02 outubro 2010

FUNÇÃO PÚBLICA - O BODE EXPIATÓRIO

Imaginando que há setecentos mil trabalhadores na Administração Pública e que desses 30% ganham mais de 1.500 Euros temos 210 mil trabalhadores da AP que vão contribuir para que toda a AP tenha um decréscimo  encargos salariais de 5%.Coisa fina.
Fazendo as contas por alto, considerando os anos em que os salários na AP estiveram congelados (coisa de que ninguém fala) e apesar do aumento de 2,9 do ano passado (coisa de que não há quem não fale), os tais 210 mil trabalhadores da AP irão ficar com salários semelhantes aos que tinham há 10 anos.
Nesses 10 anos essa gente assumiu compromissos mediante os vencimentos que tinha. Meteu-se a comprar casa, a educar os filhos, etc. e, como tinha as contas feitas, não se considerava na faixa do chamado “risco de crédito malparado”. Também os Belmiros e quejandos mantinham as prateleiras aptas para essa gente e o fisco que lhes paga com uma mão e que, com a outra, lhes arrecada parte, vai ter decréscimo na receita.
A espiral criada irá retirar o sorriso cretino da cara de quem agora pensa que isto é o mal dos outros. Esquecem-se que o problema reside no facto de Portugal ser um País de funcionários públicos.
Uns, porque têm esse estatuto de papel passado, como diriam os brasileiros, são os bodes-expiatórios, os outros que não o têm, mas cujas empresas vivem quase exclusivamente do erário público, julgam-se diferentes e afinal a diferença assenta só naquilo que os segundos empocham a mais do que os primeiros.
Costuma dizer-se que em Portugal os funcionários públicos são de primeira e de segunda. Uns picam o ponto e deles se diz serem o mal da nação, os outros estão isentos desta obrigação e repimpam-se à mesa do orçamento pendurados nas rubricas de "aquisição de serviços" ou de "serviços diversos".
Os primeiros calam-se e comem (pouco), os segundos enchem o bandulho, criticam os primeiros atirando-lhes à cara que são eles que lhes pagam os vencimentos, como se o vencimento de uns e outros não resultasse do pagamento do trabalho.

Edith Piaf - Autumn Leaves (Les Feuilles Mortes)

Photograph Ringo Starr

TIRAR AOS POBRES PARA ALIMENTAR CAPRICHOS


São vários os comentários que têm chamado a atenção para o facto da RTP, nos últimos tempos e neste ano de comemoração do centenário da nossa República, estar a dedicar particular atenção à realeza . Curiosamente, igual atenção não tem sido dedicada aos nossos presidentes da República, num momento em que tal se justificaria quando estamos em vésperas de comemorar o centenário do regime republicano. É claro que tudo isto pode ser fruto do acaso se não corresponder a nenhuma significativa infiltração "talassa". "Não há coincidências", mas "Sabe-se lá!" A RTP, a megera transformada em altar de santidade com sua corte de curas e sacristãos, que nos custam os olhos da cara, deveria, nesta emergência, estar a ser desmantelada para aliviar a carga deixando assim de tirar o pão da boca de crianças, velhos e desvalidos para alimentar caprichos e servir estratégias partidárias, alimentando burros a pão de ló.Quanto se pouparia com a venda ou desmantelamento das RTP, RDP, LUSA e afins?... Quando se retira às famílias todo tipo de recursos lançando a classe média baixa à beira da indigência, que filha-da-putice é essa de manter caprichos caros à custa dos meios rapinados às famílias? Quando é que este alienado povo da merda se revolta contra essa casta de doutorzecos, enginheiretes e toda a espécie de empertigados e tiranetes da política a quem esse povo  presta estúpida vassalagem.


DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA

-- O ministro dos Negócios Estrangeiros português considerou hoje que os "enormes desequilíbrios na distribuição da riqueza" são um dos mais graves problemas que urge combater através de orientações firmes por parte dos atores políticos.
"É preciso que a comunidade internacional tenha consciência de que um dos problemas mais graves com que nos confrontamos é o enorme desequilíbrio na distribuição da riqueza no momento em que o mundo se globalizou e em que a perceção dessas diferenças é evidente para toda a gente", disse Luís Amado à agência Lusa.
O MNE português falava à margem da reunião ministerial subordinada ao "reforço da mobilização dos recursos financeiros para os Países Menos Avançados", que decorre em Lisboa, e que reúne representantes dos 49 e que serve de preparação para a IV conferencia das Nações Unidas, a realizar na Turquia em 2011.
do Expresso

TODOS SOMOS CÚMPLICES?

Depois de tudo o que se passou esta semana não há dúvida: temos défice de governantes em quem se possa confiar, a nossa classe política tem uma enorme dívida de credibilidade a pagar aos cidadãos e mais do que provavelmente tudo isso vai gerar um ambiente recessivo, de progressiva perda de confiança quanto à utilidade do voto.
O problema português não é apenas o apertar do cinto. Mais furo menos furo, o ser humano habitua-se, adapta-se.
Se quisermos ser justos, e suficientemente frios, perceberemos até que, numa comparação à escala planetária, a nossa qualidade de vida está muito acima da média.
É, aliás, por termos atingido patamares incompatíveis com a riqueza que geramos que agora nos vemos obrigados a voltar à terra. Penso que muita gente em Portugal percebe isto, compreende e até assume as suas culpas.
2. Os governos que nos trouxeram até aqui, engordando o Estado, promovendo o despesismo, empregando os beneficiários da "cunha", doando contratos leoninos aos amigalhaços, aplicando mal os impostos crescentes, contaram com a cumplicidade da sociedade portuguesa em geral... E nada adianta dizer que a culpa foi dos outros... porque é importante não deixarmos repetir isto!
D. N.

TONY CURTIS

Morreu Tony Curtis. O actor norte-americano de origem húngara tinha 85 anos.  A notícia foi divulgada pela  filha,   Jamie Lee Curtis,  ao  Entertainement  Online,    um ‘site’  do  grupo  CBS
Aos 80 anos, Tony Curtis tornou-se pintor,  uma actividade  onde    também    alcançou o sucesso, depois de uma longa carreira cinematográfica de mais  de uma centena  de filme e várias séries de televisão.
Na imagem com Marilin Monroe

01 outubro 2010

Ministro das Finanças Suíço fala sobre Portugal


O Caramelo é incontinente,  mija e baba-se todo... E os do 31 da Armada foram aparar-lhe a baba...
e mudar-lhe a fralda...

DESCOBERTO PLANETA QUE PODE SER HBITÁVEL

http://arxiv.org/Uma equipa de astrónomos norte-americanos descobriu um planeta semelhante à Terra, com potencial para conter vida.
A descoberta está a entusiasmar a comunidade científica: o planeta é o primeiro, segundo os astrónomos da Universidade da Califórnia e da Carnegie Institution de Washington, a apresentar um potencial real para conter vida.
Com temperaturas médias na superfície a variar entre os 12 graus negativos e os 31 positivos, o planeta tem uma órbitra que equivale a pouco mais de um mês na Terra, com as estações a durarem apenas alguns dias.
Este planeta orbitra em redor da estrela Gliese 581, numa zona considerada "habitável", com água em estado líquido e gravidade.
As descobertas serão publicadas no Astrophysical Journal mas estão já disponíveis no site arXiv.org .

Chama-se  Gliese 581g, está a 20 anos-luz da Terra na constelação de Balança e, de  acordo com uma publicação do Astrophysical Journal, apresenta todas as características básicas  para ser  habitável

A BELA GORDA

30 setembro 2010

A REPÚBLICA PORTUGUESA E O SEU DESTINO INCERTO

Cidadãos!

Depois desta noite de intensa peleja, começo por vos agradecer e vos saudar fraternalmente, em nome do Partido Republicano Português, pela vitória retumbante que alcançámos! Apesar da escuridão em que decorreu esta luta, os corações revoltosos foram sempre iluminados pela esperança da liberdade, a única luz ao fundo da caverna tenebrosa de que hoje saímos triunfalmente.
No seu interior, decorreu toda a História da nossa Nação, uma história que aliou a vontade e o valor de muitos, ao parasitismo insolente daqueles que, julgando pairar sobre a realidade humana, se entregaram a vanglórias imerecidas, na elaboração de projectos faraónicos constantes, desprezando a própria existência de um povo que, na pobreza e na ignorância, definhava aos seus pés. Foram precisos séculos para chegarmos aqui, a este dia em que nos libertamos finalmente deste regime de ignomínia, de arrogância e de tirania.
Companheiros! No reino de Portugal os valores da responsabilidade cívica, da determinação e da audácia são ensinados à plebe, mas preteridos pelos próprios chefes. De facto, há muitos outros valores a falar mais alto: o património, a imagem, o estatuto. E estes bem perduraram até hoje, mas quando confrontados com os ventos da revolta, mostraram-se frágeis e rapidamente se desmoronaram. E, de hoje em diante, não mais se erguerão dentro das nossas fronteiras!
Amigos! No reino de Portugal a Lei é de estatura baixa - daí que não alcance a varanda de um palacete, nem suba as escadas de uma abadia, nem chegue às janelas de uma casa brasonada – mas tem altura para atormentar o povo, que no labor do dia-a-dia, anda pelas ruas rasas das cidades e dos campos. Mas de hoje em diante, a Lei estará por toda a parte, vertical e não inclinada; absoluta e não relativa; instrumento de união e nunca de segregação.
No reino de Portugal, a grei é mordoma do Estado. De hoje em diante, porém, a mesma grei será Senhora absoluta, e o Estado vergar-se-á para a servir.
No reino de Portugal, todos trabalham para a ascensão de alguns. De hoje em diante, cada um esforçar-se-á para glória comum.
Estando nós,  no Potugal Republicano de hoje , entregues a um sistema político-partidário que está enformado de todas as misérias e malefícios que os republicanos de 5 de Outubro 1910 imputavam ao então Reino de Portugal, seria muito importante  fazer-se uma profunda reflexão sobre as desgraças que enfermam a República,  cem anos depois da sua implantação.  PORTUGAL e a REPÚBLICA fenecem hoje às mãos da  torpe classe política (toda sem excepção) que tomou conta disto e está a conduzir a República Portuguesa para a irrelevância como Nação e o seu povo para a indigência total.  Malditos sejam!!!

FARTOTE DE COELHO

O Coelho já enjoa
Os gestores da imagem de  Passos Coelho tudo têm feito para impor a imagem do líder do PSD, ligamos para um canal para sabermos do trânsito e aparece Passos Coelho a dizer que não aceita aumentos de impostos, mudamos para outro canal para sabermos da meteorologia e somos surpreendidos pelo mesmo Passos Coelho a defender a redução da despesa, sintonizamos mais um canal e voltamos a levar com o mesmo Passos Coelho, desta vez a defender as deduções fiscais. Tanto querem impor-nos a imagem do líder que muitos portugueses já estão a ficar enjoados ou, como agora está na moda, estão intoxicados. É como alguns artistas das telenovelas da TVI que aparecem em papéis diferentes nas três telenovelas, diria mesmo que é pior, se Passos Coelho fosse artista de telenovela estaria também nos Morangos com Açúcar, para além de andar no Heli da estação a ver o trânsito para depois correr para o estúdio onde apresentaria o jornal do almoço...-Público

OS CHULOS DO ORÇAMENTO


Ele é vogal de uma dessas entidades reguladoras portuguesas - insisto, não é ministro de país rico, é um vogal de entidade reguladora de país pobre - e foi de Lisboa ao Porto a uma reunião. Foi de avião, o que nem me parece um exagero, embora seja pago pelos meus impostos. Se ele tem uma função pública é bom que gaste o que é eficaz para a exercer bem: ir de avião é rápido e pode ser económico.  Chegado ao Aeroporto de Sá Carneiro, o homem telefonou: "Onde está, sr. Martins?" O Martins é o motorista, saiu mais cedo de Lisboa para estar a horas em Pedras Rubras. O vogal da entidade reguladora não suporta a auto-estrada A1. O Martins foi levar o senhor doutor à reunião, esperou por ele, levou-o às compras porque a Baixa portuense é complicada, e foi depositá-lo de volta a Pedras Rubras. O Martins e o nosso carro regressaram pela auto-estrada a Lisboa. O vogal fez contas pelo relógio e concluiu que o Martins não estaria a tempo na Portela. Encolheu os ombros e regressou a casa de táxi, o que também detestava, mas há dias em que se tem de fazer sacrifícios. Na sua crónica nesta edição do DN, o meu camarada Jorge Fiel diz que o Estado tem 28 793 automóveis. Nunca perceberei por que razão os políticos não sabem apresentar medidas duras. Sócrates, ontem, ter-me-ia convencido se tivesse também anunciado que o Estado passou a ter 28 792 automóveis. DN

29 setembro 2010

ESTRATÉGIA OFENSIVA E POSITIVA PARA O CRESCIMENTO

Christian de Boissieu, principal conselheiro económico do primeiro-ministro francês, François Fillon, afirmou à Lusa que "se juntarmos todos os programas de austeridade, adicionando-os, isso pode pesar sobre o crescimento económico europeu"."Ao mesmo tempo que se adoptam programas de redução do défice, é preciso que os nossos países, e isso é verdade para Portugal como para França ou para Espanha, anunciem estratégias de relançamento do crescimento segundo a Agenda de Lisboa 2000", defendeu o economista francês."A Europa esteve mal no cumprimento da Agenda de Lisboa", explicou Chrisian de Boissieu, sublinhando que fala "da agenda e não do tratado" assinados na capital portuguesa."Tem que se dar prioridade hoje a tudo o que constava dessa agenda, a inovação, a pesquisa e desenvolvimento, o ensino superior, a competitividade das universidades, que restam factores centrais para o crescimento europeu", defendeu o economista."Se queremos evitar passar à Segunda Divisão, como se diz em futebol, é preciso que tenhamos desde já um pacote estratégico de crescimento de pequenas e médias empresas, de inovação e de qualidade do ensino superior", acrescentou o conselheiro de François Fillon.
Como parece ninguém ligar ao canarinho, damos-lhe aqui a oportunidade de aparecer...embora o homem nunca diga nada que não seja para esquecer de imediato.

MORREU O CAVAQUISMO

Morreu o cavaquismo
Testemunho de MÁRIO CRESPPO no JN

Entre mais-valias na carteira de acções do professor Cavaco Silva e o solilóquio de Oliveira e Costa no Parlamento, morreu o cavaquismo. As horas de aflitivo testemunho enterraram o que restava do mito. Oliveira e Costa e Dias Loureiro foram delfins de Cavaco Silva. Activos, incansáveis,  dinâmicos, competentes, foram para Cavaco indefectíveis, prestáveis, diligentes e serventuários. Nas posições que tinham na SLN e no BPN estavam a par da carteira de acções de Cavaco Silva e família. Os dois foram os arquitectos dos colossais apoios financeiros que nas suas diversas incarnações o cavaquismo conseguiu mobilizar logo que o vislumbre de uma hierarquia de poder em redor do antigo professor de Economia se desenhava. Intermediaram com empresários e financeiros. Hipotecaram, hipotecaram-se e (sabemos agora) hipotecaram-nos, quando a concretização dos sonhos de poder do professor exigia mais um esforço financeiro, mais uma sede de campanha, mais uma frota de veículos para as comitivas, mais uns cartazes, um andar inteiro num hotel caro ou uma viagem num avião fretado. Dias Loureiro e Oliveira e Costa estiveram lá e entregaram o que lhes foi requerido e o que não foi.
Como as hordas de pedintes romenos, esgravataram donativos entre os menos milionários e exigiram contribuições aos mais milionários. Cobraram favores passados e venderam títulos de promissórias sobre futuros favores. O BPN é muito disso. Nascido de um surpreendente surto de liquidez à disposição do antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Cavaco Silva, foi montado como uma turbina de multiplicação de dinheiros que se foi aventurando cada vez mais longe, indo em jactos executivos muito para lá do ponto de não regresso. Não era o banco de Cavaco Silva, mas o facto de ser uma instituição gerida pelos homens fortes do regime cavaquista onde, como refere uma nota da Presidência da República, estava parte da (…) "gestão das poupanças do prof. Cavaco Silva e da sua mulher", funcionou como uma garantia de confiança, do género daquele aval de qualidade nas conservas de arenque britânico onde se lê "by special appointment to His Royal Majesty…" significando que o aromático peixe é recomendado pela família real. Portugal devia ter sabido pelo seu presidente que a sua confiança nos serviços bancários de Oliveira e Costa era tal que tinha investido poupanças suas em acções da holding que detinha o banco. Mas não soube. Depois, um banco de Cavaco e família teria de ser um banco da boa moeda. E não foi. Pelo que agora se sabe, confrontando datas, já o banco falia e Cavaco Silva fazia sentar na mesa do Conselho de Estado, por sua escolha pessoal, Dias Loureiro, que entre estranhos negócios com El Assir, o libanês, e Hector Hoyos, o porto-riquenho, passou a dar parecer sobre assuntos de Estado ao mais alto nível. Depois, vieram os soturnos episódios de que Oliveira e Costa nos deu conta no Parlamento, com as buscas alucinadas por dinheiro das Arábias. Surpreendentemente, quase até ao fim houve crédulos que entraram credores de sobrolho carregado para almoços com Oliveira e Costa nas históricas salas privadas do último andar da sede do BPN e saíram accionistas dos dois mil milhões de bolhas especulativas que agora os portugueses estão a pagar. Surpreendentemente também, o Banco de Portugal nada detectou. Surpreendentemente, o presidente da República protegeu o seu conselheiro, mesmo quando as dúvidas diminuíam e as certezas se avolumavam, cai o regime. De Oliveira e Costa no Parlamento fica ainda no ar o seu ameaçador: "eu ainda não contei tudo". Quando o fizer, provavelmente, cai o regime. Francamente, com tudo o que se sabe, já não é sem tempo.

27 setembro 2010

UM LIDER SEM QUALIDADES / A MARIONETE PERFEITA


Manuela Ferreira Leite disse a brincar que seria necessário suspender a democracia durante uns meses para promover as reformas de que o país carece. Retirada do contexto do debate eleitoral e despida do humor com que foi dito começa a ser evidente que tinha alguma razão, quando o país foi governado com a maioria absoluta todos se opunham às reformas e exigiam diálogo, agora que o falso fantasma do autoritarismo não pode ser agitado faz-se do diálogo um jogo de cartas, cheio de bluff.A frontalidade, a honestidade, o saber e o humor que Manuela Ferreira Leite tinha em demasia, tem Pedro Passos Coelho em doses ínfimas. Faz um ar sério quando fala mas as suas propostas não só não têm seriedade como mudam de dia para dia. Faz um ar de sabichão mas  começa a ser demasiado evidente que se limita a dar a voz ao que Ângelo Correia ou o guterrista Nogueira Leite pensam. Quanto a humor foi o que se viu no congresso quando Alberto João Jardim o deixou a falar sozinho no palco. Passos Coelho descobriu uma alternativa à ditadura (de que Ferreira Leite falou a brincar), não se suspende a democracia mas põe-se Sócrates a fazer o que o FMI mandar durante um ano ou dois, depois vai-se a eleições colher os frutos das medidas duras e já se pode governar com a sensação de que se vive em tempo de vacas gordas e até já será vantajoso promover os grandes projectos que agora reprova. Com alguma sorte o FMI exige a liberalização dos despedimentos e a privatização de alguns serviços do Estado e terá aí o argumento para impor a revisão da Constituição Republicana pela do monárquico Paulo Teixeira Pinto. Passos Coelho e os seus mais próximos perceberam que não está à altura para defrontar Sócrates e, pior do que isso, a quebra abrupta nas sondagens, a maior queda em tão pouco tempo de um partido português em muitos anos, não corresponde apenas à incompreensão dos portugueses ou a uma suposta intoxicação, uma queda tão grande e tão rápida só pode ser entendida como uma perda de credibilidade. Sabendo que não podem ir a eleições nos próximos meses e com a economia a dar sinais de recuperação perceberam que correm um sério risco de ver o líder do PSD substituído antes de se realizarem eleições legislativas. Sem mais processos do tipo Freeport ou Face Oculta para derrubar Sócrates, nem margem para lançarem e se aproveitarem eleitoralmente de uma crise política,  resta-lhes a política da terra queimada, apostam na crise financeira para retirarem margem de manobra ao governo e impondo-lhe as medidas que a direita exige mas não quer assumir.Para isso nada como vir o FMI evitar que tenham de dar a cara concretizando as medidas de redução da despesa pública que exigem mas não concretizam. Quando Ângelo Correia defende que se for necessário governa-se sem orçamento, quando Pedro Passos Coelho condiciona a aprovação do orçamento à não adopção das medidas do PEC que aprovou e foram assumidas por Portugal como um compromisso perante as instituições internacionais e os investidores estrangeiros, está a apostar tudo numa crise financeira. Pelo menos Nogueira Leite sabe que sem mexer nos impostos Portugal caminha para a crise financeira e é por o saberem que põem como condição para qualquer diálogo que não se mexam nos impostos. É o argumento perfeito para,  fazendo de conta que defendem os portugueses, defenderem acima de tudo os negociantes do sector da saúde fortemente representados na actual liderança do PSD.
Em boa Verdade não sabemos como pode o PSD apresentar-se  disponível para governar o País com  um líder do tipo de jogador de bisca lambida -  um mero pau-mandado




MANUEL ALEGRE A PRESIDENTE.... JÁ

MANUEL ALEGRE A PRESIDENTE
PARA DAR DIGNIDADE A ESTE PAÍS

Adamo , Tombe la neige

26 setembro 2010

NOS E.U.A. CONDENADA À MORTE UMA DEFICIENTE MENTAL

Desprotegida das campanhas pro-Israel e dos numerosos tamborzinhos que se puseram em fila para cumprir o respectivo dever de atacar o Irão e o Islão, Teresa Lewis lá foi executada  nos EUA por injecção letal...
Era deficiente mental? Era.
Fez parte do complot para matar o marido e o enteado? Parece que sim. O Tribunal americano assim achou.  Era americana e a Lei americana é muito respeitável? Mesmo aquela que condena a pena capital um deficiente mental? Ou que condena a perpétua um ladrão de uma bicicleta de criança, no valor de 100$?
Bom, eles lá sabem, mas que é algo  chocante não há dúvida!

UM LÍDER SEM DIMENSÃO À MERCÊ ...

Ferreira Leite disse a brincar que seria necessário suspender a democracia durante uns meses para promover as reformas de que o país carece. Retirada do contexto do debate eleitoral e despida do humor com que foi dito começa a ser evidente que tinha alguma razão, quando o país foi governado com a maioria absoluta todos se opunham às reformas e exigiam diálogo, agora que o falso fantasma do autoritarismo não pode ser agitado faz-se do diálogo um jogo de cartas, cheio de bluff.A frontalidade, a honestidade, o saber e o humor que Manuela Ferreira Leite tinha em demasia, tem Pedro Passos Coelho em doses ínfimas. Faz um ar sério quando fala mas as suas propostas não só não têm seriedade como mudam de dia para dia. Faz um ar de sabichão mas começa a ser demasiado evidente que se limita a dar a voz ao que Ângelo Correia ou o  ex-guterrista Nogueira Leite pensam. Quanto a humor foi o que se viu no congresso quando Alberto João Jardim o deixou a falar sozinho no palco. Passos Coelho descobriu uma alternativa à ditadura (de que Ferreira Leite falou a brincar), não se suspende a democracia mas põe-se Sócrates a fazer o que o FMI mandar durante um ano ou dois, depois vai-se a eleições colher os frutos das medidas duras e já se pode governar com a sensação de que se vive em tempo de vacas gordas e até já será vantajoso promover os grandes projectos que agora reprova. Com alguma sorte o FMI exige a liberalização dos despedimentos e a privatização de alguns serviços do Estado e terá aí o argumento para impor a revisão da Constituição Republicana pela do monárquico Paulo Teixeira Pinto. Passos Coelho e os seus mais próximos perceberam que não está à altura para defrontar Sócrates e, pior do que isso, a quebra abrupta nas sondagens, a maior queda em tão pouco tempo de um partido português em muitos anos, não corresponde apenas à incompreensão dos portugueses ou a uma suposta intoxicação, uma queda tão grande e tão rápida só pode ser entendida como uma perda de credibilidade. Sabendo que não podem ir a eleições nos próximos meses e com a economia a dar sinais de recuperação perceberam que correm um sério risco de ver o líder do PSD substituído antes de se realizarem eleições legislativas. Sem mais processos do tipo Freeport ou Face Oculta para derrubar Sócrates, nem margem para lançarem e se aproveitarem eleitoralmente de uma crise política, resta-lhes a política da terra queimada, apostam na crise financeira para retirarem margem de manobra ao governo e impondo-lhe as medidas que a direita exige mas não quer assumir.Para isso nada como vir o FMI evitar que tenham de dar a cara concretizando as medidas de redução da despesa pública que exigem mas não concretizam. Quando Ângelo Correia defende que se for necessário governa-se sem orçamento, quando Pedro Passos Coelho condiciona a aprovação do orçamento à não adopção das medidas do PEC que aprovou e foram assumidas por Portugal como um compromisso perante as instituições internacionais e os investidores estrangeiros, está a apostar tudo numa crise financeira. Pelo menos Nogueira Leite sabe que sem mexer nos impostos Portugal caminha para a crise financeira e é por o saberem que põem como condição para qualquer diálogo que não se mexam nos impostos. É o argumento perfeito para, fazendo de conta que defendem os portugueses, defenderem acima de tudo os negociantes do sector da saúde fortemente representados na actual liderança do PSD.

AS GRAÇOLAS DO RAPAZ DO PPD

Pedro Passos Coelho que, como todos sabem, tem mantido na Assembleia da República um namoro espaventoso com Francisco Louça, líder do Bloco de Esquerda, defendeu agora que Sócrates procure uma alternativa negocial com o partido do seu Anacleto para viabilizar o "Orçamento" e, por certo, para cuidar de outros assuntos da Pátria. Se calhar já é coisa combinada com o velho parceiro de capoeira. Não sabemos se o môço é brincalhão ou se tem ataques de humor negro.  Em alternativa o PSD estará entregue à bicharada...

O PADRINHO ACONSELHA A TRALHA AO AFILHADO

Ângelo Correia, sobre o O.E. pronunciou-se pressuroso  no  sentido de dar orientações ao executor da sua estratégia: - "Não deve haver partidos que são discriminados na discussão do Orçamento do Estado. Por outras palavras, o Partido Socialista, quando escolhe apenas o PSD, está a fazer mal. Deve escolher falar com todos. É assim em democracia e a sede é em São Bento, na Assembleia da República", afirmou, em declarações à Lusa.  Como todos sabemos isto é conversa de chacha porque o rapaz fará o que o padrinho mandar. Mas que purismo democrático... o do Padrinho!!!  Que esperteza saloia...
"A preparação do OE compete  exclusivamente ao PS, ao Governo do PS. A sua discussão compete ao País, a todos os partidos políticos. Ou seja, não é feita nos gabinetes, é feita em São Bento, às claras, perante todos os portugueses", acrescentou, dizendo ainda que "aqueles que hoje pedem que nós negociemos com eles, são os mesmos que nos chamaram tudo há um mês atrás". "Nós não sabemos o que está por trás desta atitude do PS. Qual é o verdadeiro PS que quer falar connosco." Para quem está arredado da política não está nada mal!
Pelo PS falou Francisco Assis, que tentou pôr água na fervura. "As coisas, aparentemente, não correram bem na primeira fase. Acredito que possam correr numa segunda fase", disse o líder parlamentar socialista.  E estes são uns líricos...
Assis também referiu, como Ângelo Correia, a possibilidade de o Governo tentar agora outros partidários. Fê-lo manifestando "disponibilidade para falar com outros grupos parlamentares", disponibilidade manifestada em nome de uma "postura responsável, no sentido de criar condições para que haja um entendimento parlamentar que viabilize o OE".
Contudo, sublinhou que o parceiro preferencial é mesmo o PSD, porque aprovou o PEC, a partir do qual são estabelecidas as prioridades orçamentais. E todos sabemos que o rapaz  fará o que o padrinho entender.  (e se calhar aida bem porque posto em roda livre pode ser um perigo...)