06 junho 2009

A CARAMUNHA DOS COMUNISTAS

Coreia do Norte

DOMINGO QUE VEM
«Foram tomadas todas as medidas, a partir dos centros de decisão políticos e económicos, para garantir que, nas próximas eleições, não seja posta em causa a política de direita e, ao mesmo tempo, tentar impedir o crescimento e reforço daqueles que, na acção concreta, a combatem e a procuram derrotar. (…) Entre outras situações, foi particularmente evidente e escandaloso o papel a que se prestou a RTP na operação montada pelo PS a partir dos incidentes nas comemorações do 1º de Maio em Lisboa, ou a recuperação de acontecimentos com 20 anos, nas vésperas das eleições, como os ocorridos em 1989 na República Popular da China» (A desfaçatez destes capatazes da "classe operária"...)
Ainda falta muito tempo para começar a votação e já o PCP começa a ladainha justificativa das suas inapeláveis derrotas em elições livres, apenas para terapia da sua fiel carneirada que, tristes, vão deixando este mundo sem que os seus atentos mentores lhes mostrem uma nesgazinha dos famigerados amanhãs que cantam. E esta carneirada não consegue ver que isto é tudo jogo falso do PCP, pois aquilo que aconteceu em 1989 na R.P.China está sempre prestes a acontecer ali, na Coreia do Norte e onde quer que esteja implantado um regimo Comunista. A natureza dos P.C's é de raiz totalitária... e seus aderentes e seguidores nunca passarão de mera carneirada (a quem os capatazes tratam carinhosamente pelo epiteto de "camaradas"). E os que têm tino para se libertarem das grilhetas mentais, quando em generosos regimes democráticos, são diabolizados tanto quanto possível...Veja-se o recente caso de Vital Moreira. Estando um P.C. no governo são as Sibérias,... o acidentezinho oportuno, o corte na ração... tudo que se sabe que esses execráveis regimes têm feito.

A ÚLTIMA SONDAGEM

A última sondagem divulgada, com as intenções de voto nas Eleições Europeias, é do CESOP (Universidade Católica) e confirma o resultado da maioria das sondagens anteriores: PS à frente (34%) seguido do PSD (32%) com uma margem de erro de 1,7%. A novidade está no facto do PCP ultrapassar o BE. Aqui, aqui e aqui.
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Esta é a última sondagem divulgada reforçando a previsão de uma vitória do PS. Com as reservas expressas aqui.
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A sondagem que faltava confirma a vantagem do PS. Mas o mais interessante são as manchetes da
SIC e do Expresso. Estas sondagens não passam de sondagens mas pagar e sairem resultados destes é uma desilusão!...in ABSORTO
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Um comentário retirado do Expresso:(link supra)
A campanha da "peixeirada" eleitoral (que a todos toca, uns mais do que outros) constitui o espectáculo político mais triste e que traduz bem o nível global da nossa classe política. Que, aliás, não é excepção: logo que estejam em causa vencedores e vencidos e os ânimos aqueçam, desde o futebol à política, passando pelo jornalismo e ensino, a "casca grossa" da exaltação, da altercação grosseira, da censura sectária e da deturpação dos factos mais evidentes, vêm despudoradamente ao de cima. Ao menos, poderia haver algumas propostas interessantes para além de insignificantes lugares comuns de ocasião e de promessas fáceis sem conteúdo ou relevância. A "ordem geral" é apenas todos atacarem desvairadamente os adversários. Nada fica de substantivo, de mais válido e consistente para além de uma ordinária luta de interesses mesquinhos e sem horizontes. É neste enquadramento que se pode avaliar o que todo este "espectáculo de saltimbancos" significa no contexto das nossas capacidades e expectativas: um futuro sombrio . Nuno Costa

05 junho 2009

AS VÍTIMAS...DO ALBERGUE ESPANHOL

"As vítimas do caso BPN são justamente os contribuintes portugueses que vão ter de suportar com os seus impostos as ruinosas aventuras dos aprendizes de banqueiro "laranjas". É a essas vítimas que o PSD deve uma satisfação, sob a forma de condenação política e de retirada de confiança política dos seus militantes, tanto mais que foi a condição de ex-governantes e de figuras eminentes do partido que lhes proporcionou as condições para montar a operação financeira do SLN/BPN. Como o teriam conseguido, se não fosse esse currículo político?"V.M.
É este albergue espanhol onde se tem obtido esse curriculo e que continua a ser uma espécie de caleidoscópio do que mais negativo há no "país político". Envolve sociais-democratas e populistas, cristãos e agnósticos, clericais e anticlericais, os libertários e estatizantes, internacionalistas e nacionalistas, justicialistas e liberais, centralizadores e autonomistas, reformadores, conservadores, tradicionalistas, republicanos e monárquicos, ex-salazaristas e gente oriunda da extrema-esquerda pura e dura. No fundo boa parte são garimpeiros do orçamento, alguns nem sabem onde penduram o pote e até recentemente um cabeça de lista para a Europa ainda não tinha a certeza se estava filiado no CDS ou no PSD. Pode aqui haver algum exagero mas não peca por excesso. E também não estaremos a usar doutrina do tal cabeça de lista que sustenta que não há política... sem política de agressão verbal. Claro! É a tese de trauliteiro que está na sua génese ideológica, e uma certa forma de estar dos eunucos que passam por intelectuais.

04 junho 2009

M.M.GUEDES - A ROTTWEILER

Considero-me uma 'rottweiler'
"Acho-me uma rottweiler das notícias, se isso significa ser agressiva e rigorosa . É um estilo no qual me enquadro, e uma forma inteligente de agir. Mas por cá acham que não", disse ela. Da nossa parte já tinhamos certas desconfianças, mas a sra. confirma: também se considera inteligente e a metáfora do rottweiler encerra uma superior e fina ironia, digna de futuras citações e de estudos académicos... de disciplinas diversas

03 junho 2009

ENTÃO AS "ACÇÕES" NÃO SE COMPRAM E VENDEM?

"Belém só uma vez se pronunciou sobre esta matéria, mas sem fazer qualquer referência às acções da Sociedade Lusa de Negócios. No comunicado emitido no final do ano passado, Cavaco refere que"nunca exerceu qualquer tipo de função no BPN ou em qualquer das suas empresas, nunca recebeu qualquer remuneração do BPN ou de qualquer das suas empresas, nunca comprou ou vendeu nada ao BPN ou a qualquer das suas empresas"(Expresso)
Então operações relativas a movimentos destinados a alguém obter as ditas ou a desfazer-se delas não se trata da efectiva compra e venda da coisa? Ou o Jornal Expresso não falou verdade , o senhor Presidente terá perspectivas diferentes sobre caso, ou teve um lapso de memória, algo que acontece aos melhores. Mas vejamos pormenores dos resultados da compra e venda das ditas acções, segundo o Expresso:
A passagem de Cavaco Silva pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN), como accionista, foi lucrativa. O Presidente da República (PR) vendeu em Novembro de 2003 as 105.378 acções que tinha da SLN - empresa que até Novembro controlou o Banco Português de Negócios (BPN) -, por €2,4 cada. Tendo em conta que as tinha comprado em 2001 por €1, Cavaco obteve, com este negócio, ganhos de €147,5 mil.
Também a sua filha Patrícia era uma pequena accionista da SLN e vendeu 149.640 acções na mesma altura que o pai, pelos mesmos €2,4. Resultado: mais-valias de €209,4 mil.
Documentos a que o Expresso teve acesso mostram que, a 17 de Novembro de 2003, Cavaco Silva e a filha deram ordem de venda das suas acções, em cartas separadas endereçadas ao então presidente da administração da SLN, José Oliveira Costa. Este determinou que as 255.018 acções detidas por ambos fossem vendidas à SLN Valor, a maior accionista da SLN, na qual participam os maiores accionistas individuais desta empresa, entre os quais o próprio Oliveira Costa.
Como se constata o negócio foi muito rentável, cifrando-se o resultado do investimento em mais de 150% de lucro em dois anos! Parabéns ao sr Prof.Cavaco Silva que, não deixando os seus créditos de economista por mãos alheias, sabe como aplicar as suas economias e quando se deve entrar e sair de um bom negócio. Quanto à ruinosa gestão do BPN isso não terá acontecido enquanto ele foi accionista. O que se passou depois será estultícia envolver nisso o Sr.Prof.Cavaco Silva.
Mas... se um banal caso destes tivesse Socrates como protagonista, a boca da outra já estaria rasgada até às orelhas... e o PSD também já teria entrado em transe de gozo místico. Só por essa razão não seria desajustado aconselhar aquela gente que um bocadinho de recato não fazia mal nenhum à família. Sim! Porque o pequeno Rangel, inchado que nem sapo fumador com tantos elogios de circunstância, vindos dos tradicionais e bem instalados preguiçosos do PSD, transformado-o em herói da traquitana, anda por aí que parece um desalmado a atear incêndios. Tenham tino.

UM PURO CASTIÇO

ESTE SENHOR, CANDIDATO AO PARLAMENTO EUROPEU PELO PSD, SEM PROPOSTAS PARA APRESENTAR PARA OS FINS A QUE SE SUBMETE A SUFRÁGIO, CHAFURDA NESSE FAMIGERADO CASO FREEPORT, CUJOS DIREITOS DE INVENÇÃO, NÃO É DIFÍCIL CONCLUIR QUE DEVEM SER CREDITADOS AOS SERVIÇOS SUBTERRÊNEOS DO PSD. DAÍ AS BUJARDAS: -O cabeça de lista do PSD às europeias acusou na quarta-feira de manhã, em Lamego, o Governo e o ministro da Justiça, de serem “cúmplices” do presidente do Eurojust, Lopes da Mota, no caso das alegadas pressões sobre os magistrados que tutelam o caso Freeport, por ainda não o terem exonerado do cargo.DN

Como toda a gente sabe, o tal Lopes só pode ser exonerado por proposta do PGR!... Mas para quem não tem vergonha também não tem pejo em utilizar a mentira suez. E este Rangel que poderia ter criado a espectativa de uma mudança de estilo de estar na política, visto pertencer a uma nova geração, revela-se ao pior estilo trauliteiro e com a desfaçatez dos despudorados. E porventura mais requintado na parlapatice. Veio apenas acrescentar mais piolhice à que já existe e nada de novo.

FÉ OU FANATISMO?

Só um povo apaixonado e sempre exuberante nas suas manifestações colectivas como é o espanhol, poderia proporcionar esta imagen que transmite um certo ambiente de religiosidade exacerbada, a raiar o fanatismo. Todos os anos assim acontece na procissão tradicional em que é venerada a Virgem do Rocio, a qual percorre as ruas de Almonte com a participação de milhares e milhares de devotos.

02 junho 2009

POR-DE-SOL EM NOVA IORQUE

Bela imagem de Manhattan,
Com o Sol no ocaso
a esconder-se por entre os arranha céus de
Nova Iorque

PARADA DE BELAS LOIRAS

Loiras passeando-se pelas ruas de Riga, Letónia (Blonde Weekend). É um regalo para a vista... tanta fêmea... Nada melhor para alegrar a vida de um homem do que a imagem de uma mulher...
Não há mulheres feias!

TRUNFOS ELEITORAIS




Ao contrário do que se pensa, o dr. Vital Moreira é um bom candidato para o PS. Já o dr. Rangel é duvidoso que o seja para o PSD.Lamento desiludir as hostes mas, ao contrário do que se tem dito por aí, duvido que as comparações entre Paulo Rangel e Vital Moreira sejam particularmente favoráveis ao PSD.
É verdade que, atendendo à primeira semana de campanha, o dr. Rangel parece beneficiar de um discurso novo e desenjoativo por oposição ao estilo velho e desajustado que caracteriza o dr. Vital Moreira. A ideia, admitida pelo próprio, de que o partido adquiriu, nestas eleições, um novo player revela, no entanto, um optimismo demasiado elevado que não se coaduna com a dura realidade dos factos. Desde já, porque o que não faltam, no PSD, são players, dispostos a ganhar o seu próprio jogo independentemente dos superiores interesses da seita a que pertencem.O súbito aparecimento de mais um, longe de anunciar qualquer vitória eleitoral, confirma apenas o estado de desagregação em que se encontra o maior partido da Oposição. Agora, até o cabeça-de-lista às europeias, entusiasmado pelo coro de elogios que, de repente, se abateu sobre a sua pessoa, se considera um hipotético salvador do partido, pronto a competir com todos os hipotéticos salvadores que se anicham nas várias esquinas do PSD.
Como se imagina, o resultado de todos estes esforços desencontrados não é particularmente animador para o partido. Se até ao arranque da campanha, a dra. Ferreira Leite estava, para o mal e para o bem, refém do que viesse a acontecer ao seu candidato, neste momento, dá ideia que a líder do partido se transformou num estorvo eleitoral que o dr. Rangel teria toda a vantagem em remover do seu caminho. Pode-se dizer que nada disto corresponde à realidade, que o dr. Rangel foi o resultado de uma escolha enviesada que exclui candidatos mais capazes como o dr. Marques Mendes, que a sua capacidade de mobilização é quase nula, que o seu grau de notoriedade deixa muito a desejar mas a verdade é que, com o correr da campanha, as supostas qualidades do candidato passaram a emergir por contraponto à esplendorosa miséria do PSD.
Os sublinhados são nossos

MEMÓRIAS DE DEMOCRATAS


João Mário Anjos (à esquerda), Eduardo Ferro Rodrigues (ao centro) e Eduardo Graça (à direita).
Um dos acontecimentos mais marcantes a que assisti no período imediatamente a seguir ao 25 de Abril de 1974 foi o da recusa dos oficiais milicianos (João) Anjos e (Carlos) Marvão em comandar uma acção destinada a reprimir uma greve dos trabalhadores dos CTT. Na verdade a unidade militar na qual, no dia 17 de Junho de 1974 (?), ocorreu esse acontecimento era aquela onde eu prestava serviço militar: o 2º Grupo de Companhias de Administração Militar (ao Campo Grande).
Alguém dos poderes provisórios, saídos da revolução, não sei quem, decidiu que caberia àquela unidade militar estrear um tipo de intervenção que colocaria as forças armadas, acabadas de sair triunfantes do 25 de Abril, contra uma acção reivindicativa de trabalhadores. Foi uma decisão surpreendente, ainda para mais, quando nos demos conta que o comando da força repressiva seria cometido a oficiais milicianos
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Ler o resto em o Absorto de Eduardo Graça.

01 junho 2009

VAMOS AVIVAR A MEMÓRIA A D.MANUELA

A imagem não tem muita qualidade mas o texto corresponde inteiramente ao título
É assim a D.Manuela:
-1.Está no governo -TGV JÁ!!!
-2.Está na oposição - TGV nunca!!!!!!
A coerência era verde... Passou por lá um burro... e comeu-a!

A PRISA NÃO ENTROU NA CAMPANHA ELEITORAL!

Os donos da TVI, a empresa espanhola PRISA, estará a dar cobertura aos seus serventuários representantes, a família Guedes, na participação activa na campanha eleitoral contra uma das partes, no caso o PS de Sócrates? Não, que ideia?!... Mas a dama Guedes, com a activa colaboração do novo diário "i" e com forte cheiro a frete, começou a semana com uma mirabolante entrevista, a propósito de coisa nenhuma, apenas para cascar no Sócrates e vituperar colegas de profissão que não recorrem aos seus maliciosos métodos porque para tanto não têm o desplante da bela Guedes nem o topete de quem a acompanha nos bacanais televisivos do desbragamento informativo. Uma vergonha que o bastonário da Ordem dos Advogados viveu em directo, não perdendo a oportunidade para caracterizar o comportamento da senhora com grande propriedade e adequado vocabulário.
Para além de um forte espírito de malvadez que perpassa naquele ambiente persecutório e provocador dos seus programas televisivos, para o que também contribui o seu constante arregalar de olhos e um fácies congestionado a ameaçar situações de constante transe, da pantalha também se desprendem gestos e trejeitos a ameaçarem perversos estádios de uma certa orgia de quem se compraz em sacrificar a vítima enquanto a sangra com requintado prazer. É uma impressão muito desagradável se conseguimos manter-nos a assistir ao espectáculo. Marinho Pinto, conhecido pela sua truculência e combatividade, seria por certo a presa desejada para a colecção da "fera" implacável, daí o convite para o palco do suplício. Porém a fera, neste caso não dominou o guião e, como puro transmontano que é, Marinho aplicou-lhe o princípio de nunca deixar de se dizer, cara a cara, o que em verdade deve ser dito, sem subterfúgios... e no final da triste contenda, derrotada, deixando transparecer que lá no fundo, tem o seu lado humano, deixou bem patente que se Marinho aperta mais um bocadinho as lágrimas se teriam soltado e um drama nacional estaria assegurado. Mas essa mulher é de pedra, não chora!
Na realidade trata-se de uma coitada que, sem arte para se dedicar a tarefas que exijam grandeza de alma, dedica-se ao que a sua índole lhe permite fazer, limitando-se a teatralizar o lado mais ignóbil do ser português que é o proverbial bota-a-baixo e a mesquinhez da má língua e da insinuação soez. E nisso se esgota...

31 maio 2009

OS BANCOS FAZEM-SE COM MOEDAS...


Os bancos fazem-se com moedas e o dinheiro não tem cor, dizem, embora, tal como as moedas que podem ser boas ou más, o dinheiro pode ter mais tonalidade ou ser mais descolorado.
As acções podem levar-nos ao Céu ou ao Inferno. Dependem de serem boas ou más acções e tal como as boas ou más moedas, podem ter mais ou menos tonalidade tal como o dinheiro. Depende do pressentir quando as acções estão no ponto bom, antes que fiquem no ponto mau.
É tudo uma questão de interpretação, de tonalidade e de tempo, como se vê, ficando só por saber qual o tom dos pequenos investidores das acções boas, que deram boas moedas. LNT

OS AFRONTAMENTOS DE CARLA BRUNI

Ela é linda, cantora e socialista. Ele é horrível, político e de direita. São casados, com separação de bens. Dirigem uma empresa chamada França, sarl. Mas a primeira dama está com um problema. O que alegra muita gente, pois nestas alturas ela fica com os mamilos mais proeminentes. Mas isso não a incomoda. A sua preocupação é, nem mais nem menos, o marido. O facto de ser cantora e esposa do camafeu Sarkozy está a prejudicar a sua carreira de artista. O desabafo foi feito ao jornal "Libération". Para contornar o problema, a sua editora discográfica quer colocar um autocolante no novo disco, onde se pode ler: "Podes amar Carla Bruni sem amares o seu marido". O que é uma verdade. É só colocar no Google Carla Bruni, que a paixão é imediata, principalmente quando se despe de preconceitos. Ao "Libération", Carla diz que continua de esquerda, mas que votaria no marido se houvesse eleições. Desconfio que ele lhe bate se ela não disser isso. Nas últimas eleições, Carla votou na candidata socialista Ségolène Royal. O seu terceiro disco de originais vai estar nas lojas a 10 de Julho.

A EUROPA É MESMO "VITAL

Vital Moreira chegou a Évora e atacou mais forte a oposição. Não evitou referir o nome de Manuela Ferreira Leite e o seu volte-face no projecto do TGV mas, principalmente, fez questão de exigir um pronunciamento do PSD face ao envolvimento de social-democratas no escândalo do BPN.
No final do comício, Vital Moreira sintetizou ao DN que o "PSD deve distanciar-se e varrer as suas figuras gradas no Caso BPN". O seu discurso endureceu, disse, por ver certas notícias surgirem na imprensa que referem as propostas de Paulo Rangel que pedem menos Estado Social e privatizações do ensino e da saúde e considerou estas atitudes como "uma declaração de guerra" por parte de "uma trupe que não leva as coisas a sério".

O comício em Évora juntou algumas centenas de socialistas alentejanos e teve ainda como oradores Carlos Zorrinho e os eurodeputados Edite Estrela e Capoulas Santos. Vital Moreira foi mais contudente do que é habitual nos comícios já realizados desde o início da campanha e utilizou no seu discurso o poder vocal da Juventude Socialista ao pedir-lhe para responderem à frase "A Europa é" como o seu nome "Vital".

SONDAGEM A OITO DIAS



O quadro é retirado do Margens de erro após a divulgação de mais uma sondagem acerca das intenções de voto nas Europeias. Os factos mais relevantes são a subida do PS e a descida do BE. Extraordinária a manchete do Expresso online: Sondagem: CDU sobe ao pódio. Mais séria a manchete da SIC (que rapidamente foi retirada da 1ª página): Sondagem: PS aumenta vantagem sobre o PSD. Faltam 8 dias …(Absorto)
SIC-1ª PÁGINA - PS aumenta vantagem sobre o PSD
A uma semana das eleições europeias, o PS aumenta a vantagem sobre o PSD. O primeiro estudo da Eurosondagem para SIC, Expresso e Rádio Renascença apontava para um empate técnico entre os dois partidos, que agora já está desfeito. Os comunistas beneficiaram ainda da queda do Bloco de Esquerda, que antes da campanha surpreendeu ao aparecer como terceira força política

A MENINA QUE A JUSTIÇA MANDOU P'RA RUSSIA

A Mãe desnaturada A Menina infeliz



OU O CASO DA MENINA QUE LEVOU PALMADAS DA MÃE EM DIRETO DA RÚSSIA
A protecção da criança falha em vários domínios. A vontade política é fraca, fria e distante dos problemas que afectam a vida de uma criança que precisa de amparo. A mentalidade de protecção é inexistente porque vê a criança como um problema que vai afectar o regular funcionamento das instituições. A lei de (des)protecção é hipócrita e retrógrada, porque a sua primeira preocupação são os pais biológicos e não a criança, permitindo interpretações antagónicas sobre a mesma realidade. O pensamento do legislador passa mais pela protecção dos laços biológicos, que só são importantes com amor e afecto pela criança e não a qualquer preço, porque o desenvolvimento harmonioso da criança não depende, muitas das vezes, das ligações de sangue.
Falha a ligação entre as várias instituições que concorrem para a resolução desta problemática, porque funcionam em ilhas e em discurso fechado. Não existe um hábito e uma cultura de trabalho em equipa, numa rede permanente e interdisciplinar que permita resolver de imediato os casos que surjam. O que existe é um fosso, no diagnóstico e na execução das medidas a tomar, o que explica que a criança permaneça muitos anos institucionalizada ou em famílias de acolhimento. Não existe uma mentalidade adoptiva.
Tudo é mau para o crescimento harmonioso da criança: a sua prolongada institucionalização, a inevitável perda dos laços biológicos, a quebra dos laços que criou durante os muitos anos em que permaneceu com a família de acolhimento. E a adopção que tarda por incompetência de muita gente sem rosto, sem alma e com falta de sensibilidade.
Falha ainda um novo olhar sobre os tribunais de menores, que devem ser especializados na vocação e na dedicação. Ser organicamente especializado não é o mesmo que ter vocação especial para lidar com matérias que, embora juridicamente simples, encerram uma enorme complexidade pela carga humana que transportam. E neste contexto é preciso dizer com frontalidade que muitos juízes e magistrados do Ministério Público não estão convenientemente preparados para lidar com esta ciclópica tarefa. O aplicador da lei não se pode alhear das consequências sociais da sua decisão. Também não existe abertura para aceitar os contributos dos novos saberes, o que agrava o problema
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(Rui Rangel, Juiz Desembargador)

A OPINIÃO DE UM JORNALISTA
Estas palmadas russas na criança são, metaforicamente, também para a Justiça e Estado português. O juiz decidiu, como disse, perante “os factos que estavam no processo”. Não falou com ninguém, analisou o que tinha sido julgado na primeira instância mas fez uma valoração diferente dos factos.
A sua livre apreciação da causa foi tão radicalmente diferente do tribunal inferior que o levou a apontar uma “maternidade serôdia” à mãe de acolhimento. Não quis julgar a mãe biológica pelo quadro que era estabelecido pelos técnicos da Segurança Social, mas não se coibiu de arrasar a outra parte. Já agora, baseado em quê? Em que factos? A liberdade de decisão do juiz não se discute, mas a verdade é que esta não está a resistir a umas simples imagens das palmadas e a um lamentável quadro de exposição da criança a circunstâncias que cheiram a negócio.
Uma coisa este caso demonstra: os processos de menores não podem ser decididos em circunstâncias destas. Um monte de papel, factos avaliados à distância das pessoas, pura consideração de um determinismo biológico como critério dominante. É tal a ‘defesa da família’ que, tantas vezes, a pura realidade é atirada para o caixote do lixo
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(Eduardo Dâmaso)

OPINIÃO DE UM INTELECTUAL
Um dos juízes de Guimarães, responsável pela entrega de Alexandra à sua mãe biológica russa, diz que está arrependido pelos termos usados no texto do acórdão que redigiu. Faz bem. É um texto muito discutível e questionável.
Pode argumentar-se que apenas esteve em causa a aplicação da lei (o que é verdade): mas, se é assim, o juiz podia ter evitado os termos em que a aplica. Deixar decisões tão importantes nas mãos de um juiz capaz de escrever o que está escrito no acórdão é capaz de não ser uma boa ideia.
Mas ele está também “surpreendido” com as imagens de Natalia a bater em Alexandra na Rússia. Faz mal. Não devia estar. Foi ali, bem perto, que Camilo Castelo Branco escreveu o seu folhetim ‘Maria não me Mates que sou tua Mãe’ – uma história que não entrou nos tribunais
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(Francisco José Viegas, Escritor)