03 maio 2011

AGORA É A TOIKA QUE NÃO SE ENTENDE

A Troika não se entende? Mas tem lá algum português
Uma forte divergência entre os membros da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI) sobre o montante total da ajuda externa a Portugal está em risco de rebentar com o calendário de conclusão e anúncio do programa de assistência e provocar um sério problema ao país.
 De acordo com os planos das três instituições que estão há três semanas a negociar os termos do pacote de ajuda, o processo deveria ter sido concluído o mais tardar hoje, de forma a poder ser tornado público, como previsto, amanhã.         
Mas, de acordo com o que o PÚBLICO apurou, o acordo continua por concluir e, pior, o processo está todo atrasado. O que significa que “não vai haver conferência de imprensa amanhã em Lisboa” para o anúncio do acordo, afirmou uma fonte europeia. “Há um desentendimento sobre o montante” do pacote de ajuda que “está a atrasar o acordo”, explicou.
De um lado, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) defendem que a ajuda deverá ascender “no mínimo” a 80 mil milhões de euros. Do outro, o FMI, que vai financiar um terço do total da ajuda externa a Portugal, não quer ir além dos 60 mil milhões.
Esta divergência resulta da recusa do FMI de financiar os empréstimos de curto prazo portugueses (em bilhetes do tesouro) alegando que constitui uma prática contrária às suas regras internas, o que constitui um problema porque a dívida de curto prazo em Portugal é bastante alta.

Sem comentários: