03 julho 2010

SÓ CÁ FALTAVA ESTA...



Num futuro próximo o ser humano poderá não envelhecer. Esta é uma das principais teorias defendidas por Aubrey de Grey, investigador britânico que esteve em Portugal para explicar como é possível combater o envelhecimento com tratamentos médicos.
O polémico cientista participou nesta sexta-feira no Simpósio anual do Programa Graduado em Áreas da Biologia Básica e Aplicada na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Através de técnicas de “medicina regenerativa” será possível evitar a degradação das células, causadora das principais doenças que surgem com a idade avançada, por exemplo “Alzheimer, Parkinson e problemas cardiovasculares”, explicou o autor do livro “Ending Aging”.
Aubrey de Grey exemplificou: um adulto de 30 anos que seja tratado pode ganhar o dobro de vida saudável. “Os seres humanos vão ser jovens adultos por mais tempo não cronologicamente mas biologicamente”, afirmou o cientista.

RONALDO DA BOLA

O DRAMA DE RONALDO

A CAÇA AO HOMEM

A VERGONHOSA CAÇA AO HOMEM NUM PAÍS DE INSTITUIÇÕES MACABRAS QUE NEM NO TERCEIRO MUNDO TERIAM HOJE LUGAR
«Vinha no carro a ouvir o noticiário da rádio e o assunto principal era a convocatória que um juiz de instrução criminal tinha enviado ao Parlamento para que o primeiro-ministro pudesse ser interrogado no âmbito de uma queixa-crime particular por difamação e injúrias, interposta por Manuela Moura Guedes. E a notícia acrescentava que a Comissão de Ética do Parlamento tinha recusado "levantar a imunidade" parlamentar ao primeiro-ministro, por considerar que ele não é deputado. De seguida, ouviu-se a opinião de vários juristas, os quais, para não variar, não coincidiam nas razões jurídicas, mas apenas na conclusão: a convocatória era perfeitamente deslocada, fruto de uma precipitação do juiz, dando seguimento a um erro do Ministério Público. Depois, dava-se conhecimento dos habituais comunicados da PGR e do Conselho Superior da Magistratura, tentando justificar a argolada e chutando as culpas, subtilmente, de uns para os outros. Enfim, seguia-se a opinião política sobre o assunto de um editor de jornal diário. E, em substância, declarou este, em tom convicto e acusatório: mais um escândalo envolvendo José Sócrates, a gota de água que faltava num copo já a transbordar, etc. e tal.
Fiquei a meditar naquilo: mais um escândalo envolvendo José Sócrates? Que escândalo - a trapalhada jurídica a que ele era absolutamente alheio? O facto de alguém, no uso de um direito que cabe a qualquer um, ter apresentado uma queixa-crime contra ele porque se julgou ofendida?
Recuemos no 'escândalo'. Há seis anos - seis! - que dois procuradores do MP e vários agentes da PJ investigam o chamado 'caso Freeport', prorrogando sucessivamente todos os prazos, arrastando o processo sem que se entenda para quê ou porquê, e fazendo desta investigação, junto com a do 'caso Maddie', a mais cara de sempre do MP. Onde está o escândalo? No facto de se eternizar durante seis anos uma investigação que, só e mais nada, visa apurar se o primeiro-ministro que nos governa foi ou não corrompido, mantendo entretanto vivas as suspeitas sobre ele? No facto de essas suspeitas, e alguns documentos do processo, supostamente em segredo de justiça, terem alimentado durante um ano a fio e em época eleitoral o "Jornal de Sexta" da TVI? No facto de nem o procurador-geral da República, putativo superior hierárquico dos procuradores, ter poderes para lhes ordenar que, concluam o que concluírem, ponham fim à investigação - coisa que não pode fazer porque eles são 'independentes'? No facto de não haver ninguém, instituição alguma, que lhes possa exigir responsabilidades por manterem um cidadão sob suspeita de corrupção durante seis anos, manchando diariamente o seu nome na praça pública, e nisso gastando dezenas ou centenas de milhar de euros dos contribuintes, porque eles são 'irresponsáveis'? No facto de nem sequer poderem ser afastados do processo, como sucederia em qualquer empresa privada, porque são 'inamovíveis'? Será isso o escândalo? Não, o escândalo é que o nome de José Sócrates esteja no processo - com razão ou sem razão, não importa.
Com razão ou sem razão - cada um julgará de acordo com os seus critérios de jornalismo - José Sócrates acabou por se rebelar contra o "Jornal de Sexta" e desabafar que aquilo era "um jornal travestido, de caça ao homem, motivada por razões de ódio pessoal". Disse o que muitos pensavam, mas raríssimos se atreveram a dizer, o que é bem curioso: tinham mais medo do "Jornal de Sexta" do que de José Sócrates. E, quando Sócrates, farto de se ver associado todas as semanas ao escândalo Freeport (onde nunca foi ouvido nem teve a possibilidade de se defender!), reagiu, em defesa própria, foi outro escândalo: tentativa de censura, acto próprio de alguém que "convive muito mal com a liberdade de imprensa". Quer dizer: se ele, insultado quase diariamente aqui e ali (e, como se viu, com o perdão e o apoio da magistratura), resolve reagir em defesa própria, é um censor. Parece assim que as funções de primeiro-ministro comportam muito menos direitos nesta matéria do que as funções de qualquer outro cidadão: o PM, em nome da liberdade de imprensa, só tem o direito de comer e calar. Se ele, reagindo, processa aqueles que entendeu que o ofenderam para lá dos limites toleráveis, é um escândalo, uma ameaça à liberdade de imprensa - que, felizmente, os magistrados não consentem. Mas se é alguém que o processa a ele, é outra vez um escândalo e da sua responsabilidade.
E mais escândalo a propósito da célebre tentativa de compra da TVI. Já aqui disse que também eu acho impossível que o primeiro-ministro ignorasse a negociação em curso. Não sei se teve a ideia, se apenas a incentivou ou consentiu ou nada disso. Mas que sabia dela, tenho poucas dúvidas. Só que isso não é crime e mentir no Parlamento também não. Também já aqui escrevi que as escutas reveladas pelo "Sol" mostraram quanto um certo círculo de amigos ou serventuários de José Sócrates representam a podridão da política e da simples decência. É lamentável, para dizer o mínimo, que o primeiro-ministro precise dos serviços de gente daquela e recorra ao expediente de comprar pequenos-almoços de propaganda política com um futebolista, pagos por uma empresa de capitais maioritariamente públicos (o facto mais grave de todo este caso e que, talvez por envolver um intocável futebolista, não foi seguido nem investigado a sério por ninguém). Mas, em lado algum, no 'processo TVI', existiam indícios, mínimos que fossem, da prática de qualquer crime - a menos que se queira subscrever a tese ad hoc dos magistrados de Aveiro, vendo na tentativa de compra da TVI pela PT, eventualmente para silenciar o "Jornal de Sexta", suspeitas graves de um "crime de atentado ao Estado de Direito" (assim confundindo alegremente Manuela Moura Guedes com o Estado de Direito).
O escândalo não esteve no facto de vários jornalistas, utilizando o expediente de se constituírem 'assistentes' no processo-crime de Aveiro aproveitarem para ler as escutas e depois as publicarem, num desvirtuamento do espírito da lei que é chocante e revelador do 'vale tudo' em que se caiu. O escândalo não é o facto de nos dizerem que é tudo uma questão de tempo até que as escutas estejam ao alcance de todos, uma vez arquivado o processo ou deduzida acusação - mesmo que os escutados não sejam parte no processo e a violação da sua correspondência privada não possa ser validada nem usada em juízo. O escândalo não é que Pacheco Pereira tenha andado a consultar escutas que não podem ser usadas em processo-crime porque a Constituição o proíbe e com toda a razão e que, menos ainda, podem então ser usadas para um processo político e para a luta partidária. Não, o escândalo foi que Mota Amaral, contra a vontade de Pacheco Pereira e o entusiasmo do magistrado que enviou as escutas para o Parlamento, tenha tido a dignidade de defender a Constituição contra a tentação estalinista de suspender os direitos e garantias individuais em nome do 'interesse público'.
Faça-se o juízo político, e até pessoal, que se fizer sobre José Sócrates, Mário Soares tem razão quando diz que nenhum primeiro-ministro foi tão perseguido e atacado quanto ele. Tem contra ele a oposição normal, mas tem também toda a magistratura, a quem se atreveu a tentar retirar alguns privilégios, como quinze dias dos dois meses de férias a que tinham direito (já lhos devolveu), e um sem-número de jornalistas e colunistas que vivem numa obsessão com a sua pessoa que é doentia e que os leva mesmo a julgar que quanto pior disserem dele, mais populares serão. É certo que Sócrates se pôs a jeito muitas vezes. Que se meteu em demasiadas trapalhadas e, sobretudo, que se fez rodear de alguma gente infrequentável. Mas há uma diferença no seu estatuto, que é própria das democracias: ele foi eleito e os jornalistas e os magistrados não. Ao contrário dos magistrados, Sócrates não é independente: depende do seu partido e, nas suas funções, depende do Parlamento e do Presidente da República. Não é irresponsável - responde também perante a imprensa, a opinião pública, os eleitores e os tribunais. Não é inamovível: pode ser afastado por nós nas próximas eleições ou na Assembleia da República, a todo o tempo.
Por uma questão de formação, eu prefiro sempre ser governado por aqueles que posso ajudar a escolher e a afastar, com o meu voto. É por isso que sou republicano e não monárquico. É por isso que me sinto mais seguro quando o poder está nas mãos de quem foi eleito do que de quem tem um cargo vitalício ou não escrutinável. E, como dizia Sartre, "daqui não saio".»Miguel S.Tavares [Expresso] Miguel Sousa Tavares

30 junho 2010

ESTE PSD NA HORA DE MOSTRAR O QUE VALE




O PSD nas mãos dos radicais?
A actual crise das scuts já não tem saída Qualquer que seja a solução, caso haja, os estragos estão por aí: Os cacos em que se transformou uma entente sem consistência, estão bem à vista.
O PS e o Governo estão reféns de uma coligação de interesses, todos conflituantes, mas que conseguiram eleger o inimigo do costume: O Governo.
O PR está entalado entre a sua própria campanha eleitoral e os interesses que se movem entre as sombras do palácio de Belém, e que representam a Igreja, meia-dúzia de banqueiros, e de construtores civis.
Isto para não dizer que também ele tem um calendário para entegar o poder à direita...
A nova direcção do PSD, capturada por interessados "no poder já"! e cavalgando a onda de desinformação e do desgaste do governo, não quer saber da protecção das regiões menos desenvolvidas (pouca população, poucos votos...) e clama contra "medidas demagógicas" do PS...), ameaçando não aceitar fazer mais qualquer acordo com o governo.
OK.
Está na hora de lhes dar a oportunidade de ir a votos, de ganhar e de governar.
Uma cura de direita, de populismo, e de irresponsabilidade seria um bálsamo e uma forma de os vermos no palco das suas responsabilidades nacionais e internacionais. Mas era já!... Que eles mourejam para que tudo ainda fique pior...

ERA DAR-LHES TUDO JÁ!!!


Agora que a Selecção está de volta, regressa a política (Quer dizer que regressou a bincadeira...)
Pretexto fatal: portagens nas Scut. O governo queria três, todas a Norte, onde só 21% do tráfego é portajado (contra 57% em Lisboa). O PSD exige sete. No P&C, autarcas dos municípios pobres ensaiam a dança do ventre em directo. O governo anuiu nas sete, adiou a cobrança para 1 de Agosto e isentou 46 municípios com poder de compra inferior ao índice 100 da tabela IPCC (Poder de Compra Concelhio). O PSD diz que não: «o Governo está a enveredar por uma linha de demagogia perigosa e, se é esse o caminho que o Governo quer prosseguir, então eu tenho de dizer de forma muito clara que não pode contar com o PSD para esse campeonato de demagogia barata para onde nos querem empurrar.» O PSD aposta forte e feio na crise. Cavaco não vai achar graça. Mas os Marcos Antónios da vida não desistem. Dois mesitos, dois mesitos para dissolver enquanto é possível. A ver vamos. Eu acho que sim. Era dar-lhes tudo, já!!!

29 junho 2010

UMA DESILUSÃO


Desilusão Quando Cavaco Silva sugeriu que fossemos ao site da Presidência da República porque lá poderíamos encontrar a verdade e as provas da sua honestidade e da verdade fiquei um pouco surpreendido, receei que o presidente da República tivesse transformado o site institucional da Presidência da República de todos os portugueses num blogue da familiar, onde os Silva misturariam as suas crenças religiosas com provas de honestidade. Como muitos portugueses deverão ter feito, lá fui visitar o "site".
Fiquei surpreendido, pois afinal o site ainda era da Presidência da República, não era desta que iria conhecer os pormenores da nova vivenda luxuosa da família Silva, nem a prova de que Cavaco Silva perdeu mesmo dinheiro com a crise financeira, numa demonstração de que é um defensor do velho princípio “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”,... ele que tantas vezes avisou o país de ter ficddo a perder dinheiro por ter sido surpreendido por essa mesma crise.

Desde o tempo em que mudou de vivenda no Algarve e um jornal referiu que a segunda casa de praia teria sido negociada através de uma off-shore que ando com esta dúvida para esclarecer. Mas o “site” não continha o arquivo histórico da família Silva, pelo que também não tive a oportunidade de recordar os detalhes de um processo disciplinar que lhe foi movido pela Universidade Nova e do qual ficou ilibado graças à intervenção do reitor que, mais tarde, foi promovido a ministro dos Negócios Estrangeiros...
Também não tinha informação sobre uma famosa desvalorização do escudo decidida pelo ministro das Finanças de Sá Carneiro que teve como consequência mandar Portugal para a sopa dos pobres do FMI. Para quem agora defende que tudo o que o governo faz deve ter em conta a competitividade, talvez o “site” explicasse quando é que Cavaco Silva passou a ter essa preocupação ou a partir de que momento passou a ter os poderes adivinhatórios que agora exibe.
Bem, não constavam as antiguidades familiares mas ainda assim não perdi a esperança, continuei a “folhear” o site em busca da página relativa aos negócios de acções da família Silva bem como de eventuais relações dos familiares em negócios do BPN ou da SLN. Como Cavaco Silva falava em provas de honestidade e neste caso foi beliscado pelo que veio publicado na comunicação social, esperava que estivesse discriminadas as acções que comprou e que vendeu nos últimos anos, para comprovar os prejuízos de que se queixou quando comentou o caso das acções da SLN. Contava ainda saber mais pormenores do negócio com as suas acções da SLN, pormenores como quem as vendeu, como foi fixado o preço de compra, quem fixou o preço de venda e quem as comprou. Esperava perceber como é que Cavaco Silva foi tão brilhante a prever o descalabro do banco dos seus amigos cavaquistas e foi surpreendido com os outros negócios em acções. Fiquei sem saber como alguém tão previdente, que nas acções negociadas no BPN com a preciosa intervenção de Oliveira e Costa teve um lucro de 100% (cem mil euros para ele e para a filha) e foi tão desastroso nos outros negócios ao ponto de no conjunto das poupanças ter tido prejuízo. Fiquei na mesma.
Esperava ainda ficar a saber de todos os pormenores sobre as famosas escutas a Belém... Estava mesmo interessado em saber se sabia que tinha sido o seu assessor a lançar as suspeitas, se o repreendeu por tal facto, se discutiu com ele a possibilidade de desmentir e as conversas que teve entre as suas declarações durante a campanha e a declaração ao país mais idiota que um presidente já fez ao país, uma declaração que intelectualmente estava ao nível de um famoso discurso onde Américo Tomaz disse que” desde a primeira vez que cá vim é a primeira vez que aqui venho”. Mas não! O Palácio de Belém não é a Casa Branca e os portugueses só têm direito a saber o que Cavaco Silva diz em público.
Foi uma desilusão total e para confiar na honestidade de Cavaco Silva terei de continuar a acreditar nas dezenas de vezes que ele próprio diz de si que é honesto o que, diga-se de passagem, não lhe fica nada bem, quem é honesto não precisa de o repetir tantas vezes
. in O Jumento

27 junho 2010

DEPOIS; DIGAM QUE A CULPA É DO SÓCRATES!!!


"O País é governado por uma coligação entre alguns procuradores da República e alguns jornais… É uma verificação(Henrique Granadeiro)
"Temo que "governado" não seja o termo adequado. Seria mais correcto dizer que o país se vai tornar progressivamente ingovernável por força de uma coligação entre péssimas investigações e jornalismo tablóide" (Pedro Adão e Silva)
E perguntou um espectador anónimo: que tem isto a ver com férias judiciais?
- Nada! dizemos nós...

VALE TUDO SENHOR PASSOS COELHO?



A SINISTRA COLIGAÇÃO BE/PSD










Pese embora a minha simpatia por ele, assumo hoje a ousadia de interpelar Pedro Passos Coelho a propósito dos sinais que começa a dar de pactuar com a velha ordem que havia rejeitado.
Umas vezes parece um líder novo com uma mensagem nova e uma coragem firme, outras aparece igual aos seus antecessores, a praticar uma política oportunista, sem firmeza e sem caminho. Passos Coelho assegurou que, se a Comissão de Inquérito provasse que o primeiro--ministro tinha mesmo mentido, o PSD apresentaria uma moção de censura no Parlamento.
Pois bem, a referida comissão, a fazer lembrar os tribunais plenários do fascismo pela sua máxima "Os fins justificam os meios", não provou nada contra o primeiro-ministro. E você, meu caro Pedro Passos Coelho, perante essa evidência, só tinha que mandar votar contra o relatório elaborado por João Semedo. Mas não. Faltou--lhe a coragem, a frontalidade e o sentido de justiça em democracia para tomar tal decisão. Pois então, quais são as conclusões do ridículo relatório? "O Primeiro--ministro não mentiu, mas também não falou verdade", e por isso, sem mentiras nem verdades, não há moção de censura, e no meio desta nojenta salganhada sempre há saída para o PSD votar envergonhadamente a favor de João Semedo, do BE, e sem a responsabilidade da moção de censura.
João Semedo, o relator, eliminou, entre outras coisas, os depoimentos de Zeinal Bava e de Henrique Granadeiro e cozinhou um relatório que é uma fraude. Uma no cravo, outra na ferradura. No ADN da maioria dos deputados da comissão de inquérito, a vida é feita assim, uma no cravo, outra na ferradura, não é carne nem é peixe, não é verdadeiro nem é falso, nem sim, nem não, talvez ‘nim’.
A maioria desses deputados são feitos desta massa gelatinosa, sem coluna vertebral, cheiram a fruta bichada, moldam-se ao sistema. Admitamos, em tese, que Sócrates tinha conhecimento e interferiu no negócio PT/TVI. Ninguém provou isso, nem nada. E enquanto vivermos num Estado de Direito, quem acusa e não prova nada não pode pedir a condenação do acusado.
Meu caro Pedro Passos Coelho, você pactua com tudo isto e votou um relatório vergonhoso, manipulado, nojento, que teve a ousadia de considerar uns testemunhos e anular outros, que tirou ilações a partir de convicções, etc. Só encontrei disto nos tribunais plenários. Onde está a sua força e a sua integridade, Pedro Passos Coelho?
Vale tudo?
C.M.- Emídio Rangel
E o que esta situação revela é o facto de o pensamento no PSD continuar a ser estruturado por um marxista,leninista, maoista estalinista, o glorioso Pacheco Pereira, uma espécie de monge vermelho confessor de Manuela Ferreira Leite e o estratega desta e outras operações de baixa politica que marcaram toda a acção de uma senhora que se deixou transfigurar por essa espécie de Rasputine da Marmeleira. E essa criatura continua a andar por aí a derramar veneno e fel e a tentar manter o novo líder do PSD sob a sua insana influência.

AS ILHAS GREGAS À VENDA?

O Cavaquismo clientelar
Grécia vende ou arrenda ilhas para pagar dívidas
Míconos e Rodes, esta última na mira de Ramon Abramovich, são algumas das ilhas que os gregos querem transaccionar para ajudar a pagar a dívida pública.
O Governo grego planeia colocar à venda ou arrendar a longo prazo algumas das suas seis mil ilhas como medida para reduzir a dívida pública.
A crise que a economia grega atravessa terá levado o seu Governo a tomar medidas desesperadas, publica hoje, sexta-feira, o jornal “The Guardian”.
Uma das medidas centra-se na venda ou arrendamento das suas ilhas, entre as quais se encontra a famosa Míconos, um dos lugares de eleição do turismo.
A ilha de Rodes é alvo de interesse por parte de investidores, na sua maioria russos e chineses, entre estes Roman Abramovich, proprietário do Chelsea.
Em Março, deputados alemães tinham aconselhado a Grécia a vender as ilhas para reduzir o défice público. “O Estado grego deve desfazer-se de forma radical das participações em empresas e vender terrenos, como por exemplo, as ilhas desabitadas”, disse na altura, Frank Schäffler do Partido Liberal alemão.
Das seis mil ilhas, apenas 227 são povoadas. Este terá sido um impulso para esta iniciativa, uma vez que segundo o Governo, é “impossível desenvolver infra-estruturas básicas nestes locais”, de modo a atrair investimento.
Os preços variam entre os dois e os quinze milhões de euros. Por exemplo, a ilha de Nafsika, no Mar Jónico, com cerca de 1,253 hectares, poderia ser adquirida por 15 milhões de euros.
Segundo o diário britânico, com estas operações a Grécia consegue fundos para aliviar parte dos graves problemas que actualmente enfrenta.
Além disso, peritos do FMI e do governo grego já tinham proposto a possibilidade de venda dos terrenos com o fim de atrair investidores para gerir emprego e riqueza.
Por cá a coisa não estará tão negra e ainda dará para o senhor Cavaco Silva andar a roteirar por aí atazanando a vida ao primeiro ministro, abrindo caminho para o poder ao PSD e sua clientela e preparando a sua própia reeleição. Só esperamos que as contas lhe saiam furadas e que os portugueses se apercebam dessa coisa oca, árida e nefasta que é o cavaquismo clientelar.