05 maio 2007

A SANHA PERSECUTÓRIA

A sanha persecutória do jornal O Público, propriedade de SONAE, contra o primeiro ministro José Sócrates, empresa que seria o paradigma da boa iniciativa privada portuguesa e que almejou tornar-se proprietária do mais apetecido "bocado" dos bens da República - a PTelecom - terá muito a ver com o insucesso dessa operação, podendo também chegar-se à conclusão que do lado dos activos potenciais da empresa, dona do jornal, para atingir os objectivos da aquisição, o primeiro ministro constituiria uma mais valia que saiu frustrada. Parece ter sido totalmente indiferente aos algo primários e parôlos salamaleques, que iam desde rasgados e... exagerados elogios ao grande líder José Sócrates, até ao convite para o mesmo, com enorme publicidade e aparato, carregar num botão e fazer implodir um velho edifício de um emprendimento turístico da SONAE em TROIA.
Se estas operações de charme foram públicas, em privado não não temos conhecimento de nada. Só se conhecem reacções as mais diversas e a radical mudança de comportamentos de alguns actores ligados à empresa em apreço.
Se o primeiro ministro tivesse necessidade de se afirmar como um homem de Estado, aqui estaria uma prova disso! Mesmo para quem não aprecia o seu lado aparentemente autoritário, o seu comportamento como chefe de governo não deixa dúvidas quanto à sua verticalidade.
O "PÚBLICO" com o seu subservinte director ficarão para sempre com essa nódoa da serem exclusivamente arma de arremesso e mensageiro de interesses restritos. Quase sempre não passa de um simples e faccioso blog. Uma vergonha!

02 maio 2007

O QUE ESTÁ A ACONTECER NA MADEIRA?

Pelo que nos tem sido mostrado pelas televisões, em época de campanha eleitoral, algo de surpreendente está a acontecer na Pérola do Atlântico. Nas inaugurações apadrinhadas por Alberto João aparecem oposicionistas em atitudes contestatárias, mesmo provocatórias, impensáveis há algum tempo!! Um dirigente da oposição (PND) ousa "entrar" num comício do temível Alberto, interrompe-o, chama mentiroso ao cavalheiro e nem sequer é molestado fisicamente porque a polícia estava por perto para fazer o que devia... (Há tempos parece que, nessas circunstâncias, desapareciam). O "Bexiga" acompanha a comitiva do "Rei" nas inaugurações e escarnece quanto baste desses actos no meio dos apaniguados de Jardim, suscitando apenas a ira de uma mais zelosa matrona.
Esta inusitada "tolerância" terá a mão das "chefias" ou corresponderá a uma nova atitude dos madeirenses perante um poder asfixiante instalado há mais de três décadas? As circunstâncias parece não serem propícias para extravasar boçalidades...O cavalheiro até já oferece colaboração em troca de diálogo! Quer dizer que aquelas atitudes provocatórias, para consumo madeirense, escondem uma certa insegurança perante a bem conhecida determinação de Sócrates...
Muitos madeirenses têm suportado as diatribes dos dirigentes regionais face ao acolhimento que as mesmas têm obtido a nível nacional e dos resultados conseguidos por essa via. Mas algo poderá mesmo mudar se os madeirenses se convencerem que o regime de festa e pagode não poderá eternizar-se. Alguém teria da mandar parar o bailinho e isso merece ser entendido.
Uma atitude de firmeza do poder central, devidamente apoiada..., poderá ser suficiente para que se esbatam as pouco edificantes excepções jardinescas. Devemos, de qualquer modo, reconhecer que o povo da Madeira tem sido vítima das circunstâncias e de um partido manobrador que, pelo poder, tudo tem sacrificado.