07 novembro 2009

SETE ANOS DE PRISÃO PARA ISALTINO

Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, foi hoje condenado a sete anos de prisão efectiva e à perda de mandato, bem como a pagar uma indemnização de 463 mil euros ao Estado.Não é de excluir também a sua responsabilidade de prática de crimes de fraude fiscal, diz a juíza encarreguada do caso.
O Tribunal de Sintra deu como provada a culpa do autarca em quatro crimes: fraude fiscal; abuso de poder; corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais. O mesmo tribunal absolveu o autarca de um crime de participação económica em negócio e de outros dois crimes de corrupção passiva. A sentença será suspensa porque Isaltino Morais já apresentou recurso. Os restantes arguidos no caso foram absolvidos.Isaltino Morais foi constituído arguido em 2005 num processo relacionado com contas bancárias não declaradas na Suíça e no KBC Bank Brussel, em Bruxelas (Bélgica). Segundo a acusação deduzida em Janeiro de 2006, Isaltino Morais, acusado da prática de sete crimes, “recebia dinheiro em envelopes entregues no seu gabinete da Câmara” para licenciar loteamentos, construções ou permutas de terrenos. O Ministério Público pediu que fosse punido com prisão efectiva durante um período superior a cinco anos, bem como a inibição de exercício de cargos públicos durante esse tempo. Hoje, durante a leitura do acórdão, o colectivo de juízes considerou que o autarca "revelou total ausência de consciência critica como cidadão e como detentor de cargo político". Segundo o tribunal, entre 1990 e 2003 o autarca utilizou os cargos políticos exercidos para auferir benefícios económicos. Quanto aos depósitos em numerário nas contas bancárias da Suíça, foi considerado que Isaltino Morais tentou "negar o inegável" ao "pretender ocultar ser o verdadeiro titular das mesmas".
E se não adianta pedir à maioria da população do Concelho de Oeiras que tenha vergonha na cara pelo pornográfico conforto político dado ao condenado, ao menos que se metam em casa e não se lembrem de vir agora para a rua vitoriar o Isaltino, em desagravo das "malfeitorias" da Justiça ao seu herói da Suiça.

06 novembro 2009

GOVERNO AFASTA TAXA DO MULTIBANCO

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, garantiu hoje que não irão ser cobradas taxas pelo uso do multibanco, já que o Estado irá utilizar a faculdade que a lei dá para tomar essa opção.
Iremos usar a faculdade que a lei nos dá para que se torne bem claro que não serão cobradas taxas pelo uso do multibanco, afirmou Teixeira dos Santos, durante o debate do programa do Governo.
Acerca da possibilidade de vir a ser cobrada uma taxa pelo uso do multibanco, Teixeira dos Santos começou por recordar que recentemente foi transposta para a ordem jurídica portuguesa uma directiva comunitária relativa a esta matéria.
Contudo, sublinhou, nos termos do decreto-lei que transpõe a directiva para a ordem jurídica nacional “fica reservado através de dispositivo legal subsequente a possibilidade de nós podermos regulamentar a opção que a directiva define de possibilidade ou não de cobrança
de taxas no uso dos meios de pagamento em causa”.


ELAS GOSTAM DOS MEIGOS - QUE NOVIDADE!?


Os alfaiates discretos saem-se melhor com o sexo oposto. A curiosa lição envolve esses insectos com pernas esguias que costumam andar à tona da água e aparece num estudo publicado hoje na revista "Science". Grupos de alfaiates agressivos acasalam menos do que os low-profile, diz uma equipa de investigadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos."Os tipos simpáticos não têm de ser sempre os últimos", sublinha o líder do trabalho, Tonsi Eldakar. "Neste estudo mostrámos que é possível um macho não agressivo ter maior vantagem (sexual)".Os investigadores começaram por observar populações de alfaiates e depois acompanharam cada indivíduo durante uma hora. Concluíram que as fêmeas têm tendência a afastar-se das zonas onde dominam os machos agressivos, acabando por acasalar com os machos que se isolam em grupos mais calmos. Para John W. Pepper, um dos autores do trabalho, este comportamento explica por que razão os grupos de machos agressivos estão em minoria. "Em termos individuais, os machos menos agressivos teriam uma fatia menor das fêmeas. No entanto, em grupo têm uma parcela maior, porque não afastam nem perturbam as fêmeas ao ponto de elas não se reproduzirem.A ideia contraria Darwin, apontam os autores. "A visão ingénua da evolução darwiniana é que os comportamentos mais selvagens, brutais e egoístas estão em vantagem. Não é verdade, e este é apenas um dos exemplos", defende Pepper. M. F. R.
Salvo as masoquistas, elas preferem os meigos... Olha que novidade! E a teoria de Darwin julgamos que se fundamentava na escolha da fêmea pelo macho mais forte e agressivo, entres os pares, na busca do melhor reprodutor (a violência do macho sobre a fêmea creio que é uma característica dos tíbios humanos!...)

05 novembro 2009

O LENDÁRIO HEFNER DA PLAYBOY

Hefner, o lendário e libidinoso fundador da "Playboy", profeta do hedonismo, não acredita que o seu fim esteja à vista. E não se comporta como se estivesse. Ainda trabalha dias inteiros na revista, viaja pela Europa e joga em Las Vegas, toma Viagra, visita clubes nocturnos com as três namoradas residentes - com idades para serem suas netas.
Na imagem a celebração da tradicional festa "Sonho de uma noite Verão", realizada na mansão da Playboy, situada na urbanização exclusiva de Holmby Hills, em los Angeles. A acompanhar Hefner estavam , claro está, as actuais namoradas e outras coelhinhas...

OS EMPATAS DO BLOCO DE ESQUERDA

Depois de ouvir hoje as "gralhas" do Parlamento nas suas interpelações ao Primeiro Ministro sobre o programa do governo e o exercício lúdico e inconsequente dessas dispendiosas aves canoras, lembrei-me do artigo publicado no Diário Económico por Eduardo Ferro Rodrigues de proclamações ideológicas ou argumentos aritméticos; afirma-se pelas propostas e pela demonstração de que em eleições legislativas o voto de protesto para nada serve. Quem não está interessado em assumir responsabilidades de governo, joga no agudizar da crise económica e social a partir da crise política e assim deveria ser penalizado e ter expressão parlamentar pouco relevante. Em caso de inexistência de maioria absoluta, um governo minoritário constitui assim a última solução, depois de ficar claro e público que a sua formação resultou das posições negativas de outros e não de vontade própria estratégica ou cálculos tácticos."
E quem, por exemplo, cidadão responsável, votou Bloco de Esquerda e vê aquela chusma de rapazinhos deleitados a fazer chicana e sem qualquer préstimo, não deve ficar com a consciência tranquila. Isto partindo do princípio de que quem vota B.E. é pessoa escorreita e responsável.


04 novembro 2009

O GENDARME


SECRETARIA DE ESTADO DE IGUALDADE DE GÉNERO


A criação de uma Secretaria de Estado da Igualdade de énero, liderada por Elza Pais, ex-presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), é uma das grandes novidades do XVIII Governo Constitucional.A nova Secretaria de Estado vai ter como objectivo "o combate à violência doméstica e o combate à discriminação no mundo do trabalho" e dar especial atenção à "conciliação da vida profissional com a familiar", segundo fontes do Executivo, citadas pela Lusa.
Depois de o primeiro Executivo liderado por José Sócrates ter começado, embora timidamente, a dar uma atenção particular e um apoio específico às questões do empreendedorismo feminino e às necessidades das mulheres empreendedoras, com a criação desta nova Secretaria dá um passo em frente que se espera contribua para a valorização do "management no feminino" e para uma redução das desigualdades de género.

CRUCIFIXOS NAS SALAS DE AULAS


As salas da Escola S. João Souto, em Braga - que continuam a exibir crucifixos na parede -, são apenas um exemplo de como a tradição se mantém, indiferente à lei que diz que as escolas públicas não podem exibir símbolos religiosos. Em Portugal ninguém sabe quantos estabelecimentos de ensino estão na mesma condição da escola bracarense, mas nova jurisprudência acaba de nascer, com uma condenação do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Perante uma queixa de uma mãe, Estrasburgo considerou a presença de crucifixos nas salas de aula italianas "uma violação do direito dos pais de educarem os seus filhos de acordo com as suas convicções" e "uma violação da liberdade religiosa dos estudantes". Uma decisão inédita com repercussões em todos os estados-membros.Em Portugal, 88,10% das pessoas são católicas. No entanto, em 2005, os princípios do Estado laico levaram o executivo de José Sócrates a aprovar uma lei que proíbe a exibição de símbolos religiosos nas escolas públicas. Na sequência de uma queixa da Associação República e Laicidade, o governo ordenou que todos os símbolos fossem retirados se alguém apresentasse queixa. Os casos seriam avaliados um a um "pelas autoridades competentes". Apesar de o Ministério da Educação não se mostrar disponível para confirmar a ausência de queixas até à hora de fecho desta edição, pais e escolas garantem que até hoje não há reclamações registadas. Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), entende que o tema "é matéria de avaliação interna das escolas" e que "a decisão deve ser tomada no conselho geral de cada estabelecimento de ensino" - onde pais, professores, auxiliares e alunos estão representados. Foi precisamente esse o entendimento do CDS-PP, em 2005 - apesar de outros partidos, como o Bloco de Esquerda, defenderem que a retirada de crucifixos das escolas públicas portuguesas "devia ter acontecido na tarde de 25 de Abril de 1974 ou, quando muito, no dia em que a Constituição foi aprovada".Menos radical, Álvaro Almeida dos Santos, presidente do Conselho das Escolas, recorda no entanto que "o estado português é, por definição constitucional, um estado laico". Contudo, desvaloriza o assunto, admitindo que "apenas uma minoria das escolas, mais pequenas e tendencialmente do interior do país, ainda apresentará crucifixos" nas suas instalações. Se assim não é, os pais parecem não valorizar a questão ao ponto de apresentar queixa. Uma antiga professora da Escola S. João Souto, explica ao i que os crucifixos "nunca foram uma questão" levantada por pais, alunos ou professores. Até porque, "quando a maioria deles lá chegou, eles já lá estavam".A questão cultural e de antiguidade justificam a opinião da maioria, que defende que cada escola deve poder escolher exibir ou não símbolos religiosos. Contactado pelo i, o padre Manuel Morujão, da Conferência Episcopal Portuguesa, explica que a afixação de crucifixos deve ser permitida "sempre que as escolas assim o entendam". As razões são simples: "Faz parte da matriz cultural do país e, embora para os que têm fé seja um símbolo religioso, para todos os outros é um símbolo cultural da não violência." daqui
Durante o período da minha formação (da Primária ao secundário), sempre convivi com o crucifixo sem que o dito me tenha causado qualquer problema. Outro tanto não diria da presença asfixiante do clero no (meu) ambiente escolar, circunstância que terá sido decisiva para me afastar da sua convivência e dos seus cerimoniais. Porque considero que os icones da igreja católica são meros sinais do poder temporal dessa Igreja, cuja matriz cultural invocada não suporta bem a imposição às crianças da imagem violenta de um homem crucificado, aceito sem custo a decisão das instâncias comunitárias, tendo também em conta a importante componente da liberdade religiosa.

03 novembro 2009

OS SAUDOSOS " BEE GEES"

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O falsete de Barry Gibb mudou a história do disco sound e a música foi um sucesso mundial. A revista Rolling Stone atribuiu-lhe o 189º. lugar na sua lista das 500 melhores músicas de todos os tempos. Do álbum "A Febre de Sábado à Noite" venderam-se 40 milhões de cópias em todo o mundo, 15 milhões só nos EUA. E quem nunca dançou ao som de "Stayin Alive"que atire a primeira pedra.

Os manos Barry Alan Crompton Gibb, Robin Hugh Gibb e Maurice Ernest Gibb nasceram em Inglaterra mas mudaram--se para a Austrália no início da adolescência. Foi lá que, por uma questão meramente financeira, descobriram a vida artística e foi de lá que saíram, rumo ao Reino Unido, atrás da fama. A ideia inicial era juntar uns trocos para as despesas do dia-a-dia de qualquer jovem que se preze, mas as qualidades musicais dos irmãos acabaram por impressionar as pessoas certas.Começaram por chamar-se The Rattlesnakes e mais tarde mudaram para Johnny Hayes & the Bluecats. Nenhum dos nomes pegou e foi um DJ chamado Bill Gates (que de milionário ou crânio dos computadores não tinha nada) que fez o favor de os rebaptizar com o nome de Bee Gees, as iniciais de Brothers Gibb. Corria o ano de 1967 e os três irmãos estavam lançados.

MARCELO QUER SER LEVADO AO COLO COM UMA CHUCHA NA BOCA...


A liturgia dominical de Marcelo Rebelo de Sousa pôs a "unidade" no centro do cosmos social-democrata. A "unidade" que, provavelmente, o empurraria a ele ou "a uma pessoa qualquer" para o combate das directas. Mas essa "unidade" é impossível de alcançar porque, na opinião do professor, os "barões" do partido optaram pela "luta de facções" numa tendência "irreversível". Quem trabalhou para a "unidade" em torno de Marcelo não gostou das palavras do professor. Barrosistas e ferreiristas salientam a forma "pouco elegante" como Marcelo abordou a vida interna do partido e rejeitam a ideia de "facção": "Entre os apoiantes de Manuela Ferreira Leite não há facções, mas apenas uma série de pessoas preocupadas com o futuro do PSD" afirmou alguem próximo da actual direcção. Sentimento que Nuno Morais Sarmento referiu à Rádio Renascença, quando criticou a forma como Marcelo reagiu às várias declarações de apoio que recebeu de pesos-pesados sociais-democratas. Para Morais Sarmento, a sucessão de declarações a favor de Marcelo está muito longe de constituir uma "vaga de fundo" marcelista no PSD: "Não vejo onda nenhuma", disse. Sarmento, aliás, recusou-se a alimentar a máquina de nomes e não manifestou qualquer comprometimento com uma hipotética candidatura do professor Marcelo. Aliás parece que a aproximação de Sarmento a Passos Coelho é uma realidade. De resto no seio do PSD Poucos confiarão ou depositam em Marcelo qualquer esperança de futuro para o para o partido.

02 novembro 2009

VACINAGENS


AGENDA EQUIVOCADA

Alguns dos portugueses que considero mais bem informados e que mais admiro, com larga exposição internacional, costumam comentar que o que mais os desgosta, quando aterram em Lisboa, é a agenda que encontram e que consideram equivocada.
Refiro-me essencialmente à área da economia e da política económica: os temas que preocupam a opinião pública e que dominam a política, em que prepondera uma visão defensiva e proteccionista, onde termos, e conceitos, como concorrência (no mercado interno), internacionalização, consolidação e dimensão (sobretudo para concorrer no mercado externo), risco, capital de risco (tanto público como privado) e partilha de risco (sobretudo pelo Estado, através de políticas fiscais muito mais agressivas e muito mais amigas do sucesso empresarial), e inovação, para não falarmos noutros, não merecem suficiente atenção e muito menos prioridade. Permito-me ressalvar, como excepção, o trabalho desempenhado no Plano Tecnológico.
Vieira da Silva, Ministro da Economia, prestar-nos-ia um serviço inestimável, tão inestimável como o que nos prestou como ministro da Segurança Social, se fosse capaz de mudar esta agenda. Por mim, não lhe pediria mais para poder considerá-lo o melhor ministro da Economia do nosso país
.
(pois...)

01 novembro 2009

QUEM QUER CASAR COM A CAROCHINHA...

Era uma vez uma carochinha que, por sorte, encontrou uma moeda e, só por isso, se considerou rica e atraente. Com a soberba própria de quem se considera irresistível, quis saber quem queria casar com ela, sem no entanto nunca revelar o critério que presidiria à escolha do candidato. Atraídos pela ganância do dinheiro, muitos foram os que lhe responderam afirmativamente.
A carochinha foi recusando todas as ofertas, baseando a sua selecção no tom de voz do seu pretendente. Se era grossa e potente, incomodava-a. Se era maliciosa, não a seduzia. Se era clara e franca, receava-a. E assim, calculisticamente, optou por aquele cuja voz era tão débil que não passava de um som fraco e imperceptível. O escolhido ficou feliz, porque como era muito guloso, o que verdadeiramente procurava era comida.
Esta história acabou mal. Recordei-a a propósito do convite do eng. Sócrates a todos os partidos da Oposição, para avaliar da sua disponibilidade para com ele formarem um Governo de coligação, sem se vislumbrar nem o critério de selecção, caso todos tivessem aceite, nem as condições de Governo conjunto.
Ao contrário da história original, não houve respostas afirmativas, o que teve o mérito de mostrar que ninguém estava disposto a acabar “cozido e assado no caldeirão