25 junho 2011

CURIOSO HORÓSCOPO O MEU

19 Fev/20 Mar        

Terá mais pudor nos afectos do que no sexo. Dirá que não tem preconceitos nem tabus e que é livre. A realidade será outra. Um passado complicado tornar-se-á presente e terá medo de partilhar verdadeiramente alguma coisa profunda com alguém. Profissionalmente, será demasiado autoritário consigo próprio. Abrace o trabalho com mais ligeireza. Verá que as dores de cabeça desaparecerão e que dormirá melhor.


MARRAQUEXE

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                                                                              MARRAQUEXE

"HARAKIRI" DO CAMADO BLOCO DE ESQUERDA


«Em 2008, num debate com Louçã promovido pela editora Tinta da China, confrontei-o com o facto de o Governo PS ter, até então, posto em prática uma parte considerável do programa do Bloco. Ele não negou, limitou-se a dizer qualquer coisa como: "Ainda bem, significa que conseguimos fazer valer o nosso ponto de vista." Sucede que as medidas em causa não se limitavam às áreas que fizeram desde o início a imagem do BE, relacionadas com questões de género, de sexualidade e de regulação legal das relações (e que estapafurdiamente os media insistem em denominar de "fracturantes", sem se darem conta de como estão, nessa denominação, a abandonar a propalada objectividade e a tomar posição). Incluíam a aposta nas energias "limpas" como alternativa aos combustíveis fósseis; o aumento do salário mínimo; a alteração das regras de legalização dos imigrantes; a restrição da prisão preventiva; a generalização do acesso à banda larga e às tecnologias da informação; o reforço das pensões (com convergência com o salário mínimo) e do apoio social aos idosos; a limitação da concentração na comunicação social; o reforço do ensino profissional e "a certificação de competências numa lógica de aprendizagem ao longo da vida".
Pouco havia, de resto, no programa eleitoral do BE de 2005 que fosse incompatível com o do PS; à excepção de propostas como a da "nacionalização da energia", da contestação aos limites de défice orçamental fixados pela UE e da exigência de retirada da GNR do Iraque, quem lesse um e outro podia sem dificuldade imaginar um governo de coligação entre os dois. Foi aliás uma hipótese muito explorada no período pré-eleitoral. Mas o PS não só teve maioria absoluta como, ao pôr em prática uma parte substancial do programa "moderado" do BE e assumindo como suas bandeiras que fizeram a imagem do partido de Louçã, da legalização do aborto até às dez semanas por decisão da mulher à lei da paridade, passando pela procriação assistida e pela alteração do regime jurídico do divórcio, pôs o Bloco perante o dilema de apoiar o Governo e correr o risco de ser "engolido" ou de se radicalizar. Escolheu a segunda via, investindo na ideia de que o PS deixara de ser um partido de esquerda e tentando crescer à custa do seu eleitorado. Nesse caminho ficou Sá Fernandes, o independente que se candidatara pelo BE à Câmara de Lisboa e que o partido depositou nos braços do PS, e a tragicomédia da candidatura de Alegre. Para terminar na moção de censura ao lado da direita e na recusa de negociação com o FMI. O episódio Rui Tavares - que sempre defendeu as pontes com o PS - é o último do longo harakiri que o Bloco se infligiu desde 2005. Na cegueira megalómana de se afirmar "a única alternativa de esquerda", provou não ser alternativa nenhuma. E ou muda, e rápido, ou morre. A fileira dos irredutíveis lunáticos já está muito bem representada pelo PCP, obrigada. » [
DN
Por Fernanda Câncio.

PIODÃO-ALDEIA DE XISTO

Piódão - Aldeia- Presépio 


piodao_aglomerado




Piódão é uma freguesia portuguesa do concelho de Arganil, com 36,36 km² de área e 224 habitantes (2001). Densidade: 6,2 hab/km². A freguesia inclui as seguintes aldeias e quintas: Piódão, Malhada Chã, Chãs d'Égua, Tojo, Fórnea, Foz d`Égua, Barreiros, Covita, Torno, Casal Cimeiro e Casal Fundeiro.
A aldeia, de Piódão, situa-se numa encosta da Serra do Açor. As habitações possuem as tradicionais paredes de xisto, tecto coberto com lajes e portas e janelas de madeira pintada de azul. O aspecto que a luz artificial lhe confere, durante a noite, conjugado pela disposição das casas fez com que recebesse a denominação de “Aldeia Presépio”. Os habitantes dedicam-se, sobretudo, à agricultura (milho, batata, feijão, vinha), à criação de gado (ovelhas e cabras) e em alguns casos à apicultura.
A flora é em grande parte constituída por castanheiros, oliveiras, pinheiros, urzes e giestas. A fauna compõe-se, sobretudo, decoelhos, lebres, javalis, raposas, doninhas, fuinhas, águias, açores, corvos, gaios, perdizes e pequenos roedores.
Actualmente, a desertificação das zonas do interior, afecta praticamente todas as povoações desta freguesia. As populações mais jovens emigraram para o estrangeiro ou para as zonas litorais à procura de melhores condições de vida, regressam às suas origens, sobretudo, durante as épocas festivas para reviver o passado e se reencontrarem com os seus congéneres.

[editar]Património


OS NACIONAIS-OPORTUNISMOS

 


Estou farto de patriotas que levam o tempo a lamentar-se do país que afinal esmifram, e se arvoram em comendadores esforçados, sempre de ajuda desinteressada.
.A operação publicitária da horta na Avenida da Liberdade, teve qualquer coisa de oportunista que não gostei. Ao Belmiro, já não comprava o jornal, agora, vou deixar de comprar as batatas. Cheguei a sair dos seus hipers sem cebolas por não as terem portuguesas e vêm agora com esta operação de maquilhagem falar do apoio à produção nacional. Ele distribuiu aquelas verduras aos pobrezinhos e ao mesmo tempo os produtores de leite foram impedidos de distribuir leite com a marca Continente cujo objectivo era mostrar que o leite Continente não era leite nacional. Não o conseguiram porque a polícia impediu, mas havia aqui em casa o yogurte de que junto a imagem que prova que os seus produtos lácteos são maioritariamente de outras origens que não Portugal, como se vê pelo símbolo ES, apesar do código de barras ser 560 (Portugal)
Nem Belmiro, nem Soares dos Santos a partir de agora. A dúvida é saber o que haverá no bairro que tenha resistido à hegemonia que o faz cantar de poleiro como se fosse um salvador de pátrias. Se o abraço da foto com os dentes em ops! não representa o seu contentamento por poder vir a despedir em breve sem justa causa, representa certamente o ressabiamento de quem não perdoou OPA’s mal sucedidas! Para que precisamos nós de troikas daquelas se temos patrioikas destes? Governe-se com as elites que abraça, porque vou passar a comprar no bairro e a contribuir para recuperar os empregos que destrói com a sua hegemonia, ainda que isso me acarrete um custo e que o merceeiro da zona seja afinal tão reaccionário como ele.

AÍ ESTÁ A FACTURA DO BPN

Aí está a factura do BPN

«Faria de Oliveira anunciou hoje que o banco público não vai distribuir dividendos ao Estado com os resultados obtidos no ano passado.
 
A medida era esperada dado que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) está obrigada a reforçar os seus rácios de capital de acordo com o estipulado no plano desenhado pela ‘troika'.

Faria de Oliveira falava à margem de um encontro com o presidente da Autoridade Monetária de Macau, num hotel em Lisboa.

No ano passado a CGD lucrou 250,6 milhões de euros e é a primeira vez em muitos anos que o banco estatal não entrega dividendos ao Estado, tratando-se de uma medida excepcional, directamente relacionada com a recomendação feita aos bancos portugueses pelo Banco de Portugal no início do ano neste sentido, de forma a reforçar os rácios de capital da banca num período de crise económica.» [DE]
Aí está a factura do BPN ?!?!?

«Faria de Oliveira anunciou hoje que o banco público não vai distribuir dividendos ao Estado com os resultados obtidos no ano passado. Pois...

A medida era esperada uma vez  que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) está obrigada a reforçar os seus rácios de capital de acordo com o estipulado no plano desenhado pela ‘troika'.

Faria de Oliveira falava à margem de um encontro com o presidente da Autoridade Monetária de Macau, num hotel em Lisboa.


No ano passado a CGD lucrou 250,6 milhões de euros e é a primeira vez em muitos anos que o banco estatal não entrega dividendos ao Estado, tratando-se de uma medida excepcional, directamente relacionada com a recomendação feita aos bancos portugueses pelo Banco de Portugal no início do ano neste sentido, de forma a reforçar os rácios de capital da banca num período de crise económica.» [DE]
É um buraco orçamental adicional que devemos aos cavaquistas, mas que,  como se sabe que, como todos sabem... a culpa é de Sócrates, o culpado de tudo...Pois...  E a canalha é capaz de continuar a acanalhar...o homem!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a Cavaco Silva e aos seus amigos banqueiros.»


O CHINÊS

Um chinês para o governo!



Com um primeiro ministro africanista, um ministro da Economia que quer transformar Portugal na Flórida europeia, um secretário de Estado inglês e mais uns quantos portugueses percebe-se que a grande falha do governo de Passos Coelho é mesmo o imperdoável esquecimento dos chineses. Até ao momento e apesar do regime de aguaceiros com que estão a cair secretários de Estado falta o famoso chinês na equipa de Passos Coelho. Imaginem só o sainete que daria o primeiro-ministro quando fosse à China em classe executiva (porque isso de fazer longas viagens em turística quase nos impede de voltar a ter filhos e como se sabe esse ainda é um dos seus desejos) e abrir o discurso oficial dizendo a Hu Jintiao que não só é o mais africanista dos governantes europeus, mas também o mais chinês.
Os charters vindos da China fariam fila atrás dos charters vindos da dos países nórdicos de velhos nórdicos a tiritar de frio. Aí sim que Passos Coelho voltaria a pedir ajuda ao prestimoso Durão Barroso para arranjar uns trocos e contaria com a cooperação activa de Cavaco Silva para explicar aos portugueses que era mesmo urgente construir o aeroporto de Alcochete. Imaginem só as filas de chineses junto à Zara da Rua Augusta! O António Costa até fechava a Avenida da Liberdade só para que os chineses conseguisse chegar ao Parque Eduardo VII para apreciar o monumento fálico ali mandado erigir por João Soares, o terceiro da dinastia Soares.

Aliás, para que os chineses nos resolvessem os problemas bastaria que cada um deles comesse um pastelinho de Belém dia sim dia não, dividam os trezentos e sessenta e cinco dias do ano por dois e multipliquem por um bilião e meio e vão ver quantos pastéis de nata são, qualquer coisa como 273.750.000.000 pastéis de nata. Imaginem que os vendemos a cinquenta cêntimos, para fazermos a coisa por baixo, 136.875.000.000 euros, ou seja, quase centro e trinta e sete mil milhões de euros, nada mais, nada menos do que o dobro daquilo que foi preciso uma troika de europeus para nos emprestarem a juros de mais de 5%.

Só com um chinês que nos ajudasse a convencer os outros a comer um pastel de nata dia sim dia não conseguiríamos o dobro do em exportação de produtos transaccionáveis quase o dobro do que nos emprestaram para três anos. Imaginem agora que a Dona Maria conseguisse convencer os chineses a comerem carapaus alimados quanto é que a coisa não dava. Até poderíamos gozar com os finlandeses pois ao contrário dos Nokia os pastéis de Belém e os carapaus alimados não vão à falência, não precisam de sistema operativo nem sofrem a concorrência do iPhone. E se viessem charters de chineses a coisa era melhor ainda, para cá vinham chineses e na viagem de regresso os aviões levavam os pastelinhos que chegavam a Pequim ainda quentes.
Até poderão perguntar o que faríamos aos chineses que não poderiam regressar nos aviões cheios de pastéis de nata, iam para a Finlândia fazer a borra depois de andarem por cá a comer salada de pepino.
in Jumento


Líderes europeus saúdam "forte compromisso" do novo Governo português em executar programa de reformas

Líderes europeus saúdam "forte compromisso" do novo Governo português em executar programa de reformas
 Bruxelas, 23 jun (Lusa) - Os líderes europeus vão saudar o "forte compromisso do recém-eleito Governo português" em implementar integralmente o programa de ajustamento, segundo uma versão provisória de uma declaração do Conselho Europeu a que a agência Lusa teve acesso.
 Com a complexa situação grega a dominar a atualidade europeia, os chefes de Estado e de Governo, reunidos entre hoje e sexta-feira em Bruxelas, decidiram adotar uma declaração de apoio à Grécia, que alude também à situação dos outros dois Estados-membros que recorreram ao mecanismo de ajuda, Portugal e Irlanda.
 Segundo o "esboço" da declaração que os 27 se preparam para adotar, na primeira cimeira em que participa o novo primeiro-ministro português Pedro Passos Coelho, o Conselho Europeu "saúda o forte compromisso do recém-eleito Governo português em implementar integralmente o seu programa de reformas".
 De acordo com o Conselho, a "implementação estrita" dos programas de reformas, que reuniu um consenso entre as principais forças políticas, tanto no caso português como no caso irlandês, "vai assegurar a sustentabilidade da dívida e vai ajudar ao regresso de Irlanda e Portugal aos mercados financeiros".
 Na sua intervenção na cimeira, Passos Coelho irá reafirmar aos parceiros europeus a determinação do novo Governo em cumprir o programa de assistência financeira negociado pelo anterior executivo, uma ideia que vincou já hoje em Bruxelas, tanto num encontro com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, como numa reunião do Partido Popular Europeu (PPE).
 O primeiro-ministro garantiu, no final do encontro que manteve com Durão Barroso, que o novo Governo não terá férias de modo a tomar nos próximos meses "o essencial das decisões" para a efetiva implementação do programa de reformas e garantiu que Portugal "não descansará" enquanto não devolver a confiança em si depositada pelos seus parceiros europeus.
 Quanto à Grécia, não deverá haver referências na declaração do Conselho ao desembolso da próxima "tranche" de ajuda, devendo os líderes instar antes as forças políticas gregas a apoiarem os programas de reformas reclamados por UE e FMI com vista à sua implementação a partir de Julho.


Em meio ano reformaram-se tantos médicos como em 2010
Até Julho saem 527 clínicos. Ministério tentou minimizar efeitos com o regresso de 243.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai perder 50 médicos até ao início de Julho, que se juntam aos 477 que já se tinham reformado este ano. Sendo assim, nos primeiros sete meses de 2011 aposentam-se 527 médicos, praticamente os mesmos que em todo o ano de 2010. A maioria são clínicos de topo, como assistentes graduados ou chefes de serviço. Saídas que deixam sindicatos e associações preocupados, mas que foram compensadas com o regresso de 243 clínicos. E a anterior ministra da Saúde disse que 60 pedidos estavam ainda em análise

AS SOPAS DO ESPÍRITO SANTO (a)

                                                                                                                                                    
Várias vezes Natália Correia me desafiou para as festas do Divino Espírito Santo, nos Açores - ela era espírito-santista. Então, não foi possível. Mas este ano aconteceu.
É capaz de ser a festa mais humanista do mundo. Ah!, aquela coisa dos "impérios"! Chegue quem chegar, senta-se e come e bebe fartamente, sem que alguém lhe pergunte quem é, donde é, o que faz. De graça. No "império" a que me acolhi, lá estava o espírito: "A hora de repartir/Que a gente tanto gosta./Pão, carne, massa e vinho/Temos sempre a mesa posta." Ali, foram servidas mais de 600 "sopas" (um ensopado de carne excelente).
Se formos à procura da origem destas festas, encontraremos um monge célebre do século XII, Joaquim de Fiore, que deu o joaquimismo. Segundo ele, a História do mundo está dividida em três Idades: a Idade do Pai ou da Lei, que é a idade da servidão e do medo; a Idade do Filho, que é a idade da submissão filial; a Idade do Espírito Santo, na qual se ia entrar, e que é a idade do Amor, da Liberdade e da Fraternidade.
Houve sempre, ao longo da história da Igreja, um conflito entre os que acentuam o lado visível, institucional, hierárquico, e os que sobrepõem à Igreja visível uma Igreja espiritual, carismática, fraterna. O joaquimismo constituía uma mensagem revolucionária de contestação de uma Igreja pecaminosamente mundana; os franciscanos "espirituais" - fraticelli (irmãozinhos) -, desgostados com os Papas que abafavam o Espírito, aderiram à inspiração carismática, espírito-santista do joaquimismo.
Em 1282, D. Dinis casa com D. Isabel de Aragão, a futura Rainha Santa. O casamento realizou-se em Trancoso, que, significativamente, havia de ser a terra do sapateiro Bandarra, profeta do Quinto Império, tão querido do Padre António Vieira e Fernando Pessoa. Toda a família da nova rainha de Portugal era partidária dos frades espirituais, e a própria rainha possuía um conceito franciscano da vida: simplicidade, desapego dos bens terrenos, amor aos pobres e fracos. Santa Isabel protegia os franciscanos, e foi por seu intermédio que entrou um culto especial ao Espírito Santo. Fundaram-se confrarias do Espírito Santo, irmandades de socorro mútuo, e instauraram-se as Festas do Império do Espírito Santo, nas quais se celebrava o Pentecostes, comemorando a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos.





AS REFORMAS DOS NOSSOS ARTISTAS


REFORMADOS E MAL PAGOS
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24 junho 2011

DE QUE RI ESTA GENTE?...

 


De que ri esta gente? Com a Grécia a desmoronar, ficava bem a Merkel e a Sarkozy (os outros contam pouco) um módico de pudor. Os sorrisos não começaram ontem, a gente sabe. Há anos que esta gente anda divertida com a importância que dá a si mesma. Sucede que tudo mudou muito depressa nos últimos dias. O default da Grécia não vai ser bonito de ver. Quando os bancos forem assaltados e as embaixadas em Atenas estiverem a arder, pode ser que deixem de rir.Os ingleses, por exemplo, acham pouca graça à bagunça.

[Foto de Yves Herman para a Reuters, in Público.]
postado bpor Eduardo Pitta  url

FRANCISCANISMO PARA INGLÊS VER?

Ainda que não passe de mero populismo os sinais de franciscanismo do governo de Passos Coelho são bem vistos pelo povo, poupam-se uns trocos que mal dá para uma casa dos milésimos da dívida mas poderão ser um sinal. Resta agora que Passos Coelho poupe os contribuintes de forma tão exemplar quando vender empresas públicas ou privatizar serviços públicos, um mau negócio dava para muitas canetas de ouro, carros de luxo e viagens em classe turística com direito a gastar mais no hotel do que Durão Barroso gastou em Nova Iorque.
Como é minha obrigação como cidadão desconfiar do poder receio que estes comportamentos não sejam mais do que o boi da piranha, a  tal pileca que   o vaqueiro atira ao cardume das  piranhas para que  a manada passe tranquilamente o rio. Desconfio que o mesmo povo que aprova estes exemplos de modéstia não seja depois capaz de calcular os lucros fáceis dos que vão comprar o que é lucrativo no Estado em nome da salvação do país.
Mas se sou desconfiado também tenho a obrigação de confiar que a estes sinais de miserabilismo correspondam a uma actuação coerente e que em cada decisão Passos Coelho mantenha o critério que seguiu nestes gestos simbólicos.
Se zipou o governo e com isso poupou um milhão e tal de euros que a sua central de comunicação se apressou a divulgar junto da comunicação social, espero que seja coerente e faça o mesmo ao nível das secretarias de Estado e, mais ainda, na escolha dos adjuntos e assessores governamentais. Não alinho com a vaga populista que exige poucos assessores e adjuntos, um governo para decidir bem deve estudar convenientemente as suas decisões. Defendo antes que o governo deve ser criterioso na escolha do pessoal dos gabinetes e sempre que puder contar com quadros do Estado competentes que os mobilize pois ficam a custo zero, ao contrário dos idiotas vindos dos escritórios e empresas de consultoria que têm enxameado os corredores governamentais.
Espera-se ainda que Cavaco Silva faça também os seus votos de pobreza e ponha fim à tendência para transformar o Palácio de Belém numa Casa Real de Boliqueime que gasta quase tanto quanto a rainha de Inglaterra e que sem se saber muito bem para o quê tem mais assessores do que um bom par de ministérios juntos. Se estes sinais se estenderem à Presidência da República, aos autarcas, aos generais e almirantes e aos directores-gerais e presidentes dos institutos e fundações serão positivos e contribuirão para a moralização da vida pública e para a respeitabilidade da classe política.
Se estas manifestações não passarem de um franciscanismo anedótico então sugiro que Passos Coelho junte os trocos que poupou, peça a Rua Augusta emprestada ao António Costa e com o patrocínio do Soares dos Santos e do Belmiro de Azevedo ofereça uma sardinhada ao povo pobre de Lisboa...
Hiperligações para esta mensagemin O Jumento 

23 junho 2011

PEDIR-LHE COM BONS MODOS QUE VÁ AMI

EMBARAÇOS | A equipa do futuro-actual primeiro-ministro não sabe o que fazer com Fernando Nobre. Que tal pedir-lhe, com bons modos, que regresse à AMI?  Senhor dr vá ami... e deixe de fazer figuras tristes.  Quem se mete com rapazes é assim!
E  alegre que ele andou na campanha eleitoral a repetir que nem disco gasto  de gramofone " O programa do PS não existe"!  Nunca ninguém conseguiu saber o que o sr queria dizer... Parecia um papagaio  gago. Quem o mandou tocar rabeca sem saber da arte?!  De nada lhe vai servir a experiência porque desbaratou todas as suas potencialidades.  Esperamos que a AMI não fique efectada...

22 junho 2011

OS TITULARES

Os titularesUns acreditam que só um milagre de Fátima pode resolver os seus problemas, outros cantam o Fado da desgraça e outros acreditam que vai ser com esta equipa que vão ser campeões. Pessoalmente sou menos optimista porque não acredito em Milagres, não canto o Fado nem acredito em "futeboys". Faz lembrar aquelas equipas que contratam um novo treinador, uma nova equipa técnica e um carregamento de jogadores, alguns mais conhecidos e outros que são apresentados como grandes esperanças, e se apresentam como candidatas ao título. O pior é quando começam os jogos e os resultados não correspondem às expectativas criadas e começam os assobios.

FOTOS INÉDITAS DE HITLER & Cª.


O jornal The New York Times revelou  fotografias inéditas feitas na segunda Guerra Mundial e nas quais aparecem Adolf Hitler e prisioneiros de um campo de concentração.
O misterioso álbum de fotografias, ao qual o jornal norte-americano teve acesso, foi descoberto em Nova Iorque, mas o autor e proprietários são até agora desconhecidos.  De acordo com o jornal, o álbum de fotografias chegou às mãos dos jornalistas por um "homem da indústria da moda que trabalha em Manhattan" e que prefere ficar no anonimato.
As fotografias, a preto e branco, não têm qualquer referência de datas e locais, mas revelam imagens inéditas de Adolf Hitler, de soldados nazis e pessoas detidas em campos de concentração.  A proximidade das pessoas retratadas indicia que o autor tinha acesso livre tanto junto aos agentes de Hitler como aos campos de concentração.
O jornal tem estado a pedir aos leitores que  ajudem a identificar as fotografias agora descobertas.
Do que já conseguiram perceber, uma das fotografias aparenta ter sido feita no campo de concentração de Minsk em 1941. Outra foi feita numa estação ferroviária, na qual Hitler aguarda a chegada do então regente da Hungria, Miklós Horthy.
Judith Cohen, do Museu do Holocausto nos Estados Unidos, afirmou ao jornal que este conjunto de fotografias se destaca pela qualidade das imagens, feitas "claramente por um profissional que sabia o que estava a fazer", e que possivelmente fazia parte do corpo de propaganda de Hitler.
daqui

A DEMOCRACIA É FEITA POR DEMOCRATAS

O maestro    

 Depois de ter capitaneado o processo de derrube do Governo do PS, a começar no seu discurso de tomada de posse, Cavaco Silva dá mostras de também querer apadrinhar a partir de Belém o programa da coligação PSD-CDS/PP. O seu discurso sobre a necessidade de revisão do conceito de "serviço público" em pleno congresso das misericórdias só pode ter o sentido de incentivar a privatização de responsabilidades públicas na área da saúde e da protecção social, desde logo (para começar) em benefício do chamado "sector social", mediante financiamento do Estado, que é um dos cavalos de batalha da agenda da direita naquelas áreas (e não só...).
Decididamente, o conceito de "uma maoria, um governo e um presidente" -- velha ambição do PSD finalmente alcançada -- começa a dar frutos. Resta, porém, saber se tal articulação explícita com o programa e a acção política da maioria governante não põe em risco a função moderadora e arbitral do Presidente da República, que requer uma
fundamental autonomia presidencial face ao governo de cada momento.
Em vez de maestro à distância da performance governativa, o Presidente deveria assumir a sua função de supervisor e de "polícia sinaleiro" do funcionamento do sistema político. Quem é eleito para definir orientações de governo, formular programas de governo e conduzir a acção governativa é... o Governo. E também é o Governo, não o Presidente, quem responde pelo seu desempenho nas próximas eleições parlamentares.
por Vital Moreira] [Permanent Link]

O XIX GOVERNO CONSTITUCIONAL

 O XIX GOVERNO CONSTITUCIONAL

O ELOGIO DE ANA GOMES A ASSUNÇÃO ESTEVES

 Assumimos com alvoroço o facto de, pela primeira vez, termos uma mulher na chefia do Parlamento, a orientar a Casa da Democracia e a preencher o segundo lugar da hierarquia do Estado.
Assumimos em tão cruciais funções democráticas uma mulher com indiscutível experiência parlamentar nacional e internacional, preparada, culta, inteligente e distintamente livre-pensadora. Uma mulher de causas e principios, escrupulosa na ética democrática. Uma jurista de sólido conhecimento constitucional e indefectível europeismo. Com uma salutar tentação iconoclasta, util para perturbar o que deva ser perturbado. (Já saboreio Conselhos de Estado e outras reuniões institucionais que Assunção pode despertar de liturgias entorpecentes).
Que gozo ver o seu gozo ao ser anunciado o excelente resultado obtido na votação na AR hoje!
Para além de vivas felicitações, aqui fica registada a minha confiança na capacidade de Assunção Esteves para elevar o mandato em que foi investida a novos e criativos patamares de exigência e transparência democráticas.

por Ana Gomes

DOMINUS VOBISCUM

Oremos pela protecção divina

Já foi dito quase tudo sobre o governo zipado de Pedro Passos Coelho, resta orar à virgem para que o país não se afunde e para isso temos o dr. Macedo, que em vez de esperar pelos resultados para promover a missa de acção de graças bem poderia ter sugerido  ao primeiro-ministro que a primeira reunião do conselho de ministros se realizasse  em Fátima ou, como não há tempo a perder, poderiam aproveitar a próxima missa que se realizar  na Igreja de Nossa Senhora de Fátima em honra de Josemaria Escrivá de Balaguer e pedir ao santo que inspire os novos ministros.
Uma ministra como Assunção Cristas que sabe menos de agricultura do que o o merceeiro da minha rua, e que além da pasta dos pepinos ainda tem que decidir sobre o ordenamento do território, mar e ambiente bem precisa de um santo, receio mesmo que o santo Josemaria não chegue, tal como a ministra ainda é um santo com pouca experiência e como se sabe a Opus Dei é mais dada a bancos e banqueiros do que a pepinos e agricultores.
 Com a protecção assegurada por Josemaria está o grande gestor Paulo Macedo, o homem do BCP que com cornetas e publicidade ascendeu ao estatuto do melhor gestor português. O problema está em saber se vai fazer na saúde o que fez no fisco, reunir os médicos em sessões para tocarem cornetas de São João, darem com martelinhos na cabeça dos colegas e deixar tudo o resto como estava. É muito duvidoso que venha a terminar o mandato com uma missa de acção de graças pelo sucesso do seu ministério.

21 junho 2011

O B.E. ESTÁ A DESFAZER-SE

                 


   Depois das eleiçõeso B.E. está apartir-se em bocadinhos, mais do que os bocados que o formaram. Com ele a miragem de uma alternativa ao PS. A esquerda grande de Francisco Louçã não é mais do que a enorme ambição demagógica e populista de um pequeníssimo grupo, que muitos sonharam ser diferente 
Apenas têm servido de tampão ao P.S. para  garantir o poder à direita e satisfazer os caprichos do Louçã.

AI COSTA COSTA...

Paula Rego
  António Costa sabe que eu sei que ele sabe que é falsa a sua frase: "é uma boa praxe parlamentar e não deve ser quebrada." (relativa à praxe de se votar no candidato do Partido com melhores resultados eleitorais)
António Costa sabe que eu sei que ele sabe que já se tiveram de repetir muitas eleições para Presidente da Assembleia da República porque muitos deputados resolveram votar contra os candidatos apresentados pelos diversos Partidos vencedores nas legislativas.
  Ler mais na Barbearia do sr.Luis                                                                       





                                                         

GLPE DE ASA


Assunção Esteves, 54 anos, deputada do PSD, antiga eurodeputada e juíza do Tribunal Constitucional, deverá ser hoje eleita presidente da Assembleia da República. Parece ficar provado que, sob grande pressão, Passos é capaz de golpes de asa: face à recusa de Bento para as Finanças, tirou Gaspar da cartola; agora, após a dupla derrota de Nobre, põe uma mulher no topo da hierarquia do Estado. A eleição está marcada para as 16:00h. Tudo está bem quando acaba bem?

Adenda. Com 186 votos a favor, 41 nulos e dois em branco, Assunção Esteves foi eleita à 1.ª volta. Um deputado faltou à votação.
[Foto do Expresso.]     


OS RATOS

O QUE É QUE ESTE JEITOSO VAI MUDAR?    MAIS  RATOS PARA ESBURACAR O QUEIJO




CAVAQUISMO CONTINUA

20 junho 2011

TOMMY HILFIGER INSTALOU-SE EM LISBOA

Tommy Hilfiger festeja 25 anos de carreira em Lisboa

 
 

© AP Peter Kramer

Tommy Hilfiger esteve em Portugal para a abertura de mais uma loja com a sua assinatura. No âmbito da celebração dos seus 25 anos de carreira, que contou com uma viagem pela Europa, o estilista americano passou por Lisboa para inaugurar a sua primeira loja na capital.
A marca Hilfiger contava já com várias lojas de roupa desportiva em Portugal, mas esta é a primeira que oferece peças de primeira linha. Marcadamente diferente do estilo casual tão conhecido dos portugueses, a nova loja apresenta o lado mais sublime de Tommy, marcado pelo requinte e pela elegância.
A nova loja fica situada no primeiro piso do Centro Comercial Colombo e embora o estilista se tenha mostrado muito satisfeito com a sua instalação, manifestou também grande vontade de abrir um espaço na Av. da Liberdade.
Durante a sua estadia em Lisboa, Tommy Hilfiger foi ainda o anfitrião de uma festa preparada à sua medida no Hotel Pestana Palace

PORTUGAL SAIR DO EURO?

                                    
João Ferreira do Amaral, economista, diz que o País está a negar a saída do euro tal como adiou o fim da Guerra Colonial...         Portugal deve usar fundo da ‘troika’ como ajuda à saída do euro...
  Portugal parece encurralado no euro. E agora?

Infelizmente, lutar por outro tipo de políticas e ficar no euro começa a ser uma possibilidade bastante remota. Já passámos o ponto em que o conjunto de políticas excepcionais dentro da zona euro – margem para um apoio mais selectivo aos sectores transaccionáveis, exportadores – possam, nesta fase, fazer alguma diferença. Essas políticas já não serão suficientes para inverter o curso dos acontecimentos.
A opção é sair do euro?
Temos dois cenários. Ou a Zona Euro muda muito a sua forma de funcionar ou então mais cedo ou mais tarde teremos de sair.
Qual o cenário é mais credível?
Apostaria no cenário da saída, numa estratégia de saída. Acho que nos devíamos começar a preparar para isso para, quando acontecer, o fazermos de forma ordenada e com um mínimo de estabilidade.
Podemos fazer isso sozinhos?
Precisaremos de apoio. O custo da saída do euro será brutal. Penso que ainda estamos a tempo de negociar uma saída com apoio comunitário.
Não seria uma tragédia sair?
A situação é comparável, com as devidas distâncias, à Guerra Colonial. Durante a guerra, a única coisa que sabíamos é que ela não era sustentável a prazo, que teria de acabar. A certa altura ainda havia opções: descolonizar, negociar ou simplesmente abandonar. Mas insistiu-se em manter a guerra até tudo apodrecer, até a margem de manobra ser mínima.
Apodrecer é uma palavra forte.
Deixámos apodrecer esta situação e já nos estão a impor juros de 12% que só não estamos a pagar porque temos o crédito da troika. Infelizmente, como o plano que nos impõe não irá dar resultado ao nível do crescimento, significa que mal acabe esse financiamento vamos deparar-nos com taxas de juro dessa magnitude. Isto é como na Guerra Colonial: estamos a deixar apodrecer a situação até constatarmos, daqui a uns 4 ou 5 anos, que a única saída possível é péssima: fazer tudo de forma precipitada, sem qualquer capacidade de controlo. Assim, a saída da união monetária será muito dolorosa.

19 junho 2011

A CRISE GREGA



O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vítor Constâncio, alertou hoje para a possibilidade de efeito de contágio da situação que está a ser vivida pela Grécia. 
Essa é a razão pela qual somos contra qualquer tipo de incumprimento com ‘haircut’ e qualquer forma de envolvimento do sector privado que possa levar a um acontecimento de crédito ou a um acontecimento de ‘rating’”, comentou o português em Frankfurt, aquando da apresentação do Financial Stability Review do 
BCE. 
Contudo, Constâncio salientou que não era contra todos os tipos de envolvimentos do sector privado, reiterando que uma espécie de iniciativa de Viena pode acontecer. Essa iniciativa aconteceu em 2009, quando foram adquiridas novas obrigações de vários países da Europa de Leste aquando do fim dos títulos que alguns bancos tinham em sua posse. 
A autoridade monetária defende que os detentores de obrigações só devem participar na resolução da crise grega caso concordem em fazê-lo de forma voluntária. Isto porque é contra qualquer forma que possa ser interpretada como incumprimento. Pelo contrário, a Alemanha tem-se mostrado a favor de uma extensão dos prazos dos títulos de dívida. 
Apesar disso, o português assegurou que não cabe ao BCE disponibilizar as soluções para resolver a crise. 
Relativamente ao documento que foi hoje apresentado, a principal conclusão é precisamente a de que a crise da dívida grega pode ter um efeito de disseminação sobre o sector bancário. “A Zona Euro enfrenta uma situação muito desafiante que vem muito da interconexão entre a crise da dívida soberana e a situação do sector bancário”, revela o documento citado pela Bloomberg. 
Ainda hoje, a Moody’s avisou que poderia baixar o “rating” de três bancos franceses devido à exposição que têm face à dívida grega. A França é, após a Alemanha, o país europeu mais exposto aos investimentos em obrigações helénicas.
No discurso aquando da apresentação do Financial Stability Review, Constâncio falou ainda de que a crise precisa de ser travada através do “ajustamento” orçamental nos países cujas finanças públicas estão mais vulneráveis. 

O pedido aos governos para restaurar a confiança dos investidores e conter a crise orçamental é um esforço “crucial” para a “mitigação dos riscos relativos à crise da dívida”, indica o relatório

MINISTROS DAS FINANÇAS DA ZONA EURO

Manuel Lobo Antunes será o representante português na reunião de hoje em Bruxelas
Os ministros das Finanças da zona euro vão fazer hoje o ponto da situação do programa de assistência a Portugal e analisar a crise na Grécia.
O embaixador português junto das instituições europeias será o representante português na reunião depois de o ministro das Finanças do Governo de gestão, Fernando Teixeira dos Santos, já se ter despedido dos congéneres europeus numa reunião que teve lugar na última terça-feira em Bruxelas.
Manuel Lobo Antunes deverá dar conta aos responsáveis pelas Finanças dos 17 países da zona euro dos últimos desenvolvimentos relacionados com a formação do novo Governo português liderado por Pedro Passos Coelho, de acordo com fonte comunitária.
Por seu lado, o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, deverá reafirmar que Lisboa tomou "as medidas prévias necessárias" que permitiram o envio das primeiras parcelas ('tranches') previstas no memorando de entendimento assinado entre Lisboa e a "troika" internacional.
O Estado português negociou com a "troika", constituída pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia, uma ajuda externa ao país no valor de 78 mil milhões de euros.

O FIM DO CAVAQUISMO

                                                                                                                              
Esta semana marca o fim do cavaquismo não só porque o governo de Passos Coelho deixa os discípulos de Cavaco Silva de fora mas principalmente porque se esgotaram os objectivos políticos de Cavaco Silva. Tal como muitos insectos morrem no momento da procriação os nossos presidentes esgotam a sua energia política quando cumprem o destino de mandar abaixo o governo eleito para fazer eleger um governo dos seus. A partir de agora as intervenções do Presidente da República deixarão de ter interesse pois  ninguém vai procurar nas entrelinhas ou mesmo nas linha um ataque ao maldito Sócrates, podendo os portugueses  agendar as férias descansados porque Belém não agendará numa comunicação oficial dramática na hora de meter as malas no carro. A partir de agora a tarefa mais importante de Cavaco Silva será cortar fitas mas,   ironicamente,  cortará as fitas das obras de Sócrates.
 Passos Coelho surpreendeu o país quando se esperava um governo de cotas reformados e bem instalados na vida  e propôs um governo de jovens... Num país onde só os velhos e os funcionários públicos aceitam ser governantes porque não têm de prescindir de fartos rendimentos,  parece ter sido esta  uma boa solução. Resta perceber porque razão Paulo Macedo que enquanto director-geral dos Impostos não prescindiu de um ordenado de quadro do Millenium e agora aceita abdicar do ordenado de vice-presidente do mesmo banco para ser ministro, ficando a ganhar menos como ministro do que ganhava como director-geral. Ou o Millenium estava farto dele, ou ele estava farto do Millenium ou a obra achou que deveria era mais importante organizar missas de acção de graças governamentais. Veremos se é o Millenium que se está a afundar ou se será o Paulo Macedo a afundar o governo.

Como era de esperar a formação deste governo não escapou à regra do costume no nosso país pois poucas horas depois da divulgação dos futuros ministros os jornais divulgaram os nomes dos que rejeitaram os convites. Ou alguém ligado a Passos Coelho tentou chamar ratazanas aos que abandonaram o barco recusando-se a trocar o conforto por um cargo público, ou os convidados não deixaram de perder a oportunidade para valorizarem o seu curriculo lançando uma nódoa sobre as segundas escolhas. Um espectáculo repugnante a que nos vamos habituando.
Nunca um primeiro-ministro abandonou o cargo em tão grande silêncio... Desde que perdeu as eleições José Sócrates desapareceu deixando o palco por inteiro a Pedro Passos Coelho e figurantes como Relvas e Moedas. Depois de um discurso de derrota notável parece que Sócrates está a preparar a sua saída de cena com mais cuidado do que o que Passos Coelho está a ter com a sua entrada. Mal divulgou a composição do governo os cavaquistas fizeram questão de fazer saber que tinham recusado os convites, ficando no ar a ideia de que estes teriam sido endereçados antes da indigitação de Passos por Cavaco. Assim  a primeira mentira de Passos Coelho foi a declaração de que só convidaria os ministros depois de ser indigitado. Veremos quantas mentiras dirá um homem de palavra...
António Costa recusou candidatar-se a líder do PS,  uma decisão sábia,  poisninguém no seu pleno juízo troca um pássaro na mão por dois a voar; ninguém troca as mordomias e luxos da autarquia da capital e a segurança de um cargo público por uma candidatura incerta. Quando negociou com Helena Roseta e lhe deu o lugar de número dois da CML na condição de a  vereadora não ascender à presidência se António Costa a abandonasse o então candidato não contava com tal hipótese para ser líder da oposição, mas parece que Sócrates lhe trocou as voltas e preferiu ir até ao fim deixando o seu número dois de mãos a abanar.
de O Jumento