14 junho 2011

A DISPUTA PELA LIDERANÇA DO PS

Assis desvaloriza apoios a Seguro e afirma que campanha é para militantes do PS



Assis desvaloriza apoios a Seguro e afirma que campanha é para militantes do PS
O candidato à liderança do PS Francisco Assis afirmou hoje que a sua campanha é dirigida aos militantes, desvalorizando os vários apoios de federações distritais a António José Seguro já anunciados.
"Claro que tenho [apoios suficientes para vencer]. Os apoios das distritais valem o que valem. Dirijo-me aos militantes, a todos, e os presidentes das federações, quer os que apoiam quer os que não apoiam, não são donos da consciência dos militantes", disse à Lusa o líder parlamentar cessante à margem de uma reunião extraordinária da Comissão Política Distrital do PS/Porto.
Assis garantiu ter "cada vez mais apoios, sobretudo de muitos militantes que estavam desmobilizados e que percebem que a grande rutura que se tem de fazer no partido não é a mudança do secretário-geral, essa está feita, é uma mudança profunda em todo o Partido Socialista".
A mudança, explicou, "passa pela revitalização da vida de muitas distritais e muitas concelhias que têm estado praticamente fechadas à discussão e à participação".
Essa "é a grande questão e é aí que sinto todos os dias um número grande de militantes que se está a aproximar da candidatura", salientou.
Admitiu que o seu "objetivo é ganhar" e que está "certo" de ter "todas as condições para lá chegar".
O candidato a novo secretário-geral do PS disse ainda que "o próximo líder do partido tem de ter entendimentos com o governo, mas também tem de se diferenciar claramente", garantido que o fará caso seja eleito.
Quanto ao novo governo, defende a necessidade de uma "estabilidade política em Portugal", mas com "uma oposição sem tibiezas, um PS que se diferencie claramente do PSD ou CDS", sendo "por um lado um partido que promove a estabilidade política mas, por outro, um partido que se afirme como alternativa em Portugal".
Para enfrentar a maioria de direita, o PS terá para Assis de adotar "um discurso de responsabilidade e de afirmação clara da diferença".
"Esse discurso estou também eu próprio a construí-lo e é um discurso de abordagem dos novos temas que estão a emergir na sociedade. A grande questão para mim é esta: como é que nós num contexto de grandes dificuldades e grandes constrangimentos financeiros nos próximos anos, e da necessidade de adoção de políticas orçamentais restritivas, vamos criar condições estruturais para o crescimento da economia e para manutenção do nosso estado de previdência que tem de se adaptar e transformar?", destacou.
Questionado sobre o apoio do seu ex-chefe de gabinete e autarca de Baião, José Luís Carneiro, à candidatura de António José Seguro respondeu: "Não faço comentários sobre isso. Para mim é um tema tabu".
Também presente na reunião está Guilherme Pinto, presidente da Comissão Política Distrital, para quem "há no Porto um largo espetro de apoio a Francisco Assis, embora seja reconhecido que há outras pessoas que têm importância no Porto que apoiam António José Seguro".
LYL.
Lusa/Fim

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