16 maio 2009

CAVACO E A DIPLOMACIA DE SEDUÇÃO

Medeiros Ferreira, um dos protagonistas da adesão de Portugal à União Europeia ( era o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Mário Soares, de boa memória, quando se deu esse acontecimento histórico), comenta (no seu BICHO CARPINTEIRO) um curioso aconselhamento de Cavaco Silva aos Turcos, na sua recente viagem à Capadócia com sua mulher..., para estes usarem a sedução na estratégia com vista à almejada entrada da Turquia na UE, referindo ter sido o enleio da sedução 0 segredo do lân...guido... Portugal para se lhes escancararem as portas da CEE. Pois reparem no que, sobre o assunto, tem a dizer um dos principais obreiros da espctacular adesão, acusado agora de, com outros, se ter envolvido em manobras de sedução com a CEE:
-"É celebre a ária em que Scarpia desdenha da sedução como método para atingir determinados objectivos junto da cantante Fiora Tosca e elogia o ardor que lhe suscita a « conquista violenta», um sentimento só confessável quando se representa. Ora o nosso Presidente da República aconselhou os turcos de Kemal Attaturk a seduzirem a UE como os portugueses fizeram nos idos anos setenta e oitenta. Confesso que não tenho a mesma memória do facto. Só pela sedução não teríamos chegado lá..."
"Pelo que M.Ferreira aqui revela, somos levados a pensar que o Sr.Prof. Cavaco Silva ainda estaria, naquele tempo, na fase do pré-político, muito antes do período "deixem-me trabalhar" e completamente alheio aos acontecimentos. E agora é que terá descoberto o valor da diplomacia de sedução que procura utilizar com esmero, de tal sorte que nos seus séquitos ao estrangeiro (que também aproveita para realizar sonhos se sua mulher, conforme refere o EXPRESSO de hoje) parece que nunca falta uma fadista bonita e de voz sedutora para encantar os anfitriões. Daí, porventura, as suas sucessivas vitórias diplomáticas... Um doce para quem adivinhar quem é essa ... fadista-diplomata que tantos serviços tem prestado à Pátria amada... (Longe de nós estarmos aqui a insinuar que alguém ande a fazer turismo à nossa custa.)

A CRISE QUE SE ABATE SOBRE A ECONOMIA EUROPEIA

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El País, La economía europea sufre su mayor recesión desde la Segunda Guerra Mundial
"A crise atingiu com força a locomotiva económica europeia, que arrasta consigo o resto para a pior recessão em seis décadas. O produto interno bruto (PIB) da Alemanha sofreu no primeiro trimestre de 2009, uma diminuição de 3,8%, confirmando que o país mergulhou na maior recessão desde a Segunda Guerra Mundial e levou a Europa a uma situação idêntica. O PIB da zona euro afundou-se nos primeiros três meses do ano 2,5%, a maior queda desde que há registo em 1995. Comparado ao primeiro trimestre de 2008, o colapso da atividade foi de 4,6% na zona euro e 4,4% no Veintisiete também com as taxas mais negativas da série, como foi confirmado. hoje pelo Eurostat, o Serviço de Estatística Comunitario.
Entre estatísticas a partir de 16 Estados-Membros para os quais existem dados disponíveis, juntamente com a Alemanha, a queda de 1,2% do PIB francês no primeiro trimestre do ano, que marca a entrada do país em recessão, atingindo seis meses consecutivos de declínio. Por sua vez
a contração do PIB italiano no primeiro trimestre de 2009 foi de 5,9%. O declínio no primeiro trimestre foi curto e as últimas previsões da Comissão Europeia, na semana passada, previa uma queda na zona euro e na UE em cerca de 2% sobre os últimos três meses de 2008 e cerca de 4% no primeiro trimestre do ano passado. As estatísticas confirmam a dureza do impacto da crise no coração da Europa, depois de ontem se ter conhecido que o Instituto Nacional de Estatística (INE) relatava uma queda de 2,9% do PIB espanhol para o primeiro trimestre 2008, sendo já o maior declínio na metade de um século, desde o início ano.O facto de tanto a economia na zona euro como a da UE terem verificarem uma quebra de quatro meses consecutivos, a diminuição da atividade também se tornou mais intensa. Assim, na área do euro, o PIB teve 0,2% de queda no segundo e terceiro trimestre de 2008, de volta aos 1,6% e no quarto a cair 2,5% nos primeiros 2009 . Do mesmo modo, a economia da Veintisiete caiu 0,1% no segundo trimestre do ano passado, 0,3% no terceiro, 1,5% no trimestre, para um mergulho de 2,5% entre Janeiro e Março deste ano.
El País, La economía europea sufre su mayor recesión desde la Segunda Guerra Mundial

FIZESTE BEM MANUEL ALEGRE!!!


Como tenho sido aqui, porventura, demasiado agreste com Manuel Alegre, quero compartilhar do regosijo expresso num comentário anónimo à notícia do PÚBLICO sobre a decisão do militante socialista em permanecer no Partido, não se candidatando porém a deputado nas próximas eleições legislativas:
-Fizeste bem Manuel Alegre. Tens um nome a defender e é dentro do partido e não fora dele que deves fazer valer as tuas idéias e princípios, aliás como sempre fizeste em períodos mais difíceis e saíste sempre vencedor. Continua a ser o Manuel Alegre que todos conhecemos, o combatente por uma cidadania e o ideólogo sempre fiel aos seus princípios cívicos e democráticos pois não tens nada a provar a ninguém, muito menos aos arrivistas da política pós o 25/04. O País ainda precisa de ti e é no interior do Grande Partido Socialista (o partido mais democrático em Portugal) que essa tua veia poética e política fará renascer os cravos adormecidos da luta dos Capitães de Abril. Continua com o teu fulgor, a tua coragem, as tuas lutas não serão esquecidas e, eu como português sinto-me grato e honrado por tudo o que tens dado à Pátria e o muito que ainda tens para dar. Continuo a acreditar em ti como sempre acreditei. O Partido Socialista, bem como Portugal, continuam a precisar muito de ti e hoje, repito, mais do que nunca!
FêPaCo, Portugalês Cubano

15 maio 2009

A SORTE DE VARAS CHUMBADA NO PARLAMENTO REGIONAL - VIVA O PARLAMENTO!

Uma excelente notícia: as corridas de touros picadas foram rejeitadas na Assembleia Legislativa Regional o que constitui uma vitória civilizacional para todos os deputados e dirigentes políticos que se opuseram firmemente à barbárie que alguns pretendiam instituir nos Açores.
O diploma foi chumbado e interessa agora muito pouco fazer a contabilidade dos que votaram contra ou a favor, visto que estamos perante uma decisão democrática tomada no orgão mais representativo da autonomia dos Açores, decisão que, estamos seguros, vai ao encontro da vontade da esmagadora maioria deste bom povo, cuja forma de viver assenta em firmes sentimentos humanistas e de compaixão. Uma aprovação buliria com esses sentimentos.
Deve referir-se também que esta decisão teve o grande mérito de demonstrar e deixar bem claro que as alterações ao Estututo recentemente aprovadas e que alargaram o poder legislativo da Região, nunca servirão para satisfazer caprichos individuais ou de grupo, mas para melhor defender os lídimos interesses do Povo Açoriano. E para os que estavam à espera (e parece que era muita e boa gente) que as recentes alterações estatutárias fossem utilizadas, pela primeira vez, para autorizar as bárbaras touradas, hão-de agora meter a viola no saco! Mas caso tivessem sido aprovadas teria sido um rude golpe na credibilidade das instituições do Governo Próprio da Região.
Bem hajam todos os deputados que estiveram à altura das suas responsabilidades, dignificando assim o Poder Legislativo Regional e honrando o compromisso democrático com o povo soberano dos Acores.

O JOSÉ JÁ NÃO NÃO PODE VER O AMIGO PINA...










Eram muito amigos. Confidentes mesmo. José Sócrates falava com ele frequentemente. Com ele e com Armando Vara, actual administrador do BCP. Fazia parte do restrito grupo de amigos que conversavam sobre o PS, o País, a política do Governo e muitas coisas mais. Agora, tudo mudou.O primeiro-ministro é muito amigo do seu amigo mas não perdoa traições. E nunca esperou que Pina Moura, presidente da espanhola Iberdrola e até há pouco tempo presidente do conselho de administração da Media Capital, dona da TVI, lhe tenha dado uma autêntica facada nas costas. Acontece que foi no tempo em que Pina Moura presidia à TVI que Manuela Moura Guedes voltou aos ecrãs, depois de os espanhóis da Prisa, dona da Media Capital, a terem afastado de forma polémica. E voltou aos ecrãs com um ‘Jornal de ‘Sexta-feira’ que Sócrates atacou publicamente como sendo um exercício de ódio e perseguição pessoal. Para agravar ainda mais a situação, Pina Moura não se afastou completamente da TVI. Aceitou participar num debate semanal com Braga de Macedo e nunca se demarcou publicamente do conteúdo do jornal de Manuela Moura Guedes. E a zanga é tão grande que nem quer ouvir falar no nome de Pina Moura. Correio da Manhã

14 maio 2009

QUE PODERES TEM ESTE SENHOR PARA PRESSIONAR COLEGAS?

Se Lopes da Mota não estivesse colocado no Eurojust ter-se-ia falado de pressões? Não me parece, se bem conheço a miséria humana deste país um alto cargo em Bruxelas desencadeia muita dor de corno, a suficiente para que uma instituição como o Ministério Público contratar um ortopedista em regime de exclusividade. Alguém viu a oportunidade de abrir uma vaga apetecível e, ao mesmo tempo, lançar insinuações ao desbarato, foi como matar dois coelhos com uma cajadada.
É evidente que Lopes da Mota não só foi falar do que não devia como cometeu o erro de o fazer junto de colegas em que não poderia confiar, estes esperaram pelo fim da sobremesa e foram a correr para contar a boa nova ao senhor Palma, foi o que se viu.
No meio de tudo isto o Procurador-Geral fez justiça de Salomão, não podia ilibar Lopes da Mota pois isso colocaria em causa a credibilidade dos investigadores num momento em que o Ministério Público disputa a posição da Casa Pia em má imagem. Também não poderia condenar pois depois de tanta investigação o mais que conseguiu foram meros indícios, só não se entendendo o que um processo disciplinar pode concluir depois da investigação se ter ficado por meros indícios.
Agora Pinto Monteiro tem o resultado da sua manobra, apregoar o princípio da presunção da inocência para poder manter Lopes da Costa no cargo.
Enfim, mais uma figura triste do Ministério Público, uma instituição que tem tantos poderes que começa a haver motivos para recear que essa gente tem princípios e credibilidade suficiente para os usar. Nos últimos tempos não têm dado muitas provas disso, antes pelo contrário. Ainda alguém se lembra de dizer que o país vivia melhor sem este Ministério Público, fica caro, é ineficaz e só traz problemas ao país.
(in O JUMENTO)
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É perfeita e naturalmente possível que entre profissionais do mesmo ofício as conversas muitas vezes se circunscrevam a matérias da própria profissão, particularmente aquelas que implicam juízos muito subjectivos, de interpretação rigorosa de factos e de aplicação de jurisprudência. Na área da justiça será porventura aquela onde qualquer magistrado com casos entre mãos complexos e mediatizados não se privará de conferir a sua actuação com a experiência de colegas e nem estará livre de um colega lhe perguntar como vai essa coisa de que todo o mundo fala... E não estará também livre de ouvir do colega, por exemplo, coisas do tipo "estás frito", estás tramado", "ficas mal"... se não te apressas, se não provas isto ou deixas escapar aquilo e coisas do género. Parece no entanto estultícia alguém, com os poderes de um magistrado, a sua suposta preparação e com um estatuto de independência sem paralelo na sociedade, possa alguma vez invocar que é pressionado por alguém e muito menos por um dos seus iguais! Na condição de magistrado só será pressionado quem consentir a pressão e, se caso acontecer, a situação poderá também provar que o pressionado deve andar por ali a mais!... Então ele não é soberano no seu processo? Que me desculpem os que na justiça parece andarem em palpos de aranha, pois todos gostaríamos que ela fosse servida por gente de alto gabarito e que desse credibilidade a um País que deixa a impressão de andar toda a gente de calças nas mãos, a começar nos topos até cá em baixo. Poderemos concluir até não haver mesmo elites na verdadeira acepção da palavra que sejam exemplo de virtudes para os demais e que não passamos de cidadãos de um país dos "meia-tigela".O caso em apreço até parece que só tem servido para alimentar o "Cabaré da Coxa" da TVI e suas ramificações pela zona baixa da comunicação social.
Quem é, alguém de vergonha, que se sente bem a habitar um local destes!...

PROGRAMAS DE TV INESQUECÍVEIS



Respondendo ao desafio do Pedro Correia (Delito de Opinião) para indicar os seus programas de televisão inesquecíveis, Tomás Vasques enumerou os abaixo referidos, os quais, disse, ainda hoje seria capaz de rever com prazer. Por isso, inesquecíveis:
»Zip-Zip
»Os Marretas
»Columbo
»O tal canal
»O polvo
»Modelo e Detective
»Alô Alô
»Crime, disse ela
»Twin Peaks
»Sim, Sr. Ministro
»Gabriela
»Ficheiros Secretos
»O fugitivo


Tomás Vasques, por sua vez, desafiou outros amigos para que se submetessem ao mesmo exercício, entre os quais o Eduardo, autor do excelente Absorto, o qual deu o substancial contributo que seguidamente se discrimina, constituindo os dois uma súmula de programas de televisão com forte sabor nostálgico para uma certa geração, na qual me integro. Por isso me emiscui sem convite e apenas acrescento o Macgyver por considerar que está aqui o fundamental da coisa... e ele não podia faltar

»João Villaret (acompanhado, ao piano, por António Melo?) – uma introdução à poesia acessível a todos e sem concessões à facilidade;

»Mário Viegas – um amigo que simboliza, para mim, a força da palavra com um mundo de sensações e revoltas lá dentro;

»António Lopes Ribeiro – o mundo do cinema quando o cinema era quase só o “Museu do Cinema”, acompanhado pelo pianista “mudo” António Melo;

»Vasco Granja – a divulgação do mundo do cinema de animação e da banda desenhada polarizado, ao longo de décadas, por um só nome;

»Vitorino Nemésio (“Se bem me Lembro”) – as palestras de um grande poeta esquecido. As palavras enroladas em sabedoria tradicional por um erudito (açoriano);

» Padre António Ribeiro (futuro Cardeal Patriarca de Lisboa) – um padre, um bispo, um cardeal, que sabia a arte da comunicação; foi um elo na transição da ditadura para a democracia, moderando os ímpetos numa época de fogo;-

»Raul Solnado – uma extraordinária carreira de actor, um comediante ímpar, que deixa uma marca profunda na cena cultural portuguesa ampliada com o surgimento da televisão;

»Herman José - um comediante genial, mal amado no seu próprio país, arrumado na prateleira, ainda ouviremos falar dele;

»Artur Varatojo – não perdia os seus programas e cheguei a escrever-lhe, – fascinava-me a sua relação com os temas policiais;

» Festival da Canção – uma ambivalência político-cultural, ao mesmo tempo, no centro do poder e no lugar da resistência: Simone de Oliveira, Madalena Iglésias, Fernando Tordo, Paulo de Carvalho …» Gabriela Cravo e Canela – uma novela empolgante, luxuriante, sedutora. Assisti a quase todos os episódios como se de uma ida ao cinema se tratasse, …

» A Guerra – por Joaquim Furtado – uma série de documentários para a história do género em Portugal;

» Europeu de Futebol de 2004 – a transmissão dos jogos da selecção portuguesa – ou como sofrer, de forma apaixonada, o sonho da epopeia dos pequenos ganharem aos grandes – ir à janela, sair à rua, olhar as bandeiras nacionais por todo o lado … um ponto de vista acerca do patriotismo …;

»Debate Político – Até ao 25 de Abril de 1974 os portugueses nunca tinham visto um debate político. Muito menos pela TV. Este debate entre Mário Soares e Álvaro Cunhal (6 de Novembro de 1975) foi um momento marcante de uma nova época da vida pública portuguesa.

»RTP Memória - para fechar uma referência a um canal da RTP que é um dos únicos repositórios, na área do áudio visual, da memória da segunda metade do Século XX português.[Vou passar à Tinta Azul, ao António Pais, ao Macro, à menina_marota e ao Rui Perdigão e que ninguém se sinta obrigado…]

E JÁ AGORA TAMBÉM ESTES:

-O Santo

-Os vingadores

-Olho Vivo

-Casei com uma feiticeira

-Uma Família às direitas



















A GENTE ESQUISITA QUE TEMOS DE ATURAR

A APARIÇÃO DE MAIO
(PAÍS RELATIVO)
rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
Quanto nos custará manter estes revolucionários
a pão-de-ló, para andarem a recrear-se
por aí...
sem utilidade nenhuma?
Vejam como estes dois estão felizes !
Um dia destes teremos de
fazer contas...

CANSADOS! - HÁ PEDAGOGIA A FAZER...

«O que se passa connosco é dramático, porque o problema não se limita ao económico, o que por si sempre seria muito grave: o bloqueio, o descrédito e a falência institucionais cada vez mais se assemelham a muros que o cidadão não consegue transpor. É difícil resolver o mais pequeno problema no Portugal disfuncional de hoje e o País vai-se rendendo a um fatalismo tal que mais se assemelha a coma colectivo. Como se o futuro fosse uma circunferência fechada a cadeado e todos estivéssemos muito cansados desta ausência de perspectivas aliada a dificuldades constantes; tão cansados que não conseguimos reagir. Há um para quê quando se vê tanta impunidade por tanto lado.
Mas não é impossível reestruturarmo--nos numa lógica de aceitação de menos dinheiro, mais solidariedade e maior solidez no nosso desenvolvimento, com mais tolerância que é sempre difícil de pedir em concreto e sobretudo em situações de crise.
Que capacidade para nos reinventarmos vamos nós ter? Passa necessariamente por um debate alargado sobre o humanismo, para que se não repitam as desgraças e os horrores que normalmente surgem em época de depressões. Há pedagogia a fazer...»
(e pelos responsáveis de todos os quadrantes; ninguém está dispensado!)

13 maio 2009

COMO É TRAPACEIRA A POLÍTICA DESTE PSD

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O Quadro acima demonstra a excelente execução do QREN. Porém o perna curta do Ferrabraz da Dona Manuela, que acumula aquelas funções com as de pregoeiro das mentirolas planeadas pela trindade a quem a boa gente do PSD entregou os destinos do partido, na falta de melhores novidades apareceu a divulgar, entre outras,estas barbaridades:

«O Governo incompetente não aplica, não aproveita, desperdiça. Em dois anos, 2007 e 2008, devia ter executado 20 a 25 por cento dos fundos comunitários e executou dois por cento», lançou Paulo Rangel»

. Ora como o quadro acima demonstra, a dita execução ficou próxima da cifra dos 24%! Mas a falta de seriedade intelectual do sr Rangel permitiu que se prestasse a ser mensageiro daquela mentirola mais que grosseira, a raiar mesmo o atrevimento canalha! Para quem começa a ter pretensões de se lançar em maiores vôos políticos não pode desaproveitar nem desperdiçar assim a credibilidade! Se foi o Pacheco que a engendrou, ele que a anunciasse. Assim, o senhor dos Santos de Campos Rangel, acima de tudo, revela um canhestro que passava mais ou menos despercebido.





O QUE É A GRIPE SUINA

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MANUEL ALEGRE COM PROPÓSITOS DE CANIBALIZAR O PARTIDO SOCIALISTA.

«Manuel Alegre integra ou não as listas do PS para as próximas eleições legislativas? Só no próximo dia 15 se saberá, mas segundo apurou o CM, poderá estar em cima da mesa um número de seis parlamentares para as listas. Contudo, ninguém arrisca, nesta fase, fazer sequer um ponto de situação. Os contactos entre o ex-candidato presidencial e o líder do partido, José Sócrates, têm-se debruçado sobre áreas programáticas, ou a inclusão da corrente ‘alegrista’ nas candidaturas para a Assembleia da República [Correio da Manhã]
O senhor Alegre, já com a sua provecta idade, mas sem que esta lhe tenha trazido bom senso, quer acabar a sua carreira política a canibalizar um partido que o acolheu e lhe deu honrarias que tem demonstrado não as merecer por inteiro. Os seus feitos e lutas pela democracia não parece que tenham sido de valor superior às de outros que, com humildade democrática, se remeteram ao anonimato sem estarem sempre em bicos de pés a reclamar tratamentos de excepção. Tem sido um bom comensal do regime democrático, do qual, sem esforço, se tem servido e em nada é considerado hoje uma mais valia para o PS. Pelo contrário, ao partido que deveria respeitar e estimar, está a chantageá-lo vergonhosamente para conseguir, sempre sem esforço, um grupo parlamentar para acomodar a sua corte.
Tinha o direito de fundar um partido para agrupar os seus apoiantes e ir a votos para, democraticamente, serem testadas as suas proposta. Mas isso dá muito trabalho e dizem que a preguiça do poeta é a sua marca mais vincada. Então vá de pedir que lhe ofereçam de mão beijada um grupo parlamentar de indefectíveis PS (?!)... os quais, segundo as teorias que se vão lendo e escutando aqui e ali... têm tanto amor ao partido da rosa como as megeras ao último cliente da safra. Um pouco de decoro seria exigível ao portador da propalada consciência crítica do partido que o acolheu, qualificativo que também não lhe assenta nem pouco nem nada.

12 maio 2009

CASA PIA - INTERVENÇÃO MUITO DURA DE SÁ FERNANDES

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR (A Inquisição de GOYA)
A Defesa de Carlos Cruz acusou ontem o Ministério Público de estar a "esconder a verdade", considerando que o espírito da Inquisição "sobrevive" no julgamento de pedofilia da Casa Pia.
"Este julgamento não tem a ver com um julgamento num País democrata. A Inquisição não faria melhor", disse Sá Fernandes, culpando o Ministério Público pela criação de "monstros judiciais" por não fazer a "pedagogia da racionalidade". "O País vive num lamaçal. Ninguém sabe o que é verdade e o que é mentira, ninguém faz avaliação de factos. É um grande problema da sociedade e da Justiça", declarou o advogado de Cruz, referindo-se expressamente aos "acontecimentos da última semana", numa alusão ao processo Freeport, e em comparação com o processo Casa Pia. "Jesus Cristo também foi condenado na opinião pública", acrescentou.
Apesar de se ter dirigido ao procurador João Aibéo, que se manteve sereno perante as críticas do advogado, Ricardo Sá Fernandes responsabilizou o magistrado João Guerra pela "tragédia" que considera ser o caso de pedofilia.
" A Justiça tem rosto e tem nome, não é justo criticar-se a Justiça em abstracto. Cometeram-se erros grosseiros e o principal responsável é João Guerra", afirmou, exaltado, Ricardo Sá Fernandes, considerando que a Acusação "partiu de teorias e depois tentou adaptar os factos a essas teorias". O defensor voltou a alegar que o processo é uma "fantasia adolescente" e manifestou-se convicto de que os juízes decidirão pela absolvição.
in CORREIO DA MANHÃ

OS VERSOS QUE TE FIZ



Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem p'ra te dizer !
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Tem dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !

Mas, meu Amor, eu não te digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz !

Amo-te tanto ! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz.
Florbela Espanca

PORTUGAL ENTRE OS PAÍSES MAIS DEMOCRÁTICOS DO MUNDO

Portugal, Brasil, Cabo Verde e mais 49 outros países receberam a nota máxima (12 pontos) da organização "E-Parliament", que fiscaliza a democracia parlamentar em todo o mundo.Segundo a tabela, divulgada no site da organização, Timor-Leste e Guiné-Bissau surgem no grupo de 25 países que obtiveram nove pontos, Moçambique no lote dos 14 Estados que conseguiram sete pontos e Angola no agrupamento que reúne oito nações, entre elas a Rússia, com cinco pontos. A organização não tem qualquer referência a São Tomé e Príncipe. O "E-Parliament" é considerado o primeiro índice mundial do respeito aos princípios democráticos nas eleições, tendo, na edição deste ano, avaliado 174 países e territórios. A avaliação está dividida em três partes: a primeira examina os critérios de liberdade de candidaturas, a segunda investiga as condições dos recenseamentos eleitorais, a equidade da votação e os processos de contagem de votos e a terceira estuda a liberdade de expressão nas campanhas eleitorais. Nos três critérios, Portugal, Brasil e Cabo Verde conquistaram quatro pontos, obtendo a nota máxima conseguida também por, entre outros países, Estados Unidos, Canadá, África.
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PORTUGAL ENTRE OS PAÍSES MAIS DEMOCRÁTICOS DO MUNDO???? Isto deve ter sido tramado à revelia do crâneo Pacheco Pereira e da sua patrôa, a notária habilitada por N.S. para passar os convenientes atestados. E a sra tem proclamado que vivemos em ditadura. Como soe dizer-se, não bate a bota com a perdigota. Aguardemos ainda a última palavra da inefável senhora e o parecer do seu actual ferrabrás das papas maizena, o sr dos Santos de Campos Rangel.

10 maio 2009

PRÉMIO NOBEL - UM ECONOMISTA DE CENTRO ESQUERDA

O primeiro ministro recebeu em São Bento o detentor do Prémio Nobel da Economia de 2001, J0seph Sttiglitz, que definiu como economista de centro esquerda , estranhando que o seu qualificativo seja notícia quando o próprio Stiglitz, ontem, partilhou com os estudantes que se considera um neo-keynesiano de centro esquerda.
Complementando o que disse nas conferências no Estoril e em Lisboa falou na necessidade de um novo sistema de reserva global para resolver os actuais desequilíbrios financeiros no comércio mundial, não depositando grandes esperanças no FMI (que comparou àqueles canalizadores que fizeram asneira da primeira vez, mas que temos que chamar novamente a casa porque só eles é que sabem onde ficam os canos).
Não teve pudor em apontar o dedo a todos os que contribuíram, conscientemente, para esta crise financeira, como se pode ler aqui e aqui, para os defeitos do plano de Obama, para a errada arquitectura de incentivos do sistema financeiro, para a ‘corrupção à americana’ e a promiscuidade entre o sector financeiro e o sector político - o gigantensco financiamento das campanhas partidárias por parte de grupos financeiros que têm impedido que se passe legislação que reforce a regulação do sistema financeiro.

SOCRATES EXPLICA-SE


Numa entrevista de seis páginas publicada na edição deste domingo do «JN», Sócrates diz que só considera um cenário de maioria absoluta e não aceita sequer equacionar um plano B, de Governo minoritário, embora não o rejeite.
Frisando a necessidade de estabilidade em tempo de crise, o primeiro-ministro afirma que «os portugueses sabem que isso faz parte da escolha: como garantir um Governo que seja capaz de fazer face à crise, com uma orientação, um rumo, e que tenha condições para garantir a estabilidade política».
«A última coisa de que o país necessita é somar uma crise política a uma crise económica. Mas insisto num ponto: a melhor forma de resolver a questões de governabilidade e de estabilidade é uma maioria absoluta do PS. O que as sondagens revelam é que isso é bem possível», afirma José Sócrates.
E rejeita um cenário de coligação pós-eleitoral com o PSD, caso não consiga a maioria. «O bloco central é uma ilusão. A melhor forma de responder aos problemas do País é com uma maioria absoluta do PS. É o cenário com o qual lidarei e pelo qual me baterei. Porque esse é o meu dever».
«Não sou homem de desistir, nem o PS é partido para se pôr à margem das responsabilidades», afirma, mas adianta que pensar num «plano B enfraquece o plano A».
«Portugueses não querem apenas protestar contra a crise, querem sair dela
Questionado sobre se fará um discurso mais à esquerda, por estar preocupado com os votos que possam fugir para o Bloco de Esquerda, ou mais à direita, por causa do PSD, Sócrates garante que «não adapta o discurso em função das circunstâncias». «Não pedimos uma maioria absoluta com o objectivo de ter mais poder, mas para servir melhor os portugueses. O País precisa de um governo que se preocupe com o interesse geral, que não fique refém de ninguém, de um interesse particular, de interesses corporativos por mais respeitáveis que sejam», afirma o primeiro-ministro.
«Não desvalorizo as sondagens, mas julgo que os portugueses perceberão que o radicalismo não constrói nada. O voto no radicalismo é para contestar. Mas os portugueses não querem apenas protestar contra a crise, querem sair dela», diz Sócrates sobre uma eventual ameaça vinda do Bloco de Esquerda.
O primeiro-ministro adianta que é «natural» que haja algum descontentamento por parte dos portugueses. «Quando um Governo faz as mudanças que fizemos é natural que surjam descontentamentos, aproveitados por quem não quer ter responsabilidades ou não espera voltar a ter tão cedo responsabilidades de Governo».
«Alegre pertence ao PS»
«Não vejo nenhum embaraço para o PS», diz Sócrates sobre Manuel Alegre. «As alternativas estão bem claras: uma protagonizada pelo grande partido da Esquerda democrática, o PS, outra pela Direita. Manuel Alegre só ajuda na diversidade do PS», afirmou, adiantando que «as críticas leais e frontais são sempre positivas e inspiradoras».
«Manuel Alegre tem o lugar à sua espera. Pertence ao PS; é este o seu espaço político. Fez já uma declaração afirmando que está fora de causa sair do partido. Registo-a com muito agrado», adianta.
«O que acho é que foi um acto que merece a mais viva condenação, mas que culmina uma legislatura em que o PCP se especializou em organizar manifestações para insultar outros líderes políticos», disse Sócrates sobre agressões a Vital Moreira.
Questionado sobre se estava em condições de provar que o PCP que promoveu a agressão, Sócrates manteve-se convicto. «Se estou em condições de provar? O que estou em condições de provar é que nestes quatro anos eu próprio fui vítima disso. Em 2006, antes do Congresso do PS, quando ia a sessões do partido tinha à minha espera dirigentes da CGTP e do PCP a apuparem-me e a insultarem-me. (...)A pretensão do PCP de que nada teve a ver com o que se passou choca com a realidade: não há nenhuma agressão física que não seja precedida de agressão verbal. A agressividade e o radicalismo de linguagem foram lançados pelo PCP
»

MANUELA FERREIRA LEITE ANDA CONFUSA


Manuela Ferreira Leite disse ontem que a democracia portuguesa está doente por causa do "clima de medo" que alastra pelo País. Há medo de tudo: de falar, de ser escutado ao telefone, de recusar isto, de pedir aquilo. A líder do PSD recua no tempo, numa viagem espectral aos tempos da ditadura. Percebe-se a intenção, mas o exagero é manifesto. É preferível que o PSD comece a falar de propostas concretas em vez de agitar fantasmas. Hoje em dia, a insegurança é grande, a crise ameaça o emprego, a juventude afunda-se nos recibos verdes, as universidades formam legiões de gente sem esperança, os pequenos déspotas de nomeação política que mandam em algumas áreas da Função Pública mostram todos os dias a soberba típica da mediocridade exibicionista. Mas, medo!? Medo daquele que encolheu um país inteiro por 48 anos!? Não, não é esse o caminho da seriedade.O caminho da seriedade e da credibilidade que pode convencer alguém a mudar de voto está nas respostas concretas aos problemas, não na agitação de fantasmas. Se o PSD não disser o que muda na Justiça, o que faz nas periferias explosivas, como vai gerir a segurança, reformar a Educação e a Saúde, ou se é capaz de criar um modelo de protecção social que não seja tributário da velha e salazarista misericordiazinha, então, não haverá fantas

MAGISTRATURA COM NOTA BAIXA

Os juízes e os magistrados do Ministério Público estão desgastados pela promiscuidade com os media e pelas quebras constantes, sempre “muito oportunas”, do segredo de justiça.Não são apenas vozes autorizadas, como a de Mário Soares, de Jorge Sampaio ou do Bispo D. Januário, que vêm criticando as magistraturas pela sua sede mediática e pela escassa fiabilidade que têm revelado. É já a população em geral, que antigamente tinha representações muito favoráveis sobre os magistrados, que começa notoriamente a mudar de ideias.Os resultados da sondagem hoje divulgada pelo Expresso são muito significativos. Veja-se:

A actuação dos juízes tem sido:
Positiva – 9,9
Negativa – 48,6
Nem boa, nem má – 28,2

A actuação do Ministério Público:
Positiva – 18
Negativa – 43,3
Nem boa, nem má – 19,2
A diferença para 100 por cento corresponde a resposta de “Não sabe” ou “Não responde”.
No mesmo dia, o Sol dá conta da revogação pelo Tribunal da Relação de Lisboa de um despacho do juiz Carlos Alexandre. Sem querer insinuar nada, tenho reparado que, nos últimos meses, não há processo do juiz Alexandre cujos elementos não acabem, por coincidência, nas páginas dos jornais e revistas (e sempre em certos jornais e revistas). Não acho que esta mediatização seja boa para a justiça, como demonstra a sondagem do Expresso.Mas pior ainda será a desconfiança, que é criada por um acórdão do Tribunal da Relação citado pelo Sol, de que a argumentação de Carlos Alexandre, no despacho acima referido, “peca por alguma falta de objectividade na análise do caso concreto”, considerando mesmo que foi feita com “uma paixão que não poderá existir em quem tem o dever de decidir”.No caso, o juiz não quis aplicar uma suspensão do processo a banqueiros envolvidos na Operação Furacão, que pagaram as dívidas fiscais como prevê a lei, em benefício do Estado. Se é verdade o que diz o Tribunal da Relação, parece que o interesse público foi substituído pela “paixão”.
posted by Miguel Abrantes