12 novembro 2011

AS RAPOSAS E AS MUDANÇAS DE PELO

As raposas mudam de pêlo, mas não mudam de géneros nem de hábitos. António Marinho e Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados, referindo-se a Paula Teixeira da Cruz, que parece ter sido nomeada ministra da Justiça
 

Assunto: 1 fotocopiadora para a Câmara de Beja por 6milhões de euros?
                                                          

Agora com o FMI é que vamos ver os "podres" a aparecer e cheirar mal...
I
sto foi extraido do Tribunal de Contas..........
Será por isso que nos estão a obrigar a apertar o cinto?????????
Estou sem palavras !!!!!!!!
 

AQUI VOS DEIXO ALGUNS EXEMPLOS DE DÚVIDAS QUE O TRIBUNAL DE CONTAS ENCONTROU NAS DESPESAS PÚBLICAS...
  1.      ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO ALENTEJO, I. P.
Aquisição de 1 armário persiana; 2 mesas de computador; 3 cadeiras c/rodízios, braços e costas altas: 97.560,00

Eu não sei a quanto está o metro cúbico de material de escritório mas ou estes armários/mesas/cadeiras são de ouro sólido ou então não estou a ver onde é que 6 peças de mobiliário de escritório custam quase 100 000.
Alguém me elucida sobre esta questão?
 2.      MATOSINHOS HABIT - MH

 

Reparação de porta de entrada do edifício: 142.320,00
Alguém sabe de que é feita esta porta que custa mais do que uma casa?
3.     UNIVERSIDADE DO ALGARVE - ESC. SUP. TECNOLOGIA - PROJECTO TEMPUS
Viagem aérea Faro/Zagreb e regresso a Faro, para 1 pessoa no período de 3 a 6 de Dezembro de 2008: 33.745,00
Segundo o site da TAP a viagem mais cara que se encontra entre Faro-Zagreb-Faro em classe executiva é de cerca de 1700. Dá uma pequena diferença de 32 000 . Como é que é possível???
  4.      MUNICÍPIO DE LAGOA

 

6 Kit de mala Piaggio Fly para as motorizadas do sector de águas: 106.596,00
Pelo vistos fazer um "Pimp My Ride" nas motorizadas do Município de Lagoa fica carote!!!
5.      MUNICÍPIO DE ÍLHAVO

Fornecimento de 3 Computadores, 1 impressora de talões, 9 fones, 2 leitores ópticos: 380.666,00
Estes computadores devem ser mesmo especiais para terem custado cerca de 100 000 cada....Já para não falar nos restantes acessórios.
6.     MUNICÍPIO DE LAGOA

Aquisição de fardamento para a fiscalização municipal: 391.970,00
Eu não sei o que a Polícia Municipal de Lagoa veste, mas pelos vistos deve ser Haute-Couture.
7.      CÂMARA MUNICIPAL DE LOURES

VINHO TINTO E BRANCO: 652.300,00
Alguém me explica porque é que a Câmara Municipal de Loures precisa de mais de meio milhão de Euros em Vinho Tinto e Branco????
8.     MUNICIPIO DE VALE DE CAMBRA
AQUISIÇÃO DE VIATURA LIGEIRO DE MERCADORIAS: 1.236.000,00
Neste contrato ficamos a saber que uma viatura ligeira de mercadorias da Renault custa cerca de 1 milhão de Euros. Impressionante...


 

 9.      CÂMARA MUNICIPAL DE SINES

Aluguer de tenda para inauguração do Museu do Castelo de Sines: 1.236.500,00
É interessante perceber que uma tenda custa mais ou menos o mesmo que um ligeiro de mercadorias da Renault e muito mais que uma boa casa... E eu que estava a ser tão injusto com o município de Vale de Cambra...
  

 

10.  MUNICIPIO DE VALE DE CAMBRA
AQUISIÇÃO DE VIATURA DE 16 LUGARES PARA TRANSPORTE DE CRIANÇAS: 2.922.000,00
E mais uma pérola do Município de Vale de Cambra: uma viatura de 16 lugares para transportar crianças custa cerca de 3 milhões de Euros. Upsss, outra vez o município de Vale de Cambra...


11.  MUNICÍPIO DE BEJA
Fornecimento de 1 fotocopiadora, "Multifuncional do tipo IRC3080I", para a Divisão de Obras Municipais: 6.572.983,00
Este contrato público é um dos mais vergonhosos que se encontra neste site. Uma fotocopiadora que custa normalmente 7,698.42 foi comprada por mais de 6,5 milhões de Euros. E ninguém vai preso por porcarias como esta?
  
COMO É POSSÍVEL NÃO ESTARMOS EM CRISE?
COMO DIZ PASSOS COELHO, É DIFÍCIL CORTAR NAS DESPESAS PÚBLICAS...
NOTA-SE...
ACABÁMOS DE VER ALGUNS EXEMPLOS...

 

POR FAVOR, Não mostre aos outros, os endereços electrónicos dos seus amigos. Utilize " Bcc" - (Blind Carbon Copy)=cópia oculta - para enviar o seu correio electrónico a mais do que uma pessoa, com segurança para todos.
Se apagar todos os endereços contidos no E Mail recebido, e por si re-enviado, não estaremos todos a colaborar para que inadvertidamente se propaguem vírus, worms, etc.;  
MUITO OBRIGADO





PIGS... UM RAIO QUE OS PARTA!!!!!!

 NUMA RUA ALEMÃ
Ainda vamos na fase anedótica.
Clique na imagem.
in Da Literatura

ESTE GOVERNO É UMA QUADRILHA DE SALTEADORES


Este Governo é uma quadrilha de salteadores




Como seria de prever o Governo já começou a preparar-nos, lentamente, para o fim definitivo dos subsídios de Férias e de Natal. Primeiro, foi o humorista Gaspar a falar, de forma inusitada em «vários anos» de cortes, dando a entender que seriam mais de dois. Seguiu-se-lhe o Relvas a preparar o terreno para o Coelho, como sempre a desdizer tudo o que andou a dizer nos últimos anos.No meio disto tudo, as declarações do Relvas, para além de profundamente demagógicas, revelam um ministro que não sabe do que fala – e quem não sabe é ignorante – e que falseia a verdade em vários pontos. Ora, quem falseia a verdade mente. E quem mente é mentiroso.
Diz Miguel Relvas que
há muitos países que só têm 12 vencimentos, citando a propósito a Holanda, a Inglaterra e a Noruega. E não se percebendo como afirmação tão momentosa não mereceu mais comentários por parte da nossa Comunicação Social, só se pode considerar lamentável que, na ânsia de enganar os contribuintes, os nossos governantes não se importem de passar por ignorantes.
Como Miguel Relvas deve saber, o rendimento do trabalho em todos os países é anual – aliás, é assim que se calcula o IRS. O que existe são formas diferentes de o distribuir durante o ano. Em Portugal, por exemplo, o rendimento anual é distribuído, ou era, por 14 meses.
Quanto aos exemplos dados por Miguel Relvas, chegam a roçar o ridículo. Nem de propósito, falha em todos eles.
Em Inglaterra, o rendimento anual é dividido por 52 semanas e não por 10, 12, 14 ou 16 meses. 52 semanas, senhor ministro.
Na Holanda, os trabalhadores têm direito a Subsídio de Férias, correspondente a 8% do salário anual. Ou seja, caso se tenha trabalhado um ano inteiro, recebe-se um pouco menos de um mês de salário no mês de Junho, para além do mês de férias pagas.
Na Noruega, o rendimento anual é realmente pago em 12 meses. No entanto, o valor do IRS é dividido por 11 meses, sendo que os trabalhadores por conta de outrém recebem, no mês de férias, o ordenado isento de impostos. Ora, não é isto um subsídio de férias?
Para além das mentiras e da ignorância confessa, nota-se no meio disto tudo uma demagogia profunda. Como é possível querer comparar os salários dos portugueses (salário médio anual de 11 689 euros) com os salários de países como a Holanda (23 022 euros), a Noruega (22 263 euros) ou o Reino Unido (22 185 euros)? E ainda por cima querer cortar definitivamente uma parte significativa desse rendimento anual?
O Governo até pode ter legitimidade, o que duvido, para impor este tipo de medidas. Que não faziam parte do Programa de Governo ou do acordo com a Troika. O que não pode é mentir descaradamente aos portugueses e continuar a fazê-lo constantemente como se nada fosse. É que ainda não passaram 5 meses e
já estamos fartos destas mentiras. E que tal mentiras novas

ISTO É UMA GUERRA DE RICOS CONTRA POBRES

Isto é uma guerra dos ricos contra os pobres e a pandilha de Pedro Passos Coelho está a vencê-la
A frase original não é minha, mas faz todo o sentido adaptá-la aos dias que vivemos.
Mesmo que os dotes de oratória do primeiro-ministro conseguissem convencer-nos do contrário,
o que não é o caso, a verdade é que está a ser delineada uma guerra que, em última instância, tem como objectivo aumentar as desigualdades sociais e cavar um fosso cada vez maior entre ricos e pobres através da transferência de dinheiro dos segundos para os primeiros.
Ao mesmo tempo que se
esbulha funcionários públicos e reformados em 14% do seu vencimento anual, os detentores das grandes fortunas não pagam um cêntimo que seja para a resolução da crise.
Ao mesmo tempo que se esbulha funcionários públicos e reformados em 14% do seu vencimento anual, os grandes grupos económicos vêem ser criada uma pequena taxa adicional de apenas 5%.
Ao mesmo tempo que funcionários públicos e reformados são espoliados em 14% do seu vencimento anual, os detentores do grande património continuam sem qualquer tipo de taxação.
Ao mesmo tempo que funcionários públicos e reformados são rapinados em 14% do seu vencimento anual, os Bancos – principais causadores da crise – continuam a não pagar impostos e ainda se dão ao desplante de querer
abocanhar, sem condições, os milhões da Troika que todos nós vamos pagar.
Ao mesmo tempo que funcionários públicos e reformados são usurpados dos seus direitos mais básicos, todos aqueles que ganham milhões
em mais-valias bolsistas e dividendos continuam a rir-se do esforço que os outros fazem.
Ao mesmo tempo que tudo se ratoneia aos mais pobres, tudo se perdoa aos mais ricos.
Ao mesmo tempo que as Micro e Pequenas e Médias Empresas vão sobrevivendo como podem, o Grande Capital esconde o seu dinheiro nos off-shores e paraísos fiscais e sai da crise ainda mais rico do que antes.
Ao mesmo tempo que todos os sectores públicos sofrem cortes, o dinheiro disponível para consultorias e pagamento de projectos, sabemos nós a quem, vai aumentar.
Ao mesmo tempo que todos pagam os bens de primeira necessidade mais caros através do IVA, os produtos de luxo continuam sem qualquer tipo de aumento fiscal.
Ao mesmo tempo que as escolas públicas se debatem com dificuldades cada vez maiores, as escolas privadas vêem crescer o quinhão que generosamente recebem do Orçamento de Estado.
Os exemplos podiam continuar. Mas a verdade, sem querer desculpar Pedro Passos Coelho, é que ele não é o principal culpado. O primeiro-ministro não passa de um peão, devidamente instrumentalizado pelos chefes da pandilha que nos governa. Todos eles estão conscientes de que a guerra só será vencida quando os portugueses forem reduzidos a uma condição de quase escravatura e quando todos os os europeus estiverem a receber
ao nível dos chineses. Estas medidas são apenas a forma de chegar lá.
Como diz acima o
Tiago, os ricos protegem-se entre si quando chegam ao poder. Porque há uma guerra a travar. E infelizmente, por muito que nos custe, são eles que neste momento estão a ganhar essa guerra.






OS BANCOS... ESSES COITADOS

“Segundo o Boletim Estatístico de Março de 2011 do Banco de Portugal, a banca a operar em Portugal obteve, do BCE, financiamento no valor de 14.407 milhões € em 2008; de 19.419 milhões € em 2009; e de 48.788 milhões €, pagando uma taxa de juro de apenas 1%, o que determinou que, por este volume de empréstimos, deverá ter pago ao BCE cerca de 826 milhões €. Segundo também o Boletim do Banco de Portugal, a banca cobrou pelos empréstimos que, com esse dinheiro obtido do BCE, depois concedeu a particulares, a empresas e ao Estado, taxas de juro médias que variaram entre 5,05% e 6.87%, o que permitiu à banca embolsar, nos três anos, juros que somaram 4.683 milhões €. Se subtrairmos a esta receita de 4.683 milhões €, os juros que teve de pagar ao BCE – 883 milhões € – ainda restam 3.828 milhões €, que constituem a sua margem financeira líquida obtida só com o financiamento do BCE à taxa de 1%.”De um estudo de Eugénio Rosa em Abril de 2011

SEGURO - UM BRÓCULO POLÍTICO


caricatura de AJS
António José Seguro queria dar uma boa imagem de si e acabou por ser achincalhado por Miguel Relvas. Quando Seguro pediu a Passos Coelho que mantivesse um subsidiozinho para os coitados dos funcionários públicos ficou eufórico quando ouviu  Relvas a  abrir a porta a essa possibilidade e até parece ter posto os spin do PSD ao serviço do líder do PS. Durante dois dias o PSD (dominador dos media) consentiu que  Seguro fosse a vedeta dos jornais. Só que,  em pleno debate, o mesmo Relvas puxou o tapete a Seguro e deu-lhe com uma almofada quando afirmou que não havia almofadas para aumentos da despesa. Entretanto Relvas iniciava uma batalha de almofadas e o pobre do Seguro estatelou-se no chão, sem ter uma almofada para lhe amparar o traseiro.
Seguro permitiu a revisão do acordo com a troika pelos partidos do Governo e sem (aparentemente) ter sido ouvido, admite que o governo faça uma interpretação extremista dessa segunda versão do acordo, permite que o nome do seu partido continue a ser usado como um dos partidos da troika e,  no fim,  ainda aceita um OE digno de Salazar.
Os funcionários públicos, os trabalhadores portugueses que irão para o desemprego, as vítimas das medidas brutais desta pinochetada orçamental não têm nada que ver com as ambições de Seguro, com as suas preocupações em relação à imagem, com as suas relações de amizade com Passos Coelho ou com o facto de não possuir qualquer qualidade política que o aproxime de  Sócrates ou de outros anteriores dirigentes do PS.
 O que esses portugueses viram foi um PS que soçobrou perante a direita, que não teve  coragem de apoiar, nem de chumbar o OE,  acabando por votar de forma cobarde ao abster-se.
Hiperligações para esta mensagem.


 

 

O imposto Ryanair


Michael O'Leary numa campanha publicitária da Ryanair
Em tempo de vacas magras o milionário Michael O'Leary é um dos maiores beneficiários de subsídios, ajudas, subvenções e programas regionais em toda a Europa. E esta é uma das suas principais fontes de lucro, obtida frequentemente após chantagem em que ameaça retirar os seus aviões da região. Tal como suspeitava, Portugal não é excepção, desde Dezembro de 2007 foram atribuídos 15 milhões de euros às companhias apelidadas de "baixo-custo" (na realidade o custo total da viagem é muito semelhante às outras companhias e muito mais caro se algo correr mal). Relembro que a Ryanair foi já condenada a devolver 4,5 milhões de euros que recebeu da região da Valónia para operar em Charleroi. A Ryanair estima um lucro de 440 milhões de euros em 2011.
Na prática trata-se de um imposto sobre a fortuna ao contrário. O contribuinte paga aos milionários para estes obterem ainda mais lucros. Os benefícios da Ryanair para turismo do país são muito duvidosos. Faria muito mais sentido estimular o turismo suprimindo portagens nas regiões fronteiriças (as populações locais sentem bem no pêlo os estragos das portagens) do que subsidiar companhias que podem ser substituídas por outras que na prática oferecem custos totais semelhantes e um serviço com maior qualidade.

Sócras



SócratesConsideremos o tempo que está lá fora como uma (mais uma) maldade do Sócrates (e dos últimos seis anos) a quem nem escapou o Verão de São Martinho;
Consideremos, como os mandantes consideram, que aquilo a que se chama subsídios de férias e de Natal não são parte integrante do vencimento mas sim benesses de um Estado laroca e mãos-largas que, por culpa do Sócrates (e dos últimos seis anos), não tinham ainda sido abolidos;
Consideremos as tristes figuras que se estão a fazer na Assembleia da República ao não sentar lado-a-lado os parceiros de coligação para darem a cara na tribuna do Governo e no Orçamento de Estado como consequência de Sócrates (e dos últimos seis anos) ter habituado o Parlamento a ver lá só uma cabeça;
Consideremos que os conteúdos do OE 2012 são da responsabilidade de Sócrates (e dos últimos seis anos), porque foi por sua culpa que há seis anos não foram tomadas estas medidas recessivas de esmiframento.
Então, por culpa de Sócrates (e dos últimos seis anos), há seis anos que deveríamos estar a passar por aquilo que estamos a passar agora, o que é condenável.
LNT




AS ARRASTADEIRAS PSD/CDS

Uma "atençãozinha" para as arrastadeiras (vulgo boys) 

O Governo aprovou, na última reunião do Conselho de Ministros, um novo suplemento remuneratório para o pessoal dos gabinetes governamentais.
Não faziamos a mínima ideia de que o actual governo tinha passado a pagar horas extraordinárias aos assessores dos gabinetes ministeriais que saem depois das cinco e meia. Mas agora parece que é assim. Alegando que seria preciso portanto fazer cortes nessas horas extraordinárias, o Governo toca a dar às arrastadeiras um suplemento remuneratório para os manter contentes e felizes.
O governo que toma esta decisão é mesmo governo que corta dois subsídios aos pensionistas e funcionários públicos, para além do outro corte de cinco a dez por cento no salário. É espantoso, não é?
PS – Também é de antologia a construção da notícia da Lusa (a começar pelo título). Se não estivermos com atenção, nem se repara no aumento das remunerações da boyada.Ler Artigo Completo

11 novembro 2011

ESTA ORGIA VAI ACABAR MAL

http://youtu.be/aGb8pMIeY6wEsta orgia vai acabar mal 

clique no link supra                                                                             

Aquilo a que o país está a assistir é muito mais do que o justificável pela crise financeira, a direita chegou ao poder num momento de crise e desencadeou uma autêntica orgia de ataque aos mais elementares direitos constitucionais, é uma verdadeira caça ao cidadão português com direitos. O país assiste atónito a esta revisão constitucional de facto, os únicos preceitos constitucionais em vigor são os que conferem legitimidade ao governo em funções, todos os outros podem ser eliminados em nome da crise.

O Tribunal Constitucional já declarou inconstitucional um corte definitivo dos vencimentos dos funcionários públicos, o governo achou que um corte era pouco e acrescentou o corte dos subsídios por dois anos, entretanto o governo já vai sugerindo que o corte pode ser definitivo e é dessa forma que comunica a Bruxelas. Isto é, temos um governo que ignora a Constituição, que julga que basta invocar a crise para atribuir a um qualquer Vítor Gaspar plenos poderes para espremer os portugueses.

Um dia destes os mesmos que acharam que em nome da crise poderiam mandar o Tribunal Constitucional à fava vão concluir que em nome da superação da crise também podem reprimir qualquer sinal de oposição à acção governativa. Por este andar os tribunais plenários ainda serão recuperados em nome da necessidade de meter o país na linha, de forma a não parecermos a Grécia.

A orgia é tal que todos os dias se organizam seminários patrocinados pelo governo onde os representantes das associações empresariais se divertem a propor mais cortes de direitos, menos salários, mais horas de trabalho. Todos apoiam os cortes no Estado e nos direitos dos funcionários púbicos, se uns dizem mata, outros acrescentam esfola. Estão convencidos de que depois dos trabalhadores do Estado será a vez dos trabalhadores do sector privado, querem retirar em dois anos tudo o que foi conquistado em trinta, tudo isto sem PIDE ou repressão, estão convencidos de que os portugueses são mansos.

Mas estão enganados quanto à mansidão dos portugueses e arriscam-se a desencadear uma revolução social que discuta a sério as causas do nosso subdesenvolvimento e se isso suceder até o Gaspar se vai arrepender de ter defendido o TGV, nessa altura poderá dar muito jeito aos que irão fugir do que fizeram.

Mas mesmo que os portugueses sejam mansos não serão parvos e os que hoje sugerem aos portugueses que emigrem para zonas de conforto, vão andar pagar com língua de palmo o que agora querem poupar. Podem colocar um Salazar no lugar de ministro das Finanças, podem gozar que nem uns perdidos com os juízes do Tribunal Constitucional, até podem meter orelhas de burro ao Seguro, mas não podem impedir os portugueses de sair, não poderão impedir os portugueses de beneficiar da livre circulação dos trabalhadores e se não forem os sacanas a fugir serão os mais capazes deste país a abandoná-lo aos oportunistas.

Daqui a cinco anos dificilmente conseguirão um medico, um engenheiro, um arquitecto, um operário especializado disposto a trabalhar em Portugal, os mais qualificados terão abandonado o país, os mais promissores terão ido para as universidades estrangeiras. Ficarão cá os colegas do Passos Coelho na Universidade Lusíada, os jotas que trabalham para o Ângelo Correia ou que são colegas do Marques Mendes.

SÓCRAS O RESPONSÁVEL P'LO PECADO ORIGINAL (ERA O ADÃO)



Sócrates
SÓCRAS
Sócras Consideremos o tempo que está lá fora como (mais uma) maldade do Sócrates (e dos últimos seis anos) a quem nem escapou o Verão de São Martinho;
Consideremos, como os mandantes consideram, que aquilo a que se chama subsídios de férias e de Natal não são parte integrante do vencimento mas sim benesses de um Estado laroca e mãos-largas que, por culpa do Sócrates (e dos últimos seis anos), não tinham ainda sido abolidos;
Consideremos as tristes figuras que se estão a fazer na Assembleia da República ao não sentar lado-a-lado os parceiros de coligação para darem a cara na tribuna do Governo e no Orçamento de Estado como consequência de Sócrates (e dos últimos seis anos) ter habituado o Parlamento a ver lá só uma cabeça;
Consideremos que os conteúdos do OE 2012 são da responsabilidade de Sócrates (e dos últimos seis anos), porque foi por sua culpa que há seis anos não foram tomadas estas medidas recessivas de esmiframento.
Então, por culpa de Sócrates (e dos últimos seis anos), há seis anos que deveríamos estar a passar por aquilo que estamos a passar agora, o que é condenável.
LNT

E NÓS POR CÁ... ESTAMOS ENTREGUES À BICHARADA...


Em Itália o Presidente da República não é eleito por sufrágio universal. A sua eleição faz-se em colégio parlamentar. Mas isso não impediu Giorgio Napolitano de dar um murro na mesa. Membro do Partido Comunista Italiano entre 1945 e 1991 (o PCI foi extinto em 1991), homem de esquerda sem complexos, não está disposto a ver a Itália levar a Europa para o buraco. O mais tardar na próxima segunda-feira, a Itália terá um novo governo, sem recurso a eleições.
Começa a ser inquietante o exercício da governança directa. Primeiro a Grécia, agora a Itália. Entre a democracia e a moeda, a Firma impõe a doutrina do Mercado
.E nós por cá?
Nós por cá, OE aprovado, promulgado e publicado, vamos acordar um dia (antes ou a seguir ao Carnaval?) com o anúncio de que Cavaco, em nome da salvação do euro, decidiu substituir o governo em funções por outro de sua iniciativa. Sem Passos, naturalmente. Tão certo como dois e dois serem quatro...  aventa o preclaro Eduardo Pitta no seu excelente Da Literatura.
  Se Cavaco tivesse coragem e conseguisse pôr a traquitana a navegar em águas tranquilas do Euro seria a oportunidade de merecer um lugar de destaque na História... Entretanto isto anda entregue à bicharada que compõe o actual governo.
“Receio que possamos estar no limite dos sacrifícios.”Presidente da República, após conhecer a brutal Proposta de Orçamento do Estado para 2012

UM P.S. DE -TÓ TÓS... QUE CAMINHA PARA A NDIGÊNCIA TOTAL

O OE 2012 foi aprovado na generalidade com a abstenção do PS. O secretário-geral do partido, Seguro, fez, a encerrar o debate, um discurso que ficará para a história como exemplo da infantilização acelerada da política. Treze deputados do PS, sob um coro de gargalhadas e pilhérias do hemiciclo, declararam ir apresentar declaração de voto. Vergonhoso!...

A TRAGÉDIA GREGA


Apademos e a tragédia grega

Para o alto comando da UE, a Grécia deve ser tratada como o elo mais fraco do circuito financeiro europeu, não mais do que isso. Alías, um elo em curto-circuito. A tarefa de Papademos é reforçar esse elo para que a Grécia deixe de ser um risco sistêmico, recolha-se à periferia do capitalismo e volte a ser lembrada, apenas, nos livros de História.

Ogovernoda intervenção financeira
Lucas Papademos, ex-diretor do Banco Central Europeu (BCE), é o novo primeiro-ministro grego. A data de validade de seu gabinete interino é fevereiro de 2012, quando um novo parlamento deverá ser eleito.
A escolha de um tecnocrata faz todo o sentido. Enquanto se preparam para enfrentar as eleições e se digladiam dentro do governo supostamente de união nacional, os dois principais partidos dão carta branca ao novo dirigente para que cometa todas as macroatrocidades econômicas, o mais rapidamente possível.
Permitem assim que a Grécia receba o dinheiro prometido, em troca de um ajuste ainda mais duro do que o feito até agora, e deixam o país, na prática, sob intervenção do Banco Central Europeu (BCE).

Fecha-se um ciclo
Ocorreu na Grécia algo muito similar a vários países. Governos conservadores, eleitos na onda neoliberal dos anos 1990, empregaram a fórmula de vilanizar os gastos públicos (não todos, só os sociais e os da organização do Estado), reduzir impostos (dos mais ricos), e liberalizar as relações econômicas, sob a justificativa de fazer com que suas economias ficassem mais competitivas e seu Estado pesasse menos. Com pompa e circunstância, os conservadores levaram seus países para o buraco, dando até hoje os exemplos mais rotundos de irresponsabilidade fiscal. Os socialdemocratas eram em seguida chamados para administrar a bancarrota. Fizeram isso, sem pompa, só com circunstância. 
Essa brincadeira, na qual uns arrombavam a porta e os outros vinham apenas para colocar um cadeado, durou tempo demais na Grécia, tanto que seu déficit é proporcionalmente o maior de todos na União Europeia
(UE).
Prometeu
Depois de adentrar o Olimpo da UE , o país melhorou o desempenho de sua economia. Passou a crescer a taxas superiores à média do Continente. De brinde, ficava aberta uma das alternativas mais úteis para europeus pobres do bloco: emigrar. Mas essa entrada se fez por uma trapaça. O governo mentiu sobre os números de suas contas públicas. A Grécia seria duramente castigada por isso.
Antes, um rogar de pragas. Ela foi escalada no time dos países malditos da UE, apelidados de PIGS (“porcos”) pela coincidência do acrônimo derivado de Portugal, Itália (a Irlanda também tem sido incluída), Grécia e Espanha. Depois que eclodiu a crise, a nota de classificação dos títulos gregos foi rebaixada para BB+ (podres). Suas vísceras estavam expostas e oferecidas ao escárnio, tal e qual o mito de Prometeu, que roubou o fogo dos deuses para trazer os mortais à civilização
.
Presente para os gregos
Quando a crise se alastrou pela Europa, a Grécia foi pega em cheio. A saída oferecida, como uma dádiva, era um pacote de ajuda financeira imediata. Um ótimo negócio, como aquele cavalo de madeira presenteado aos troianos. O povo grego reagiu desconfiado. A aceitação dos empréstimos implicaria, em contrapartida, cortar a própria carne. 
Por um bom punhado de Euros (130 bilhões, mais a dedução de 100 dos 350 bi devidos), Papademos precisa agora implementar a redução de direitos trabalhistas, demitir 30 mil servidores públicos, achatar o pagamento a aposentados e pensionistas, ampliar a idade mínima de aposentadoria, aumentar impostos, cortar gastos (inclusive dos que poderiam ajudar a fazer o país crescer), congelar dos salários e flexibilizar (lembram dessa palavra?) direitos, dando liberdade para que o setor privado possa fazer o mesmo: demitir, reduzir salários, diminuir encargos de toda ordem.

A destruição do Estado

O atual Estado grego será depenado, em poucos meses. Não era um bom Estado. Se fosse, a situação não teria chegado aonde chegou. Mas, como em qualquer destruição dessa natureza, os escombros caem sobre as cabeças daqueles que não conseguem fugir, que não têm onde se refugiar. São esses que terão de pagar a conta para evitar o chamado “risco moral” (“moral hazard”, no jargão econômico), isto é, a necessidade de que os maus pagadores sofram punições severas, para que o calote não seja visto como um bom negócio.
A mitologia grega insiste em personagens teimosos, mas lhes dá destinos cruéis. Sísifo, por exemplo, foi condenado a fazer rolar uma imensa pedra, montanha acima. Sempre que julgava estar próximo de alcançar seu objetivo, a pedra escorregava ladeira abaixo.
A Grécia está diante de um problema parecido. Precisa retomar o crescimento, para arrecadar mais impostos e quitar suas dívidas. Porém, ao cortar investimentos, para gerar superávits para o serviço da dívida, drena de sua economia recursos essenciais para voltar a crescer. Para voltar a crescer, a Grécia deveria parar de pagar sua dívida, mas aí não receberia a ajuda financeira de que precisa, e as portas se fechariam de vez. in Carta Maior

10 novembro 2011

PSD - INIMIGO DE PENSIONISTAS E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

<><>
Sem dó nem
piedade ai..ui aiiiii...
A central de propaganda (em plena laboração) abafa tudo


Fechado durante a manhã   procurei, a seguir ao almoço, saber como estava a decorrer o debate na generalidade do Orçamento do Estado. Jornais houve que nem uma linha deram às posições assumidas pelos partidos da oposição. Outros fizeram apenas breves referências. Veja-se que o melhor que encontrei foram estes dois textos:

FACE OCULTA COM ROBALOS E ALHEIRAS

                                                                  

Face Oculta

Vara correspondeu com alheiras aos robalos de Godinho            

Armando Vara, arguido no processo 'Face Oculta', cujo julgamento decorre em Aveiro, esclareceu hoje ter também dado a Manuel Godinho alheiras, quando este se deslocou a Vinhais.


É PRECISO DAR O BENEFÍCIO DA DÚVIDA

É preciso convencer Passos Coelho de que há "alternativas" à austeridade
O antigo Presidente da República Mário Soares afirmou hoje que o primeiro-ministro é "um homem sério" que "está a fazer um grande esforço", mas que é preciso "convencê-lo" de que há alternativas à austeridade que propõe aos portugueses. "Eu acho que há alternativas [às medidas de austeridade do Governo] e têm de ser buscadas. E nesse aspeto eu não concordo com o primeiro-ministro", afirmou Mário Soares à saída de um encontro com o presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro do Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, em Lisboa.
"Mas acho que o primeiro-ministro é um homem sério e que está a fazer um grande esforço, isso tem de ser levado em conta", acrescentou o antigo Presidente, dizendo depois que é preciso "dar o benefício da dúvida" a Passos Coelho, embora "não no sentido de só fazer austeridade, mas convencê-lo de que além de crescimento económico é preciso trabalho, trabalho, trabalho".
Soares afirmou que aquilo que o "preocupa é que haja só medidas no plano da austeridade e que se esqueça as pessoas, que estão em primeiro lugar do que os números", referindo que é isso que estão a fazer os líderes europeus.
Para o antigo Presidente, "mais importante do que haver défice ou não haver, isso é lá com eles, veremos, é as pessoas não terem que comer, ficarem numa situação difícil, isso é que não pode ser".Soares recusou comentar medidas concretas propostas pelo Governo para 2012, no âmbito do Orçamento do Estado que o Governo enviou para o Parlamento, dizendo que aspetos como a do cortes de subsídios de Natal e férias a funcionários públicos e pensionistas, por exemplo, são "questões técnicas". DN

A QUEDA DE BERLUSCONI


A queda de Berlusconi e o desejo do "mercado"

O primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi anunciou que vai pedir demissão depois que os novos ajustamentos económicos prometidos à União Europeia forem aprovados.  não estipulou datas epenas disse "Sinto-me traído" após sessão do parlamento onde perdeu a maioria pela primeira vez desde que foi eleito em 2008. O banco de negócios Goldman Sachs, de Nova York, já expressou o desejo de que se forme um governo de centro-direita,  com amplo apoio de outros partidos, o que poderia estabilizar os mercados. Depois de sofrer um duro revés na Câmara de Deputados e de um encontro com o presidente da República, Giorgio Napolitano, o primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi prometeu renunciar logo que os novos ajustes económicos prometidos à União Europeia forem aprovados pelo Parlamento. Assim informou um comunicado oficial da presidência da República que não indicou, porém, quanto tempo se exigirá para a aprovação dessas medidas que ainda não foram discutidas pela Câmara de Deputados e que, segundo os analistas, deverão ser reformadas e ampliadas

MOVIMENTO CONTRA SISTEMA FINANCEIRO DOS E.U.A.

SISTEMA CAPITALISTA
EM CRISE PROFUNDA


Movimento nos EUA prega transferência de dinheiro para cooperativas de crédito. Os protestos contra o sistema financeiro nos Estados Unidos não se resumem ao movimento Occupy Wall Street e seus similares. No dia 5 de novembro, o Bank Transfer Day, centenas de milhares de depositantes transferiram milhões de dólares dos grandes bancos para instituições de crédito cooperativo. Segundo a Credit Union National Association,  num  sábado pouco mais de 40 mil pessoas individuais transferiram para  cooperativas de crédito cerca de 80 milhões de dólares.

TERRAS DE JARMELO





Capeia Arraiana é um new media on-line do Sabugal e do distrito da Guarda. Move-nos a paixão pela Raia, pelas terras do forcão, pelas serras da Estrela, da Malcata e das Mesas, pelo rio Côa e pelo povo valoroso que luta pelo futuro de uma região que alguns querem condenar ao fracasso. Defendemos as nossas tradições e trabalhamos para que a informação, a opinião e o debate de ideias estejam presentes no quotidiano dos que, como nós, amam as terras beirãs

Ninguém mutilará, a este Interior, o seu carisma fronteiriço. Ninguém suspenderá ás suas gentes o seu carácter. Sempre a sua vontade será tão sólida quanto a dureza granítica. A gente do Interior será sempre de feitio volátil e  de macieza no  tratamento.
Persistirá, portanto, o Interior, como objecto de recordações e  inspirador de novos sonhos. Ninguém lhe mudará a alma!
Duvido que o tempo ou o assunto se prestem a metáforas ou trocadilhos e desconheço quais as ponderosas razões que nos têm empurrado, para um profundo esquecimento. Quiçá as mesmas razões que nos mergulharão nas amarguras do (já) certíssimo esvaziamento.
O que na realidade consta é que, sem explicação que verdadeiramente eu entenda, a lei ditará que as freguesias com menos de quinhentos habitantes sejam varridas do mapa. Sobre elas atem-se, portanto, a cor vermelha do lápis que as quer abater com uma cruz desertificadora, ao abrigo de duvidosas razões de poupança.
Apesar disso nunca findaram (nem se sabe se findarão) amáveis tiradas em dialécticas proferidas por políticos que, ao invés de outros tempos e de outras vontades (dos reis povoadores, por exemplo) pactuam com a implementação deste pavoroso despovoamento.
Sobressai, portanto, o rigor dos números e a pretensa exactidão das réguas e dos esquadros. Nada que impeça o desequilíbrio baseado em critérios que conduzirão a um novíssimo rosário marcado pelo crescer da desertificação.
Por outro lado, presume-se que, num futuro próximo, quarenta por cento da população portuguesa se fixe na região da Grande Lisboa. Restará, depois, um país desequilibrado, desigual, vergado a razões economicistas (justificadas?) Surgirão áreas nacionais desertificadas, sem deserto. Mas apesar da ausência triste das pessoas nunca o nosso Interior será deserto!
Por aqui, persistirá beleza, embora ríspida e muito própria. Ficarão potencialidades por explorar por falta de imaginação de quem prometeu tê-la, por facilitismo, por omissão, por resignação. Mas não… não haverá lápis que consiga banir o Interior. Apenas se lhe escurecerá a alma, apenas se lhe subtrairá gente, apenas se lhe aumentará o abandono!
Resta-nos a esperança de que um dia mude o punho e mude o lápis. Esperemos, então, que surjam outras vontades, outros desenhos, outros desenhadores e lápis de outras cores. Entretanto o Interior por cá ficará eternamente.
E, juro, nunca faltará quem acredite no impossível!!
«Terras do Jarmelo»porFernando Capelo