LISBOA À MESA
Não é novidade: gosto de guias. Com a chancela da Planeta, Miguel Pires acaba de publicar um — Lisboa à Mesa. O nome do autor é garantia bastante. Em 196 páginas e formato de bolso, o autor sistematiza 280 entradas: restaurantes, lojas gourmet, mercearias, talhos, charcutarias, padarias, mercados étnicos, sítios onde comprar produtos biológicos, moradas para noctívagos, esplanadas, etc. Além do índice geral, a abrir (v. pp 7-15), está tudo arrumado por índices temáticos (v. pp 163-190) e, a fechar, ainda há um índice alfabético (v. pp 191-196). O geral divide a cidade em zonas. É assim que deve ser. Sem bons índices, um guia perde a razão de ser.
Decerto não por acaso, Miguel Pires faz a síntese de dois clássicos: o Zagat (americano) e o Gault & Millau (francês). A roda está inventada há muito tempo, há que seguir modelos fiáveis. Cada uma das entradas do guia assinala um Factor X que justifica a escolha. Confirmei muita coisa, descobri outra.
Os restaurantes favoritos são 50, número que andará perto de 3% dos que existem no concelho de Lisboa. Muito bem. Uma selecção não é um inventário. Idiossincrasia pessoal: tenho pena que nesses três por cento (ou coisa parecida) não haja lugar para a Versailles, que ainda ontem fez 89 anos, mantendo um serviço (e uma cozinha) de qualidade à prova de bala e a tradição dos cafés-restaurantes que são traço distintivo em Paris, Madrid, Berlim, Viena, etc., mas, repito, uma escolha é uma escolha. Tudo visto, estão de parabéns a Planeta e o autor.
Da Literatura
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