DIVERGÊNCIAS...
ELEMENTAR
São públicas e notórias as divergências entre Cavaco e Passos Coelho no tocante ao papel do Banco Central Europeu face à crise da moeda única. Cavaco, como outros políticos europeus, economistas dos dois lados do Atlântico e a nata dos comentadores internacionais, considera que o BCE deve emitir moeda, como fazem a Reserva Federal norte-americana e o Banco de Inglaterra. Disse-o em várias oportunidades e tom. A mais recente foi ontem, na sessão de abertura do Fórum COTEC, perante a plateia selecta que o escutou no Centro Cultural de Belém. Veja o vídeo da Presidência.
Cavaco lembrou que a crise da dívida não é um mal português, pois afecta países tão diferentes como o nosso, a Irlanda, Grécia, Itália, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Áustria... Não é inocente que o Presidente da República o diga com tanta clareza, em sessão pública, na presença de correspondentes da imprensa estrangeira.
Para facilitar a vida a jornalistas de ouvido duro, pontuou o discurso com sínteses claras. Como esta, por exemplo: «Só quem revela algum desconhecimento é que receia que na situação actual possam resultar dessas intervenções perigos de inflação.»
Como diz o meu amigo Miguel Abrantes, o que se passou foi que Cavaco, que foi professor de Vítor Gaspar, cassou o certificado de habilitações do ministo das Finanças (para não falar do certificado de Passos Coelho, que não tem sequer crédito para ser retirado).
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