11 outubro 2008

JÁ É SÓ BARRIGA

Pacheco Pereira, além de já ter garantido o seu nome na história de Portugal pela grande façanha em que se transformou a sua heróica luta contra a invasão do território pelos MAGALHÃES da Microsolft, também o seu ilustre nome já dispõe de uma entrada na ENCICLOPÉDIA distribuida pelo jornal PÚBLICO, ocupando vinte e cinco linhas de uma coluna com várias referências ao seu currículo, designadamente o seu truncado percurso político, onde apenas é específico na adesão ao PSD em 1988, já com a bonita idade de 40 anos, sendo quase omisso no referente aos seus antecedentes políticos para um mergulho abrupto no PPD/PSD. Apenas se refere: -Muito próximo, no passado, de uma esquerda que rompera com o Partido Comunista, em 1988 filiou-se no PSD, no seio do qual desempenhou este e aquele cargo etc.e tal. Há ali uma lacuna da maior parte da sua vida política que P.P não deveria ter consentido que passasse, escondendo, se assim se pode dizer, com aquela lacónica e ambígua frase, muitos anos de actividade em organizações da extrema-esquerda. E porque muita gente tem memória e não se esquece de ter ouvido, alto e em bom som, o já bem maduro P.P., marxista-leninista, (PCPml) a proclamar e defender projectos políticos como o da progressiva Albânia, por muito boa vontade que tenha nunca deixará de ver ali um extremista. Até porque ele é mesmo um extremista por formação e, se não estou em erro, também por natureza, usando a tolerância de forma muito parcimoniosa e, normalmente, a favor dos intolerantes, como será o caso do apoio que tem dado aos arruaceiros da extrema-direita que, entre outras façanhas, invadem cemitérios e defecam sobre campas de judeus, espalham símbolos nazis, etc. Será por solidariedade que chega a acusar os tribunais que condenam os actos desses energúmenos, de coartarem (ele gosta muito deste "coartar"... aliás, passa a vida a tentar coartar algo...) as liberdades e de se estarem a meter em questões de natureza política?
No caso da medida governamental de facilitar a aquisição, ou mesmo a distribuição gratuita, de computadores de baixo custo, com vista à introdução das aprendizagens das novas tecnologias já a partir das classes mais juvenis, a luta do homem é de um extremismo desconchavado; de alguém que já não possui uma réstia de honestidade intelectual. Já é só barriga.
Pode e devem ser discutidos os métodos, processos, modelo, tudo que diga respeito à implementação dos sistemas dessas aprendizagens; mas o que o sr Pacheco Pereira critica desabridamente é a propaganda que o governo faz da sua medida! Pretenderia o cavalheiro que o governo realizasse as operações pela calada da noite, sem deixar rasto, em noites de breu, tempestuosas, com lobos a uivar e com toda a gente recolhida para que desse modo não vissem o Sócrates a passar com os "Magalhães" de braçado e sem testemunho jornalístico? O sr PP não pretenderá retirar, aos Governos Democráticos, o dever e o direito de divulgarem, como muito bem entenderem, as medidas da sua governação?! Não! O que ele tem é aquilo a que vulgarmente se chama "dor de cotovelo" uma vez que essa útil e acertada medida vai dificultando a sua falhada assessoria a Manuela F.Leite. A atrapalhação é de tal ordem que já nem atina coisa com coisa e está a conduzir a Senhora para o atoleiro em que ele próprio se meteu e do qual não consegue sair.
O azedume com que actua apaga-lhe a ténue capinha democrática que adquiriu durante o tirocínio a que se sujeitou para a participação política em regime de partidos democráticos diversos, surgindo, espontâneamente, toda a auto suficiência adiposa, aquele pretenciosismo do ente iluminado, a pesporrência e intolerância dos extremistas que, de forma indelével,trazem agarrado à pele e metidos no cocuruto todos "ismos" de que foram qualificados apóstolos. Mas o PSD, nas suas incongruências, bem merece um exemplar destes.






10 outubro 2008

PPD/PSD VENCE BASTARDOS?

SANTANA LOPES viu aprovada a sua pretensão de se candidatar á Câmara Municipal de Lisboa, impondo-se a opinião de Manuela Ferreira Leite contra eventuais resistências de Pacheco Pereira.
Não andaremos longe da realidade se dissermos que Pacheco Pereira estará a ser ultrapassado junto da líder do PSD, porventura já avisada de que o dito senhor é dado a obsessões pouco razoáveis, como a muito falada fobia ao Pedro Santana Lopes, por quem se diz nutrir um desprezo doentio, para não falar de outras como aquela psicótica campanha contra um computador chamado Magalhães que põe o homem a espumar de raiva, completamente descontrolado e fora dos carretos. Dá toda a ideia de uma pessoa incapaz de disfarçar as frustrações e de não controlar as suas emoções. (Este caso do computador até tem sido de um préstimo ao PS que o homem, por mera cegueira nem consegue avaliar. Mas passando P.P por mentor político de M.F.L. todas as acções da líder encenadas na oposição ao governo e quaisquer outros actos de afirmação da liderança têm resultado em grandes e pequenos fracassos, não se sentindo marcas do PSD no que quer que seja, deixando apenas uma espécie de vazio, inoperância, não presença e fuga.
De Pacheco Pereira, para além de exibir publicamente a sua indisfarçável vaidade, vai espalhando, de forma subliminar, nos locais onde tem poiso para falar ou escrever, a ideia de que é ele próprio o amparo da Senhora, quem lhe tece o discurso e corrige a palavra, ao fim e ao cabo desvalorizando-a.
O gesto de M.F.L. em relação a Santana Lopes terá mesmo algo a ver com um afastamento das influências da P.Pereira? Pode não ser uma boa notícia para o PS.
(A foto de Pacheco Pereira "de cabeça para baixo", foi abusivamente pescada no O JUMENTO. É uma ideia que replica a imagem das setas do PSD viradas ao contrário, usada por P.Pereira enquanto S.Lopes pontificou no partido)

09 outubro 2008

A "MÁ MOEDA" ATACA COM O P.S.D. EM CRISE

Maria Ferreira Leite, sem conseguir dar destino, acalmar ou disciplinar a variedade de grupos e "grandes" personalidades que periodicamente se dão ao incómodo de se organizarem e reflectirem, de forma mais ou menos ruidosa, com vista ao assalto ao poder, tem agora entre mãos um caso bicudo: a disponibilidade do duplamente falhado Santana Lopes para voltar a candidatar-se à presidência da Câmara Municipal de Lisboa. E com o título de Ex- P.Ministro posto a render, desse modo se colocando mais acima na hierarquia das preferências, pese embora as trapalhadas que marcaram a sua passagem por qualquer um daqueles cargos, às tantas Ferreira Leite não terá margem de manobra para recusar Santana. Até porque poderá apostar numa derrota bastante provável para o neutralizar por algum tempo. Mas... PSL é o ícone PPD/PSD!
Um pouco só, com o seu Guru P.P. mais uma vez na vida com grandes perplexidades ideológicas, por certo mais interessado em seguir o rumo dos neocons para se "ajustar" e se calhar também com receio de afrontar os aguerridos apoiantes de Santana Lopes, parece ter desaparecido de circulação e pouco fará para combater a má moeda... E nem o tio Aníbal intervirá se isso não prejudicar a sua carreira de Presidente da República, com um segundo mandato em mira, como parece evidente estar a tratar com extremo cuidado. Ao contrário do que se poderia pensar, o PSD hoje, para Cavaco Silva, é meramente instrumental e começa, na sua fragilidade, a não ter regaço onde se acolher.
A este propósito e porque mais alguém seria capaz de caracterizar melhor esses reboliços e o estado comatoso do PSD, do que Nuno Brederode Santos, passo a transcrever um excerto do seu artigo publicado no Diário de Notícias de 05Out08, sob o título A VOZEARIA:
"O PSD está em reflexão. É mesmo a única entidade reflexiva que refltecte melhor no alarido litigante e na confusão dispersiva do que no sossego da pedra de Rodim. O seu método não é o do diálogo prévio, num esforço centrípeto para atenuar as divergências, mas sim o de as sugeitar ao efeito centrífugo da gritaria desordenada de todos os que são (e até de todos os que se julgam) caciques de qualquer coisa, pequena que seja. Há muitos modos de assegurar a base agregadora de qualquer associação, mas o PSD não descobre nenhuma. Após a partida de Durão Barroso, experimentou Santana Lopes, Marques Mendes e Meneses. Muitos pensaram - eu também - que só o baronato mais urbano, empresarial e Cavaquista poderia já restabelecer a indispensável coesão. Cruel engano. Na hora da verdade, um deserto de disponibilidades e capacidades obrigou a recorrer a um líder relutante por temperamento, dispersiva nos interesses, omissiva na estratégia e ferida no currículo. A qual, como aqueles seus antecessores, entre tropeçar nos seus próprios erros e andar a fugir às ciladas dos seus rivais internos, não consegue correr os cem metros em linha recta nos quais o eleitorado vislumbra um caminho e entrevê um objectivo. O recente - e, aliás, sereno - episódio da ida a Belém para ouvir o Presidente sobre o Kosovo ilustra muito mais o que Cavaco pode fazer com o PSD do que o respectivo vice-versa. Até o eventual propósito de alardear sentido de Estado morreu na frase de Ferreira Leite à saída: "O Governo fez bem em ter um momento de grande pausa". A intenção era pia, mas o átrio do Palácio Presidencial não é a melhor sede para enigmas semânticos, lógicos e matemáticos. Há vidas falhadas, há Estados falhados. Saberemos nós reconhecer, em tempo útil, um partido falhado?"

05 outubro 2008

PRESIDENTE ATACA FORTEMENTE O GOVERNO NO SEU DISCURSO DAS COMEMORAÇÕES DA REPÚBLICA


Manuela Ferreira Leite assiste à cerimónia das comemorações da implantação da República em Portugal, tendo já o Senhor Presidente abandonado o seu lugar na tribuna para proferir o seu discurso e dirigir, no seu estilo mastigado, um forte ataque à acção do governo de José Sócrates.
A líder do PSD, candidata ao lugar do dito Sócrates, assistiu sem dúvida deleitada, embora, certamente, com alguma frustração por Pacheco Pereira nunca lhe ter produzido um coisa desta categoria (coitado, também não tem as acessorias do Palácio dos Pastéis). Mas sem dúvida que o seu guru conseguiria disponibilizar-lhe um discurso talzez até mais verrinoso, mas jamais poderia proporcionar-lhe aquele ambiente solene, com muita fleuma institucional, ouvida em sentido pelas garbosas tropas em parada e com aquele disponível respeito da plebe republicana emocionada com o som estridente dos clarins e o rufar vigoroso dos tambores guerreiros... Todos, mesmo a assistir de sofá sentimos aquele frémito de emoção, algo irracional, quando ouvimos a voz dos nossos igrégios antepassados tão nobre e escrupolosamente assumida pelos nossos insignes representantes, democráticamente eleitos.
E o senhor José Sócrates, de sorriso amarelo estampado no rosto, até declarou de imediato que o discurso do senhor Presidente da República estava em consonância perfeita com o governo (vejam o preciosismo " per-fei-ta"...). Este mentiroso! Com que então, portugueses... não baixem os braços, embora os vossos impostos não estejam a ser bem utilizados; a pobreza, a exclusão social e as desigualdades a aumentarem; os idosos cada vez pior; as divergências com os parceiros cada vez maiores etc etc, se há consonância com isto que consequências tirar por V.Exª. senhor Primeiro Ministro? Assobiar para o ar? Penso que a moral (ou a ética) republicana (já que estamos a comemorar a república) obrigaria a fazer uma de duas coisas: ou contestar vigorosamente as declarações, habilidosas ou não, do Presidente da República e declará-lo opositor ao governo, aguardando as consequências; ou então, como declarou estar de acordo com elas, entregar a pasta e pedir eleições antecipadas. Para quem é considerado uma "fera," parece estar a revelar-se um simples gatinho manso a ronronar aos pés do tio Aníbal. Enobrece-lo-ia e veríamos se conseguiam levar facilmente a senhora ao colo para a cadeira de onde o outro caiu... Isto de transformar discursos institucionais numa espécie de jogos florais resulta apenas no desprestígio das instituições da República e no abandalhamento do jogo democrático. Penso eu.