11 setembro 2010
SOL ENCOBERTO

Este é apenas um dos vários processos judiciais interpostos por Rui Pedro Soares contra jornalistas do Sol, assim como contra a empresa proprietária do jornal, a o Sol é Essencial. Todos na sequência da publicação das escutas telefónicas do processo "Face Oculta" as quais, recorde-se, deram também origem a uma providência cautelar avançada pelo próprio Rui Pedro Soares, para evitar a publicação das mesmas, que não foi cumprida pelo jornal.
Após este incumprimento, o Tribunal Cível de Lisboa decretou que o director do Sol teria de pagar 10 mil euros por cada violação da providência cautelar, enquanto as jornalistas Felícia Cabrita e Ana Paula Azevedo teriam de pagar, cada uma, 5 mil euros por cada violação. Contas feitas pelo tribunal apontaram para 30 incumprimentos. Logo, o montante da multa seria de 1,5 milhões de euros. Em Julho deste ano, José António Saraiva - que o DN não conseguiu contactar, ontem, por ter o telemóvel desligado - mostrou-se convicto de que o jornal teria "estofo financeiro" para pagar a multa.
De acordo com a lei, o Sol tem de garantir "uma caução" do montante em causa, lembrou José António Saraiva, acrescentando que é uma situação "aborrecida", pois o montante terá de ficar "forçosamente imobilizado" in D.N
Ora aí está como um homem com uma segura carreira na área da arquitectura se terá deixado embalar na doce ideia de que quem dirigiu o Expresso poderia chegar ao SOL e agora até um fedelho qualquer o põe sem eira nem beira. Quem não se deixou ficar a escrever aqueles inigualáveis editoriais do Expresso que eram a delícia dos fins-de-semana... dos fiéis leitores do jornal do sr Balsemão. E estariamos hoje todos mais felizes e contentes se não assistissemos ao declínio do senhor arquitecto... em verdadeiros palpos de aranha. Parece que o Sr arquitecto nunca soube tirar bem as suas medidas...
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A. A. Barroso
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UMA AMOSTRA EM VÍDEO DA ILHA TERCEIRA - AÇORES
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10 setembro 2010
PRESOS NO PÂNTANO

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09 setembro 2010
SE MARCELO O DIZ!...

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou para quem o quis uvir, que até meados do século passado, isto é, nos tempos áureos da ditadura de Salazar, a pedofilia era tolerada e considerada normal na sociedade portuguesa. Isto é, ser pedófilo era algo normal.
Também por estes dias ouvi dizer que há referências a abusos sexuais na Casa Pia, pelo menos desde os anos sessenta do mesmo século.
Ouviu-se ainda na SIC, após a leitura da sentença do processo Casa Pia, os advogados Pedro Namora e Adelino Granja, afirmar que, em 1983, enquanto alunos da Casa Pia, alertaram o então Presidente da República, General Ramalho Eanes, para os abusos sexuais cometidos sobre as crianças ali internadas, quando da visita presidencial àquele colégio.
Nos anos sessenta do século passado eu tinha entre vinte e trinta anos e não me lembro que, ser pedófilo, fosse uma coisa normal. Do que me lembro desses tempos é que a certas classes protegidas pelo regime Salazarista tudo era permitido. Daí a dizer-se que a sociedade portuguesa considerava isso normal vai uma grande distância.
O que era e infelizmente continua ser normal na sociedade portuguesa é a conivência com os poderosos a quem tudo se tolera, mas isso é o preço que continuamos a pagar pela “ditadura desse provinciano mesquinho” que “conseguiu criar uma cultura política que hoje ainda pesa — e pesa muito — na democracia que temos”.
Nota: excertos retirados dum artigo de Vasco Pulido Valente sobre uma biografia de Salazar e daqui
Também por estes dias ouvi dizer que há referências a abusos sexuais na Casa Pia, pelo menos desde os anos sessenta do mesmo século.
Ouviu-se ainda na SIC, após a leitura da sentença do processo Casa Pia, os advogados Pedro Namora e Adelino Granja, afirmar que, em 1983, enquanto alunos da Casa Pia, alertaram o então Presidente da República, General Ramalho Eanes, para os abusos sexuais cometidos sobre as crianças ali internadas, quando da visita presidencial àquele colégio.
Nos anos sessenta do século passado eu tinha entre vinte e trinta anos e não me lembro que, ser pedófilo, fosse uma coisa normal. Do que me lembro desses tempos é que a certas classes protegidas pelo regime Salazarista tudo era permitido. Daí a dizer-se que a sociedade portuguesa considerava isso normal vai uma grande distância.
O que era e infelizmente continua ser normal na sociedade portuguesa é a conivência com os poderosos a quem tudo se tolera, mas isso é o preço que continuamos a pagar pela “ditadura desse provinciano mesquinho” que “conseguiu criar uma cultura política que hoje ainda pesa — e pesa muito — na democracia que temos”.
Nota: excertos retirados dum artigo de Vasco Pulido Valente sobre uma biografia de Salazar e daqui
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A. A. Barroso
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08 setembro 2010
OS NOSSOS BALEEIROS

«No Museu da Baleação, em New Bedford (Massachusetts), há uma lista dos marinheiros do baleeiro Acushnet, que partiu para os Mares do Sul, em 1841. Entre os nomes, os dos portugueses George Galvan e Joseph Luis, do Faial, e John Adams, de Cabo Verde, e o do americano Herman Melville. Nessa viagem, Melville aprendeu para escrever Moby Dick. Dos seus companheiros portugueses fica a grafia manhosa dos nomes, o que era comum: os dois primeiros assentos de baptismo católico em New Bedford são de John e Lucia, filhos de "Ennis Leeshandry", dislexia do sacristão perante um Inácio Alexandre. Apesar desses desencontros, New Bedford, que foi a capital mundial da baleia, foi também a mátria da emigração lusa na América. Os baleeiros com tripulação mínima fundeavam ao largo do Faial, da Madeira ou de São Vicente, os rapazolas metiam-se nos botes, subiam a amurada e entregavam-se a percorrer os mares na caça da baleia. O seu porto passava a ser New Bedford, dali escreviam cartas de chamada e a emigração para a América começou - por ironia, à custa de uma indústria fundada por português de outras origens, o judeu sefardita Aaron Lopez. Esse Museu da Baleação dedicado à primeira grande indústria americana só mostrava uma difusa memória portuguesa, como a lista do Acushnet.
A partir da próxima sexta-feira vai ter, de forma permanente, uma galeria dedicada aos baleeiros portugueses.
DN-Ferreira Fernandes.
DN-Ferreira Fernandes.
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07 setembro 2010
06 setembro 2010
OS ANORMALIZADOS DE PASSOS COELHO
Parada da ousadia constitucional
Importa-se de repetir?
Queríamos alguém que soubesse combinar experiência política com ousadia constitucional e o facto de Paulo Teixeira Pinto não ser uma pessoa normalizada fez dele um candidato muito forte.
Passos Coelho, em entrevista na última edição do Expresso, procurando justificar a escolha de Teixeira Pinto para coordenador da famigerada comissão de revisão constitucional do PSD (nunca o PSD foi tão pobre de recursos)
Passos Coelho, em entrevista na última edição do Expresso, procurando justificar a escolha de Teixeira Pinto para coordenador da famigerada comissão de revisão constitucional do PSD (nunca o PSD foi tão pobre de recursos)
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A. A. Barroso
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05 setembro 2010
O COMEÇO DA AGONIA DO CAPITALISMO?

Os estilhaços de réplicas imaginadas da Acrópole a arder e a rebentar, gratinando a agonia esperada do capitalismo, desviou-se daqui e da Europa ao lado. Foram bater, mas mais realidade que símbolo, tendo em conta os mortos e feridos, imagine-se!, em Maputo – África, nos escombros de um marxismo de guerrilha, mas irmão do puro e justo, ali há muito morto por conversão mas mal enterrado pois a nomenklatura ficou com os privilégios de fora e bem à vista. Anda marado o leme do barco apocalíptico-redentor, orientando o barco da borrasca para o fim da escala das prioridades. Mas os sons de Maputo são familiares, oh se são: “queremos pão!”, gritam as mulheres moçambicanas; “bandidos!”, chama-lhes o senhor ministro do interior.
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A. A. Barroso
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O CANDIDATO DO PCP
Francisco Lopes é o melhor candidato presidencial que o PCP podia indicar. Não mete, politicamente, uma unha de pé fora das instalações da colectividade posta em sossego paroquiano, enquanto, para fora, o PCP decidiu mandar o país trabalhar e produzir (a Bem da Nação). Logo, se não adianta, também não atrapalha. E feita a primeira volta da campanha, facilita as adaptações normais e impostas pela lógica da bipolaridade própria das segundas voltas. Pois...
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A. A. Barroso
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