13 fevereiro 2010

O GOLPISMO COMEÇOU EM BELÉM

Numa altura em que muitos já não confiam no Sr. Silva como sendo um Presidente isento, (as pessoas acreditam em cada coisa) e outros já questionam o que anda ele a fazer numa altura em que as altas instâncias da justiça são “chacota” dos jornais, o silêncio do P.R. é insurdecedor! Por mais fragilizado que esteja pela história das escutas falsas, o homem tem de fazer alguma coisa embora nunca se esperem grandes rasgos de S.Exª, por ele ou da lavra das suas engajadas acessorias... Mas poderia pelo menos dar-nos a ideia de que está a fazer algo. Assim, lá teve de ir o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça fazer uma visitinha a Belém para só declarar no fim que tinham estado a falar sobre o “sistema de justiça”. Acreditamos, afinal nenhum de nós imagina que a conversa possa ter sido sobre plantio de rabanetes ou para trocarem receitas de bolos. É nestas alturas que fazem falta umas boas escutas no Palácio... Ou, em última instância, personalidades com a estaleca de qualquer dos inquilinos da agora conhecida casa das escutas que por ali passaram depois do 25 de Abril. O que se passa agora não seria possível com qualquer dessas personalidades ao leme.
A grande fragilidade que o regime está a viver tem muito a ver com o espectro de um certo golpismo galopante instalado a todos os níveis, o primeiro das quais saiu da intimidade do Palácio de Belém e que estará a "dar cobertura" à situação presente. Por consequência a montagem de esquemas golpistas contra o Primeiro Ministro ficou à mercê de qualquer mafarrico. Queira ou não queira, esta é uma realidade criada no seio do PSD, do qual Cavaco Silva é o estandarte, e é o próprio PSD que está a cavalgar a criatura a toda a brida... Tudo porque este País está entregue à bicharada...
Nesta emergência de crise econónica e social, os nossos parceiros, partindo do princípio da máxima do antigo romano que esteve na Lusitânia, ainda nos vão decretar a insolvência e impôr a integração com Espanha para não nos deixarem morrer à fome. Talvez fosse a nossa salvação mas duvidamos que os vizinhos aceitem estes leprosos mentais.

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