14 agosto 2010
12 agosto 2010
PORTUGAL NO TOPO DAS RENOVÁVEIS
New York Times coloca Portugal no topo nas renováveis
Esta notícia não teve origem em nenhum órgão de comunicação social português. Os que discretamente a reproduziram, leram-na no New York Times…
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A. A. Barroso
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PASSOS COELHO E PSD AOS PAPÉIS
Num país onde só 36% das empresas declaram ter proveitos para efeitos de IRC, é preciso ter lata para vir dizer que os impostos são altos. Altos para quem? O que se quer é pagar menos impostos sobre o rendimento, num dos países europeus onde o regressivo IVA mais pesa na estrutura de impostos. Enfim, trata-se do egoísmo a falar: quem cai nos últimos escalões do IRS geralmente tem o mau hábito de não usar os serviços públicos. Pagar impostos "altos" torna-se assim uma dispensável maçada.
Mas o pior ainda está no campo das relações laborais. Percebe-se agora a razão das "razões atendíveis", : sabe-se que aumentar ainda mais a precariedade é uma das melhores formas de reduzir salários. No entanto, este diagnóstico sobre o suposto regabofe salarial em Portugal é de uma preguiça confrangedora, num país onde um em cada três trabalhadores ganha 500 euros ou menos por mês.
Num país onde, desde 1995, segundo o economista Ricardo Paes Mamede, os salários reais cresceram, em média, um pouco abaixo da produtividade, o que explica a sua estagnação em percentagem do rendimento nacional, apesar do aumento do emprego durante este período. Isto ainda é pior porque as médias enganam num dos países mais desiguais da Europa, onde os 10% mais bem pagos ganham 5,3 vezes mais do que os 10% menos bem pagos (na competitiva Dinamarca a diferença é de 2,3 vezes).
Dito isto, o PSD tem apenas o mérito de dizer às claras o que o PS, em parte, tem vindo a fazer às escuras: favorecer, através de cortes nos programas de apoio ao emprego e aos desempregados e nas políticas sociais, o desespero entre os mais pobres e vulneráveis, para os obrigar a aceitar eventuais salários ainda mais baixos, num contexto de desemprego de dois dígitos, ajudado pela política económica de austeridade com escala europeia. Alguém no seu perfeito juízo, com a imparcialidade e a capacidade de se colocar no lugar de quem sofre, virtudes económicas cuja importância Adam Smith sublinhou, achará que é assim que se constrói uma economia civilizada que motive e valorize quem trabalha?
no i
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A. A. Barroso
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11 agosto 2010
A DEMOCRACIA AGREDIDA

Sou do tempo em que a magistratura era o mimetismo arrogante do poder fascista. E assisti, em tribunais plenários, às mais repulsivas misérias morais, cometidas por "juízes" que compunham medonhas caricaturas da nobreza e da honra. Nunca foram julgados nem castigados. Aliás, depois de condenarem presos políticos a penas pesadíssimas, adicionadas a "medidas de segurança", que significavam, praticamente, prisão por tempo indeterminado, esses senhores iam tomar chá à Bénard ou à Ferrari, ou entravam na Bertrand para saber das novidades literárias. Tranquilamente, sem sobressaltos de consciência. Morreram no leito da serenidade, com reformas substanciais.
As coisas melhoraram, com o 25 de Abril? Superficialmente. A mentalidade de retábulo de eleitos não sofreu alterações: as características de domínio corporativo mantêm-se. Ainda não chegámos à "democracia de juízes", como ocorreu, por exemplo, em Itália. Mas caminhamos para uma interpretação perigosa do que a Justiça pode ser. Abrem-se as veredas a uma sociedade de incertezas, que fará a erosão dos mecanismos e dos princípios democráticos. Não duvidemos das graves ameaças que pesam sobre nós.
Esta beligerância activa entre o procurador-geral da República, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e Cândida Almeida comporta a hipótese de uma continuidade perturbadora. E resulta das velhas malformações existentes na Justiça. As virtualidades estruturais, intrínsecas ao nosso sistema, deixaram de existir, ou nunca existiram, e deram lugar a excrescências malignas, que se desenvolvem em todos os aparelhos judiciais e jurídicos. Estas anomalias irão dilatar-se no tempo, com tal extensão, que podem facilitar novas amolgadelas na democracia portuguesa, cada vez mais amassada?
D.N Por Baptista Bastos
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09 agosto 2010
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O ALMIRANTE MATIAS E OS SUBMARINOS
Mas agora o almirante usa um novo argumento, os submarinos são indispensáveis[Image] para proteger os nosso património submarino que, como o alargamento tem a extensão da Índia, portanto, se algum maroto andar lá em baixo a roubar ouro ou petróleo já o podemos apanhar e se vier equipado com algum porta-aviões leva com um balázio.
Eu até pensava que para patrulhar tanto mar dava jeito ter uns aviões ou navios rápidos, mas não, o almirante é que sabe e diz que isso é tarefa para submarinos. A coisa parece tão patética que se calhar o senhor não percebe nem quer perceber...
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A. A. Barroso
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SALÁRIOS ACIMA DO QUE DEVIAM - DIZEM ELES
Passos Coelho elegeu a revisão da lei fundamental como prioridade na tomada de posse como líder do PSD
O projecto político do PSD para a economia foi sintetizado pelo gestor Pedro Reis, responsável de Passos Coelho pela política empresarial, em entrevista ao i: "Os salários e os impostos estão 15% acima do que deviam." Assim se prova, pela enésima vez, que o pensamento neoliberal está hoje reduzido a uma fraude intelectual conveniente para um certo poder gestionário nacional, tão mal habituado quanto bem alimentado.
Num país onde 36% das empresas declaram ter proveitos para efeitos de IRC, é preciso ter lata para vir dizer que os impostos são altos. Altos para quem? O que se quer é pagar menos impostos sobre o rendimento, num dos países europeus onde o regressivo IVA mais pesa na estrutura de impostos. Enfim, trata-se do egoísmo a falar: quem cai nos últimos escalões do IRS geralmente tem o mau hábito de não usar os serviços públicos. Pagar impostos "altos" torna-se assim uma dispensável maçada.
Mas o pior ainda está no campo das relações laborais. Percebe-se agora a razão das "razões atendíveis", o truque constitucional de Passos Coelho para facilitar despedimentos: sabe-se que aumentar ainda mais a precariedade é uma das melhores formas de reduzir salários. No entanto, este diagnóstico sobre o suposto regabofe salarial em Portugal é de uma preguiça confrangedora, num país onde um em cada três trabalhadores ganha 500 euros ou menos por mês.
Num país onde, desde 1995, segundo o economista Ricardo Paes Mamede, os salários reais cresceram, em média, um pouco abaixo da produtividade, o que explica a sua estagnação em percentagem do rendimento nacional, apesar do aumento do emprego durante este período. Isto ainda é pior porque as médias enganam num dos países mais desiguais da Europa, onde os 10% mais bem pagos ganham 5,3 vezes mais do que os 10% menos bem pagos (na competitiva Dinamarca a diferença é de 2,3 vezes).
Dito isto, o PSD tem apenas o mérito de dizer às claras o que o PS, em parte, tem vindo a fazer às escuras: favorecer, através de cortes nos programas de apoio ao emprego e aos desempregados e nas políticas sociais, o desespero entre os mais pobres e vulneráveis, para os obrigar a aceitar eventuais salários ainda mais baixos, num contexto de desemprego de dois dígitos, ajudado pela política económica de austeridade com escala europeia. Alguém no seu perfeito juízo, com a imparcialidade e a capacidade de se colocar no lugar de quem sofre, virtudes económicas cuja importância Adam Smith sublinhou, achará que é assim que se constrói uma economia civilizada que motive e valorize quem trabalha?
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A. A. Barroso
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08 agosto 2010
O MARTÍRIO DE J.SÓCRATES
Tem sido sugerido que, uma vez conhecida a acusação do processo Freeport, era devido um pedido de desculpas a Sócrates. Se pensarmos no que foram as manchetes dos media nos últimos seis anos, sopradas por "operadores" do sistema de justiça, e na utilização política que foi feita do processo, há boas razões para uma penitência colectiva de muitos jornalistas portugueses, acompanhados por parte significativa da classe política. Mas é um erro olhar para o que se passou como uma questão com Sócrates. No essencial, a presença mediática do processo Freeport nunca foi uma diatribe contra o primeiro-ministro. O que esteve sempre em causa foi bem mais grave: a exposição de um cancro que está a destruir a democracia portuguesa e que resulta da coligação perversa entre péssimas investigações e jornalismo medíocre. Uma coligação que radica numa justiça que compensa a incapacidade de produzir prova com disseminação de pseudo-factos nos media e numa comunicação social que se revela incapaz de avaliar a idoneidade das suas fontes, tomando como válida qualquer informação proveniente do sistema de justiça. Os resultados estão à vista. Uma degradação generalizada da vida pública e um sentimento de total impunidade - que impossibilita que tenhamos certezas quando alguém é condenado, ao mesmo tempo que fica sempre a pairar uma dúvida sobre a inocência de quem algum dia tenha visto o seu nome envolvido num processo. Na verdade, não é a José Sócrates que é devido um pedido de desculpas. É a todos nós, que assistimos impotentes a este cancro que está a degradar a democracia portuguesa. p.a.s
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A. A. Barroso
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