25 junho 2011


Líderes europeus saúdam "forte compromisso" do novo Governo português em executar programa de reformas

Líderes europeus saúdam "forte compromisso" do novo Governo português em executar programa de reformas
 Bruxelas, 23 jun (Lusa) - Os líderes europeus vão saudar o "forte compromisso do recém-eleito Governo português" em implementar integralmente o programa de ajustamento, segundo uma versão provisória de uma declaração do Conselho Europeu a que a agência Lusa teve acesso.
 Com a complexa situação grega a dominar a atualidade europeia, os chefes de Estado e de Governo, reunidos entre hoje e sexta-feira em Bruxelas, decidiram adotar uma declaração de apoio à Grécia, que alude também à situação dos outros dois Estados-membros que recorreram ao mecanismo de ajuda, Portugal e Irlanda.
 Segundo o "esboço" da declaração que os 27 se preparam para adotar, na primeira cimeira em que participa o novo primeiro-ministro português Pedro Passos Coelho, o Conselho Europeu "saúda o forte compromisso do recém-eleito Governo português em implementar integralmente o seu programa de reformas".
 De acordo com o Conselho, a "implementação estrita" dos programas de reformas, que reuniu um consenso entre as principais forças políticas, tanto no caso português como no caso irlandês, "vai assegurar a sustentabilidade da dívida e vai ajudar ao regresso de Irlanda e Portugal aos mercados financeiros".
 Na sua intervenção na cimeira, Passos Coelho irá reafirmar aos parceiros europeus a determinação do novo Governo em cumprir o programa de assistência financeira negociado pelo anterior executivo, uma ideia que vincou já hoje em Bruxelas, tanto num encontro com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, como numa reunião do Partido Popular Europeu (PPE).
 O primeiro-ministro garantiu, no final do encontro que manteve com Durão Barroso, que o novo Governo não terá férias de modo a tomar nos próximos meses "o essencial das decisões" para a efetiva implementação do programa de reformas e garantiu que Portugal "não descansará" enquanto não devolver a confiança em si depositada pelos seus parceiros europeus.
 Quanto à Grécia, não deverá haver referências na declaração do Conselho ao desembolso da próxima "tranche" de ajuda, devendo os líderes instar antes as forças políticas gregas a apoiarem os programas de reformas reclamados por UE e FMI com vista à sua implementação a partir de Julho.

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