18 novembro 2006

RTPIMBA

À mesma hora em que o Sr Presidente da República era entrevistado na SIC, outra entrevistadora, esta de créditos firmados, participava na operação de propaganda de um livro de memórias de alguem que anda epor aí. Que desperdício! Começa a tornar-se claro que a RTP generalista (é assim que se diz?) se está a especializar em programação pimba, a entrevistar extraterrestres e a fazer a informação mais sensacionalista e menos serviço público de todas as TV´s do mercado. Até para divulgarem a programação aparece uma gentil senhora a falar enquanto caminha em geitos requebrados e com um piscar d'olho... Enfim, nada escapa. Até o "Um Contra Todos " se apimbalhou! Ou bem me engano ou estão a transformar a televisão pública numa coisinha enfermiça a necessitar de adequado tratamento: fechá-la como medida profiláctica e... tambem para ajudar a reduzir o déficet público e baixar a factura da energia eléctrica de todos nós. (Sabem quanto nos "sacam" , para essa coisinha, em cada factura da EDP? A módica quantia de 3,34 euros - sem dó nem piedade)

A Entrevista

O Sr Presidente da República passou ao lado de uma boa entrevista na SIC. Não por sua culpa mas porque a entrevistadora não o permitiu. Não esteve ao nível do entrevistado, abusando das suas típicas interrupções e intervenções como "já lá vamos"...ã...pois...eu gostava de...ã...ã...sim senhor...ã...já lá vamos... o sr...você " e por aí além. A Sra não se queria apagar de cena como era seu dever. Apesar de tudo o entrevistado conseguiu deixar uma imagem de segurança e clareza sobre os temas que aborda, deixando-nos a convicção de que transmite o que sente, sem politiquês, com o ar grave de um homem sério e afirmativo, em suma, um político confiável e que inspira respeito. O essencial!

17 novembro 2006

Discrepâncias...

A economia portuguesa voltou a melhorar em Outubro, completando assim dez meses seguidos de recuperação, segundo disse hoje o Banco de Portugal. Acrescentou ainda que a economia subiu 1,3% no mesmo mês, em relação ao mês homólogo de 2005. Não sou economista nem para lá caminho! Mas se isto revela uma trajectória (este não é um termo de balistica?) de crescimento qual a razão por que as previsões do Banco de Portugal para 2007 se distanciaram tanto das previsões do Governo? Dirão que o coiso não tem a ver com a coisa, mas mesmo assim é lícitio questionar sobre o que levou o B.P. a mudar de tom. As mexidas que Governo fêz lá pela casa nada têm a ver com isto, mas estas discrepâncias sempre servem para animar a malta e levar Marques Mendes e seus insignes economistas mal barbeados a fazerem uns discursozitos cheios de optimismo para ajudarem à recuperação...

15 novembro 2006

As Estatísticas Segundo Pacheco

Pacheco Pereira diz que 90% da produção de blogues é lixo e que só o resto é aproveitável. Se pensarmos no assunto sem entrar em cogitações sobre o método utilizado por P.P. para chegar a cifras tão exactas, poderemos concluir que o Dr Pacheco Pereira foi muito generoso porque assim deixou muitos bloguistas a pensar que estariam incluidos nos restantes 10%, na honrosa companhia do Abrupto. Mas se fizermos uma uma análise mais fina, utilizando outros métodos, sem excluir a psicanálise, poderiamos chegar à conclusão, sempre com enorme margem de erro, que P.P integra no seu ego mais profundo a certeza de que o ABRUPTO agrega a totalidade dos 10% em apreço. Por mim sou visitante assíduo daquele blog e considero-o mesmo o mais comprido da comunidade. O meu é só tanga, mas divirto-me imenso...

Discriminação Positiva para os Açores

Tenho a honra e o prazer de conhecer bem os Açores. Diria, para começar, que os açorianos são a gente mais bonita do mundo e constituirá a sua sociedade, com alguma influência do Novo Mundo, um repositório das virtudes das gentes portuguesas de antanho que povoaram as belas Nove Ilhas, as desbravaram com mil dificuldades e nos legaram com aquele esplendor que nos emociona e enche de orgulho. Os açorianos são afectuosos, lhanos, hospitaleiros, limpos, lavados civilizados...Dificilmente suportariam um "Jardim" a governá-los por muito tempo. E jamais poriam em causa a sua nacionalidade nem abanariam, com displicência madeirense, separatismos que nunca apoiaram! E se usassem o argumentário das gentes do Alberto João, boas razões teriam para exigir independências porque além do esquecimento a que foram votados ao longo da história, em tempos de Autonomia Regional têm sido discriminados negativamente em relação à Madeira. E, por muitas e evidentes razões, os Açores merecem a maior solidariedade nacional. São uma novena de Ilhas espalhadas por um largo espaço do Atlântico, a maioria distantantes umas das outras, com acessibilidades difíceis que obrigam, para servir a sua gente, a uma enorme multiplicação de estruturas e serviços, tais como Hospitais, Centros de Saúde, Serviços Sociais, Educação, Agricultura, etc. etc. e muitos recursos humanos. Porque tudo isto envolve elevados custos financeiros, tem sido a bôa gestão dos diferentes Governos Regionais, nomeadamente os de Mota Amaral, que tem superado as parcas provisões orçamentais, sem esquecer os sacrifícios da bôa gente açoriana que não vê optimizados ou implementados serviços de que carece. Em tais circunstâncias a paridade das transferências de verbas para os Açores e Madeira é um disparate, para além de ser uma gritante injustiça. Fazer discriminação positiva, aumentando, tanto quanto possível, as verbas para os Açores é até ...uma questão patriótica!!

14 novembro 2006

O nosso amigo Durão Barroso

Não deve passar despercebido aos menos distraídos a atenção que José Barroso vem prestando ao cantinho à beira mar plantado. Por outras palavras, o Presidente da Comissão Europeia que imolou (que nem cordeiro) o infeliz Santana Lopes para pirar-se, parece que agora dorme cá e vai de vez em quando a Bruxelas despachar expediente... A gente gosta de o ver por aí, como o outro. Mas com aquele calculismo e sentido táctico que se lhe reconhece,com tanta festa e festança sempre com D. Constança, quem é que deve estar preocupado? Marques Mendes não, porque a função de peão de brega assenta-lhe que nem uma luva. Cavaco Silva tambem não. Ainda é cedo... mas o caminho faz-se caminhando. Sócrates? Bem, este está a fazer um cozinhado de deixar água na boca a um guloso...daqui a três anos. Sei lá!?

A Saga do Menino Guerreiro

Não li o livro de Santana Lopes mas um resumo do Correio da Manhã basta para elucidar sobre a coisa. De resto todos vivemos a saga do menino guerreiro (sempre megalómano mesmo em versão infantil) que chegou a primeiro ministro de ponta-pé-para cima e saíu naturalmente de ponta-pé-para baixo. Como é que havia de ser?! Sampaio limitou-se a corrigir o erro que cometeu ao deixar-se enrredar na esparrela do habilidoso e super ambicioso homem de Bruxelas. Agora o deslumbrado Santana aponta como culpados da sua fugaz passagem pelo cargo de PM , especialmente três pessoas: -Cavaco Silva pela ambição de chegar a PR, Sampaio porque justificou a dissolução da AR com "episódios"...e Marcelo porque é um invejoso e não suporta os seus sucessos. Bem, o homem lá sabe. Ficamos tambem a saber que foi em Vila Pouca de Aguiar, antes de falar na "incubadora", que Santana teve as primeiras más notícias através do Governador Civil, o qual recebera as desagradáveis novas da LUSA no seu telemóvel, que este passou o dito telemóvel a António Mexia que, por sua vez, o pôs nas mãos de Santana Lopes. Daí ele referir que teve notícias do início da queda por interposto telemóvel. Na verdade, quando a sorte é maniversa nada ajuda o desinfeliz. Até o nosso télélé é ignorado!

12 novembro 2006

As voltas que o munda dá

António Barreto que conheci nos Açores pouco tempo depois do 25 de Abril, era um homem cordato e um comunicador excepcional. Muito contribuiu para a implantação do PS naquela Região. Era o meu herói e de muitos outros jovens como eu que esperavam dele um papel importante no futuro do Portugal democrático em construção. Por acaso ou não, tal não se verificou e aguns de nós, à distância, seguimos as saltadelas dele para fora do PS . Eu não regressei mais, outros regressaram. Nunca perdi o contacto com o que AB escrevia, seus artigos de opinião e tudo que publicava, até hoje. António Barreto regressou ao PS mas tornou-se muito amargo. Apanhou Cavaco Silva pela frente como Primeiro Ministro e foram anos de combate. A campanha contra a construção do Centro Cultural de Belém ficou famosa. Dizia-se "ninguem queira aquele homem contra". Foi uma das vozes com forte audiência que contribuiram para o fim do período de governação do PSD e a eleição do Governo PS. Com o guterrismo e algumas carrilhadas de permeio, Barreto virou a sua pena contra tudo que cheire a PS, até aos dias que correm. Hoje o meu antigo herói parece-me um homem muito desiludido, profundamente amargurado e os seus escritos tornaram-se deprimentes. Foi ao visitar o "Abrupto" de Pacheco Pereira que vejo lá transcrito um artigo de A.Barreto do Jornal Público e pensei para com os meus botões: o pensamento do meu antigo herói já agrada a Pacheco Pereira?! Com trinta diabos! Nos tempos em que A.Barreto, com sua moderação e sensatez, combatia os extremistas e ajudava o PS a implantar-se, Pacheco Pereira andava nos PCP's ML's e quejandos, a dar corda à revolução operária contra o capital. Na era de Cavaco Silva Pacheco já era mais PPD que os seus fundadores. Hoje vejo-o a transcrever na sua bíblia em construção os pensamentos de A.Barreto (o meu antigo herói) . As voltas que o mundo dá e tanta gente em busca da coerência.

As Despesas dos Excursionistas à Ilha

A falta de sensatez é um dos maiores males de que enferma a convivência dos políticos em Portugal. O PSD, quando na oposição (onde se comporta sempre como um propietário despojado dos seus bens de raiz), cria autênticos tratados de patetice e arranja sempre intérpretes à altura das circunstâncias. Um caso típico foram as exigências do seu Líder Parlamentar - o promotor do "Dia do Cão"- para que o Governo justificasse o custo de um cocktail servido aos participantes de um colóquio de empresários PIN, que fora custeado pelos empresários portugueses que organizaram o evento. O problema estaria no facto de Sócrates e Pinho terem sido convidados e o Marquitos não? A exigência foi feita a partir da Madeira, onde estavam deputados e outras gentes do PSD a dar apoio ao fórróbódó orçamental madeirense e onde os excursionistas laranja teriam sido recebidos na Quinta da Vigia com lauta recepção (O Jornal Público não disse que foi "lauta". Eu é que imagino) Estará o sr Marques Guedes pronto para informar quanto custou à Nação a operação excursionista, incluindo a despesa na Quinta? Ficamos à espera...