26 fevereiro 2011

B.E - A QUADRATURA DO CÍRCULO

Toda a gente sabe que o fogo se apaga com gasolina, as cheias resolvem-se com inundações e que a enxaqueca se cura batendo com a cabeça na parede. Estas palavras são da bloquista acima apresentada que terão sido ditas num certo contexto, mas que são uma interessante e irónica síntese  da acção  do Bloco de Esquerda onde a bela dama milita e da utilidade prática dessa esquisita organização política que,  na sua essência,  representa a verdadeira quadratura do círculo. Que desperdício de beleza e saberes!...

CRISE NA RTP








Um dia depois de José Alberto Carvalho e Judite de Sousa terem pedido a demissão dos cargos de director e directora adjunta de informação da RTP, a administração da estação pública tenta encontrar uma solução para preencher o vazio que se instalou na televisão estatal com a saída daqueles dois jornalistas para a TVI. A meio da tarde de ontem, a administração da estação de Queluz de Baixo confirmou, através de um curto comunicado, que os convites que endereçara a José Alberto Carvalho e a Judite de Sousa tinham sido aceites e que o ex-pivot da RTP é o novo director de informação da estação. Confirmou também que Judite de Sousa passa a integrar a futura direcção de informação da TVI.
Ontem, eram apontados vários nomes para ocupar os lugares agora vagos na RTP, mas o PÚBLICO sabe que a administração, presidida por Guilherme Costa, não endereçou ainda nenhum convite, nem a jornalistas da casa nem de fora. Uma das possibilidades de que se falava passaria por uma alteração de figurino com a criação da figura de um director-geral que tutelaria a informação e a programação, cargo que poderia ser ocupado por José Fragoso, actual director de programas da RTP. Uma hipótese que, ao fim do dia, parecia, no entanto, afastada.
Outra possibilidade apontada é o regresso à direcção de Rodrigues dos Santos, que já ocupou por duas vezes aquele cargo. Também o regresso de Nuno Santos, que está actualmente na SIC, era outra das hipóteses apontadas. "Especula-se muito, mas é tudo extemporâneo, porque a administração não fez ainda nenhuma tentativa. Não há ninguém convidado", disse uma fonte que pediu para não ser citada. "A situação já de si é complicada, não vale a pena complicá-la mais com especulações que não correspondem à verdade", disse. A resposta por parte da administração, que o PÚBLICO contactou, veio pela voz da assessora de imprensa. "Não há nenhuma decisão, pelo que a RTP não tem nenhuma comunicação a fazer. Quando houver uma solução falará", disse.Seja como for, a saída daqueles dois profissionais deixou a RTP agitada e a administração reconhece que a si- tuação é delicada e que é preciso cerrar fileiras contra a decapitação na direcção de informação. O administrador e ex-director de informação Luís Marinho esteve ontem reunido com os directores e coordenadores que restam e falou-se de um ataque à empresa. Assim sendo, a RTP pode aproveitar estas saídas - para além dos dois jornalistas, passou também para a TVI Maria José Nunes, directora adjunta de meios de produção da RTP, e especula-se que podem sair outros profissionais do canal público - para mexer na estrutura directiva da televisão pública ou então proceder a uma recomposição da actual equipa. Por causa da situação, foi decidido antecipar de quinta para terça-feira a reunião do Conselho de Redacção. Já a Comissão de Trabalhadores (CT), que prefere uma solução interna, admite pedir explicações à administração se forem feitas contratações externas. Independentemente de poder interpelar antes a administração sobre isso, em Abril, no relatório de balanço social da empresa, a CT quer ter acesso a toda a informação sobre contratações.
Seja como for, a escolha dos novos responsáveis pela direcção de infor- mação da RTP tem de ter o visto prévio da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), visto esse que é vinculativo. De resto, se José Alberto Carvalho tivesse sido destituído, a ERC teria obrigatoriamente de se pronunciar e dar parecer. Através de uma nota que fez chegar ao PÚBLICO, Azeredo Lopes, presidente da ERC, recusou fazer comentários, argumentando que cabe à RTP definir o perfil e proceder à escolha e nomeação do director de informação, pelo que não tem nenhum comentário directo ou indirecto a fazer. "Quando o Conselho de Administração da RTP solicitar o nosso parecer, aí tomaremos uma posição", acrescentou.
Púbblico-Cintra Torres

AS VIRGENS DE KADHAFI




Há 42 anos no poder, o líder líbio deixa a sua segurança nas mãos de um grupo de mulheres que o acompanha em todas as viagens. Sabem artes marciais e têm de ser virgens.
São jovens, bonitas e treinadas para matar. Muammar Kadhafi dispensa os tradicionais seguranças masculinos de fato e óculos escuros. Só aceita ser escoltado por mulheres seleccionadas a dedo para integrar a sua Guarda Amazónica.
Submetidas a um treino intensivo numa academia especial, as amazonas do ditador líbio aprendem artes marciais e tornam-se especialistas em armas de fogo. Em viagens oficiais, o governante, que tem recusado abandonar o poder apesar dos fortes protestos na capital, costuma fazer-se acompanhar de 30 ou 40 elementos de segurança. Onde quer que vão, as amazonas de Kadhafi são o centro das atenções: apresentam-se maquilhadas, usam salto alto, penteados de estilo ocidental e vestem uniforme militar. Fortemente armado, este grupo de mulheres faz parte da longa lista de excentricidades do Chefe do Estado líbio.

PASSOS TEVE DIAS EM QUE SE PORTOU MAL

"O Bloco de Esquerda existe para quebrar o PS ao meio"

 CM - O que faria neste momento se fosse primeiro-ministro?

-António Barreto - Ou fazia uma coligação e um pacto nacional de governo de emergência por três ou quatro anos ou pedia eleições imediatas.
- Com quem é que fazia a coligação?
- Creio que com o PSD, não me parece que uma coligação entre PS, PCP e Bloco de Esquerda, uma coligação à esquerda, não creio que resolva qualquer problema, que seja possível. Aliás, é um dos grandes problemas do PS, é que o PS não tem a possibilidade de se coligar à esquerda. Isso é histórico. O PS nasceu contra a esquerda PC, não se pode coligar com o PC, no dia em que o fizer tem um problema com o seu eleitorado. E tem muita dificuldade em se coligar com o Bloco, porque o Bloco existe para quebrar o PS. A função do Bloco de Esquerda é quebrar o PS ao meio.
- Seria ajustada agora uma coligação entre o PS e o PSD?
- Ajustada? É indispensável. Nos momentos de crise é indispensável uma grande coligação. Algumas das minhas desavenças com o dr. Mário Soares, quando era primeiro-ministro em 1976 e eu era ministro, é que eu defendia uma coligação nacional entre o dr. Mário Soares e o dr. Sá Carneiro que permitisse durante quatro ou cinco anos resolver os problemas gravíssimos que nós tínhamos, alguns deles parecidos com os que temos hoje. Os de hoje são piores.
- Seria possível com um primeiro--ministro como José Sócrates?
- É mais importante uma coligação nacional do que a figura do primeiro-ministro.


"PASSOS TEVE DIAS EM QUE SE PORTOU MUITO MAL"
CM - Tem alguma esperança em Passos Coelho?
- Teve dias em que se portou muito bem, teve dias em que se portou muitíssimo mal...
- Quando é que se portou bem?
- O facto de não estar frenético e não estar a perturbar os prazos - é preciso que o Presidente da República tome posse, que o Governo faça a negociação europeia com a senhora Merkel. Mostrou-se contido, não teve aquelas frases insidiosas que se dizem, mostrou-se contido. Acho que não se revelou muito estratega no episódio anterior, do Orçamento. Deveria ter dito muito depressa e claramente o que é que pretendia do Orçamento.


in Correio da Manhãem entrevista a António Barreto

[HQ] Josh Groban - "You Are Loved" - Awake Live

Lucia Micarelli - Nocturne/Bohemian Rhapsody

24 fevereiro 2011

COMUNICAÇÂO SOCIAL PORTUGA

 asfixiante
José Alberto Carvalho e Judite de Sousa na TVI


Não temos de nos limitar à dimensão política para ficarmos curiosos acerca do fenómeno: o PS não tem qualquer território demarcado na comunicação social. A TVI do casal Moniz era uma FOX, a SIC é um antro do PSD, o Público continua à espera da oportunidade para completar a vingança por causa da OPA da PT e é um vazadouro de Belém, o Expresso é a SIC que é o PSD, o DN adora Passos Coelho e está farto de Sócrates, o Sol e o Correio da Manhã perseguem e tentam abater tudo o que for socialista. A Renascença é a Renascença. Quanto à RTP, quando não está num rigoroso equilíbrio de representatividade democrática que até obrigou o Pacheco a andar de cronómetro a medir a secundagem das notícias no Jornal da Tarde, permite-se também personagens como Judite de Sousa, abertamente tendenciosa a favor do PSD. A Antena 1 viu uma campanha publicitária à estação censurada num daqueles delírios que uniu comunas e reaças a pedirem sangue, ai dela se mijar fora do penico. E a TSF dá voz a todos – pelo que todos podem escolher o ângulo crítico que preferirem para a descreverem – cumprindo-se na procura de um jornalismo radiofónico de excelência.
Não existem outros órgãos com poder de influência
Ver notícia desenvolvida aqui

O FIM DA ABSTIÊNCIA À VISTA...

Portugueses ainda não confiam" no líder socialdemocrata,disse  Santana Lopes que também quer participar na festa...
O antigo primeiro-ministro diz que "os portugueses ainda não confiam" no líder do PSD. Numa altura em que uma crise política pode estar prestes a estalar, Pedro Santana Lopes entra desta forma em rota de colisão com Pedro Passos Coelho. No partido, as suas palavras são desvalorizadas, mas Santana nunca quer ser ignorado. E apesar do líder laranja ter pedido aos militantes para se calarem sobre a crise, há quem vá pedindo eleições, como Luís Filipe Menezes, outro antigo líder.O antigo primeiro-ministro diz que "os portugueses ainda não confiam" no líder do PSD. Numa altura em que uma crise política pode estar prestes a estalar, Pedro Santana Lopes entra em rota de colisão com Pedro Passos Coelho. No partido, as suas palavras são desvalorizadas. E apesar do líder laranja ter pedido aos militantes para se calarem sobre a crise, há quem vá pedindo eleições, como Luís Filipe Menezes, outro antigo líder.
A sofrequidão que o aroma do pote suscita é irresistível... e há almas  à espera do cibo em grande sofrimento de abstinência... 











http://www.dn.pt/inicio/portugal/Interior.aspx?content_id=1791814

PSD NO SEU ESPLENDOR




Para assegurar que “o PSD” desvaloriza as palavras de Santana, quem é que o jornal ouviu? Gente das várias facções laranjas? Não. Contentou-se em ouvir Miguel Relvas, o aguadeiro dePassos,  o rosado  Nogueira Leite, o conselheiro económico   e Menezes de Gaia, que representa as bases que lançaram Passos à São Caetano (a que Pacheco chamou um dia o “gang do Multibanco”. Temos o PSD no seu esplendor, com o novo artista Nogueira exdebutante do PS a entrar no elenco artistico laranja (que côr dá a mistura rosa-laranja? Laranja rosada ou rosa alaranjada?

Pensar Fora da Caixa

MINHA CASA É CONCHA

A minha casa é concha. Como os bichos
Segreguei-a de mim com paciência:
Fechada de marés, a sonhos e a lixos,
.O horto e os muros só areia e ausência.
«.»
Minha casa sou eu e os meus caprichos.
O orgulho carregado de inocência
Se às vezes dá uma varanda, vence-a
.O sal que os santos esboroou nos nichos.
«.»
E telhadosa de vidro, e escadarias
Frágeis, cobertas de hera, oh bronze falso!
Lareira aberta pelo vento, as salas frias.
«.»

A minha casa... Mas é outra a história:
Sou eu ao vento e à chuva, aqui descalço,
Sentado numa pedra de memória.


                                                                     Vitorino Nemésio




HAVERÁ FUTURO PARA A SOCIAL-CDEMOCRACIA?

      A sensação que fica do actual debate é que a animosidade contra a social-democracia se estriba menos em argumentos sólidos do que em preconceitos, indiferenças, recriminações e ódios sociais que não ousam dizer o seu nome. Quais serão então os problemas reais que ameaçam a sobrevivência do Estado Social?
O primeiro reside na frequente captura dos serviços sociais pelos agentes envolvidos na sua prestação, degradando-os e encarecendo-os. Na prática, é como se as escolas públicas estivessem ao serviço dos professores; os comboios, ao dos maquinistas; e os hospitais, ao do pessoal hospitalar. Naturalmente, isso reduz o apreço do cidadão pelos serviços sociais, ao constatarem que a retórica dos direitos foi apropriada por egoístas corporações profissionais.
O segundo resulta de uma parte crescente dos beneficiários mais pobres serem estrangeiros ou percebidos como tal - por vezes de outras etnias ou religiões - donde decorre uma menor identificação com os problemas dos destinatários da ajuda, tanto mais suspeitos de parasitismo quanto mais distinta for a sua cultura de origem. Recorrendo à elegante linguagem do  Portas, os "ciganos do Rendimento Mínimo" são olhados como oportunistas que "comem os nossos impostos".
Em terceiro lugar, vivemos hoje em sociedades tribalizadas e fragmentadas, em que se diluíram sensivelmente não só o sentido de grupo social como mesmo o de nação. Ora a criação de sistemas de solidariedade públicos estribou-se num sentido de identidade partilhada envolvendo cidadãos com cultura e valores comuns, agora postos em causa. As pessoas hoje mobilizam-se para exigir o comboio do Tua, salvar o lince da Malcata ou apoiar uma consumidora maltratada pela Ensitel, mas desvalorizam a importância do voto e desinteressam-se de grandes causas nacionais.
Muito mais do que qualquer imaginária crise de sustentabilidade são essas circunstâncias que contribuem para minar o sentimento de solidariedade, encolher a base social de apoio do estado social e questionar a sua legitimidade. No seu último livro ("Ill Fares the Land", em português "Um Tratado Sobre os Nossos Actuais Descontentamentos"), Tony Judt conclui que só a recordação de como eram cruéis as nossas sociedades antes da emergência da social-democracia permitirá impedir o seu desmantelamento. Mas é provável que uma atitude nostálgica, não enraizada no presente, a faça parecer ainda mais obsoleta.
Em vez de contemplarmos a social-democracia como um paraíso perdido, talvez devêssemos antes adoptar uma postura crítica orientada para a sua reforma. Convém recordar que a estatização da solidariedade, antes a cargo das famílias ou das instituições de socorro mútuo, veio excluir os cidadãos da sua gestão quotidiana e liquidar o instinto de cooperação. A universalidade transformou a protecção social num mecanismo automático de distribuição de benesses cujo funcionamento e custos não são entendidos pelas pessoas comuns. A generosidade foi superada pela reivindicação de direitos abstractos. Ora nada disto é bom.
O grande problema do estado social não é talvez a falta de dinheiro, mas a alienação dos cidadãos em relação aos seus propósitos e funcionamento - logo, é por aí que se deverá começar.  Devemos referir que a social-democracia a que nos referimos nada tem a ver com o dito PSD português que apenas se apropriou da nomenclatura.

A INSTABILIDADE ENDÉMICA

As exportações dão sinais positivos, o comportamento da receita é favorável e a Europa moveu-se ligeiramente, dando assim contornos distintos ao possível resgate financeiro dos países da periferia (ainda que criando novos problemas de legitimidade). Mas enquanto a realidade se vai transformando, há algo que regressa à superfície: a instabilidade política endémica que nos acompanha desde as últimas legislativas. Parece que só falta um pouco de juizo a esses políticos especialistas do bota-abaixo... e acalmar um pouco os uivos da matilha...




Simon & Garfunkel - Bridge Over Troubled Water - Madison Square Garden,...

LEMBRAR ZECAAFONSO









Quem diz que é pela rainha

Nem precisa de mais nada

Embora seja ladrão

Pode roubar à vontade

Todos lhe apertam a mão

É homem de sociedade



Acima da pobre gente

Subiu quem tem bons padrinhos

De colarinhos gomados

Perfumando os ministérios


É dono dos homens sérios

Ninguém lhe vai aos costados

José Afonso

22 fevereiro 2011

PORTUGAL DE GATAS

O presidente da Câmara do Porto não poupou críticas ao actual estado do país, considerando que a economia portuguesa "está de gatas". Na sessão de abertura do seminário Regionalização e Revisão Constitucional: que perspectivas?, que decorreu ontem no Porto, Rui Rio lembrou que "a dívida externa é o mais grave problema do país", não sabendo "se haverá capacidade para o resolver". "Temos gente a sofrer com isto e vamos ter ainda mais, uma vez que o sistema é injusto para com essas pessoas, socialmente e não só", sustentou o autarca, para quem dificilmente haverá remédio à vista para "uma dívida pública monstruosa e inadmissível e uma dívida externa ainda pior".
No entender do autarca, Portugal "está a viver o fim do regime que nasceu com o 25 de Abril de 1974", alertando para a importância da próxima revisão constitucional. "Mais importante que a regionalização é a revisão constitucional, muito embora tema que esta termine como as que a antecederam, com PS e PSD a insultarem-se", salientou Rui Rio, para quem aquilo que tem vindo a ser feito em Portugal são soluções ad hoc. "A situação a que chegámos é muito grave e o regime tem de sofrer reformas profundas, para não dizer rupturas."
Um exemplo é a área da justiça. Rui Rio considera que este sector em Portugal "é incapaz de qualquer controlo democrático", o que conduz, na sua opinião, a "um poder político desacreditado e fraco". Daí que a revisão constitucional possa ser uma oportunidade de refundar alguns princípios sobre os quais assenta o regime político em Portugal.
Faltam respostas Um dos caminhos a seguir, para Rui Rio, "passa por ver os partidos todos, principalmente os três que mais se identificam com o regime e a democracia (PS, PSD e CDS-PP), sentados à mesa a pensar que alterações profundas servem a Portugal", no sentido de se "criar alguma esperança mais, uma vez que a cada dia que passa se percebe que o regime não tem sido capaz de responder aos principais anseios das pessoas". "Nada é eterno, as coisas acabam", sentencia Rio.
Perante este estado de coisas, o autarca considera haver um problema inerente à implementação da regionalização, ou seja, a criação de um quarto nível de poder. "Se as pessoas quiserem colocar os seus interesses de lado e tentarem em conjunto ver como se pode salvar e reformar o regime, que dá mostras de estar profundamente doente, podem ser encontradas soluções inteligentes", concluiu Rui Rio, para quem a regionalização pode desempenhar um papel importante nesta reforma, sempre enquadrada num todo.
Regionalizar já Durante os painéis de discussão do tema Regionalização e Revisão Constitucional, Capoulas Santos, ex--ministro da Agricultura, considerou que a divisão administrativa do país é "não só possível, como necessária", para o que se exige "um amplo consenso político" entre PS e PSD. Porquê? Para o agora eurodeputado socialista, trata-se de uma reforma que deve ser feita "com uma enorme base social de apoio" e, para isso, "é necessário que os partidos se ponham de acordo quanto ao essencial, como os limites das regiões, a definição dos órgãos e as suas competências".
Com organização da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e o Conselho Regional do Norte, este seminário contou ainda com a presença de cinco deputados integrados na actual Comissão de Revisão Constitucional (Eduardo Cabrita, PS, Guilherme Silva, PSD, José Ribeiro e Castro, CDS-PP, Luís Fazenda, BE, e Jaime Toga, PCP) e personalidades como Silva Peneda, Adelino Maltez, Macário Correia ou Manuel Caldeira Cabral.





LER ANTÓNIO BARRETO



Depois do patrão do PINGO DOCE, o i dá hoje  voz a António Barreto, que dá o melhor de si mesmo à Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), cujo grande objectivo é "pensar, estudar e contribuir para o melhor conhecimento da realidade portuguesa", como se lê na sua carta de princípios. Mas não é de agora que António Barreto, 67 anos, gosta de números, factos, dados. À excelência com que tem vindo a desenvolver e profissionalizar esse gosto não foi certamente alheio o convite de Alexandre Soares dos Santos para presidir ao conselho de administração da FFMS. Foi nessa pele que, com sedutora fluidez e um grande conhecimento de causa, este ex-ministro, ex-deputado e ex-dirigente partidário viajou comigo pelo país. Os resultados são ácidos, a radiografia má, embora - surpreendentemente? - não concorde que o país esteja doente: "O nosso problema não é doença nem asfixia, mas sim dependência, o que é muito mais grave". Com brilho, sabedoria e substância, explica porquê. Vale a pena ler no i

O RESSABIADO

O homem, de  canarinho, em vão buscando  poiso... ou alternativa
Para o ressabiado e fujão Campos  Cunha (lembram-se que foi o primeiro ministro das finanças do governo de Sócrates e que se pirou rapidamente devido ao brutal peso das reformas de aposentação que carregava e porque o cargo que mal  começou a desempenhar era muita carga para a sua camioneta?...) "o problema que Portugal tem é de credibilidade, muito em particular do primeiro-ministro" - Só um  mono político incompetente como este  poderia dizer isto. Talvêz nesta emergência seja Sócrates quem ainda dá alguma credibilidade para o exterior.
As notícias (continua sua sª.) são aparentemente boas e é melhor ter boas notícias do que más notícias. Mas isto é uma migalha no horizonte das dificuldades que vamos atravessar. Temos de ter em conta que isto é só de um mês, que é contabilidade pública e o que interessa para Bruxelas é a óptica das contas nacionais. O que interessa é a contabilidade nacional e ainda não se conhecem os resultados de 2010. Os mercados não vêem com bons olhos estes grandes anúncios e sabem que isto vale relativamente pouco, conclui o douto senhor.
Que moral  este ressabiado  terá para qualificar Sócrates?  Recordam-se que o único Orçamento de Estado apresentado por Campos e Cunha, enquanto ministro de Sócrates,  era um tal rol de asneiras ao ponto de Miguel Frasquilho, um seu ex-aluno,   o denunciar sem dó nem piedade, chegando mesmo ao achincalho de lhe oferecer uma máquina de calcular para ver se conseguia acertar as contas...Por estas e por outras Campos e Cunha ajuizou que não seria a pessoa certa para o lugar e num acto digno demitiu-se,  não evitando porém deixar atrás de si um indelével rasto de incompetência e a imagem de um verdadeiro erro de casting. Isto para além de se ter apurado que era também um coleccionador de reformas... que todos nós teremos de pagar.
Mas de em vez de manter alguma cortesia perante quem lhe conferiu a condição de ex-ministro estado e das finanças, o senhor, indelicado e mal agradecido,  parece  pretender curar as suas frustrações atacando o carácter do seu benfeitor, tentando   desprestigiá-lo na praça pública. Só que, como diz o outro, não desprestigia quem quer... e é nossa convicção que Sócrates tem muito  mais valor e credibilidade do que este fugaz  ministro e outros,  da mesma laia,  alguma vez alcançarão. E o dito cujo mais  não faz que cagar barro para sujar o caminho de quem faz alguma coisa para outros poderem andar a malandrar...

21 fevereiro 2011

CHRIS BOTTI IN BOSTON | "Emmanuel" w/ Lucia Micarelli | PBS

QUEREMOS CONFIAR...







O subsetor Estado registou um défice das contas públicas de 787 milhões de euros no primeiro mês de 2011, melhorando 360 milhões face ao registado em janeiro de 2010, de acordo com os números divulgados hoje pelo Ministério das Finanças.  São boas notícias que se espera sejam uma tendência firme  que ponha o país protegido da agiotagem capitalista.  Queremos todos confiar nos nossos governantes.

Andrea Bocelli - Besame Mucho (2006)

Andrea Bocelli with his Fiancee "Les Feuilles Mortes' (Autumn Leaves)"

Gabriel's Oboe

ERA UMA VEZ UM MERCEEIRO








um conto infantil de Andersen
Voltando à vaca fria, ou melhor, ao talhante. Porque esta era a questão - os talhantes que não aparecem num país onde grassa o desemprego... Ontem escrevi uma crónica sobre as palavras de um especialista - Alexandre Soares dos Santos, patrão do Pingo Doce - que procurava talhantes e não os encontrava. Ele disse isso e foi o silêncio (preferiu-se fazer chicana). Eu expliquei, bem explicadinho: Soares dos Santos é um merceeiro com provas mais do que dadas, por que não ouvi-lo sobre uma questão, talhantes, de que ele percebe? O que fui dizer, "merceeiro"! Em 1959, o mítico programa televisivo Cinq colonnes à la une deu este título ao pai dos supermercados e hipermercados franceses: "O merceeiro de Landerneau". Édouard Leclerc não se esquecia que era o que sempre foi quando começou como épicier (merceeiro) na pequena vila bretã (hoje, E. Leclerc é a principal marca de distribuição em França). Mas isso é em França, não é no Portugal dos pequeninos. Merceeiro... O Pingo Doce entra-me todos os dias em casa de forma coloquial e simpática - olhem, como uma mercearia. Pois eu devolvo-lhe a delicadeza, tratando o patrão dele da maneira que merece: respeitando-o. Um merceeiro falando do que sabe. Soares dos Santos fez uma acusação gravíssima e justa ao sistema educativo deste e de todos Governos precedentes: Portugal não forma talhantes. E disso, insisto, não se falou.DN-F.F.

NINGUEM OUVIU O MERCEEIRO

Ninguém ouviu o merceeiro (2)









Era uma vez um merceeiro
Conto infantil
Voltando à vaca fria, ou melhor, ao talhante. Porque esta era a questão - os talhantes que não aparecem num país onde grassa o desemprego... Ontem escrevi uma crónica sobre as palavras de um especialista - Alexandre Soares dos Santos, patrão do Pingo Doce - que procurava talhantes e não os encontrava. Ele disse isso e foi o silêncio (preferiu-se fazer chicana). Eu expliquei, bem explicadinho: Soares dos Santos é um merceeiro com provas mais do que dadas, por que não ouvi-lo sobre uma questão, talhantes, de que ele percebe? O que fui dizer, "merceeiro"! Em 1959, o mítico programa televisivo Cinq colonnes à la une deu este título ao pai dos supermercados e hipermercados franceses: "O merceeiro de Landerneau". Édouard Leclerc não se esquecia que era o que sempre foi quando começou como épicier (merceeiro) na pequena vila bretã (hoje, E. Leclerc é a principal marca de distribuição em França). Mas isso é em França, não é no Portugal dos pequeninos. Merceeiro... O Pingo Doce entra-me todos os dias em casa de forma coloquial e simpática - olhem, como uma mercearia. Pois eu devolvo-lhe a delicadeza, tratando o patrão dele da maneira que merece: respeitando-o. Um merceeiro falando do que sabe. Soares dos Santos fez uma acusação gravíssima e justa ao sistema educativo deste e de todos Governos precedentes: Portugal não forma talhantes. E disso, insisto, não se falou. F.F. dn




Dicas 'e-paper' - Partilhar nos blogues e redes sociais - TV & Media - DN

Dicas 'e-paper' - Partilhar nos blogues e redes sociais - TV & Media - DN

A POUCA VERGONHA DA CLASSE POLÍTICA


Da extensa entrevista de Pinto Monteiro ao DN. Mas o Valupi tinha reproduzido extractos da entrevista do procurador-geral da República retiradas daqui:
Os partidos querem resolver as questões políticas através de processos judiciais. Isso é a pior prática que pode haver para a Justiça em Portugal. A política resolve-se em eleições e na Assembleia da República. Mas querem resolver através de processos judiciais! Já que falou no primeiro-ministro, veja a quantidade de processos. Nunca mais acaba! Quando acabar um, vem outro, tem de se manter acesa a chama!Nunca! Nunca ninguém do poder político falou comigo, nunca ninguém do poder politico tentou interferir em qualquer processo.
Fiz um comunicado em que disse: Não há nada até este momento contra o primeiro-ministro. A partir daí a imprensa inverteu e desatou a atacar o procurador.
E perguntamos nós:
-o eleitorado será capaz de dar resposta a isto?  Nao!!!!  Tudo isto é uma consequência da cultura do bota-a-baixismo, da maldicência, inveja,  mesquinhez e desqualificação de um povo reles que não cultiva referências sãs e se entrega a um certo regabofe social destruidor de todas as regras de convivência sã. Os fracos líderes que aparecem procuram apenas potenciar a seu favor estas maleitas, quase sempre fazendo na acção a sintese perfeita deste chiqueiro socio-político.  Caminhamos a passos largos para que os poltrões tomem posse difinitiva deste miserável  quintal.  Que,  por desgraça,  nem aos espanhóis interessa!...  Ainda por cima condenados a uma asfixia resultante da malfadada dívida soberana.

20 fevereiro 2011

REVOLUÇÃO BRANCA? - CHIÇA!!!

NESTA REVOLUÇÃO NÃO HÁ FLORES
Lara Logan, jornalista da CBS, está a recuperar, num hospital americano, de uma vilolenta agressão sexual. Tudo se passou na praça Tahrir, enquanto fazia a cobertura da revolução branca. Revolução branca?! Chiça!  - de José Teófilo Duarte

JÁ NÃO HÁ CORTESIAS PARA A FOICE E O MARTELO?

Surpresa seria – e grande – se o aniversário do órgão central do Partido Comunista Português – que orgulhosamente ostenta no seu cabeçalho a foice e o martelo e a consigna Proletários de todos os países, UNI-VOS!… – tivesse sido tratado de forma diferente da que foi pelos jornais que são propriedade dos grandes grupos económicos e financeiros…
Esta é a entrada de um texto do Jornal "AVANTE" indignado porque a generalidade da comunicação social ignorou a efeméride e não deu os parabéns ao referido órgão oficial do PCP . Claro que isto acontece num regime de liberdade onde cada qual é livre de escolher a quem quer dar parabéns e estar-se nas tintas para os restantes.  Neste regime é o Avante livre de retribuir na mesma moeda!  Esta atitude,  estas pequenas coisas,  apenas suscitam pensar como seria se essa gente fosse poder!  Ai de que não se prostrasse rendido aos divinos ícones do PCP.
Deus nos livre!
Uma pergunta: o PCP e as suas organizações têm assim tanta estima pelas coisas dos grandes grupos económicos e financeiros ao ponto de se escandalizarem com as suas descortezias?


"PINGO DOCE"- O PARTIDO DO SR ALEXANDRE










projecto de logotipo para o  novo partido alexandrino que
sugerimos ao sr merceeiro
"PINGO DOCE"
O presidente da Jerónimo Martins afirmou ontem que a Jerónimo Martins não seria afectada por uma intervenção externa europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Para nós é igual ter ou nãoFMI, mas se quer a minha opinião, seria uma bênção se o FMI entrasse em Portugal", confessou ao i à margem da conferência de imprensa de apresentação dos resultados anuais da retalhista.
Alexandre Soares dos Santos disse também concordar com o governador do Banco de Portugal (BdP), quando este disse que Portugal já está em recessão. "Não vale a pena continuar a mentir. Não se pode pedir sacrifícios às pessoas sem lhes dizer a verdade. Não adianta andarem a dizer que não estamos em recessão porque estamos. Nós sentimos que estamos em recessão. Não é preciso o BdP dizer." O número de visitas às lojas da Jerónimo Martins manteve-se estável, mas os clientes têm comprado um pouco menos...
Este senhor que sabiamos   ser a sua vida dedicada  ao negócio de mercearias a retalho, aparece de repente a intervir politicamente em tudo que é sítio,  num discurso típico PSD, chamando nomes a José Sócrates ao estilo Louçã e deixando no ar laivos de ameaça de que poderá estar em gestação qualquer novo partido PIGO DOCE e um líder ainda  mais carismático que o candidato Coelho madeirense...
Pode isto tabém revelar as intenções que poderão ter presidido à contratação do ideólogo e politólogo António Barreto para gerir uma Fundação (que não foi para fugir ao fisco, dizemos nós)  o qual pode  muito bem ser a eminência parda da rectaguarda do sr Alexandre na sua versão de politico.
Ora bem, este merceeiro emérito e menos reconhecido especialista de Finanças Públicas produziu esta semana duas afirmações. Uma, em que ele é amador: Portugal já estaria "em recessão." Outra, em que ele é autoridade: "Quero talhantes para as minhas lojas e não os encontro." É fácil adivinhar qual das duas produziu mais efeito, quer em títulos de jornais, quer em rodapés de telejornais. É fácil, porque estamos em Portugal, onde até é capaz de parecer ofensivo que um cronista trate Soares dos Santos de merceeiro, quando isto é dito com admiração e consideração. Tanta quanto dedico a alguém que sabe que procurar-se talhantes e não encontrá-los é um magno problema nacional.Ferreira Fernandes inDN













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COELHO E O FASCÍNIO DO POTE








Já não há pachorra para ouvir a todo o momento o Coelho que o PSD tirou da cartola para atazanar o juizo dos portugueses com a ânsia de chegar ao POTE da fartura, (eleito pelas sondagens...).  Por nós nunca ele meterá a colher no dito cujo.  Nem  há pachorra  para acompanhar a pressurosa  megera RTP atrás do voluntarioso indivíduo à cata de cada traque que o senhor se digna soltar. Tenham dó!!!