11 setembro 2010

LEMBRAR E ASSINALAR O 11 DE SETEMBRO

(...) Tribute in Light memorial that has happened every September 11 in New York. It was created by the architects Gustavo Bonevardi and John Bennett. (...)

SOL ENCOBERTO

José António Saraiva, director do jornal Sol, tem a casa e o ordenado penhorados à ordem de dois processos judiciais da autoria de Rui Pedro Soares, o ex-administrador da PT que se viu envolvido nas escutas do processo "Face Oculta". A moradia e o ordenado de José António Saraiva estão penhorados à ordem do Processo 10349/10.9YYLSB-PE/9296 - 1º Juízo, 1.ª Secção dos Juízos de Execução de Lisboa de forma a assegurar o cumprimento da decisão judicial que condenou o director do Sol a pagar uma indemnização de 130 mil euros.
Este é apenas um dos vários processos judiciais interpostos por Rui Pedro Soares contra jornalistas do Sol, assim como contra a empresa proprietária do jornal, a o Sol é Essencial. Todos na sequência da publicação das escutas telefónicas do processo "Face Oculta" as quais, recorde-se, deram também origem a uma providência cautelar avançada pelo próprio Rui Pedro Soares, para evitar a publicação das mesmas, que não foi cumprida pelo jornal.
Após este incumprimento, o Tribunal Cível de Lisboa decretou que o director do Sol teria de pagar 10 mil euros por cada violação da providência cautelar, enquanto as jornalistas Felícia Cabrita e Ana Paula Azevedo teriam de pagar, cada uma, 5 mil euros por cada violação. Contas feitas pelo tribunal apontaram para 30 incumprimentos. Logo, o montante da multa seria de 1,5 milhões de euros. Em Julho deste ano, José António Saraiva - que o DN não conseguiu contactar, ontem, por ter o telemóvel desligado - mostrou-se convicto de que o jornal teria "estofo financeiro" para pagar a multa.
De acordo com a lei, o Sol tem de garantir "uma caução" do montante em causa, lembrou José António Saraiva, acrescentando que é uma situação "aborrecida", pois o montante terá de ficar "forçosamente imobilizado
" in D.N

Ora aí está como um homem com uma segura carreira na área da arquitectura se terá deixado embalar na doce ideia de que quem dirigiu o Expresso poderia chegar ao SOL e agora até um fedelho qualquer o põe sem eira nem beira. Quem não se deixou ficar a escrever aqueles inigualáveis editoriais do Expresso que eram a delícia dos fins-de-semana... dos fiéis leitores do jornal do sr Balsemão. E estariamos hoje todos mais felizes e contentes se não assistissemos ao declínio do senhor arquitecto... em verdadeiros palpos de aranha. Parece que o Sr arquitecto nunca soube tirar bem as suas medidas...

CRISE CAIU DE PATENTE


UMA AMOSTRA EM VÍDEO DA ILHA TERCEIRA - AÇORES

10 setembro 2010

PRESOS NO PÂNTANO







A partir de quinta-feira há uma garantia: o quadro parlamentar não mudará até, pelo menos, Maio. Com o aproximar das presidenciais, Cavaco Silva fica constitucionalmente inibido e Portugal fica politicamente preso num pântano. Sem maioria parlamentar, sem coligações e com uma tensão pré-negociação do Orçamento que não se ajusta aos desequilíbrios que temos de enfrentar. Tudo isto serve para lembrar que o primeiro dos problemas do país é de natureza política. Na Europa, há países com défices mais elevados (Irlanda), níveis de endividamento superiores (Itália), mais desemprego (Espanha) e até com perspectivas económicas mais débeis (Grécia), mas não há nenhum país que não tenha um Governo de maioria absoluta ou uma coligação governamental ou de incidência parlamentar. É essa a nossa singularidade. Depois das legislativas, os partidos não foram capazes de se entender e o assomo de responsabilidade que PS e PSD revelaram por altura dos PEC entretanto desfez-se. O cenário tornar-se-á agora ainda mais pantanoso. Ao Governo não resta alternativa senão aprovar o Orçamento com o PSD, com o beneplácito do candidato Cavaco Silva, que foge a sete pés de uma campanha contaminada por uma crise política de natureza orçamental. Ao mesmo tempo, o PS apoia um candidato que preferia um Orçamento viabilizado à esquerda, sendo que à esquerda não há possibilidades de criar condições políticas para conter a despesa. Já o PSD, pressionado pelas sondagens positivas, tem revelado um frenesim que faz com que Passos Coelho opte por arremedos de crise em lugar de procurar entendimentos. Nos próximos tempos, para utilizar uma expressão cara ao Presidente, tudo indica que a nossa situação será insustentável. Mas, antes de tudo, politicamente insustentável.

09 setembro 2010

SE MARCELO O DIZ!...

Foi um peixinho do mar... quem me ensinou a nadar
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou para quem o quis uvir, que até meados do século passado, isto é, nos tempos áureos da ditadura de Salazar, a pedofilia era tolerada e considerada normal na sociedade portuguesa. Isto é, ser pedófilo era algo normal.
Também por estes dias ouvi dizer que há referências a abusos sexuais na Casa Pia, pelo menos desde os anos sessenta do mesmo século.
Ouviu-se ainda na SIC, após a leitura da sentença do processo Casa Pia, os advogados Pedro Namora e Adelino Granja, afirmar que, em 1983, enquanto alunos da Casa Pia, alertaram o então Presidente da República, General Ramalho Eanes, para os abusos sexuais cometidos sobre as crianças ali internadas, quando da visita presidencial àquele colégio.
Nos anos sessenta do século passado eu tinha entre vinte e trinta anos e não me lembro que, ser pedófilo, fosse uma coisa normal. Do que me lembro desses tempos é que a certas classes protegidas pelo regime Salazarista tudo era permitido. Daí a dizer-se que a sociedade portuguesa considerava isso normal vai uma grande distância.
O que era e infelizmente continua ser normal na sociedade portuguesa é a conivência com os poderosos a quem tudo se tolera, mas isso é o preço que continuamos a pagar pela “ditadura desse provinciano mesquinho” que “conseguiu criar uma cultura política que hoje ainda pesa — e pesa muito — na democracia que temos”.

Nota: excertos retirados dum artigo de Vasco Pulido Valente sobre uma biografia de Salazar e daqui

08 setembro 2010

ISTO ESTÁ BOM!...

Oh CHEFE!... TIRE DAQUI O GADANHO
ISTO ESTÁ PORREIRO...PÁ!!!

ISTO É UM ASSALTO


OS NOSSOS BALEEIROS

Pico, a Ilha dos baleeiros
«No Museu da Baleação, em New Bedford (Massachusetts), há uma lista dos marinheiros do baleeiro Acushnet, que partiu para os Mares do Sul, em 1841. Entre os nomes, os dos portugueses George Galvan e Joseph Luis, do Faial, e John Adams, de Cabo Verde, e o do americano Herman Melville. Nessa viagem, Melville aprendeu para escrever Moby Dick. Dos seus companheiros portugueses fica a grafia manhosa dos nomes, o que era comum: os dois primeiros assentos de baptismo católico em New Bedford são de John e Lucia, filhos de "Ennis Leeshandry", dislexia do sacristão perante um Inácio Alexandre. Apesar desses desencontros, New Bedford, que foi a capital mundial da baleia, foi também a mátria da emigração lusa na América. Os baleeiros com tripulação mínima fundeavam ao largo do Faial, da Madeira ou de São Vicente, os rapazolas metiam-se nos botes, subiam a amurada e entregavam-se a percorrer os mares na caça da baleia. O seu porto passava a ser New Bedford, dali escreviam cartas de chamada e a emigração para a América começou - por ironia, à custa de uma indústria fundada por português de outras origens, o judeu sefardita Aaron Lopez. Esse Museu da Baleação dedicado à primeira grande indústria americana só mostrava uma difusa memória portuguesa, como a lista do Acushnet.
A partir da próxima sexta-feira vai ter, de forma permanente, uma galeria dedicada aos baleeiros portugueses.
DN-Ferreira Fernandes.

FERNANDO PESSOA


07 setembro 2010

A PROMESSA

QUEIROZ PROMETEU CORTA AS BARBAS
QUANDO A SELECÇÃO MARCAR DOIS GOLOS

É A CRISE


06 setembro 2010

OS ANORMALIZADOS DE PASSOS COELHO

Parada da ousadia constitucional

Importa-se de repetir?
Queríamos alguém que soubesse combinar experiência política com ousadia constitucional e o facto de Paulo Teixeira Pinto não ser uma pessoa normalizada fez dele um candidato muito forte.
Passos Coelho, em entrevista na última edição do Expresso, procurando justificar a escolha de Teixeira Pinto para coordenador da famigerada comissão de revisão constitucional do PSD (nunca o PSD foi tão pobre de recursos)

05 setembro 2010

O COMEÇO DA AGONIA DO CAPITALISMO?

Revolta em Maputo
Os estilhaços de réplicas imaginadas da Acrópole a arder e a rebentar, gratinando a agonia esperada do capitalismo, desviou-se daqui e da Europa ao lado. Foram bater, mas mais realidade que símbolo, tendo em conta os mortos e feridos, imagine-se!, em Maputo – África, nos escombros de um marxismo de guerrilha, mas irmão do puro e justo, ali há muito morto por conversão mas mal enterrado pois a nomenklatura ficou com os privilégios de fora e bem à vista. Anda marado o leme do barco apocalíptico-redentor, orientando o barco da borrasca para o fim da escala das prioridades. Mas os sons de Maputo são familiares, oh se são: “queremos pão!”, gritam as mulheres moçambicanas; “bandidos!”, chama-lhes o senhor ministro do interior.

O CANDIDATO DO PCP


Francisco Lopes é o melhor candidato presidencial que o PCP podia indicar. Não mete, politicamente, uma unha de pé fora das instalações da colectividade posta em sossego paroquiano, enquanto, para fora, o PCP decidiu mandar o país trabalhar e produzir (a Bem da Nação). Logo, se não adianta, também não atrapalha. E feita a primeira volta da campanha, facilita as adaptações normais e impostas pela lógica da bipolaridade própria das segundas voltas. Pois...