhões de euros. O número de matriculados no ensino superior subiu de 82 mil para 122 mil, praticamente 50%.
Nisto tudo, o que deveras me surpreende é o número de alunos por professor. Em 1997, 11 alunos para cada professor. Hoje, 7. Nem Eton consegue este grau de exclusividade...
in Da Literatura  (O título é nosso)

BOAS NOTÍCIAS DE FRANÇA

primeira vez

14 de Junho, 2011por Ana Serafim
Em 2010, e pela primeira vez na história entre os dois países, as exportações portuguesas para França foram superiores à importação de produtos franceses por Portugal.
No ano passado, a balança comercial entre os dois países pendeu para Portugal, cujas exportações para o mercado francês totalizaram 4.209 milhões de euros, contra os 4.185 milhões de produtos originários de França, segundo dados da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF).
Segundo o presidente da CCILF, Bernard Chantrelle, este diferencial de 24 milhões explica-se com «a progressão das exportações portuguesas» tanto para França – onde cresceram 15,1% em 2010 –, como para outros países. E pelo «‘efeito Airbus’», que também justifica a queda de 3,9% nas exportações francesas para Portugal.
«Há uma explicação conjuntural, já que, em 2010, não houve exportação de aviões para a TAP. É normal haver venda de Airbus em cada ano à TAP. Tirando o ‘efeito Airbus’, as exportações francesas para Portugal aumentaram 4,4%. Mesmo assim, houve uma progressão maior de Portugal do que da França», detalha.
Em 2010, a França manteve-se como terceiro parceiro comercial de Portugal – enquanto cliente e como fornecedor. Já Portugal, é o 18.º cliente das exportações francesas e o 21.º fornecedor daquele mercado.

A DISPUTA PELA LIDERANÇA DO PS

Assis desvaloriza apoios a Seguro e afirma que campanha é para militantes do PS



Assis desvaloriza apoios a Seguro e afirma que campanha é para militantes do PS
O candidato à liderança do PS Francisco Assis afirmou hoje que a sua campanha é dirigida aos militantes, desvalorizando os vários apoios de federações distritais a António José Seguro já anunciados.
"Claro que tenho [apoios suficientes para vencer]. Os apoios das distritais valem o que valem. Dirijo-me aos militantes, a todos, e os presidentes das federações, quer os que apoiam quer os que não apoiam, não são donos da consciência dos militantes", disse à Lusa o líder parlamentar cessante à margem de uma reunião extraordinária da Comissão Política Distrital do PS/Porto.
Assis garantiu ter "cada vez mais apoios, sobretudo de muitos militantes que estavam desmobilizados e que percebem que a grande rutura que se tem de fazer no partido não é a mudança do secretário-geral, essa está feita, é uma mudança profunda em todo o Partido Socialista".
A mudança, explicou, "passa pela revitalização da vida de muitas distritais e muitas concelhias que têm estado praticamente fechadas à discussão e à participação".
Essa "é a grande questão e é aí que sinto todos os dias um número grande de militantes que se está a aproximar da candidatura", salientou.
Admitiu que o seu "objetivo é ganhar" e que está "certo" de ter "todas as condições para lá chegar".
O candidato a novo secretário-geral do PS disse ainda que "o próximo líder do partido tem de ter entendimentos com o governo, mas também tem de se diferenciar claramente", garantido que o fará caso seja eleito.
Quanto ao novo governo, defende a necessidade de uma "estabilidade política em Portugal", mas com "uma oposição sem tibiezas, um PS que se diferencie claramente do PSD ou CDS", sendo "por um lado um partido que promove a estabilidade política mas, por outro, um partido que se afirme como alternativa em Portugal".
Para enfrentar a maioria de direita, o PS terá para Assis de adotar "um discurso de responsabilidade e de afirmação clara da diferença".
"Esse discurso estou também eu próprio a construí-lo e é um discurso de abordagem dos novos temas que estão a emergir na sociedade. A grande questão para mim é esta: como é que nós num contexto de grandes dificuldades e grandes constrangimentos financeiros nos próximos anos, e da necessidade de adoção de políticas orçamentais restritivas, vamos criar condições estruturais para o crescimento da economia e para manutenção do nosso estado de previdência que tem de se adaptar e transformar?", destacou.
Questionado sobre o apoio do seu ex-chefe de gabinete e autarca de Baião, José Luís Carneiro, à candidatura de António José Seguro respondeu: "Não faço comentários sobre isso. Para mim é um tema tabu".
Também presente na reunião está Guilherme Pinto, presidente da Comissão Política Distrital, para quem "há no Porto um largo espetro de apoio a Francisco Assis, embora seja reconhecido que há outras pessoas que têm importância no Porto que apoiam António José Seguro".
LYL.
Lusa/Fim

13 junho 2011

UM TRATADO SOBRE O BEIJO

BESA me Mucho por Andrea Boceli 

clicar no link supra para ouvir

E ler o "tratado"b sobre o BEIJO 

por Maria Cristina Quartas

 Hoje vamos falar sobre o “BEIJO”.
“Ora aqui está um tema de real interesse!” - Pensam os amigos que me estão a ler.
Pois bem, quem não gosta de “beijos”, mesmo que de “beijinhos” se tratem?! Sejam eles um simples toque de lábios, ou um gesto mais prolongado de sensualidade…seja dado como forma de cumprimento, ou como manifestação dum sentimento.
Talvez nunca tenhamos pensado porque é que o “beijo” é algo tão bom, tão gostoso. Porque será que este simples gesto alenta corações, faz sorrir e tantas vezes é um acto milagroso entre duas almas mais azedadas?
Dar beijinhos, receber beijinhos… alguns pessoas são verdadeiramente “artistas” na arte de beijar. E outras, nem por isso, mas mesmo assim, não ficam indiferentes a uma “boa beijoca” ali mesmo na hora “H”!
Será que há técnicas para um bom beijo? Mas afinal, o que é o beijo: o simples gesto do toque da boca ou algo mais? E porque será que um beijo roubado por vezes sabe tão bem? Porque é que os beijos, sendo eles todos dados da mesma forma (mais ou menos) têm significados e proporcionam sensações tão diferentes?
Ora vamos lá esmiuçar isto dos “beijos”, “beijinhos” e “beijocas” para entendermos melhor este nosso tão simples gesto e também ficarmos a saber apreciá-los mais e melhor!... e desta forma então, sermos capazes de surpreendermos alguém no momento exacto! Afinal, o beijo tem a sua arte, e é importante sabermos apresentá-lo consoante as circunstâncias e intenções.
Desde muito cedo, a boca é a primeira fonte de prazer. Com poucas semanas apenas de vida, além de algumas expressões faciais, provocadas pelos movimentos musculares, as papilas gustativas já estão desenvolvidas. As investigações têm demonstrado que o feto faz careta e pára de engolir quando uma gota de substância amarga é colocada no líquido amniótico. Por outro lado, uma substância doce provoca a aceleração dos movimentos de sucção e deglutição.
Aliás, o prazer do paladar continua na fase em que o bebê se amamenta através do mamilo da sua mãe. Daí para frente, o paladar fica cada vez mais apurado.
A boca é uma das partes que compõe o rosto de qualquer pessoa. Quanto a isto, não restam margem para dúvidas. A zona bocal é a última parte a adquirir todas as formas e recortes finais, embora seja a primeira a sentir as emoções iniciais da vivência.
A língua é a base de todo o paladar e a boca é uma das partes mais sensíveis do corpo e mais versáteis. Um beijo combina os três sentidos de tacto, paladar e olfacto.
O acto põe em acção diversos músculos, cujo número varia em função da intensidade: um beijo carinhoso mobiliza 17 músculos; um mais apaixonado pode chegar aos 29, segundo a tese de doutoramento em Medicina da francesa Martine Mourier, que dedicou as duzentas páginas do seu trabalho aos efeitos do beijo.
Outras revelações: a pressão exercida pode atingir os 12 quilos, os batimentos cardíacos disparam dos 70 para os 150 por minuto. Na troca de saliva são trocadas pelos menos 250 bactérias, usada 9 miligramas de água, 18 de substâncias orgânicas, 7 decigramas de albumina, 711 miligramas de materiais gordurosos e 45 miligramas de sais minerais.
Favorece portanto o aparelho circulatório e beneficia a oxigenação do sangue.
Interessante não é?
O encanto do beijo não está apenas no simples ato ou efeito de pressionar os lábios ou nos movimentos de sucção sobre qualquer coisa ou pessoa.
Vamos ver um pouco da sua história:
Os mais antigos relatos sobre o beijo remontam a 2.500 a.C., nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia. Diz-se que na Suméria, antiga Mesopotâmia, as pessoas costumavam enviar beijos aos deuses. Na Antiguidade também era comum, para gregos e romanos, o beijo entre guerreiros no retorno dos combates.
Era uma espécie de prova de reconhecimento. Aliás, os gregos adoravam beijar. Mas foram os romanos que difundiram a prática. Os imperadores permitiam que os nobres mais influentes beijassem seus lábios, e os menos importantes as mãos. Os súbditos podiam beijar apenas os pés. Eles tinham três tipos de beijos: o basium, entre conhecidos; o osculum, entre amigos; e o suavium, ou beijo dos amantes.
Na Escócia, era costume o padre beijar os lábios da noiva ao final da cerimónia. Acreditava-se que a felicidade conjugal dependia dessa benção. Já na festa, a noiva deveria beijar todos os homens na boca, em troca de dinheiro. Na Rússia, uma das mais altas formas de reconhecimento oficial era o beijo do czar.
No século XV, os nobres franceses podiam beijar qualquer mulher. Na Itália, entretanto, se um homem beijasse uma donzela em público, era obrigado a casar imediatamente. No latim, beijo significa toque dos lábios. Na cultura ocidental, ele é considerado gesto de afeição. Entre amigos, é utilizado como cumprimento ou despedida; entre amantes e apaixonados, como prova da paixão.
Mas é também um sinal de reverência, ao se beijar, por exemplo, o anel do Papa ou de membros da alta hierarquia da Igreja. No Brasil, D. João VI introduziu a cerimónia do beija-mão: em determinados dias o acesso ao Paço Imperial era liberado a todos que desejassem apresentar alguma reivindicação ao monarca. Em sinal de respeito, tanto os nobres, como as pessoas mais simples, até mesmo os escravos, beijavam-lhe a mão direita antes de fazer seu pedido. Esse hábito foi mantido por D. Pedro I e por D. Pedro II.
No que concerne à química do beijo:
O beijo estimula a liberação de hormonas que causam bem-estar.
As terminações nervosas reagem ao estímulo erótico e promovem uma reacção em cadeia. Ao mesmo tempo, as células olfactivas do nariz – mais próximas da boca – permitem tocar, cheirar e degustar o outro.
Beijar activa a libertação de feromonas que, são percepcionadas pelas mulheres de forma inconsciente, na escolha dos parceiros e que portanto, desempenha um papel fundamental na atracção sexual.
Então ai, se entende porque atrás dum beijo vem outro outro e mais outro… e dificilmente se consegue parar!
Relativamente ao simbolismo do “Beijo” pode ser visto pelas várias perspectivas. Pois tanto beijamos por paixão, educação, costume, mas também por respeito ou até por mera formalidade. A própria forma como beijamos varia de acordo com o que queremos expressar.
Naturalmente o beijo torna-se diferente nas suas significações segundo a zona beijada e a ocasião em que este se efectua.
Quanto ao “bom beijo” entre dois enamorados… a sua arte não está na técnica ou na habilidade do seu acto. Muito mais que isso…
Quando se trata de temas, como este, que envolve muitas teorias (e por sinal todas elas interessantes) eu gosto de ser mais pragmática. E vejo as coisas duma forma mais simples e prática (desculpem os amigos!).
Um beijo é muito mais que lábios fundidos ou línguas entrelaçadas. E até mesmo que libertação de hormonas….
Um beijo sem um olhar, sem verbalização, sem um toque no corpo... é a mesma coisa que comer um belo manjar só com a boca, sem paladar e sem cheiro. Um autentico desconsolo!...
Na minha modesta opinião, acho que se beija muito e com má qualidade hoje em dia, lá com as modernices das relações casuais e de rápido consumo… E entre duas pessoas quando o beijo não funciona!...
Acredito que qualquer pessoa pode “beijar bem” e até prender o outro com um beijo. O tal beijo fatal, que prende e apaixona!… Quer se tenha lábios grossos ou finos, língua mais ou menos ágil, boca maior ou menor…
O que é preciso, é saber criar o desejo, criar estimulo…
Olhos nos olhos, mãos suadas, coração acelerado, respiração folgante, lábios hesitantes. Tensão e emoção. Que maravilha!....
O beijo é bom sem dúvida. Mas o seu encanto está na magia, na sedução envolvente, entre duas almas que se querem tocar saboreando-se com os prazeres da volúpia e sensualidade na sua tri-dimensão: espiritual/psicológica/fisica-quimica.
Maria Cristina Quartas

A escultura “O beijo” (1887), do artista francês Auguste Rodin
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