16 maio 2011

A GERINGONÇA


                                                          Santana Castilho publicou um livro em que verbera, forte e feio, o programa do PSD para a Educação. Isto não seria notícia não se desse o caso de Pedro Passos Coelho ser o autor do prefácio desse livro. Mais: o líder do PSD foi ao lançamento, ouvindo da boca do testa-de-ferro da Fenprof o que Maomé nunca disse sobre o toucinho: Aquilo que está no   programa é
só  a continuidade   do  modelo
que  os  professores rejeitaram.
Passos parece que diz em privado o que o  programa   desmente.
Mas o que sucedeu com o programa eleitoral do PSD para a educação é inaceitável, Passos Coelho deu cobertura a todas as reivindicações corporativas do sector, insinuou que todos os relatórios que apresentavam indicadores positivos ou eram manipulados ou encomendados, criticou cinicamente tudo o que se fez, já emplena campanha insinuou tabem que o investimento nas escolas é um luxo. Depois de uma oposição sistemática à política governamental para a educação seria de esperar que tivesse uma alternativa, que sabia o que queria, que tinha ideias sólidas, mas não, de um minuto para o outro disse que o
programa para a Educação era para melhorar, isto é, estava mal.
Este PSD de Coelho não é uma alternativa a coisa nenhuma! É um precipício ao qual o país será lançado se os eleitores não se derem conta da ratoeira que lhe pretendem armar. E os antigos governantes do PSD que, perante o descalabro começam a aparecer na campanha, fazendo uma pausa no seu dolce farniente para apoiar o indigente líder, são meras bandeiras arreadas há muito tempo e só
aparecem para fazer o frete habitual ao partido que lhes deu o bem-bom... Em quem os eleitores vão votar é na rapaziada de Passos Coelho constituida por muitos refugos de outras andanças políticas, alguns vira-casacas que nestas oportunidades se agregam mostrando-se disponíveis e... sempre mais papistas que o Papa. É na pobreza da equipa de Passos Coelho que mais parece uma geringonça mal amanhada a ameaçar desconjuntar-se, que votará quem fizer essa opção.

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