26 novembro 2011

Vítor Gaspar diz que Estado social é um sucesso e que tem muito mais benefícios do que custos
Vítor Gaspar diz que Estado social é um sucesso e que tem muito mais benefícios do que custos
*** Serviço áudio disponível em www.lusa.pt
 - O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, defendeu hoje que o Estado social português "é um sucesso", com "muito mais benefícios" do que custos, anunciando o objetivo de assegurar "uma transição bem conseguida para um Estado social mais forte".
Vítor Gaspar esteve hoje numa conferência sobre o Orçamento do Estado 2012, organizado pela Distrital do PSD do Porto, tendo respondido a várias questões dos militantes sociais-democratas, uma das quais sobre a capacidade de sustentabilidade do Estado social na Europa e Portugal, que o ministro das Finanças considerou ser possível.
"O nosso Estado Social, o Estado social português não é um fracasso, é um sucesso", defendeu, ressalvando, no entanto, que "os sucessos não se sustentam a si próprios" e "têm que evoluir ao longo do tempo para terem um sustentáculo sólido".
Segundo Vítor Gaspar "esse sustentáculo sólido vai ser conseguido", afirmando ainda não ser "verdade que um Estado social não tenha capacidade para concorrer com um Estado mínimo".
"Nós somos muito mais fortes como equipas do que individualmente. Um Estado social permite-nos trabalhar em conjunto, como equipa e que nos mantém juntos", justificou o governante.
Consciente de que o Estado social "tem custos", Vítor Gaspar defendeu a ideia de que este sistema, quer em Portugal quer na Europa, "tem muito mais benefícios do que esses custos".
"Um Estado social moderno e bem desenhado não é um handicap para a concorrência, é um ativo na concorrência. Um dos objetivos centrais da agenda de transformação estrutural é assegurar uma transição bem conseguida para um Estado social mais forte, sustentável, que apoie o nosso espírito de equipa", enfatizou.
O ministro das Finanças deu ainda o exemplo da sua geração, para qual "uma das forças de transformação estrutural mais fortes na sociedade portuguesa foi a transição de um Estado que tinha muitas características de um Estado mínimo para um Estado Social".

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