27 setembro 2011

O EMBUSTE

 


 



Em resultado do chumbo do PEC IV, o governo português, chefiado por Sócrates, viu-se obrigado a pedir o resgate da dívida pública. Após negociações em que participaram o Banco de Portugal, PS, PSD, CDS-PP, todas as confederações patronais, CGTP, UGT, Ordens, Illuminati de vária índole, Deco e grupos de pressão avulsos (senhorios, ensino privado, etc.), foi assinado no passado 11 de Maio um Memorando de Entendimento com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI. A isto convencionou chamar-se Acordo da Troika. Não tem mal que os media tenham adoptado essa designação.
Isto foi a votos, tendo ganho o PSD. Porém, todos os dias, ministros e secretários de Estado repetem ad nauseam estar a cumprir as exigências da Troika. Não é verdade. O governo de Passos Coelho está a tentar cumprir o programa com que se apresentou a votos, dando todos os indícios (antes e durante a campanha) de que Catroga seria chanceler do Tesouro. Estão com certeza recordados que foi ele o chefe da equipa do PSD, co-autor, mais pintelho menos pintelho, do texto final do Memorando. Catroga seria descartado na primeira oportunidade, mas foi à boleia desse embuste que muita gente votou PSD. Sabe-se hoje que o resgate foi mal negociado; Silva Lopes, Daniel Bessa, Medina Carreira e outros já explicaram porquê.
A subserviência reiterada (consta do Memorando, a Troika exige, etc.) de governantes e deputados é repelente. Isto não exclui algumas criaturas do PS. As eleições de 5 de Junho não se fizeram para eleger uma comissão liquidatária. Mas não passa um dia sem que o governo endosse a governança aos senhores da imagem
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