17 dezembro 2011

ESTE COELHO NEM UMA GALNHA CONSOLA



“Receio que possamos estar no limite dos sacrifícios.”
Presidente da República, após conhecer a brutal Proposta de Orçamento
do Estado para 2012...






 

ADEUS CESÁRIA

 




             Morreu Cesária Évora                         

A cantora cabo-verdiana, de 70 anos, morreu esta manhã no hospital Baptista de Sousa, em São Vicente, Cabo Verde, onde se encontrava internada desde sexta-feira. A notícia foi confirmada à Lusa pelo director clínico do hospital, que explicou que a morte ocorreu por volta das 11:20 de hoje por "insuficiência cardio-respiratória aguda e tensão cardíaca elevada".

Alcides Gonçalves disse ainda que desde que Cesária deu entrada no hospital esteve internada nos serviços de cuidados intensivos "com um quadro muito complexo".
"Durante este período, ela alternou momentos de lucidez com momentos de inconsciência e esteve sempre acompanhada do seu empresário José da Silva", disse o diretor.
A cantora regressou a S. Vicente, sua ilha natal, a 22 de Outubro após ter posto fim à sua carreira.  Uma voz inesquecível! 

UM COELHO PERIGOSO

 

• Artur Penedos, Passos Coelho maltrata sinceridade [hoje no Público]:
    'O agora primeiro-ministro e líder do PSD, durante a campanha eleitoral, foi acusado de pretender reduzir direitos dos trabalhadores e de querer acabar com o Estado Social. Coisa que recusou e classificou de calúnia. Pois bem, vejamos a realidade. As suas ambições em matéria de direitos laborais remontam à sua chegada à liderança do PSD. Tudo começou em Maio de 2010, com uma iniciativa designada de "tributo social". O intuito, dizia, era combater a acomodação dos desempregados. O modelo impunha trabalho não remunerado a entidades públicas, do sector social ou na formação profissional. Os destinatários eram os beneficiários do subsídio de desemprego e do rendimento social de inserção. Instituía o trabalho gratuito e determinava perda de direitos a quem se recusasse a fazê-lo. Um mês depois, surge outra iniciativa (que não teve divulgação pública), dita de "carácter excepcional e irrepetível ... para dinamizar a oferta do mercado laboral", para vigorar até 2013, como regime legal transitório, aplicável a contratos a termo, trabalho temporário e comissão de serviço. A ideia suspenderia a aplicação das normas do Código do Trabalho em vigor, para aquele tipo de contratos. Nada diferente do que tinha sonhado a sua antecessora com a "interrupção da democracia". Em Janeiro de 2011, Passos apresenta um projecto-lei na AR para suspender transitoriamente as "formas clássicas de contratação a termo", tidas por ele como instrumento de políticas de emprego e ideais para desempregados e jovens à procura de primeiro emprego. O incentivo era a redução da TSU, acumulação de subsídio de desemprego com salário, renovações sem limite, contratos de 18 e 24 meses alargados a três anos e celebração de contratos verbais. Mais uma vez, fomentava a "suspensão da democracia". Moral da história, enquanto foi oposição não conseguiu concretizar a sua tendência neoliberal. Mas o bloco de direita que lidera, com um PP ávido de "matar"a legislação laboral, reforçou a sua ambição liberalizadora. Brandiu com o fantasma do caos e impôs relações laborais precárias. Os contratos a termo vão passar a ter uma duração de 54 meses, o regime fica descaracterizado e ainda rouba nas compensações por caducidade! Coelho não esconde "tiques" de autoritarismo. As "greves não lhe metem medo", diz. O caminho é marchar contra os desprotegidos e favorecer os amigos investidores.'


 

 

FERRABRAZ DE SAIAS

                                                                             

Paula Teixeira da Cruz, (ainda) ministra da Justiça

Sem saber muito bem o que fazer na Justiça esta ilustre membro da família governamental dos Batanetes decidiu arranjar uma guerra com Marinho Pinto. Como se não bastasse estar a meter-se com uma das mais combativas e prestigiadas personalidades da vida pública a ministra decidiu meter-se com a classe dos advogados escolhendo como alvo os defensores oficiosos.

É evidente que a ministra não tem competência suficiente e vai suceder-lhe o mesmo que os colegas lhe fizeram quando chegou de África, os advogados vão enfiar com ela no tanque ou, na ausência deste no Terreiro do Paço, vão atirá-la para o Tejo junto ao cais das colunas.

«Cerca de uma centena advogados estão à porta do Ministério da Justiça depois de terem entregue um abaixo-assinado a pedir a demissão da ministra que acusam de caluniar, mentir e difamar os que prestam apoio judiciário.»
[DN]

PORTUGAL NA CEE - VALEU A PENA?



A integração Europeia de Portugal valeu a pena?

No passado dia 28 de Novembro participei num painel com o título deste post, no âmbito da Conferência “25 Anos na União Europeia - Onde Estamos? Para Onde Vamos?”, organizada pelo IDEFF/FDL. Na minha intervenção procurei pôr em causa a visão dominante sobre a crise das periferias da UE – e da portuguesa, em particular – ou seja, a ideia de que a origem de todos os males reside na indisciplina orçamental dos governos do sul. Para quem estiver interessad@, a intervenção pode ser vista na íntegra aqui. Este é o gráfico que surge projectado durante a sessão:

16 dezembro 2011

SÃO MAUS, PORCOS, FEIOS E... MENTIROSOS - MEDONHO!!!


OS SALTEDORES



Qual a razão por que
 o Governo negociou uma transferência de valor muito superior ao necessário?...  A resposta parece estar nas contrapartidas anormais que o Governo terá acordado com os bancos e que diferenciam claramente esta operação de todas as outras do mesmo género feitas no passado. Sobre isto o Governo  ainda tem  muitas explicações a dar...
O que não tem explicação possível é a decisão absurda de cortar 50% no subsídio de Natal deste ano. É preciso recordar que o imposto "sobre o 13º mês" - também ele uma receita extraordinária - foi apresentado pelo primeiro-ministro como uma medida indispensável para cumprir as metas do défice e para a qual não havia alternativa. Está provado que isso não era verdade: bastaria a transferência dos fundos de pensões para cumprir e até ultrapassar a meta do défice!Sendo desnecessária, a decisão de cortar no 13º mês é mais do que uma decisão absurda: é um monumento  ao absurdo político, porque impõe aos portugueses sacrifícios adicionais completamente dispensáveis porque agrava perigosamente a recessão num contexto que já é de abrandamento acentuado da economia internacional.A pergunta que se impõe é esta: se o Governo tinha ao seu dispor a possibilidade de recorrer a este exagero de receitas extraordinárias para cumprir o défice, porque carga de água foi tirar aos trabalhadores e  pensionistas parte do rendimento que tanto lhes custou a ganhar, prejudicando ainda mais a economia? É claro, não seria fácil ao primeiro-ministro responder com a verdade: "Sou novo nisto, precipitei-me."Desculpem lá qualquer coisinha". Em vez disso, o primeiro-ministro preferiu tirar da cartola uma explicação criativa, que até aqui se tinha esquecido de dar: afinal, a troika - essa malvada - é que só deixou recorrer aos fundos de pensões da banca na condição de haver também um imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal!Sucede que esta história, novinha em folha, não bate certo. A verdade é que o primeiro-ministro anunciou o corte no 13º mês logo no dia em que apresentou no Parlamento o Programa do Governo, a 30 de Junho. Nessa altura, garantiu até que tinha tomado a decisão de véspera, depois de conhecer os números do INE do 1º trimestre. E não fez nenhuma referência a ter consultado de urgência a troika, nem sobre essa medida, nem sobre quaisquer alternativas. O que disse foi outra coisa: "Tomamos hoje essa medida para que o País não seja sujeito, como foi em anos anteriores, à necessidade de chegar ao fim do ano adoptando medidas extraordinárias (...), e é isso que não acontecerá este ano". Ou seja: o corte no 13º mês não foi uma contrapartida para o recurso aos fundos de pensões, foi, isso sim, a escolha de um Governo que em Junho nem sequer queria recorrer aos fundos de pensões (medida que só foi decidida no final de Agosto, no Documento de Estratégia Orçamental). Por aqui se vê que as duas medidas nunca andaram ligadas. A ligação foi arranjada agora à pressa, para tentar justificar uma decisão precipitada e que se revelou manifestamente absurda. Porque o facto é este: não havia necessidade.’

A GRÉCIA DOS NOSSOS RECEIOS

A contracção da economia grega vai ultrapassar os 5,5% do produto interno bruto (PIB) em 2011, com o país a mergulhar na "recessão mais profunda de sempre", afirmou o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos.

"O ano de 2011 terá a pior recessão que o país alguma vez atravessou, a contracção do PIB está estimada em mais de 5,5%", ultrapassando, por isso, as previsões avançadas, afirmou Papademos numa conferência organizada pela câmara do comércio greco americana.
"Temos um duro caminho pela frente", disse ainda o governante.
Até agora a Grécia previa uma recessão de 5,5 por cento do PIB em 2011, somando o quarto ano consecutivo de contração económica, embora a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) tenha avançado estimativas mais pessimistas, de seis por cento.
Na primeira intervenção pública na Grécia desde a sua nomeação para a liderança do governo de coligação, a 11 de Novembro, o primeiro-ministro saudou as últimas decisões da cimeira europeia de 09 de Dezembro sobre a disciplina financeira dos países membros.
"A Grécia tem um interesse" na consolidação da sua economia e na estabilização do seu sistema bancário, afirmou Lucas Papademos.

15 dezembro 2011

UM SALARZINHO EM TIROCÍNIO??... CREDO!


Há uns dias atrás num momento de exaltação nacional o director do jornal “i” escreveu um editorial em que quase defendia a nomeação de Vítor Gaspar para Presidente do Conselho, instituindo-se outro   Estado Novo. A única dúvida que resultava do editorial do jornal que foi vendido por um euro residia em saber se o director do jornal defendia um salazarismo gasparista ou se preferia um gasparismo salazarista. Talvez o dsejo do jornalista possa parece um exagero momentâneo, mas estamos mais inclinados para uma reflexão mais ao estilo do deputado Amorim que diria  estarmos perante uma ejaculação, que mesmo  sendo precoce não deixaria  de ser ejaculação.
A verdade é que neste momento Gaspar é muito mais do que um número dois ou um vice de Passos Coelho, há muito que ultrapassou o Relvas e é o ministro das Finanças que efectivamente manda no governo... Passos Coelho tem-se vindo a transformar num corta-fitas e no verdadeiro ministro dos Negócios Estrangeiros, que Paulo portas tem optado por não dar a cara e desapareceu.
 Vítor Gaspar é tudo o que a direita gosta e Passos Coelho é o que a direita mais detesta. Gaspar tem uma formação académica razoável enquanto Passos Coelho tem uma licenciatura da treta. Gaspar fez pela vida enquanto Passos Coelho só começou a trabalhar aos quarenta e arranjou emprego nas empresas do tio Ângelo. Vítor Gaspar tem uma vida familiar estável enquanto Passos Coelho andou de doce em doce. Vítor Gaspar tem dado provas de alguma inteligência enquanto em Passos Coelho as debilidades intelectuais, senão mesmo a burrice, são evidentes. Gaspar é um extremista conservador que sabe o que quer enquanto Passos Coelho não tem capacidade para avaliar a consistência das suas próprias ideias e muda de opinião ao ritmo de um catavento.
 Mais tarde ou mais cedo a crise económica dará lugar á crise política, isso se o ambiente social não se degradar ao ponto de não bastar polícias provocadores e assistir-se a uma debandada cobarde dos rapazolas e bonequinhas que formam este governo da família dos Batanetes. Nessa altura emergirá a imagem de Vítor Gaspar que é o único membro deste governo que parece saber o que quer, bem como os que mostram estas qualidades,  nomeadamente  o Crato ou o Paulo Macedo,  que  são também os que melhor interpretam as ordens do ministro das Finanças.
 Gaspar é o líder que a direita deste país sempre desejou, o novo Salazar desse sebastianismo salazarista que ao longo de décadas sempre alimentou os sonhos da nossa direita e que explica o descontrolo que levou o director do “i” a um editorial digno da designação de ejaculação precoce por parte do Amorim. Esse novo Salazar nunca foi encontrado, Marcelo era mole, Spínola nunca foi aceite, Eanes rejeitou o papel, Cavaco não fazia o género. Mas Gaspar tem as virtudes reconhecidas em Salazar, o ruralismo, a defesa clara dos interesses da classe dominante, o desprezo pelo sofrimento do povo, uma visão ruralista do desenvolvimento económico.
 Pensar que o PSD se move por ideologias e rejeita o gasparismo é uma ilusão, a extrema-direita que sobreviveu ao antigo regime foi inteligente suficiente para não se organizar partidariamente ou para se expor nos partidos mais à direita. Para o CDS foram as pessoas mais gradas do regime, ao PSD aderiram as bases e os dirigentes locais do regime, a Legião Portuguesa e os olhos e ouvidos da DGS. O PSD nunca escondeu a tendência para o autoritarismo, foi essa a qualidade que viram em Cavaco Silva e mais dia, menos dia será essa a qualidade que irão exibir em Gaspar.
in o jumento

A PRAGA

A Praga de insectos A Praga de insectos


   “Se por cada português conseguirmos ter mais     uma árvore, o nosso PIB aumenta”.Assunção Cristashoje
              Compreende-se: disseram-lhe que haveria uma  espécie autóctone chamada a árvore das patacas     (Pinus patacus).
Com este governo o problema não é nem a    impreparação, nem a ignorância, é mesmo a praga de políticos que nos caíu em cima.

AS PRAGAS GASPARISTAS

              

          As quatro Pragas gasparistas              
- A austeridade expansionista
- A recessão criativa.
- O imposto(s) revolucionário.
- O empobrecimento enriquecedor.


Pedro Passos Coelho, com a insustentável leveza que o caracteriza, anunciou que cairá sobre a economia um maná que ora é de dois mil milhões, ora é de três mil milhões.

Bem sei que já se nota uma tendência para não o levar a sério. E esta será apenas mais uma daquelas afirmações a que ninguém liga e que todos esquecem. Sucede, porém, que este caso é especialmente revelador de uma personalidade e de um estilo políticos de quem não olha a meios para atingir os seus fins.
E as perguntas óbvias a colocar ao ministro Gaspar, que é quem manda e quem conta, são simples e directas:

 -há ou não há dois ou três mil milhões a mais para injectar na economia? E quando? E como? E onde? E para quem? E para quê? E para pagar que dívidas? E qual o custo real para a Segurança Social ou para o Tesouro?

É que a afirmação de PPC, a ser verdadeira, e nos termos em que foi feita, indicia que o Governo não hesitaria em usar essa verba assim como uma espécie de saco azul.

O PARQUE EDUARDO SÉTIMO MERECE UMA "ATENÇÃOZINHA..."



Parece que hoje o Parque Eduardo VII, de localização única, o centro do centro de Lisboa, não serve para mais nada. [...] Não se entende como é que o espaço verde mais extenso no centro de Lisboa [...] está para ali, abandonado, à sua sorte, rodeado por alguns equipamentos quão tristes quanto inúteis como é o caso do  decadente Pavilhão Carlos Lopes. Não percebo  muito de jardins, mas qualquer leigo entende que aquela estrutura, o tipo de ajardinamento de representação, símbolo de uma modernidade que não tem nada a ver com a vivência contemporânea da cidade, está completamente desenquadrada da realidade. É um espaço para olhar – como os jardins de Versalhes – e não para ser vivido na realidade. Nisso, somos radicais: gosto dos parques  sem adornos, apenas com relva, árvores e alguns caminhos, alguns deles acabando por ser delineados organicamente pelo movimento das pessoas. No Parque Eduardo VII todos os elementos parecem estar lá para dificultar a vivência em vez de serem facilitadores. [...] Aquele lugar deveria ser de eleição, com actividade e não qualquer coisa que parece rasurada de vida. [...] Não seria altura de,  finalmente, haver coragem e disponibilidade para refazer aquele parque, criando ali qualquer coisa virada para comodidade das pessoas e dar grandeza e maior dignidade àquele magnífico espaço da cidade a que todos os portugueses chamam sua:  de Lisboa?»
Vítor B,  no Público 

OS HOMENS E OS "MINETES"

Artigo de Ana Anes na revista vidas Posted: 2010/08/08 in Diversos


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Artigo de Ana Anes na revista vidas

      “OS HOMENS E OS MINETES
Escrevo está crónica em plena quadra natalícia, numa altura em que os homens, coitados, na sua pequenez de vista, acham que nós queremos receber jóias, um casaquito do Cavali, um fim-de-semana numa linda pousada,  um  microondas    para enfiarmos a cabeça lá dentro, etc, etc .
Nem estão enganados os pobres.
Mas o que nós queríamos mesmo era homens que  soubessem fazer um minete “ comme il flaut”.
Eu explico. Estas almas penadas vieram ao mundo com um gene que lhes meteu na cabeça que fazer um bom minete é um dado adquirido. Pois vai uma notícia: não é ! E o mais giro é que, perguntando aos desgraçados dos meus amigos, “Ex” e afins (o leque é grande e a probabilidade de acertar quase igual à da EuroSondagem), todos acham que fazem “o” minete.
Extraordinário!
Mas alguém se lembrou de às respectivas ?
Não. E todos continuam convencidos de que são os maiores nesta lide particular.Burros! Ora, da mesma forma que nós grandes falsas – esperneamos, dizemos “aaahhh! sssimm hhuuuummm!! “ e nos mexemos “à canal 18” para fingir um orgasmo durante o acto, o mesmo nos estão a meter a cara entre as pernas.
Assumindo uma posição tipo “dra Ruth” – é o que chama, no gozo a minha editora-, arrisco dizer que 80 por cento dos homens fazem minetes como os São Bernardo lambem as vitimas perdidas na neve, Lambem, lambem… sem saber porquê e onde. E nós fazemos o nosso papel, para os pobre coitados não ficarem cheios de complexos (de vez em quando, algumas ganham coragem e dizem “querido, não te importas de fazer assim ou assado?” , mas ainda é raro).Depois, há cerca de dez por cento que têm jeito prà coisa : um potencial elevado para um “minete colibri” – Bate as asinhas e “truca”, acerta no alvo sem grandes lambidelas ou aparato. E, finalmente, vêm os abençoados, que já foram como os anteriores mas entretanto leram livros das especialidade e fazem os “minetes de oiro”- coisa rara nos dias que correm .Mais uma vez os caracteres lixam-me a prosa não as ideias. Mas não é por isso que ficam os senhores leitores sem uma ideia para uma prenda jeitosa para o Natal, daquelas que , uma vez aprendida, é só dar.
Ana Anes
 “ Escrevo está crónica em plena quadra natalícia, numa altura em que os homens, coitados, na sua pequenez de vista, acham que nós queremos receber jóias, um casaquito do Cavali, um fim-de-semana numa linda pousada, um microondas para enfiarmos a cabeça lá dentro, etc, etc .
Nem estão enganados os pobres.
Mas o que nós queríamos mesmo era homens que soubessem fazer um minete “comme il flaut”.
Eu explico. Estas almas penadas vieram ao mundo com um gene que lhes meteu na cabeça que fazer um bom minete é um dado adquirido. Pois vai uma notícia: não é ! E o mais giro é que, perguntando aos desgraçados dos meus amigos, “Ex” e afins (o leque é grande e a probabilidade de acertar quase igual à da EuroSondagem), todos acham que fazem “o” minete.
Extraordinário!
Mas alguém se lembrou de às respectivas ?
Não. E todos continuam convencidos de que são os maiores nesta lide particular.Burros! Ora, da mesma forma que nós grandes falsas – esperneamos, dizemos “aaahhh! sssimm hhuuuummm!! “ e nos mexemos “à canal 18” para fingir um orgasmo durante o acto, o mesmo nos estão a meter a cara entre as pernas.
Assumindo uma posição tipo “dra Ruth” – é o que chama, no gozo a minha editora-, arrisco dizer que 80 por cento dos homens fazem minetes como os São Bernardo lambem as vitimas perdidas na neve, Lambem, lambem… sem saber porquê e onde. E nós fazemos o nosso papel, para os pobre coitados não ficarem cheios de complexos (de vez em quando, algumas ganham coragem e dizem “querido, não te importas de fazer assim ou assado?” , mas ainda é raro).Depois, há cerca de dez por cento que têm jeito prà coisa : um potencial elevado para um “minete colibri” – Bate as asinhas e “truca”, acerta no alvo sem grandes lambidelas ou aparato. E, finalmente, vêm os abençoados, que já foram como os anteriores mas entretanto leram livros das especialidade e fazem os “minetes de oiro”- coisa rara nos dias que correm .Mais uma vez os caracteres lixam-me a prosa não as ideias. Mas não é por isso que ficam os senhores leitores sem uma ideia para uma prenda jeitosa para o Natal, daquelas que , uma vez aprendida, é só dar.
Ana Anes.
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ARESPOSTA DEMIGUEL SOUSA TAVARES
"Minha Cara,


Tenho, sinceramente, muita pena de si...
Em primeiro lugar, tive a pena de constatar que só se sentiu realizada, ou minimamente realizada, em 20% dos minetes que lhe fizeram. Concordo consigo quando diz que os homens devem perguntar às respectivas se estão contentes com o seu desempenho. Nesse caso, porque é que assume claramente que finge os seus orgasmos? Das duas uma, ou a menina nunca foi "comida" como devia, ou então, coitadinha, não tem mesmo jeitinho nenhum para o sexo. Nós, homens, também lhe podemos fazer, por exemplo uma estatistica de quantas mulheres são ou não boas na cama. Ou quantas fazem ou não, bons broches. O que nunca lhe vamos poder fazer é fingir um orgasmo. Isto, claro, se conseguir que atinjamos um.
Acredite que há muitos homens que perguntam as parceiras se estão contentes com o seu desempenho. E acredite também que a maior parte dos homens não teve que ler um manual para fazer bons minetes. Apenas teve que os fazer, uma e outra e outra vez. Só com treino se consegue melhorar a performance minha cara.
Em segundo lugar, informo-a que, caso ainda nao tenha percebido, o que você está a fazer é, muito simplesmente, a aumentar o número de homens que pratica mau sexo. Você e as mulheres como você. Ora repare: se você finge um orgasmo de cada vez que está com um homem, em primeiro lugar, está a fazer com que o homem acredite que realmente percebe do assunto (Sim, há homens que não percebem). Em segundo lugar, está a fazer com que este mesmo homem, não se esforçe o suficiente para agradar a parceira na relação seguinte. Penso que estamos ambos de acordo, quando digo que uma situação destas não é agradável, nem tão pouco desejável , certo?
O meu conselho, se o quiser aceitar, é: Faça mais sexo!!! A sério, penso que você precisa. Mas faça mais sexo sem fingir orgasmos. Vai ver  a sua vida sexual melhorar exponencialmente, e excusa de se vir queixar para as revistas. É obvio que nem todos os homens lhe vão dar um orgasmo, ambos sabemos isso. Mas vão tentar, isso , eu garanto...
E já agora. Informo-a também que não é assim tão raro uma mulher pedir ao "querido" para fazer assim ou assado. Não julgue todas as mulheres por si, "Dra . Ruth" .
Um Cordial abraço,
Miguel Sousa Tavares"

COELHO - O EXPLICADOR




As moedas de troca da troika trocadas por miúdos
Em entrevista ao Correio da Manhã, Passos Coelho explica a razão pela qual não abdicou do corte no subsídio de Natal de todos os trabalhadores portugueses. Explica o primeiro-ministro que “se não tivéssemos feito isso [aplicar uma sobretaxa ao subsídio de Natal] nem sequer nos tinham deixado utilizar os fundos de pensões para pagar o défice".
 Trocado por miúdos, o que o primeiro-ministro está a dizer é que a moeda de troca que a troika exigiu para fechar os olhos a um mero artifício contabilístico – que mais não faz do que antecipar uma receita que terá de ser gasta mais tarde e que portanto “não existe” efectivamente – é... uma outra receita extraordinária. Mas esta real, imediata e dolorosa, como deve ser.

14 dezembro 2011

TUDO DE MAU QUE ACONTECE AOS HUMANOS É BRA SUA

Salvo catástrofe natural (e mesmo assim as consequências podem ser minoradas), tudo o que acontece aos humanos é obra de humanos. Tudo aquilo que é mau nas sociedades humanas e tudo o que se consegue fazer de bom, saiu de nós. De uma maneira ou de outra, aquilo que humanos conseguem fazer, outros humanos conseguem desfazer. A "ganância estúpida" que Keynes lamentou em 1919 é humana. A "prudente generosidade" que Marshall concretizou após 1945 também. Exigir o pagamento de dívidas até toda a gente se lixar é humano. Perdoar dívidas para suster um dano maior também. A escravidão e a abolição, ambas humanas. Os humanos podem escolher. O que foi feito na Europa nos últimos tempos tem que ser invertido e depois reformulado. Tudo o que é antidemocrático, absurdo e irrealista pode ser substituído por coisas democráticas, que façam sentido e que sejam sustentáveis. E quem tem que fazer isso somos nós. Porquê? Porque os marcianos não virão cá fazer por nós. Porque os mortos já não podem. Porque os vindouros ainda não podem.
Não há mais luminoso ensaio de Rui Tavares no Público de hoje (que merece ser lido na íntegra), acerca das ameaças que pendem sobre a Europa e as lições que o passado nos oferece para as evitar. Um texto inspirado na visão nocturna de Paris que, a partir do céu, deixa perceber o «pequeno alfinete dourado espetado nas luzes da cidade». Depois da Exposição Universal de 1900, para a qual se construiu, a Torre Eiffel foi objecto de um debate sobre o destino que lhe devia ser dado, havendo quem defendesse o desmantelamento, em 1909, da engenhosa estrutura metálica. Invocando a sua utilidade científica (para observações meteorológicas e instalação de sistemas de comunicação sem fios), Gustave Eiffel consegui salvá-la da destruição. Tal como Paris seria hoje irreconhecível sem a sua «dama de ferro», também a Europa o será, se permanecer por mais algum tempo nas mãos dos principais irresponsáveis que a têm conduzido. ninguém: só nós.»daqui

PJ Harvey - "The Last Living Rose" (In-studio, April 2011)

TÁS A TOPAR MERKEL?

BOAS FESTAS

Amizade.dáSentido.áVida

QUERO UM DIA



QUERO UM DIA



QUEM ELEVOU A PRIMEIRO MINISTRO UM CANDIDATO A APRESIDENTE DE JUNTA DE FREGUESIA?

Passos Coelho anda a aparecer e a falar muito. Hoje, foi através do Correio da Manha que se soube de uma grande notícia: o défice público não será superior a 4,5% do PIB, quando o exigido no acordo com a troika era de 5,9%. Todos sabemos que isso se deve apenas à transferência os fundos de pensões da banca para a segurança social.Embora esta habilidade contabilística já estivesse prevista pelo Governo, isso não o impediu de castigar os portugueses com o confisco de metade do subsídio de Natal. Partindo do princípio de que o-que-lá-vai-lá-vai, o que é extraordinário é que os estarolas da São Caetano de São Bento, que agora admitem poder vir a ocorrer no final do ano um excedente de 3.000 milhões de euros, venham dizer que pretendem aplicar essa folga orçamental “na economia”.Ou seja, seguindo o raciocínio dos estarolas, o que está em cima da mesa é aproveitar as verbas das pensões dos bancários e, em lugar de as encaminhar para a segurança social, dá-las, mais ou menos indiscriminadamente, a uns tantos empresários.(a) A isto chama o Governo relançamento da economia. Aqui chegados, uma pergunta: isto não defrauda a segurança social?
Bem espremidas todas as medidas do Governo, há uma linha condutora comum: a destruição do Estado Social.
(a)-Quem elevou a primeiro ministro o candidato a presidente da junta de freguesia da Amadora?... O segredo está aí...

ESPANHA JÁ TEM GOVERNO FORMADO... E "INDIGNADOS" NA RUA


Em Espanha o Governo de´Rajoy toma posse no próximo dia 21. Entretanto, Jesús Posada e Pío García-Escudero já foram  eleitos presidentes do Congresso e do Senado (o primeiro com 202 votos, o segundo com 180). Agora é só esperar a confirmação das más notícias: o salário mínimo em Espanha, que é hoje de 748 euros, passará para 400 nas próximas contratações. Será a primeira de várias medidas draconianas impostas por Berlim que Rajoy pretende cumprir. Os indignados têm muita praia pela frente...
Adenda. O valor de 748 euros foi obtido no Eurostat, «que realiza cálculos de conversão que, no caso de Portugal, têm em conta o 13.º e o 14.º mês de salário. Assim, o valor do salário mínimo apresentado pelo Eurostat para Portugal corresponde ao valor administrativo do salário mínimo multiplicado por 14 meses e dividido por 12. No caso da Espanha, é feito um cálculo semelhanteConferir aqui.

O ogre da Madeira tem um sonho que não confessou, e sente-se constantemente atacado porque fala na “resistência de cada dia” a que são obrigados. Como sabemos que o ataque não é por bandos de cagarras transformados em hordas, será porventura pelos tais colonialistas continentais. Pobres madeirenses. Não os sabíamos por essa razão em sofrimento. Sabíamos sim do espartilho claustrofóbico em que alguns dos seus mais esclarecidos habitantes se encontram, o que transforma em degredo a partilha de uma ilha tão bonita, que assim vira um deprimente rochedo. Ora, em 1974 não aproveitaram a oportunidade, e também não nos parece que existisse de resto algum dossier em aberto, ao contrário, receberam até com tranquilidade os ditadores depostos. E até podia dar-se o caso de se sentirem confortáveis com “aquele” tipo de colonização. Não? Seria assim como que uma colonização “amiga”. Ah! mas nós por cá não gostávamos deles nem da colonização que faziam. Mas o 25 de Abril fez-se também por essa razão: o fim da colonização. A descolonização pode ocorrer por duas formas: pela retirada do colonizador, ou pela conquista da independência por uma qualquer via, a diplomática ou a das armas. Jardim já nos conhece, sabe que a última coisa que queremos é que algo de mal aconteça ao povo da Madeira. As armas ficam assim de fora, e a nossa retirada sem sermos convocados a isso, seria considerada um abandono. Resta a via diplomática. Basta então de chantagem. Decida-se, e pergunte. Força! Porque considerar-nos colonialistas, ofende-nos na ordem de grandeza imediatamente a seguir a filhos da puta, e desaforos destes à nossa honra deve ser uma instância superior a resolver. Um dia destes convocamos para isso o Presidente de República que nos saiu em rifa, se não tiver nele medrado definitivamente o autismo a que alguns traços velados apontam, para, definitivamente não vermos o arremesso constante de um povo contra o outro que ele faz com a indignidade de uma besta.

QUANDO COELHO FALA MUITO... ANDA A TIRAR AOS POBRES PRA DAR AOS AMIGOS RICOS

Passos Coelho anda a aparecer e a falar muito. Agora foi através do Correio da Manha que s soubemos de uma grande notícia: o défice público não será superior a 4,5% do PIB, quando o exigido no acordo com a troika era de 5,9%. Todos sabemos que isso se deve apenas à transferência os fundos de pensões da banca para a segurança social.
Embora esta habilidade contabilística já estivesse prevista pelo Governo, isso não o impediu de castigar os portugueses com o confisco de metade do subsídio de Natal. Partindo do princípio de que o-que-lá-vai-lá-vai, o que é extraordinário é que os estarolas da São Caetano de São Bento, que agora admitem poder vir a ocorrer no final do ano um excedente de 3.000 milhões de euros, venham dizer que pretendem aplicar essa folga orçamental “na economia”.
Ou seja, seguindo o raciocínio dos estarolas, o que está em cima da mesa é aproveitar as verbas das pensões dos bancários e, em lugar de as encaminhar para a segurança social, dá-las, mais ou menos indiscriminadamente, a uns tantos empresários. A isto chama o Governo relançamento da economia. Aqui chegados, uma pergunta: isto não defrauda a segurança social?Bem espremidas todas as medidas do Governo, há uma linha condutora comum: a destruição do Estado Social.

13 dezembro 2011

NOITES DO BAIRRO ALTO

O Bairro Alto em festa quer dizer que não morre.Nasceu em Dezembro de 1513 e está a festejar 498 anos. A primeira casa, ainda como Vila Nova de Andrade, está testemunhada num tabelião de Lisboa. Na manhã do passado domingo o Conservatório Nacional teve dois cantores a darem a boas vindas a um grupo de moradores do Bairro Alto que ainda resistem. A orquestra do Conservatório, sob a direcção de Alexandre Branco, executou peças de Mozart, Beethoven e Mendelssohn. O concerto para piano e orquestra de Mozart teve como solista Bárbara Costa. Foi uma abertura solene e cosmopolita para o aniversário de um bairro onde sempre se cantou o Fado, se fizeram e ainda fazem livros e jornais, onde João Garcia de «Mau tempo no canal» de Vitorino Nemésio passou as suas angústias à espera da carta de Margarida e onde Molero viveu as suas aventuras nas ruas perto do «Farta Brutos» e nas páginas de Dinis Machado. Hoje o Bairro Alto tem os seus filhos cada vez mais longe. Uns em Londres, outros em Dublin, outros a caminho da Austrália. Um ex-morador desabafa:
 «Se não fosse ter um bebé pequeno, também eu emigrava

DOENÇA MENTAL MUITO EXPRESSIVA NO TRABALHO

OCDE: Um em cada cinco trabalhadores sofre de perturbações mentais  Publicado hoje às 19:53


A conclusão é da OCDE, que alerta para o facto de as doenças mentais serem cada vez mais um problema que afecta a produtividade nas empresas.
No relatório intitulado «Doença no trabalho? Mitos e realidade sobre saúde mental no trabalho», a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) conclui que um em cada cinco trabalhadores sofre de perturbações mentais, como depressão ou ansiedade. Refere ainda que três em cada quatro trabalhadores com transtorno mental apresentam uma baixa da produtividade no trabalho.
O estudo surge no âmbito de um projecto mais amplo da organização, que pretende avaliar o desempenho dos sistemas de saúde mental nos países da OCDE.
Segundo o relatório agora divulgado, nos países da OCDE entre 30 a 50 por cento dos novos pedidos de pensão por invalidez são provocados por problemas de saúde mental. Quase metade das pessoas com doença mental grave, e mais de 70% das pessoas com um distúrbio mental moderado, não estão a receber qualquer tipo de tratamento.
A crescente insegurança no trabalho e a pressão das empresas sobre os trabalhadores pode fazer aumentar os problemas de saúde mental nos próximos anos, alerta a OCDE, defendendo a necessidade de uma nova abordagem por parte das empresas, que inclua boas condições de trabalho para reduzir e gerir melhor o stress. Acompanhar o trabalhador que está de baixa, ajudar a reduzir os conflitos no trabalho e assim evitar despedimentos desnecessários causados por este problema, são algumas medidas apontadas.
A OCDE lembra que os problemas mentais mais comuns têm tratamento, no entanto, na maioria dos países, os sistemas de saúde estão direcionados para o tratamento de doenças mentais graves como esquizofrenia, que representam apenas um quarto dos doentes.

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