CRÓNICA DE UM DESASTRE ANUNCIADO
Os resultados eleitorais confirmam as piores previsões para o PSOE, que perde mais de 50% da sua bancada parlamentar. Como expressão de que o caráter mais importante do voto foi contra o PSOE e, como consequência, a favor do PP, este conseguiu a maioria absoluta de maneira folgada, mas só aumentou em 20 parlamentares sua bancada. A Izquierda Unida voltou a seu nível anterior às ultimas eleições, passando de 2 a 11 deputados, cortando sua tendência eleitoralmente decrescente.
Desde que Zapatero, depois de resistir, acabou impondo o pacote recessivo, sob forte pressão dos governos da União Europeia e de Obama –que constrangeu publicamente a Zapatero, anunciando à imprensa que o havia pressionado por telefone na noite anterior ao pacotaço - o roteiro da tragédia estava traçado: recessão, desemprego, aumento acelerado do risco espanhol e derrota eleitoral algo humilhante. Não. Foi lo resultado...
O PSOE cumpriu à risca o roteiro, cujo teor trágico estava escondido atrás de uma armadilha da unificação europeia. A própria consulta sobre a unificação europeia confessava o seu segredo: perguntava se estavam a favor da moeda única. Era uma unificação antes de tudo monetária e não uma unificação politica, que se dava a reboque daquela. Mais importante que o Parlamento Europeu passou a ser o Banco Central Europeu.
Depois da lua-de-mel da unificação e do lançamento do euro, o processo de unificação teria, na crise iniciada em 2008, sua primeira grande prova de fogo e o resultado não poderia ser pior. Ao invés de surgir como moeda alternativa ao dólar na hora da crise do dólar, o euro reproduziu, de forma ainda mais negativa, os mesmos mecanismos da crise norte americana. O euro se revelou ser uma armadilha tal, que os países do centro do capitalismo que ainda tem moedas nacionais e portanto podem desenvolver suas políticas monetárias – como os EUA, a Inglaterra, o Japão, a Suécia e os demais países escandinavos – se defendem melhor da crise. Entrando os países do euro estão prisioneiros da moeda única e submetidos aos ditames do Banco Central Europeu, sob a égide da Alemanha... que cuida dos seus negócios, publicamente amancebada com a França mas sem darem mostras que do concubinato possa resultar reprodução.
Desde que Zapatero, depois de resistir, acabou impondo o pacote recessivo, sob forte pressão dos governos da União Europeia e de Obama –que constrangeu publicamente a Zapatero, anunciando à imprensa que o havia pressionado por telefone na noite anterior ao pacotaço - o roteiro da tragédia estava traçado: recessão, desemprego, aumento acelerado do risco espanhol e derrota eleitoral algo humilhante. Não. Foi lo resultado...
O PSOE cumpriu à risca o roteiro, cujo teor trágico estava escondido atrás de uma armadilha da unificação europeia. A própria consulta sobre a unificação europeia confessava o seu segredo: perguntava se estavam a favor da moeda única. Era uma unificação antes de tudo monetária e não uma unificação politica, que se dava a reboque daquela. Mais importante que o Parlamento Europeu passou a ser o Banco Central Europeu.
Depois da lua-de-mel da unificação e do lançamento do euro, o processo de unificação teria, na crise iniciada em 2008, sua primeira grande prova de fogo e o resultado não poderia ser pior. Ao invés de surgir como moeda alternativa ao dólar na hora da crise do dólar, o euro reproduziu, de forma ainda mais negativa, os mesmos mecanismos da crise norte americana. O euro se revelou ser uma armadilha tal, que os países do centro do capitalismo que ainda tem moedas nacionais e portanto podem desenvolver suas políticas monetárias – como os EUA, a Inglaterra, o Japão, a Suécia e os demais países escandinavos – se defendem melhor da crise. Entrando os países do euro estão prisioneiros da moeda única e submetidos aos ditames do Banco Central Europeu, sob a égide da Alemanha... que cuida dos seus negócios, publicamente amancebada com a França mas sem darem mostras que do concubinato possa resultar reprodução.
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