13 fevereiro 2010

CONCORDO!!!


Para os que discordam do Crespo, da Moura Guedes, do marido da Moura Guedes, da Clara, da Judite, da outra Judite, do Medina, do Neto, do Correio da Manhã, do Telejornal da RTP, do Jornal da Noite da SIC, do Jornal Nacional da TVI, do Prós-e-Contras, e... dos outros 1001 comentadores que cultivam a prosápia, desdenham a ética e enfardam os rendimentos. A culpa é do Sócrates, com certeza

O GOLPISMO COMEÇOU EM BELÉM

Numa altura em que muitos já não confiam no Sr. Silva como sendo um Presidente isento, (as pessoas acreditam em cada coisa) e outros já questionam o que anda ele a fazer numa altura em que as altas instâncias da justiça são “chacota” dos jornais, o silêncio do P.R. é insurdecedor! Por mais fragilizado que esteja pela história das escutas falsas, o homem tem de fazer alguma coisa embora nunca se esperem grandes rasgos de S.Exª, por ele ou da lavra das suas engajadas acessorias... Mas poderia pelo menos dar-nos a ideia de que está a fazer algo. Assim, lá teve de ir o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça fazer uma visitinha a Belém para só declarar no fim que tinham estado a falar sobre o “sistema de justiça”. Acreditamos, afinal nenhum de nós imagina que a conversa possa ter sido sobre plantio de rabanetes ou para trocarem receitas de bolos. É nestas alturas que fazem falta umas boas escutas no Palácio... Ou, em última instância, personalidades com a estaleca de qualquer dos inquilinos da agora conhecida casa das escutas que por ali passaram depois do 25 de Abril. O que se passa agora não seria possível com qualquer dessas personalidades ao leme.
A grande fragilidade que o regime está a viver tem muito a ver com o espectro de um certo golpismo galopante instalado a todos os níveis, o primeiro das quais saiu da intimidade do Palácio de Belém e que estará a "dar cobertura" à situação presente. Por consequência a montagem de esquemas golpistas contra o Primeiro Ministro ficou à mercê de qualquer mafarrico. Queira ou não queira, esta é uma realidade criada no seio do PSD, do qual Cavaco Silva é o estandarte, e é o próprio PSD que está a cavalgar a criatura a toda a brida... Tudo porque este País está entregue à bicharada...
Nesta emergência de crise econónica e social, os nossos parceiros, partindo do princípio da máxima do antigo romano que esteve na Lusitânia, ainda nos vão decretar a insolvência e impôr a integração com Espanha para não nos deixarem morrer à fome. Talvez fosse a nossa salvação mas duvidamos que os vizinhos aceitem estes leprosos mentais.

AINDA TEMOS PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM EXERCÍCIO?

E há quanto tempo o Presidente da República já deveria ter vindo falar ao país e pôr ordem nesta pouca vergonha. Será que só temos candidatos a Presidentes da República? Se um não fala que avance Manuel Alegre e aproveite para dizer como é que se deveria fazer... É uma boa oportunidade para recuperar votos do PS e também para separar águas.
Mas a verdadeira tragédia deste desgraçado país, que não sabe caminhar sem próceres armados de chicote, facilmente se entrega a uma desbocada Guedes (feia que mete medo ao susto), ao marido Moniz dos Arrifes (antigo carregador de malas do PS e de Jaime Gama, mas que virou rico com uns milhões da indemnização que a PRISA despendeu para se ver livre dele e.... por via disso (de o considerarem rico) passou a ser respeitado e posto, hierarquicamente, no protocolo mental portuga, ao nível do Papa.
Mas neste malfadado país de invejosos onde tudo que não tem grande validade medra como erva daninha, como é o caso de um arquitecto que nunca terá sido capaz de rabiscar um projecto e a quem o sr Balsemão, por certo para provar que o EXPRESSO tinha vida própria e não precisava de direcção, nomeou-o virtual director, o qual teve de ser neutralizado quando ousou escrever editoriais que alimentavam a galhofa nacional e ia desgraçando a credibilidade do prestigiado semanário. Actualmente está a mostrar a sua verdadeira natureza num pasquim de nome SOL (um jornal obscuro ironicamente com o nome do Astro Rei).

ALGUMAS VERDADES

Na foto, Daniel Proença de Carvalho, Ex-ministro da Comunicação Social de um governo do PSD de outras eras -sem canalhinha)

É muito crítico com o jornalismo feito em Portugal. Acha que é é assim tão mau?
-Acho. Primeiro, porque os jornais não são identificáveis com determinadas correntes de pensamento Ao contrário que sucede noutros países...
Como em Espanha?
-Exacto, e isso é perturbador para o leitor. Segundo, porque os jornalistas e os comentadores não revelam os eventuais registos de interesses, de toda a ordem, posições políticas, por exemplo. Depois, acho que são postos em igualdade de circunstâncias as ideias partilhadas pela maioria dos cidadãos e dos leitores e as ideias que são muito minoritárias e que são de tal modo marginais que em qualquer outro país democrático não teriam a expressão que em Portugal têm.

Por exemplo?
-O Bloco de Esquerda tem na comunicação social uma expressão que qualquer partido comparável em qualquer país democrático não tem comparação. Há um pluralismo pouco adequado à vida democrática. E acho que há excesso de combinação e de confusão entre facto (notícia) e opinião. É uma distinção básica de jornalismo. Vemos aí jornalismo puramente militante.

12 fevereiro 2010

COMEÇA A SER ASSUSTADOR


A Sofia Loureiro dos Santos fez um belo resumo do que está em causa na providência cautelar contra o Sol. Reproduz-se, com a devida vénia:"(...)
. Um jornal viola a lei, publicando o que está em segredo de justiça;. Um cidadão visado e julgado na praça pública, que não é arguido em qualquer processo judicial, para proteger o seu direito constitucional ao seu bom nome, tenta que uma decisão judicial interponha uma providência cautelar para impedir que o jornal viole de novo a lei;. Isso é entendido como uma interferência do governo na liberdade de imprensa e rotulado como censura;. Esse jornal recusa-se a receber a notificação judicial;. Há um jornalista que incita à desobediência civil;. Há uma manifestação que usa o pressuposto de que não há liberdade de expressão em Portugal;. Os telejornais abrem com directos em que se discute a censura decretada por um juiz;. Há um bloguer que faz uma lista de blogues que não aderiram à manifestação.A espiral de loucura não pára, está em roda livre.Começa a ser assustador."


E a propósito...

O que faz o senhor Presidente da República, o garante do regular funcionamento das instituições democráticas?. Nada! assobia para o ar porque esta situação parece interessar-lhe para os seus projectos políticos. Está tudo inquinado pela "porca" da política. Parece que o menos culpado é Socrates... mas tem o azar de ocupar o lugar pelo qual os PSD's estarão dispostos a tudo fazer, mesmo a negar a Cristo, ao pai e a mãe para o conquistar. Ainda por cima, com todas as operações de bota-a-baixo... as sondagens teimam em dar vitórias a Sócrates!!! Na falta de credibilidade para lá chegarem civilizadamente... não olham a meios. Espera-se que não radicalizem mais a coisa e cheguem mesmo à matança. Parecem feras esfaimadas a babarem-se perante a presa. Nunca pensei assistir a uma coisa destas!

POIS!... NÃOHÁ LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Sócrates aponta a dedo a razão das frustrações dos seus criticos
Não há liberdade de expressão, concordo
Para os que discordam do Crespo, da Moura Guedes, do marido da Moura Guedes, da Clara, da Judite, da outra Judite, do Medina, do Neto, do Correio da Manhã, do Telejornal da RTP, do Jornal da Noite da SIC, do Jornal Nacional da TVI, do Prós-e-Contras, e dos outros 1001 comentadores que cultivam a prosápia, desdenham a ética e enfardam os rendimentos. A culpa é do Sócrates, com certeza...

PARA LER COM ATENÇÃO!!!!!!


Acho que a consequência imediata desta campanha para descredibilizar o PM na sequência de outras (ainda se lembram do caso Freeport?) e de outras, que antecederam estas (lembram-se de Ferro Rodrigues – o secretário geral do PS que antecedeu Sócrates?), se destinam a aveludar o caminho por onde a direita espera fazer entrar triunfalmente um “salvador da pátria”. Mas a coisa, desta vez, começa a assemelhar-se ao ensaio geral de uma operação de demolição do próprio regime democrático. Neste caso não há brigadas vermelhas com raptos físicos de primeiros-ministros, à maneira italiana, nem golpes de mão (armada) ao parlamento, com atentados bombistas, à maneira espanhola, mas um sequestro mediático das mais altas figuras do estado incluindo as que ocupam o topo das instituições da justiça. Além da aliança dos extremos, que não constitui especial novidade pois já em França, em tempos, o eleitorado comunista desertou do seu campo em apoio da extrema-direita de Le Pen, há uma faceta nova da campanha doméstica em curso: atar num só molho todas as mais altas figuras do estado democrático, desfazer a imagem de probidade de todas e de cada uma, fazendo-as surgir aos olhos da opinião pública como fracas, titubeantes e coniventes com negócios obscuros sugerindo o seu mútuo encobrimento. Uma coisa é certa que deve ser do conhecimento dos homens de estado: quando a justiça se acobarda, ou se mostra inútil, credibiliza as derivas totalitárias. Os extremos sentem-se estimulados e os democratas de todas as tendências políticas desmoralizam e descrêem na ordem em que acreditam. É preciso que os cidadãos de boa vontade encontrem caminhos para fazer sentir a necessidade, e urgência, de que todos os

responsáveis públicos, não só os políticos, façam um esforço extra de bom senso e equilibrio

no exercício de todas as suas responsabilidades e funções.
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11 fevereiro 2010

UMFILME DE TERROR

filme "Actividade paranormal" está a pôr os italianos em pânico. Taquicardia, falta de ar, sensação de mal-estar, medo de desmaiar e ansiedade são alguns dos sintomas que se instalaram nas salas de cinema. O governo italiano vai intervir.
Segundo avança o Globo online, o governo italiano está a estudar a possibilidade de impor restrições etárias ao filme de terror "Actividade paranormal", Oren Peli, depois de vários espectadores terem sofrido ataques de pânico durante a sua projecção, desde que estreou em Itália no passado fim-de-semana.
A polémica causada pelo filme, que está a ser exibido em 385 salas de cinema em Itália, levou já o ministro da Cultura, Sandro Bondi, a afirmar que o seu gabinete está a estudar a adopção de "medidas necessárias" para evitar que crianças o vejam, adianta o mesmo site.
O "Corriere della Sera" informa que no passado sábado, só em Nápoles, os serviços de emergência receberam inúmeros pedidos de ajuda de pessoas que estiveram a assistir ao filme. Os espectadores apresentaram como sintomas taquicardia, falta de ar, sensação de mal-estar, medo de desmaiar, ansiedade e pânico. O caso mais grave terá sido o de uma rapariga de 14 anos que necessitou de oxigénio quando abandonou a sala de cinema
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QUANDO É QUE SE FARTAM DE ATURAR OS MONIZES

Casal Moniz fantaziado para o carnaval

QUEM é que ainda tem pachorra para perder tempo com este casal de deslumbrados que têm a pretensão de pôr todos os os portugueses a sofrer pelas suas frustrações? Arre que é de mais!
Manuela Moura Guedes, acusou o socialista António Vitorino como o homem que fez pressão junto à PRISA (grupo espanhol proprietário da TVI) para acabar com o Jornal de Sexta, apresentado por ela. Manuela Moura Guedes diz que António Vitorino foi escolhido por José Sócrates para exercer pressões junto do grupo espanhol, nas audições ao caso junto da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).A jornalista disse no seu depoimento que tinha sido

actual CEO da Media Capital, Bernardo Bairrão, a contar-lhe as pressões de Vitorino, avança a revista Sábado.A revista avança que António Vitorino, enquanto advogado, terá falado várias vezes com os espanhóis da Prisa sobre a venda da estação. O comentador da RTP e ex-comissário europeu não quis comentar “questões da actividade profissional” mas quis deixar claro á revista que com esta resposta não pretende “confirmar nem desmentir” uma relação como jurista com o grupo Prisa. Vitorino é sócio do maior escritório de advogados da Península Ibérica o Cuatrecasas Gonçalves Pereira.O socialista não quis comentar as declarações de Manuela Moura Guedes: “Não vou dizer nada, nem sei se é verdade. Não comento mexericos”. Posição idêntica teve o administrador da Media Capital, Bernardo Bairrão que classificou a conversa com Manuela Moura Guedes como “conversa de corredor.”Além das declarações de Manuela Moura Guedes, também José Eduardo Moniz acusou os socialistas de pressões. O antigo director da estação, nas declarações na ERC, apontou o dedo ao antigo ministro da Economia, Manuel Pinho. Disse Moniz que Pinho tinha deliberadamente prejudicado a TVI ao nível da publicidade. Ouvido pela revista, Manuel Pinho apenas disse que “um ministro não se mete na escolha dos meios publicitários.”Ainda no caso das escutas, a revista apurou que Mário Lino, então ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações manteve reuniões a sós no ministério com Rui Pedro Soares, o administrador da PT que fala nas escutas divulgadas este fim de semana pelo jornal Sol.
Sobre o negócio da compra da TVI pela PT, José Sócrates reafirmou ontem no Parlamento que "do ponto de vista formal, o governo nunca foi informado". Ao
Público, o chairman da PT, Henrique Granadeiro, disse ter comunicado ao primeiro-ministro que tinha existido negociações entre os grupos mas que o negócio não iria realizar-se, num jantar na casa de Manuel Pinho, a 25 de Junho, um dia antes de José Sócrates ter declarado no Parlamento não ter tido conhecimento do negócio.

OS MADEIREIROS

A LEI DAS FINANÇAS REGIONAIS, que a oposição aprovou, é um golpe baixo para um governo que acabou de fazer 1361 nomeações. Não se faz! Mas o "problema Madeira" nasce num Carnaval de há 14 anos quando uma foto de A. João Jardim, em cuecas, aparece na capa do "Tal & Qual". A partir desse dia, o líder madeirense, como vingança freudiana, catártica, jurou que haveria de pôr os continentais todos de cuecas, ou melhor, de tanga! E é isso mesmo que está a acontecer. Cada vez se vêem mais pessoas só com as calças na mão, e não me estou a referir às escutas da PJ ou às dos amigos do Crespo. Resolvi fazer umas contas ao estilo Medina Carreira e cheguei à conclusão de que, se a Madeira se tornar independente, o défice português fica logo abaixo dos 3%. Outra hipótese interessante seria vender a golden share que o Estado central tem na Madeira à filha de Eduardo dos Santos. Mas duvido que Isabel dos Santos comprasse a ilha; ela é inteligente, não se mete em barretes, só em negócios lucrativos como a banca, a energia e os media. Mas nem tudo é mau neste novo psicodrama madeirense: ficámos a saber que afinal não existe défice democrático na Madeira; o que existe sim é um défice de IVA! Na pérola do Atlântico é 14% e no continente é 20%. Mas a principal conclusão é que o PCP tinha menos medo de Salazar do que tem de A. João Jardim. Resta agora esperar pela decisão do senhor Silva de vetar ou não a Lei das Finanças Regionais. Eu falo em senhor Silva porque é assim que se designa o Presidente da República quando se trata de assuntos da Madeira.
Notinha:
-Os comunistas ficaram mesmo acagaçados com a ameaça de João Jardim de ilegalização do PCP. Trataram de passar a mão pelo lombo do homem logo que tiveram oportunidade propícia. Será que o PCP, muito cauteloso e prevenido, augura que Jardim possa vir a ter poder para o ilegalizar?

BATRÁQUIOS


Depois do comício* na segunda-feira no Parlamento de Estrasburgo, para uma plateia de meia dúzia atónita, onde denegriu Portugal no dia em que precisamente o seu risco de crédito subiu ao máximo histórico, Paulo Rangel veio de cegonha para aterrar num hotel em Lisboa e apresentar a sua candidatura à presidência do PSD. Diriamos que se tal criatura vingar será o velho PPD/PSD entregue à bicharada...A vitória final dos sapos, rãs, salamandras e outros batráquios. É o PSD a levar a cabo a sua lenta metamorfose iniciada com a vitoriosa ocupação feita pelo ortinorrinco da Marmeleira. E Sá Carneiro a espernear na cova.
*Um verdadeiro acto anti-patriótico de um indivíduo sem escrúpulos!

10 fevereiro 2010

O QUE FAZ JARDIM COM O NOSSO DINHEIRO


Do CÂMARA DOS COMUNS


O que faz Jardim com o nosso dinheiro?"
Uma grande reportagem de José Teles:
Arrastadeiras




Trutas














SAUDADES DO TIO ANTÓNIO


Os blogues associados na manifestação “pela liberdade” têm em comum a relação difícil com ao 25 de Abril.O que eles pretendem é o regresso da liberdade que perderam naquele dia…No fundo essa manifestação mais não é que uma calhandrice de uns quantos meninos dos papás e das mamãs a quem ouviram contar, ao som do crepitar da lareira em noites frias de Inverno, histórias de encantar sobre as delícias daquele saudoso regime que punha a canalha no seu lugar e distinguia e protegia como deve ser a gente de bem e de boas famílias. Claro que essa gente de bem e de bons princípios sempre teve os seus basbaques e aduladores que ajudavam a abrilhantar e dar volume às suas garraiadas. E é essa a liberdade do doce imaginário do mundo do saudoso Tio António Botas que a gente da organização ambiciona, contando também, neste caso, com os seus basbaques. Eles já sabem que são homens eficazes como o Sócrates que lhes barram o caminho. PC's e BE's são a idiotice útil e seus potenciais aliados estratégicos.

O ATAQUE DA LARANJA MECÂNICA


Pedro Marques Lopes invoca, neste post, a necessidade de fazer a defesa de direitos pessoais consagrados no art.° 26 da Constituição. Estamos de acordo. Uma coisa não impede a outra. Ou é necessário estarmos sempre com defesas adversativas? [Do género: sim, eu peço isto, mas não posso esquecer o seu contrário...]
É evidente que isso tem um preço, como se sabe. Por exemplo, um ministro que no seu tempo telefonava para a RTP para dar o alinhamento do Telejornal, pode estar agora na primeira (vá lá, na terceira ou quarta) linha a pedir que o governo não interfira «na comunicação social»? Não pode!!! Claro que estamos a referir-nos ao senhor MARQUES MENDES, reconhecido manipulador da informação dos orgãos de comunicação do Estado [RTP-RDP-etc] nos tempos dos governos do Prof. Cavaco Silva, quando o dito exercia o cargo de ministro da respectiva tutela. O homem, por certo integrado numa operação do PSD mais vasta, que terá começado no mui conspícuo SOL, passando pelo 31 da Armada e chegando também ao moralista Marques Mendes que veio agora, com seu ar santarrão, derramar a sua prefunda indignação pelas supostas intervenções de Sócrates na famigerada TV dos monizes. Neste país onde por vezes parece não haver memória, é essa realidade que permite o desenvolvimento de tanta e impune falta de vergonha.

09 fevereiro 2010

RANGEL - O MARRETA HISTÉRICO

A HISTERIA

Parece que Paulo Rangel vai denunciar no Parlamento Europeu a falta de liberdade de expressão que, segundo ele, existe em Portugal. Confesso que me custa a perceber qual é o alcance desta nobre iniciativa: promover uma comissão internacional para averiguar a saúde da nossa democracia? Não faço ideia. Mas este simples facto revela, por si só, a histeria que tomou conta do País, nos últimos dias.
O célebre artigo de Mário Crespo sobre uma conversa ouvida, num restaurante, entre o primeiro-ministro e um "executivo de televisão" já tinha dado um sinal disso mesmo. A indignação generalizada que acompanhou esta nova vítima da "asfixia democrática" só se compreende se deixarmos de compreender tudo o resto: a história é fidedigna? Mário Crespo, com base num mail que lhe foi enviado por alguém que estava numa mesa ao lado, afiança que sim; Nuno Santos, o tal "executivo de televisão" que serviu de interlocutor ao primeiro-ministro, garante que a conversa não decorreu da forma como foi descrita. Supondo que sim – o que é supor muito, diga-se de passagem – é difícil compreender como é que uma conversa privada sobre Mário Crespo se transforma num artigo público do mesmo Mário Crespo.
É evidente que há quem diga que o local era público – o que leva a crer que não pode haver conversas privadas em locais públicos. Curiosamente, os que dizem isso, agora, são os mesmos que, não há muito tempo, consideraram (e bem) que a publicação de um mail privado de um jornalista do ‘Público’, no ‘Diário de Notícias’, era, no mínimo, inaceitável. Uma curiosa evolução que mostra como a opinião, em Portugal, se deixou barricar entre os que são contra o eng. Sócrates (e usam tudo para o atacar) e os que o defendem a todo o custo (e usam tudo para o justificar).
É evidente, como dizem alguns, que sem Sócrates não havia Mários Crespos – basta ver, aliás, a quantidade de Mários Crespos que pululam, por aí, à conta de um primeiro-ministro que nunca soube lidar com a Comunicação Social. Mas se a liberdade de expressão está, de facto, em causa, não se percebe porque é que a Oposição, nomeadamente, o PSD do dr. Rangel, não tira daí as devidas consequências e apresenta uma moção de censura na Assembleia da República. Ou, melhor, percebe-se: porque a Oposição sabe que, por pior que seja o eng. Sócrates, não existe qualquer alternativa ao seu famigerado Governo. Daí que apelar ao Presidente da República para que demita o primeiro-ministro, na situação em que o País se encontra, seja um exercício fútil que dificilmente pode ser levado a sério. Ou seja mais um sinal da histeria que por aí abunda.


B.E. - QUANTO NOS CUSTA ESTA INUTILIDADE?


UM INCONSEQUENTE

O discurso de João Cravinho sobre a corrupção não é intelectualmente equilibrado nem didacticamente eficaz. Vive da confusão dos conceitos, da generalização dos propósitos e da dramatização da crise. Falar de corrupção, ou de qualquer outro crime, nestes termos, é trazer à colação os fantasmas de todas as inquisições.
Diríamos que Cravinho não passa de um ferrabraz inconsequente e que é um ex-governante de quem não se conhece qualquer processo judicial accionado por ele aos corruptos que tenha encontrado no seu caminho, actos que lhe pudessem atribuir, de forma justa, essa aura de lutador contra esses corruptos que só aparentemente parece conhecer . Não passará de mais um incontinente fala-barato a prejudicar companheiros que têm de enfrentar os bichos. Não virá a propósito, mas diga lá à gente como se arranjam boas colocações em Inglaterra? Espero que não seja através do Partido...

08 fevereiro 2010

O CONTEÚDO

CUIDADO QUE ELES ANDAM AÍ

Depois das sevícias, ficava o conteúdo. Depois das arbitrariedades processuais, ficava o conteúdo. Depois das escutas ilegais, ficava o conteúdo. Era em nome do conteúdo que se condenava. É em nome do conteúdo que continuam a cometer-se barbaridades. Numa sociedade em que os fins assumem, em bocas responsáveis, a justificação dos meios, a indignidade tornou-se na ética do conteúdo.

SÓCRATES SOZINHO NO MATO SEM CACHORRO!

José Sócrates, Primeiro-ministro de Portugal, depois de ameaçar interesses poderosos na área da comunicação social (que nem passou da ameaça... mas ficou o perigo latente), resolveu também, no Orçamento do Estado para 2010, retirar benefícios fiscais à banca e criar uma nova taxa de cinquenta por cento sobre os prémios de desempenho a pagar aos respectivos gestores!... E quer ter paz?!... Neste tempo todo ainda não aprendeu nada!!! Mantinha tudo como estava, arranjava mais uma discreta atençãozinha com essa gente, distribuia depois o mal pelas aldeias e estaria agora a viver a paz dos anjos. A caramunha do PCP essa estava garantida e te-la-ia sempre!... Mas muito desvalorizada na comunicação social... Qual SOL, qual Crespo... nem se mexiam! Este, o Crespo, até já antes tinha declarado numa entrevista ao D.E. que votava Sócrates porque, dizia, não haver alternativa melhor... Estes só seguem instruções! Assim, tão desguarnecido e com o verdadeiro poder à perna, está sózinho no mato sem cachorro e nem para o caçador Manuel Alegre tem serventia.
Adenda:
No noticiário da noite de hoje da TVI o habitualmente cordato e simpático banqueiro Fernando Ulrich, apareceu,em manifestação de arruaça, de cenho carregado, a fazer coro com outros sobre o mau carácter de Sócrates e a sua apetência pelo controlo da comunicação social (!?), bandeira que o PSD no momento agita politicamente. Isto quer dizer que o capital encetou também a luta de rua contra o mal comportado Primeiro Ministro que ousa taxar a gente da banca. Não tarda veremos o Avô Cantigas da braço dado com o Sr Ulrich pela Avenida abaixo em defesa do capital.
Se Sócrates se safar desta é realmente o maior...

07 fevereiro 2010

SEM VERGONHA

A semana que termina é para esquecer no que diz respeito à política. Apesar de todos os avisos, apesar dos desafios do Presidente da República no sentido de procurar consenso para que a imagem externa do País não saia ainda mais prejudicada junto dos mercados financeiros, os nossos partidos políticos decidiram vestir os bibes dos meninos birrentos e deram ao País o mais triste espectáculo.O PSD renegou numa semana tudo aquilo que dissera, e com razão, acerca do controlo orçamental. O PS dramatizou em excesso o processo relativo às Finanças regionais e os restantes partidos voltaram-se contra tudo o que têm feito e dito nos últimos anos para aprovar numa aliança ressabiada mais uns milhões para o Dr. João Jardim enriquecer ainda mais uma das regiões mais ricas do País. Compreender-se--ia este aumento extraordinário de despesa se fossem Trás-os-Montes e o Alentejo os destinatários destes milhões de euros. São as regiões mais pobres do País, aquelas que merecem maior investimento e cuidado. Se fosse assim, compreender-se-ia o PCP e o Bloco de Esquerda, que se dizem muito amigos dos pobrezinhos, gritam eles que são os partidos dos explorados. Tiraram a máscara e a esquerda caviar muito smoking e muito gin tónico está no sítio certo. - por Francisco Moita Flores in C.Manhã

A DEMOCRACIA E O TOTALITARISMO LARVAR

Não escrevo sobre estas escutas, nem sobre as supostas que existem e virão a conta gotas escorrendo por aí como baba, porque vivi no fascismo português, tenho memória e ética, e um nojo enorme pelos biltres que se prestam a levantar do outro lado a cavilha. Acreditei um dia que seria uma prática que nunca mais veria em Portugal, enganei-me, e o que é grave é que a mesma Democracia que foi por elas sufocada, não as trate com a impiedade que merecem. Hoje as escutas, amanhã a tortura, haverá em cada momento um herdeiro genético do Pide que não caçamos, com estrutura moral para se servir dos resultados dessa actividade, obtido nas catacumbas do equivalente quartel de uma qualquer Nova Legião. Mesmo que ele seja Juiz, porque juízes também o eram nos sinistros Tribunais Plenários e a Democracia ainda não se soube livrar deles. Tenho medo porque há quem goste. Tenho medo porque há quem não se importe. Tenho medo sobretudo, porque hà crianças na sala e elas sim, a ouvir sem querer e a ser deformadas pela pouca vergonha que vai na cabeça de cada adulto.
(Só quem não viveu os tempos da ditadura que precedeu o 25 de Abril não conseguirá sentir a mensagem deste texto - do ARROIOS)