O PARQUE EDUARDO SÉTIMO MERECE UMA "ATENÇÃOZINHA..."

Parece que hoje o Parque Eduardo VII, de localização única, o centro do centro de Lisboa, não serve para mais nada. [...] Não se entende como é que o espaço verde mais extenso no centro de Lisboa [...] está para ali, abandonado, à sua sorte, rodeado por alguns equipamentos quão tristes quanto inúteis como é o caso do decadente Pavilhão Carlos Lopes. Não percebo muito de jardins, mas qualquer leigo entende que aquela estrutura, o tipo de ajardinamento de representação, símbolo de uma modernidade que não tem nada a ver com a vivência contemporânea da cidade, está completamente desenquadrada da realidade. É um espaço para olhar – como os jardins de Versalhes – e não para ser vivido na realidade. Nisso, somos radicais: gosto dos parques sem adornos, apenas com relva, árvores e alguns caminhos, alguns deles acabando por ser delineados organicamente pelo movimento das pessoas. No Parque Eduardo VII todos os elementos parecem estar lá para dificultar a vivência em vez de serem facilitadores. [...] Aquele lugar deveria ser de eleição, com actividade e não qualquer coisa que parece rasurada de vida. [...] Não seria altura de, finalmente, haver coragem e disponibilidade para refazer aquele parque, criando ali qualquer coisa virada para comodidade das pessoas e dar grandeza e maior dignidade àquele magnífico espaço da cidade a que todos os portugueses chamam sua: de Lisboa?»
Vítor B, no Público
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