15 novembro 2011

P.S. REUNE COM A TROIKA

Encontro decorrerá na sede do PS, em Lisboa                                  

Na sede do partido, em Lisboa, a partir das 15h, Paul Thomsen, do Fundo Monetário Internacional, Jürgen Kröger, da Comissão Europeia, e Rasmus Rüffer, do Banco Central Europeu, vão encontrar-se com uma delegação do PS liderada por António José Seguro. A saber: o líder parlamentar, Carlos Zorrinho, o secretário nacional para a Economia e Inovação, Eurico Dias, e o assessor para os Assuntos Económicos, Óscar Gaspar.
Nesta reunião, que, por iniciativa dos socialistas, abordará os temas que sofreram alterações desde a assinatura do memorando de entendimento, serão também apresentadas as ideias do PS para actuar no domínio do crescimento económico e aumento do emprego. Fonte da direcção do partido disse ao PÚBLICO que, apesar de o PS insistir na existência de uma folga orçamental no Orçamento do Estado (OE) para 2012 (o que permitiria, por exemplo, manter um dos subsídios dos funcionários públicos e pensionistas), a irredutibilidade do Governo encaminhou os socialistas para a procura de soluções alternativas que possibilitem uma maior equidade na distribuição dos sacrifícios. No entanto, a mesma fonte recusou especificar quais as propostas que o PS vai apresentar à delegação da troika e que poderão vir a estar na mesa das negociações com a maioria governamental.
Neste encontro, o secretário-geral poderá reiterar a ideia de ajustar o cumprimento de prazos. Em entrevista à TVI, no passado dia 8, Seguro notou que as alterações produzidas após a assinatura do acordo com as autoridades internacionais abriram caminho para um ajustamento do programa de assistência financeira.
Pouco mais tarde, durante o debate da proposta do OE, o líder do PS detalhou a sua proposta, sugerindo que as metas de consolidação orçamental deveriam ter um prazo alargado de um ano (até 2015). "Nenhum português compreenderá que, podendo os sacrifícios ser distribuídos por três anos, tenham de ser violentamente concentrados em dois anos", disse, acrescentando que, "como o primeiro-ministro afirmou, o esforço de redução [do défice] no próximo ano não é de apenas 3 mil milhões de euros, mas de 7 mil milhões". Consequentemente, existe uma "disponibilidade do PS para trabalhar pelo bem de Portugal e suavizar os sacrifícios das famílias e das empresas".

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