15 janeiro 2011

O EURO E A PENÍNSULA

Desde a revolução que Portugal não concitava tantas atenções das chancelarias e da imprensa internacional. Naquela altura, por causa da independência política procurada; hoje, pela dependência financeira patenteada. Sempre pelo medo de qualquer contágio. A Reuters, esta semana, no seu serviço Breakingviews, explica-o melhor do que ninguém: "O caso português ultrapassa Portugal. Em Paris, Berlim e Frankfurt, Lisboa é encarada como a última linha de defesa antes de uma eventual batalha de Espanha." Desta vez sem Wellington à vista.
Com efeito, o Euro joga--se na Península Ibérica por estes dias. É um extraordinário volte-face em relação à situação vivida pela Grécia e pela Irlanda, em que só a sorte imediata desses países parecia em causa. Entretanto, a repetição dos sintomas financeiros no corpo marítimo da zona euro, desde a Espanha à Itália, levou os grandes decisores europeus a uma maior ponderação sobre a saúde da zona monetária, que nunca foi óptima e está a caminho de ser pior, para mal de todos. Desse ponto de vista, as acções de retardamento de Sócrates e Zapatero, para continuar a usar imagens afins da análise da agência britânica, parecem ter resultado numa maior consciência de que a questão levantada das "dívidas soberanas" não se resume a questões de política doméstica mas pode arrastar consigo todo um projecto europeu de união económica e monetária que já conheceu melhores dias.
O reduto da central "Europa Fortaleza" já não parece tão seguro. Um desfazer da Europa mais oceânica teria consequências sérias no projecto europeu. Preparam-se pois contingentes financeiros para intervir na Península Ibérica. Em si, a mobilização de recursos do FEE e do FMI não é uma má manobra, e funciona como uma garantia sublimada. Porém, consta que os termos de uma intervenção externa em Madrid seriam mais flexíveis do que em Lisboa.
A opinião de um pensador muito lúcido e esclarecido
que muita falta faz na política activa onde campeiam
tantos imbecis pretenciosos...

A IMAGEM DE UM CHICO RSPERTO

Cavaco Silva, que insiste em colocar-se num patamar de superioridade moral, que não tem, e a distanciar-se milhares de léguas da política, como se não tivesse sido parte activa dela cerca de 20 anos (de secretário de Estado do Orçamento a ministro das Finanças, de primeiro-ministro a Presidente da República), o que é caricato e ridículo. Que passa da pose de estadista ao lado do Governo pela salvação do País - como a que mostrou na entrevista a Judite de Sousa -, para a de candidato de dedo em riste que alerta contra uma grave crise política num dia importante de colocação da nossa dívida pública nos mercados, o que revela o seu lado mais tortuoso. Que quer fazer crer que é um ingénuo e casto cidadão que, apesar do currículo público na área, não percebeu nada (?!) de como foram aplicadas e rentabilizadas em 140% as suas aplicações via BPN, o que mostra uma inadmissível tentativa de atentar contra a inteligência dos portugueses.


13 janeiro 2011

O PSD CLAMA PELO FMI EM SEU AUXÍLIO







A reacção de Cavaco Silva, ameaçando com uma crise política, e a indisfarçável contrariedade que soprou do lado do PSD pelo relativo sucesso da colocação da dívida portuguesa no leilão realizado ontem, não podem ser relativizadas e têm de ser tidas muito em conta pelos portugueses sobre o que vai acontecer nos próximos meses.
O PSD será provavelmente o vencedor em futuras eleições legislativas. Apesar disso, está aterrorizado com a perspectiva de o actual governo conseguir manter o FMI fora de portas.
A razão é simples e seria bom que todos aqueles que andam a pôr providências cautelares para obstar às medidas de austeridade encarassem de frente a realidade: Para combater a crise, o PSD não tem alternativa às políticas do governo e não foi por acaso que viabilizou o orçamento.
Se o PSD fosse para o governo, manteria no essencial essas medidas, mas não evitaria o aumento da pressão dos mercados que a crise política provocada pela queda do actual governo acarretaria. Tanto interna como externamente, Passos Coelho e Cavaco Silva seriam apontados como responsáveis e o descrédito acompanhá-los-ia. Por isso, nem um nem outro quer eleições, a não ser que… venha o FMI... para fazer o trabalho que o PSD não tem coragem de fazer... É tão claro que até  aqueles que costumam votar nas setas de olhos fechados podem perceber...
Como o sucesso do leilão de ontem tornou mais remota essa hipótese ficaram alarmados, e, numa atitude que não se estranharia em Miguel de Vasconcelos, tudo fazem para inverter a tendência de confiança que esse facto provocou nos mercados.
A traição pode ter muitas máscaras, mas não deixa de ser traição.



CADA CAVADELA UMA MINHOCA

Não é algo de novo nem que muitos já não conhecessem, mas recebi um mail com o texto e é sempre bom não deixar esquecer a alguns e dar a conhecer aos que andaram mais distraídos nestes últimos trinta anos e acreditam que para se ser mais honesto que o Sr. Silva é necessário nascer duas vezes. Não é.
Naqueles longínquos anos 80 o Prof. Aníbal Cavaco Silva era docente na Universidade Nova de Lisboa. Mas o prestígio académico e político que entretanto granjeara (recorde-se que havia já sido ministro das Finanças do 1º Governo da A.D.) cedo levaram a que fosse igualmente convidado para dar aulas na Universidade Católica.
Ora, embora esta acumulação de funções muito certamente nunca lhe tivesse suscitado dúvidas ou sequer provocado quaisquer enganos, o que é facto é que, pelos vistos, ela se revelou excessivamente onerosa para o Prof. Cavaco Silva.
Como é natural, as faltas às aulas - obviamente às aulas da Universidade Nova - começaram a suceder-se a um ritmo cada vez mais intolerável para os órgãos directivos da Universidade.
A tal ponto que não restou outra alternativa ao Reitor da Universidade Nova, na ocasião o Prof. Alfredo de Sousa, que não instaurar ao Prof. Aníbal Cavaco Silva um processo disciplinar conducente ao seu despedimento por acumulação de faltas injustificadas.
Instruído o processo disciplinar na Universidade Nova, foi o mesmo devidamente encaminhado para o Ministério da Educação a quem, como é bom de ver, competia uma decisão definitiva sobre o assunto.
Na ocasião era ministro da Educação o Prof. João de Deus Pinheiro. Ora, o que é facto é que o processo disciplinar instaurado ao Prof. Aníbal Cavaco Silva, e que conduziria provavelmente ao seu despedimento do cargo de docente da Universidade Nova, foi andando aos tropeções, de serviço em serviço e de corredor em corredor, pelos confins do Ministério da Educação.
Até que, ninguém sabe bem como nem porquê... desapareceu sem deixar rasto... E até ao dia de hoje nunca mais apareceu.
Dos intervenientes desta história, com um final comprovadamente tão feliz, sabe-se que entretanto o Prof. Cavaco Silva foi nomeado Primeiro-ministro E sabe-se também que o Prof. João de Deus Pinheiro veio mais tarde a ser nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros de um dos Governos do Prof. Cavaco Silva, sem que tivesse constituído impedimento a tal nomeação o seu anterior desempenho, tido geralmente como medíocre, à frente do Ministério da Educação.
Do mesmo modo, o seu desempenho como ministro dos Negócios Estrangeiros, pejado de erros e sucessivas "gaffes", a tal ponto de ser ultrapassado em competência e protagonismo por um dos seus jovens secretários de Estado, de nome José Manuel Durão Barroso, não constituiu impedimento para que o Primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva viesse mais tarde a guindar João de Deus Pinheiro para o cargo de Comissário Europeu.
De qualquer modo, e como é bom de ver, também não foi o desempenho do Prof. João de Deus Pinheiro como Comissário Europeu, sempre pejado de incidentes e críticas, e de quem se dizia que andava por Bruxelas a jogar golfe e pouco mais, que impediu mais tarde o Primeiro-ministro Cavaco Silva de o reconduzir no cargo.
A amizade é, de facto, uma coisa muito bonita... e em questões de verticalidade... se procurarmos bem... a cada cavadela uma minhoca

NEM O FMI CHEGA NEM A GENTE ALMOÇA

Todo o santo dia, todos os dias da semana, o apelo ensurdecedor: "Sobe, sobe, marujinho/ / Àquele mastro real/ Vê se vês falência de Espanha/ O FMI em Portugal." Nunca um país teve tantas almas penadas com a mão em pala e os olhos no horizonte - a posição favorita dos economistas em Portugal. Excepto, claro, quando se trata daquele professor de Economia que é candidato - embora nunca político, porque isso nunca o foi, credo! - e nessa condição de candidato é o único economista do mundo que se faz fotografar em cima do capô de um automóvel a agradecer aplausos. Esse, o do capô, é suficientemente cágado para não apelar: "Acima, acima gajeiro/ Acima ao tope real!/ Topa falência de Espanha/ O FMI em Portugal." Não, esse costuma fazer de conta que quer a nau catrineta chegada a bom porto. Mas em dias, como ontem, em que se acalmam mares e ventos, dias em que surge a ténue esperança de a nau chegar a terra, esse, o cágado, retira a máscara e declara: "Não podemos excluir a possibilidade de ocorrer uma crise grave em Portugal, não apenas no plano económico e social, mas também no plano político." Se é isto um político responsável vou ali e já venho. Vergonha para os políticos portugueses - e falo dos de todos os partidos que estão dispostos a governar - que não souberam apresentar alternativas a este sonso.
in DN-ffernandes 


CAVACO ESQUIZOFRÉNICO?

Cavaco Silva que em certa fase da campanha eleitoral se insurgia contra o ruído que se fazia sobre a dívida soberana e contra os mercados especuladores, passou agora a ser ele  quem não tem outro tema para abordar que não seja lançar verrinosos ataques tendentes a tentar dificultar a vida e a descredibilizar  o governo. Provavelmente a preparar o caminho para, em sintonia com o seu partido, preparar a queda do governo.  Numa análise de imprensa feita hoje na RTP, o jornalista Miguel Carvalho referindo-se a este comportamento do candidato Cavaco qualificou-o de esquizofrénico.  Não temos qualificações para fazer diagnósticos desses  mas a experiência da vida sugere-nos que as caretas e a espécie de esgares que o dito exibe quando exprime a sua verrina têm algo que raia o patológico. E não consegue esconder o ódio que vota a quem não lhe presta vassalagem. Não tem adversários... Esses são inimigos.  A direita que tem boa boca para quem lhe serve os propósitos, vive em verdadeira lua de mel com a criatura (Bem...o casamento já é antigo...  a lua de mel é que é permanente)
obs. a foto exibida não é montagem...é o homem (para quem se lembre) a tentar engulir a crítica... e a engasgar-se com o bolo rei! - repelente!! A espreitar, a trás, OPERACIONAL DA INVENTONA DAS "ESCUTAS"!... Um verdadeiro quadro negro de fazer corar  um desavergonhado...

12 janeiro 2011

SÓCRATES É O OBSTÁCULO DA DIREITA




Já   ouvimos ou lemos várias teorias sobre a razão pela qual a direita, com Cavaco Silva e o PSD à cabeça,  anseia pela entrega do país ao FMI.
Uns alvitram que é pela pressa de Passos Coelho em chegar ao poder; outros porque o FMI acabará por impor medidas que a direita deseja, mas são tão gravosas que não arrisca assumir a sua paternidade. Mas o despudor é tanto que pelos interesses vendem a pátria
Provavelmente ambas as teorias têm alguma razão de ser, mas pecam por um senão: são demasiado racionais, o que não condiz com o primarismo dos básicos nossa direita.
A razão pela qual a direita sonha com a vinda do FMI é comezinha e nada tem de racional: É por vingança!
A direita odeia Sócrates. Tem mais medo dele do que o diabo da cruz e, apesar das sondagens, receia confrontá-lo, pois já está escaldada pelos revezes sofridos, depois de os analistas do regime, com destaque para o Prof. Marcelo, o darem como politicamente morto.
Crente e insegura, essa direita prostra-se perante o FMI imolando o país, na esperança de que a livre do belzebu que a atormenta…
Só a esquerda estúpida é que não não consegue ver... 







BOAS NOTÍCIAS AFRICANAS

África  auto-suficiente em apenas uma geração?...

Um estudo revelado no passado dia 02 de Dezembro e apresentado aos presidentes da Tanzânia, Quénia, Uganda, Ruanda e Burundi, mostrou que através da combinação de tecnologia moderna, infra-estruturas de maior qualidade e uma melhor educação técnica, África tem o potencial para se tornar num grande exportador de alimentos. Calestous Juma, professor de desenvolvimento internacional da Harvard Kennedy School nos Estados Unidos da América, foi o coordenador desta investigação financiada pela Fundação Bill and Melinda Gates. Juma, que trabalha na aplicação da ciência e da tecnologia para um desenvolvimento sustentável, explicou que a tecnologia será a chave para o estímulo de uma revolução na agricultura do continente mais pobre do mundo.




A ARTE E A MENSAGEM DO ARTISTA

Para Greenaway, por meio da pintura Ronda da Noite, que deveria representar um grupo de burgueses em poses heroícas prontos para defender Amsterdão, Rembrandt realizou uma denúncia de assassinato. O crime teria sido cometido a mando da figura central do quadro. Então, por meio de pistas simbólicas, manifestadas de forma alegórica, como, por exemplo, a garotinha que aparece correndo em meio a tropa, que seria a filha bastarda do líder da milícia, o pintor holandês almejava colocar sob suspeita também a índole moral e ombridade dos soldados. Essa intenção é nítida nos traços afeminados de dois milicianos, à direita do quadro que, segundo Greenaway, eram enamorados e na forma desengonçada pela qual um dos soldados carrega seu mosquete, à esquerda.

POR QUÉ NO TE CALLAS

O líder parlamentar do PS, Francisco Assis, manifestou hoje o "Desejo" de que o Banco de Portugal não acerte em relação às previsões sobre a economia portuguesa este ano, tal "como se enganou" relativamente a 2010.
"Em relação às previsões do Banco de Portugal, o meu único desejo é que o Banco de Portugal se engane em relação ao ano de 2011 como de facto se enganou em relação a 2010", afirmou Assis, em declarações aos jornalistas no Parlamento.
Não será caso para dizer a esse senhor: Por qué no te callas?!

11 janeiro 2011

OS PATETAS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Se nas eleições legislativas se questiona o desempenho do governo cessante, nas eleições presidenciais deveríamos estar a avaliar o carácter e o desempenho presidência que Cavaco Silva teve nos últimos cinco anos. É isto que Cavaco quer evitar a todo o custo e está a conseguir evitar com a ajuda de candidatos como Fernando Nobre e Manuel Alegre, o primeiro faz discursos patéticos e o segundo é um pateta ao sugerir que se interrompa a campanha que que Cavaco vá pela Europa salvar Portugal, mais um pouco e Alegre ainda propunha que Cavaco fosse empossado antes das eleições para melhor poder ajudar Sócrates. Talvez o menos patético de todos seja o Defensor Moura mas, coitado,  anda a caçar no mato sem cachorro. Que lástima!...
José Manuel Coelho é o candidato perfeito, pelo menos para jornalistas que ainda não se esqueceram que uma das suas principais funções é satisfazer a curiosidade do público. Um desconhecido, um homem do povo, estucador de profissão, ardina nas horas vagas, que se candidata a presidente, um deputado madeirense de um partido ultraperiférico que resolve saltar para o panorama nacional (coisa que o próprio Jardim nunca teve coragem de fazer), um ex-comunista que se 'aggiornou' e não tem medo de dizer que o regime que defendeu matou muitos milhões (coisa que o Partido Comunista Português nunca foi capaz de dizer para se libertar dos seus demónios...), um homem que fala sem as habituais papas que a concorrência coloca nas línguas dos candidatos que pretendem, ainda, fazer carreira na política nacional...
É claro que esta postagem foi inspirada em "O Jumento" o único com argumentos de facto para dar uns coices valentes nessa porcaria toda.








'O Preço da Traição HD'

Veja este vídeo fantástico do MSN: 'O Preço da Traição HD'
David, um atraente professor de música, a anda a trair a mulher. A fim de apaziguar as suas suspeitas e receios, ela contrata uma irresistível jovem, Chloé, para testar a fidelidade de David. Os relatos de Chloé sobre os tórridos encontros entre os dois transportam Catherine para uma viagem de resdescoberta sexual e sensual. Mas ao abrir a porta à tentação ela irá colocar a sua família num tremendo perigo...

ABBA - REIS E SENHORES DOS 70s - ESTÃO DE VOLTA

Os ABBA preparam-se para regressar aos palcos. A confirmação veio de Agnetha Fältskog, a vocalista loira do grupo. Apesar de não ter adiantado muitos pormenores, Fältskog (agora com 60 anos) disse apenas que a ideia não é de todo fazerem uma digressão de reunião, como é habitual nas bandas antigas que se juntam para celebrar os êxitos do passado. Será uma questão de se aguardar pelos planos específicos de uma das bandas mais acarinhadas de sempre.
Os ABBA foram um dos grupos de maior sucesso e mais influentes da história da música pop. Formados em 1972, na Suécia, adoptaram o nome ABBA por serem as iniciais dos quatro membros: Anni-Frid "Frida" Lyngstad, Björn Ulvaeus, Benny Andersson e Agnetha Fältskog.
Dois anos depois da sua formação, o grupo venceu o Festival Eurovisão da Canção com a música “Waterloo”, lançando assim uma carreira que iria durar mais 8 anos, até terminarem em 1982. Durante esse tempo, tornaram-se num dos grupos de maior sucesso comercial de sempre, graças à quantidade impressionante de singles de sucesso que se transformaram em clássicos intemporais que ainda hoje fazem as delícias do público por todo o mundo. Temas como “Mamma Mia”, “Fernando”, “Dancing Queen”, “Money, Money, Money” ou “The Winner Takes it All” são apenas alguns exemplos dos êxitos que continuam a ser conhecidos e apreciados passados mais de 30 anos do seu lançamento.
O sucesso dos ABBA deveu-se principalmente ao talento dos compositores e músicos Benny Andersson e Björn Ulvaeus e ao carisma e estilo de Agnetha Fältskog e Anni-Frid Lyngstad. Durante o auge dos ABBA, Fältskog e Ulvaeus eram um casal, assim como Lyngstad e Andersson. No entanto, ambos os casamentos terminaram em divórcio. As mudanças e problemas que foram surgindo nas duas relações serviram de inspiração para muitas das músicas do grupo.
Depois de terminarem em 1982, os ABBA só voltariam a ser vistos juntos em 2008, na estreia do filme “Mamma Mia”,com Meryl Streep e Pierce Brosnan, que se viria a tornar um dos filmes musicais mais rentáveis de sempre e que ajudou a revitalizar a música dos ABBA aos olhos das novas gerações.


ATÉ SE BABAM...



O dirigente socialista Augusto Santos Silva acusou hoje as forças de direita de "salivarem" perante a hipótese de o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrar em Portugal e de colocarem os interesses partidários acima dos nacionais.
A referência implícita ao teor da recente entrevista ao DN e TSF dada pelo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, foi feita por Augusto Santos Silva num almoço de apoiantes de Manuel Alegre em Santarém.
Falando após intervenções do histórico socialista e poeta José Niza, Santos Silva começou primeiro por justificar o voto em Alegre [face a Cavaco Silva] pela sua visão "progressista" e pela sua concepção de "democracia" com "pleno respeito pelas assembleias legislativas" do país.
Depois, o ministro da Defesa acusou a direita portuguesa afirmando que essa direita portuguesa tem "projecto de cedência e de resignação" perante os mercados financeiros.
"Essa direita  parece que até saliva com a simples possibilidade de tirar proveito partidário de uma eventual entrada do FMI em Portugal. Quem os ouviu e viu [Domingo] tão animados com essa possibilidade percebe bem que eles estão disponíveis para pôr o interesse partidário acima do nacional", declarou Augusto Santos Silva, num almoço em que esteve presente Luísa Mesquita, ex-deputada do PCP, expulsa deste partido na legislatura anteriorD

10 janeiro 2011

PARA QUE PRECISAMOS NÓS DELE?...

                                                  
Uma senhora aproxima-se do Presidente da República e fala-lhe de pobreza. Da sua pobreza. Cavaco Silva começa por atacar os adversários, que o criticaram por usar a pobreza em campanha. Depois responde: "vá a uma instituição de solidariedade que não seja do Estado".
Para quem não se recorde: o cidadão Cavaco Silva ocupa um cargo. Ele é o chefe de Estado. Ou seja, ocupa o cargo máximo do Estado. E explica à senhora que não deve, para resolver o seu problema, procurar a entidade que ele dirige e para a qual pagamos impostos para, entre outras coisas, combater a pobreza.
Cavaco Silva, o Presidente, não representa o Banco Alimentar contra a Fome ou a Caritas. Representa o Estado. E demite esse mesmo Estado, naquela frase, das suas funções sociais. E com isso demite-se ele próprio das suas obrigações.
Para quem não se recorde: o cidadão Cavaco Silva é candidato a um cargo político. Mas não responde com escolhas e soluções políticas concretas pelas quais tem responsabilidades, mesmo que de representação. Responde, mandando a senhora procurar a caridade de outros. Cavaco não se limita a demitir-se do seu papel de homem de Estado. Demite-se do seu papel de político.
Esta episódio vale mais do que mil discursos. Cavaco expõe o seu programa contra a pobreza: a caridade. O papel que reserva para o Estado no combate à pobreza: a demissão. E a sua utilidade como político: nenhuma. Se é para termos um chefe de Estado que manda os portugueses que sofrem os efeitos mais dramáticos da crise bater em porta alheia, o mais longe possível do Estado que ele representa, para que precisamos nós dele?

jose manuel coelho RTP1 - entrevista 07jan2011

ESTAMOS BEM SERVIDOS COM ESTE PSD-LILI

Passos Coelho viabilizou o Orçamento do Estado para 2011 e depois entrou em hibernação profunda. Disse ele então que a posição futura do PSD dependeria da execução orçamental. Agora, quando se anunciam duas emissões obrigacionistas na quarta-feira, Passos Coelho sai da toca e já não quer saber do cumprimento do défice e faz um apelo subliminar à intervenção do FMI.
Basta ver o incontido regozijo que se sente nas hostes passistas para perceber que a São Caetano aposta tudo no “quanto pior, melhor”. O país e o povo português não podem esperar que este PSD-Lili contribua para a estabilidade necessária num momento difícil como este.

CAVACO DAS MÁS ACÇÕES

«[...] sem dúvida nenhuma que as relações do Presidente da República com o pestífero banco vão envenenar o seu próximo mandato. Talvez durante meses, talvez durante anos. Não tardará, por exemplo, que o público e os políticos se apercebam de que personagens centrais do cavaquismo foram também personagens decisivas da tranquibérnia do BPN e que, mesmo dando de barato a sua inocência e virgindade, um homem que mandou no país como primeiro-ministro não os devia deixar à solta e, sobretudo, não devia comprar e vender acções da Sociedade Lusa de Negócios (dona da coisa), com o estapafúrdio lucro de 140 por cento, de que em princípio ele — com o seu doutoramento de York e a sua celebrada passagem pelo Terreiro do Paço — devia desconfiar.
Verdade que 300 mil euros não são uma fortuna e que a excitação da época levava com naturalidade a excessos lamentáveis. Só que a alegada candura de Cavaco não o recomenda. Quem se envolveu [...] na trapalhada do BPN não é aparentemente a criatura indicada para superintender, com o seu conselho e a sua prudência, a economia de Portugal inteiro. Quem nos garante que do assento etéreo a que tornará a subir não sairão opiniões ruinosas para o país? Quem nos garante que esse primoroso economista que tanto respeitávamos não se deixará enganar por um trafulha qualquer da Venezuela ou da Líbia? O dr. Cavaco pede confiança aos portugueses; e faz muito bem. Mas, com o caso do BPN perdeu ele próprio a confiança dos portugueses.
Vasco Pulido Valente - inPÚBLICO de hoje

ETA ANUNCIA CESSAR-FOGO PERMANENTE

O anúncio surge na edição online do jornal basco "Gara", ligado à ETA, com um comunicado e um vídeo da organização separatista basca e foi feito às 12.00 espanholas (menos uma em Portugal Continental) e no comunicado (existe também um vídeo) o grupo garante que o cessar-fogo será "permanente e verificável internacionalmente".
"A ETA decidiu declarar um cessar-fogo permanente de carácter geral, que pode ser verificado pela comunidade internacional. Este é o compromisso firme da ETA com um processo de solução definitivo e com o final da confrontação armada", pode ler-se no comunicado, que pede às autoridades espanholas e francesas para "abandonarem para sempre as medidas repressivas".
A declaração foi lida por um homem encapuzado, ladeado por duas pessoas também encapuzadas. O comunicado da ETA foi publicado no site do jornal Gara.
 Exultemos com a notícia, esperando uma reconciliação firme e duradoura que conduza a uma poderosa e fraterna IBÉRIA!... Sim irmãos bascos, Uma IBÉRIA, na sua diversidade, integradora de todos os povos da península, tornar-se-ia uma nação rica e poderosa no concerto das Nações   

O MAGO DA MULTIPLICAÇÃO DAS OVELHAS

ovelhas em trânsito para multiplicação da espécie
Quem se lembra dos gloriosos tempos dos grossos cabedais obtidos pela arte e influência de Mário Soares e a sua magnífica equipa, cabedais  que cairam no regaço do "Senhor Silva" sem mexer uma palha e que o dito senhor Silva transformou num regabofe sem que tais fundos tenham contribuido para alterar substancialmente os paradigmas de uma economia obsoleta,  que de algum modo subsiste e está na origem da situação de crise actual? (ele gosta de sugerir que os culpados são outros e que andam por aí...).  Nessa altura os fundos, entre outros critérios, eram distribuidos no mundo rural pelo número de cabeças de gado detido pelo proprietário, pelo que quem conferia as manadas encontrava sempre as diferentes propriedades bem providas de animais para conferir. Uma espécie de transumância para o regabofe do reino cavaquista.  O método era muito simples: os mesmos animais  transitavam de propriedade em propriedade, por empréstimo, e eram contados vezes sem conta, certamente por convenientes negociatas... Estavamos nesses tempos em pleno consulado do sr Silva,  que poderia, com mérito, receber o cognome de O Mago da multiplicação das ovelhas... O caso era muito badalado e o senhor Silva se calhar não sabia... Mas foi uma fase de implantação vigorosa do PSD no meio rural... e estava tudo muito bem... só que estamos agora a pagar os custos desse desgoverno do homem porventura  mais sério e competente da nossa história... e que, para tanto, teve de  sujeitar-se aos trabalhos de dois partos: nasceu duas vezes!... (condição que agora impõe aos outros para poderem  adquirir o estatuto de gente séria como ele: nascerem duas vezes)

09 janeiro 2011

86 MINISTROS DAS FINANÇAS EM 100 ANOS





Como é que um país pequeno e com dez milhões de habitantes como Portugal pode ter tido 86 ministros das Finanças ao longo de cem anos? Não parece um número demasiado elevado? Não soa estranho? Demo-nos ao trabalho de ir fazer a comparação com outros países para verificar se este seria um mal apenas português ou se era comum a alguns dos parceiros europeus. O mal, perceba-se, é o da instabilidade num cargo que deveria ser o mais estável de todos.
Fixámo-nos melhor nos últimos 37 anos. Neste período já vivido Como é que um país pequeno e com dez milhões de habitantes como Portugal pode ter tido 86 ministros das Finanças ao longo de cem anos? Não parece um número demasiado elevado? Não soa estranho? Demo-nos ao trabalho de ir fazer a comparação com outros países para verificar se este seria um mal apenas português ou se era comum em democracia foram 24 as personalidades - 23 homens e uma mulher - que ocuparam a cadeira das Finanças. Espanha teve 19 - também 18 homens e uma mulher -, um número igualmente elevado mas já menor que o nosso. Mas o mais curioso e surpreendente é verificar que o Reino Unido teve dez e a Alemanha apenas nove. Uma diferença considerável e que pode ajudar a explicar porque é que o marco e a libra sempre foram moedas respeitadas e o escudo e a peseta uns parentes pobres daqui do sul. A solidez financeira só pode estar ligada à estabilidade política, e a verdade é que só somos credíveis quando mostramos segurança. Isto é válido tanto no plano material como no psicológico, talvez seja interessante abordar esta questão no divã e todos sermos sujeitos a uma psicoterapia colectiva...
Tentámos então encontrar uma razão para termos tido um ministro em cada ano e meio dos últimos 37 que já passaram. E das três uma: ou os nossos ministros das Finanças ficavam de cabeça perdida quando percebiam que não havia forma de dar a volta ao Orçamento do Estado nem às dívidas que se iam acumulando e começavam a dar indícios de cansaço, ou zangavam-se rapidamente com o primeiro-ministro porque este lhes pedia muito e eles não tinham mais para dar, ou, então, porque esbanjavam até mais não e quando era altura de prestar contas não sabiam como fazer e batiam com a porta. As verdadeiras razões para tanta ciclotimia neste cargo nunca foram tornadas públicas, mas o facto é que foram ministros a mais em tão pouco tempo e isso só pode ter tido um custo que agora estamos todos a pagar e bem.Como entrámos 2011 a ter de viver com mais austeridade financeira e a todos os contribuintes são pedidos esforços, também a cidadania tem o dever de exigir a quem é responsável pela gestão do Estado que o faça de modo mais contido, transparente e estável. O próximo, o que vier a seguir a Teixeira dos Santos, só pode começar do zero e fazer aquilo que todos já entendemos há muito tempo: para gastar cem, é preciso ter trezentos.
DN




A ORDEM DOS FACTORES




A culpa, se calhar, é dos dicionários: "fama" e "sucesso" vêm antes de "trabalho". E é essa a ordem de factores que é apregoada pelas televisões. Em "directo da casa mais famosa do país...", e mostra-se gente que não sabe nada, que não viveu nada e que de sentimentos só conhece a versão lambisgóia. "És o ídolo de Portugal!", grita um imberbe para outro imberbe, num desses concursos de caça-talentos em que o protagonista nem entende, apesar de anunciado, o papel que lhe destinam: ser caçado. Na noite da apoteose, Portugal chama com valor acrescentado e faz do miúdo um famoso. Assim, num repente. Com a plateia de pé, os colegas fracassados aos abraços apertados (alguém tem de fracassar para servir de pedestal), os pais a chorar de orgulho. Famoso. No dia seguinte, já há clube de fãs. O Facebook explode de amigos. Millôr Fernandes poetou sobre isso: "Na tela/ Em cada programa/ Notoriedades da hora/ Desconhecidos de ontem/ Famosíssimos de agora." Famoso. Ainda sem saber de quê, nem se interessando porquê, mas já conhecendo as regras: agarrar-se aos holofotes e, sobretudo, a quem detém as luzes dos holofotes. Famoso. Os mais sortudos saberão em breve como a condição é efémera. Os mais infelizes descobrem-se, um dia, mesmo famosos: aparecem nas primeiras páginas dos jornais... até de Nova Iorque por ali terem sido encontrados... capados num quarto de hotel . F.F.




DEUS NO LIVRE DA AMÁLGAMA CAVAQUISTA NO PODER...


                                                  




Não sabe  o sr Coelho, o Galã da Timpeira, que se pavoneia por aí como se fosse o natural herdeiro do trono, que muitos de nós não esquecemos  a quantidade de anos vazios e desastrados em que o País foi governado por políticos corruptos do PSD que permitiram o desvio de milhões e milhões de euros recebidos da CEE/UE para desenvolvimento e modernização do País. Sabe para onde foram?  Avanço algumas pistas: Para acabar com a agricultura, com as pescas, para criar BPN e BPP, para corrupção desportiva, para viagens e enchimento dos bolsos de autarcas, fugas de capitais para offshores, ferraris, jipes para actividades rurais a encherem os parqueamentos  de Lisboa,etc. Tudo no tempo do Sr. Cavaco, agora beneficiário de múltiplas reformas acumuladas com os proventos do cargo de PR O nosso mal teve origem na gestão cavaquista dos fundos europeus que foram distribuidos à tripaforra ou mal aplicados e´que deram origem ao aumento da corrupção a todos os níveis... E não se pode esquecer as operações trapalhonas levadas a cabo na presidência do Sr Cavaco com a famigerada inventona das "escutas" que, só por si... e se o senhor tivesse vergonha na cara, era motivo bastante para não ousar recandidatar-se a outro mandato!!!  Quer dizer que  votar Cavaco é quase um acto antipatriótico e colocar ao mesmo tempo no governo o PSD é correr um risco desnecessário