13 fevereiro 2010

ALGUMAS VERDADES

Na foto, Daniel Proença de Carvalho, Ex-ministro da Comunicação Social de um governo do PSD de outras eras -sem canalhinha)

É muito crítico com o jornalismo feito em Portugal. Acha que é é assim tão mau?
-Acho. Primeiro, porque os jornais não são identificáveis com determinadas correntes de pensamento Ao contrário que sucede noutros países...
Como em Espanha?
-Exacto, e isso é perturbador para o leitor. Segundo, porque os jornalistas e os comentadores não revelam os eventuais registos de interesses, de toda a ordem, posições políticas, por exemplo. Depois, acho que são postos em igualdade de circunstâncias as ideias partilhadas pela maioria dos cidadãos e dos leitores e as ideias que são muito minoritárias e que são de tal modo marginais que em qualquer outro país democrático não teriam a expressão que em Portugal têm.

Por exemplo?
-O Bloco de Esquerda tem na comunicação social uma expressão que qualquer partido comparável em qualquer país democrático não tem comparação. Há um pluralismo pouco adequado à vida democrática. E acho que há excesso de combinação e de confusão entre facto (notícia) e opinião. É uma distinção básica de jornalismo. Vemos aí jornalismo puramente militante.

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