14 novembro 2011

MARIO MONTI


A indigitação de Mario Monti para primeiro-ministro de Itália não sossegou os Mercados: as bolsas europeias estão todas no vermelho. A ver vamos como reage Wall Street, que abre quando forem duas da tarde em Lisboa. Hoje mesmo, a Itália teve de pagar 6,29% de juro por uma emissão de obrigações a cinco anos. Se isto não é uma pré-bancarrota, não sei o que seja uma pré-bancarrota.
Monti não é o príncipe encantado que vai salvar a Bela Adormecida. Por isso não percebo a gente que anda há três dias aos pulos a festejar o afastamento de Berlusconi. Il Cavaliere, é bom lembrar, foi eleito três vezes: em 1994 (saiu em 1995), em 2001 (saiu em 2006) e em 2008 (sai quando o seu sucessor tomar posse). Ter sido afastado por exigência da Firma, do FMI e dos Mercados, sem recurso a eleições, é motivo de preocupação. Se Monti chegar a tomar posse, vai ficar quanto tempo? E Papademos, na Grécia? Alguém acredita que vai haver eleições em Fevereiro? Este tipo de precedente costuma fazer jurisprudência...

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