25 setembro 2010

Katy Perry sings Hot N Cold with Elmo on Sesame Street HD (Official Video)

O PSD ESTÁ ENTREGUE A RAPAZES

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje aos jornalistas em Ponta Delgada, Açores, que não voltará a reunir comJosé Sócrates sem que estejam na sala outras pessoas que possam “testemunhar” a conversa.“Foi com muita estupefação que ouvi a reação do primeiro ministro e nunca pensei ter que dizer o que vou dizer, que não haverá nenhuma outra ocasião no futuro em que o líder do PSD volte a conversar em privado com o primeiro ministro sem que existam outras pessoas que possam testemunhar a conversa”, frisou o líder social democrata.Passos Coelho referia-se à reação de José Sócrates sobre a existência de condições prévias nas conversas que mantiveram para encontrar soluções para ultrapassar a atual crise.O presidente do PSD escusou-se a fazer mais comentários sobre o assunto, alegando que “as pessoas já estão suficientemassustadas e desorientadas com o que se tem vindo a desenvolver à volta da questão da crise económica e do OE”, reafirmando apenas que “o PSD entende que um bom orçamento para o país deve ser conseguido sem penalizar mais as passoas"


ESTAMOS BEM SERVIDOS

A estratégia do PSD é criar todas as condições propícias ao abocanhar do poder por longo tempo, mesmo deixando o país cair num grande buraco não cooperando em soluções urgentes para poder assacar todas as culpas ao actual governo e ao PS, diabolizando-o, preparando-se assim para servir por longo tempo a "tacharia" à sua esfaimada clientela. Para isso conta com com a boa colaboração de bons salta-pocinhas e vira-casacas como um tal Leite que foi servidor do PS de Guterres e que agora se comporta como se tivesse sido um fundador do PSD e seu zelador ideológico. Estamos bem servidos...

PS LEVARÁ SÓCRATES A VOTOS -

PS levará Sócrates a votos e recusa apoiar governos alternativos - Economia - DN
Se o Orçamento do Estado para 2011 for chumbado, José Sócrates demitir-se-á logo a seguir e o PS recusará todo e qualquer cenário governativo que não passe por eleições,  com o primeiro-ministro apresentando-se de novo a votos.
Segundo o DN apurou, está excluída qualquer medida prévia à apresentação do OE - como por exemplo uma moção de confiança, que a cúpula socialista considera que seria escusada,  podendo jogar contra a ideia de que o PS não quer uma crise.
"Parece-me que decorre do bom senso político que, quando um Governo não tem um  Orçamento aprovado, também não tem condições para governar, ainda para mais na actual conjuntura", disse o primeiro-ministro, citado pela Lusa, ontem, em Nova Iorque, onde participa na assembleia geral da ONU.
Segundo as fontes da direcção do PS ouvidas pelo DN,  o partido dirá sempre não a soluções alternativas que o Presidente da República tente encontrar no Parlamento depois da demissão do primeiro-ministro - não querendo isto dizer que o PS, sozinho, as possa obstaculizar.
A direcção socialista recusará, por exemplo, a solução proposta em  Julho passado por Paulo Portas no Parlamento, uma grande coligação PS-PSD-CDS chefiada por alguém do PS que não Sócrates.
Qualquer solução alternativa de executivo terá de passar na AR, apresentando um programa de Governo, o qual poderá ir a votos, caso alguém lhe apresente uma moção de rejeição ou confiança. A aprovação de uma moção de rejeição ao programa de Governo implica constitucionalmente a demissão deste.

O PSD ENTREGUE A RAPAZINHOS?

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje aos jornalistas em Ponta Delgada, Açores, que não voltará a reunir com José Sócrates sem que estejam na sala outras pessoas que possam “testemunhar” a conversa.

“Foi com muita estupefação que ouvi a reação do primeiro ministro e nunca pensei ter que dizer o que vou dizer, que não haverá nenhuma outra ocasião no futuro em que o líder do PSD volte a conversar em privado com o primeiro ministro sem que existam outras pessoas que possam testemunhar a conversa”, frisou o líder social democrata.
Passos Coelho referia-se à reação de José Sócrates sobre a existência de condições prévias nas conversas que mantiveram para encontrar soluções para ultrapassar a atual crise.
O presidente do PSD escusou-se a fazer mais comentários sobre o assunto, alegando que “as pessoas já estão suficientemente assustadas e desorientadas com o que se tem vindo a desenvolver à volta da questão da crise económica e do OE”, reafirmando apenas que “o PSD entende que um bom orçamento para o país deve ser conseguido sem penalizar mais as pessoas”.





23 setembro 2010

TOPOS DE GAMA SEM CRISE

Faça uma pesquisa Google a “Frota de luxo Águas de Portugal” e veja o lindo serviço numa altura em que não se pára de falar no FMI. Ou será porque são carros alemães e isto faz parte da ajuda da Senhora Merkel? E ninguém vai preso por isto?

Mas há mais, agora faça uma pesquisa a “Deputados um milhão em carros” e veja outro lindo serviço. O que aborrece é que há ali gente de quem se gosta que também foi contemplada e não sei como desmontar argumento.



PASSOS COELHO - UM POLÍTICO MANHOSO

A forma como Pedro Passos Coelho lança o debate sobre o Estado social é errada, manhosa e pouco séria. Errada porque primeiro se debate um tema que diz respeito a todos os portugueses e depois muda-se a constituição, Passos Coelho optou por encomendar um projecto de revisão constitucional a Paulo Teixeira Pinto e nem sequer com os seus deputados a debateu. Manhosa porque não assume frontalmente os seus objectos e tenta esconder a promoção de negócios atrás de uma falsa preocupação com a sobrevivência do Estado social. Pouco séria porque num dia diz-se uma coisa e perante a evolução das sondagens vão-se mudando as propostas e alterando o discurso.
À esquerda domina a irracionalidade, o Estado social é uma mistura de sonhos no tempo de  do tempo da fartura de Abril com as farturas eleitoralistas dos tempos actuais. Os resultados estão à vista, descontrolo na despesa, oportunismo social, desperdício e um imenso batalhão de dirigentes a enriquecer à custa do Estado social.
É urgente debater o Estado social com seriedade, a educação carece de um forte investimento na modernização, os custos do SNS tenderão a crescer exponencialmente, com a globalização serão cada vez mais os sectores produtivos que terão de ser reestruturados, a vulnerabilidade da economia às crises internacionais será cada vez maior. O modelo assente num aumento contínuo dos impostos para financiar o Estado está esgotada porque  a economia não suporta mais aumentos da carga fiscal.
O aumento da esperança de vida implicará maiores custos em tratamento de doenças terminais e cuidados paliativos, o desenvolvimento tecnológico implica uma constante substituição por outros mais sofisticados e caros, a multiplicação dos métodos de diagnóstico, o aparecimento de novas doenças  tomou  uma maior incidência em camadas mais jovens, a maior qualificação do pessoal clínico e, em consequência, o aumento da sua remuneração, são factores que levarão os custos do SNS a crescer exponencialmente tornando-os incomportáveis. Continuar a ler aqui

B B KING


Andrea Bocelli and Veronica Berti 'Les Feuilles Mortes'

Câmara Corporativa: O manto de nevoeiro já cobre a revisão constitucio...

Câmara Corporativa: O manto de nevoeiro já cobre a revisão constitucio...: "A anterior presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, o antigo deputado constituinte Mota Amaral e o constitucionalista Paulo Mota Pinto são..."

Yves Montand - Les Feuilles Mortes

22 setembro 2010

QUEM É ESTE LEITE CAMPOS?

Diogo Leite Campos, vice-presidente do PSD e homem que cheira tanto ao antigamente como naftalina fora de prazo, foi à SIC-N, tendo acabado de dar uma entrevista a Ana Lourenço. Este excêntrico professor de direito fiscal, sem obra conhecida nem reconhecimento dos seus pares, que serviria de ignaro valete ao antigo regime, veio falar sobre a crise.
Nem mercados internacionais, nem sector financeiro, nem operadores económicos são responsáveis pela crise. Leite Campos descobriu o que é a crise. A crise é Governo, disse ele várias vezes. Como é que o descobriu? Vários operadores económicos internacionais lho disseram. Certamente a rapaziada amiga dos off-shores a quem ele faz uns parecerezitos de direito fiscal para arredondar o pecúlio (duas pensões no bolso). Tudo por razões patrióticas, evidentemente. E contra o Governo, claro está.

COELHO TÓXICO


Num dia querem criar emprego despedindo e no dia seguinte são alérgicos ao despedimento, num dia querem privatizar serviços de saúde e no dia seguinte são arautos do estado social, num dia assinam o PEC e no outro são contra as medidas que aprovaram, num dia dizem que lá fora não nos percebem e no mesmo dia o FMI diz o contrário, com tanta contradição, mudança de discurso e tentativa de me levarem a simpatizar com uma política que varia em função das sondagens começo a ter sintomas de intoxicação. Dantes diziam-me que eu estava asfixiado mesmo que nunca tenha sentido falta de ar, agora dizem-me que estou intoxicado e com a verdade me enganam.
Com a saída de Manuela Ferreira Leite o PSD poderia ter ganho credibilidade e até subiu nas sondagens, mas Pedro Passos Coelho e os seus tutores e assessores tiveram mais olhos do que barriga. Convencidos de que iriam ser governo logo que o calendário constitucional o permitisse dramatizaram o discurso para encomendar ao PS as medidas mais difíceis e impor-lhe uma revisão constitucional, isto é, pensaram que poderiam transformar o governo de Sócrates no próximo ano numa espécie de ano zero de um governo do PSD.
Esqueceram-se de que Sócrates não se abate com facilidade, que a economia poderia evoluir positivamente, que os portugueses acabariam por perceber a dimensão da crise internacional e que Cavaco Silva não é propriamente um adepto de Pedro Passos Coelho. Convencidos da invencibilidade do líder avançaram para um projecto estuporado de revisão constitucional e o resultado foi o que se viu, o PSD entrou em queda livre nas sondagens.
Passos Coelho comete o erro de falar demais, em poucos meses de liderança já deu mais entrevistas do que qualquer governante deste país, começou por fazer uma ronda para dizer que era diferente de Manuela Ferreira Leite, como teve excelentes resultados fez uma segunda ronda a dizer o que queria e o resultado foi desastroso, agora faz uma terceira ronda para dizer que mudou de que o que disse não foi o que se ouviu porque andam por aí uns malandrecos a intoxicar os portugueses. Pois, estes portugueses são uns idiotas iletrados que se deixam intoxicar facilmente. O resultado é uma intoxicação chamada Pedro Passos Coelho, ligo a televisão e ouço Passos Coelho, abro o jornal e a notícia é Passos Coelho, isto de segunda a domingo pois o líder do PSD nem nos fins de semana nos deixa aliviados da sua presença, é Passos Coelho de manhã à noite e todos os dias da semana. Começo a perceber a diferença entre Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho, ela falava de asfixia enquanto ele prefere a intoxicação, ela desaparecia enquanto ele não nos sai do ecrã, ela concluiu que os portugueses não a perceberam enquanto ele diz que andam a enganar os portugueses sobre o que ele diz, ela sabia o que queria enquanto ele nem sabe o que quer nem tem palavra.
Sinceramente começamos a ter sintomas de uma intoxicação chamada Pedro Passos Coelho.

PASSOS COELHO VAI A MARQUÊS?


foge cão que te fazem barão
Paulo e Paula, acessores monárquicos de P.Coelho
"Sem discursos nem trombetas, os inimigos da República tomaram o poder na sociedade. Na primeira linha, o dinheiro e a imagem. A sua aliança sucedeu ao trono e ao altar." Eis as primeiras frases de um texto notável, de que só agora tive conhecimento, e no qual o autor, o dr. Miguel Veiga, advogado e intelectual que vive no Porto, procede a uma análise do estado actual das coisas. Quando a cultura deixa de ser o paradigma da relação com o outro, a colectividade perde o lugar confluente onde se cruzam os preceitos éticos e estéticos que a justificam.
Diz Miguel Veiga: "Agravando a opulência pela notoriedade, multiplicando a desigualdade dos rendimentos pela da consideração pública, ela ataca os fundamentos do orgulho da República: o desinteresse e o anonimato que subordinam os interesses e as vaidades ao interesse geral. A República não é um regime político entre outros. É um ideal e um combate." O texto foi lido em Arcos de Valdevez, há menos de dois meses, numa homenagem a Mário Soares, e a sua importância reflexiva não mereceu, da imprensa a atenção necessária.
A imprensa, cada vez mais abandonada à futilidade e ao pequeno escândalo, aumenta a hipótese repressiva da conduta política.
Essa conduta política repressiva expressa-se nas formas mais diversas. A última das quais, porventura, a da tentativa de alteração dos códigos constitucionais. Lembremos que o autor principal dessa revisão, proposta pelo dr. Passos Coelho, é um importante dirigente da Causa Real, Paulo Teixeira Pinto, ex-banqueiro, convertido aos fascínios da pintura e da edição. A tomada do poder, na sociedade, pelos inimigos da República, de que fala Miguel Veiga, não é uma metáfora. A lassitude com que assistimos à destruição dos princípios e dos padrões fundamentais da ideia republicana é sinal da nossa indolência moral. Antero chamou-lhe a "decadência da alma". É-nos imposto um novo modelo de desenvolvimento que desrespeita os tempos do homem e cria uma violência social destruidora da espontaneidade, da imaginação e da própria vida associativa. Nada fazemos para nos opor. E aceitamos a identidade dominante, rudemente aplicada, sem nos insurgirmos contra esse notório abuso de poder. Não é ingénua a leviandade com que muitos jornalistas portugueses aceitam este totalitarismo mascarado de democracia de superfície. A leviandade nunca é ingénua. E o silêncio da memória não protege o homem dos perigos que sobre ele impendem.
As ameaças à República são reais e corroem a identidade da democracia. É cada vez mais difícil reapropriarmo-nos das heranças legadas há um século. E cada vez mais fácil fomentar o mal-entendido que tem levado ao desleixo de cuidarmos dessas heranças".
Por Batista Bastos, in DN

21 setembro 2010

TODO ESTE CÉU

TODO ESTE CÉU

Abraça-me bem, cobre meu corpo enfim nesse agasalho
São os teus braços sim, cuida de mim
Basta-me um gesto, porém, abraça-me bem
Bem no teu colo

Chega-me mais a ti, um pouco mais...
Suavemente assim tudo por fim são mágoas que eu consolo bem no teu colo
Todo este céu de pássaros e tons muito assombrados traz o teu ser tão bom, todo este som, decerras o meu véu...todo este céu
Lançado à Terra sob restingas e ilhéus, nas sombras de asas...

Lembram a ausência de um beijo, um último adeus
Só teu afago me espera lançado à Terra
E qualquer coisa acontece no mais alto dos céus
Qualquer coisa no fundo do meu coração,mas não sei das trevas nem da luz
Pois sem ti não há nem céu nem chão
E se a noite já ronda a minha cruz luz nas trevas, minha paixão
Abraça-me bem,

Cobre meu corpo enfim nesse agasalho
São os teus braços sim, cuida de mim

Fausto

Autumn Leaves (Les feuilles mortes) piano - Xianning

ADIRAM O MANUEL MARIA

"Soube da notícia da demissão pela imprensa, pelos meios de comunicação social. E não quero fazer mais comentários sobre esse assunto", disse Manuel Maria Carrilho ao i, pouco depois de avançada a notícia nos media nacionais. O Ministério dos Negócios Estrangeiros demitiu o antigo ministro da Cultura do cargo de Embaixador de Portugal na UNESCO, lugar que Manuel Maria Carrilho ocupava desde Abril de 2008. A decisão foi justificada com a normal "rotação da representação diplomática", apesar de reflectir precocidade, uma vez que este tipo de cargos alteram-se normalmente a cada três a quatro anos...No i
Bem podiam manter este tagarela longe por mais uns anitos porque desta feita lá teremos de aturar as sua habitual tagarelice quando as coisas não lhe correm de feição como é o presente caso. Mas por favor adiram o Manuel Maria a qualquer coisa que o ponha a léguas e a bom recato, muito feliz e contente. Ou melhor, não adiram... colem-no bem, ou prendam o abominável político por uma perna a uma secretária de qualquer embaixada das zonas quentes do planeta. Temos por cá zeladores da pátria de sobra e de melhor qualidade...
E... se calhar também estaria na hora certa para Sua Exª. avançar com a criação do seu próprio partido para demonstrar, por uma vez, o que fundamenta o seu rezingar permanente com todas os lideranças do P.S. e se nessa empreitada conseguiria agregar alguém além dele próprio, da mulher por solidariedade e o bobi por fidelidade canina.

20 setembro 2010

HÁ HISTÓRIAS QUE VALEM POR MIL IDEIAS

«Há histórias que valem por mil ideias. A adaptação do ditado popular aplica-se ao caso, ontem relatado pelo Expresso, de um rapaz que acaba de conseguir entrada no ensino superior público com nota de louvor, depois de ter feito apenas o 9.º ano de escolaridade, completando o 12.º por recurso ao programa Novas Oportunidades. Nos últimos anos, muito se escreveu sobre o programa criado - e feito bandeira - pelo Governo de José Sócrates. Mas ninguém tinha dito ainda, contando por experiência própria, que os benefícios que retirou do dito diploma acabam por ser injustos face aos restantes candidatos ao superior. O que está a gerar já uma onda de contestação de várias associações de estudantes universitários do País, que consideram indigno que se possa fazer equivaler quem completa o 12.º ano ao longo de quatro anos, e uma bateria de avaliações, a quem o faz num ano e meio e bastando-lhe apenas um exame. Chegados aqui, convém frisar o mérito do programa. Não fosse o Novas Oportunidades, muitos alunos provavelmente não regressariam aos estudos abandonados cedo de mais e muitos adultos não ganhariam coragem de voltar à escola. Assim, com o estímulo de ter um diploma na mão, e com menor esforço, acabam por voltar. Milhares de portugueses, sublinhe-se e registe-se, tiveram a oportunidade de aprender alguma coisa, muitos deles até ganharam estímulo para continuar e ir mais além. Isso, como é óbvio, é de valor inestimável.» [DN]

O PARTIDO DOS SOFISMAS






SOFISTAS DO PSD
Como todos sabem, sofisma é uma mentira, propositadamente maquiada por argumentos verdadeiros, para que possa parecer o real...

Despedir com “razão legalmente atendível” ou com “razão atendível” é exactamente o mesmo: Se não é legal, não é atendível.
Marcelo Rebelo de Sousa não está só. No PSD há um viveiro de sofistas... que passam a vida a sofismar...

ESPÉCIES AMEAÇADAS EM PORTUGAL

Portugal possui ainda um panorama muito positivo no que respeita ao património natural, com 20% da área total do território incluída numa iniciativa comunitária, que pretende listar todas as áreas naturais da União Europeia, com valores importantes em termos de flora, fauna e habitats, denominada Rede Natura. Todavia, há ainda um longo caminho a percorrer no planeamento e desenvolvimento de acções passíveis de evitarem que essa biodiversidade diminua drasticamente.
Esta página visa contribuir, embora muito simbolicamente, para o reconhecimento por parte dos nossos jovens (nomeadamente os nossos alunos), das espécies ameaçadas, através de fichas de identidade, onde também são referidos os factores de ameaça e as medidas de protecção que devem ser tomadas.
A intenção que presidiu a este nosso projecto foi a de identificar diferentes grupos de animais que atravessem algum problema de conservação das suas populações. Embora os tenhamos seleccionado, não implica que todas estejam necessariamente em perigo, embora algumas estejam efectivamente ameaçadas.
Se o público a que este projecto se destina conseguir, após consulta desta página, identificar as espécies ameaçadas e ficar sensibilizado para os factores de risco para a sua sobrevivência, teremos atingido o nosso objectivo.daqui





19 setembro 2010

TENHO MEDO

Se me perguntarem qual é a minha prioridade na educação dos meus filhos, direi que é garantir que eles não têm medo. Medo físico, medo das personagens assombrosas que lhes surgem nos sonhos, mas também que têm a coragem suficiente para fazerem face às tormentas com que se defrontarão ao longo da vida. Se tiverem confiança, o resto virá por acréscimo. Para parafrasear a escritora Natalia Ginzburg, em "Le piccole virtú" (infelizmente não traduzido em português), tendemos a ensinar às crianças muitas das pequenas virtudes (a poupança, a prudência, a astúcia, a diplomacia e o desejo de sucesso), mas nisso esquecemo-nos das grandes virtudes (a generosidade, o amor à verdade, a abnegação, a coragem e o desejo de saber mais).
Peço desculpa se, dito assim, parece uma questão privada, pouco adequada a uma coluna de opinião, por natureza pública. Infelizmente não é. Para que os meus filhos - e, acrescento, os nossos filhos - não tenham medo, tenho também de lhes poder dizer que, se for caso disso, a lei estará do lado deles para os proteger. É isso que me leva a fazer em público uma confissão que é semiprivada: eu tenho medo da justiça em Portugal e o que se vai sabendo do famigerado processo Casa Pia só consolida as minhas inquietações.
Tenho, como provavelmente a maioria dos portugueses, convicções subjetivas sobre a culpabilidade ou inocência dos envolvidos no processo e sobre o que se pode ou não ter passado em toda esta história. Mas a justiça, para nos proteger a todos, não pode assentar em convicções subjetivas, formadas no espaço público e sugeridas pelos media. Pelo contrário, a justiça tem não só de se basear em factos e em evidências verificáveis como abstrair-se do que a comunidade pensa.
Tudo o que não aconteceu ao longo do processo Casa Pia, marcado desde o início pelo justicialismo primário e pela construção de uma narrativa sobre a culpabilidade nos media. Oito anos passados, a única consequência palpável deste processo é que têm sido somadas vítimas às vítimas de abusos sexuais. A última das quais é o próprio sistema de justiça.
Uma coisa é acreditarmos na culpa ou inocência deste ou daquele arguido, outra é termos a certeza de que, em democracia, é impensável que alguém possa ser condenado apenas com base em prova testemunhal não sujeita ao escrutínio crítico, quando todos os outros elementos de prova ou não consolidaram os testemunhos ou contraditaram-nos mesmo. É mesmo um daqueles casos em que é preferível um culpado absolvido do que um inocente condenado. Mas não é apenas isso que está em causa.
É também um sentimento egoísta. Eu quero ter a certeza de que se um dia alguém apontar o dedo aos meus filhos, dizendo que eles cometeram um crime hediondo do qual estão inocentes, eles poderão defender-se e que a justiça estará do lado deles. E que nunca, em circunstância alguma, poderão ser condenados se não ficar claro como cometeram o crime, em que dia, em que lugar. Tudo o que seja diferente disto remete-nos para o reino da arbitrariedade e só pode causar perplexidade. Mas, acima de tudo, dá-nos boas razões para termos medo. Muito medo.

Custa-me muito ter de educar os meus filhos num país onde a justiça funciona assim.

publicado na edição de 11 de Setembro do Expresso.
posted by pedro adão e silva

LISBOA





Lisboa
Esbelta como um puro
sangue do Ribatejo
seu rosto tem os traços de todos nós
foi buscar seus cabelos às searas do Alentejo
prende a nossa memória no seu sorriso matreiro
foi mãe abençoada, nas conquistas de além-mar
ensinou os marinheiros a ir e voltar
tem o Tejo a seus pés,
o Cristo Rei para a mirar de lés a lés
os bairros da cidade para lhe dizerem
o quanto formosa é
já foi coberta de ouro,
já a perfumaram com especiarias
foi rufia, ardina, varina
monárquica, republicana e democrata
nunca se cansa de tanto turista a enlevar
ergue seu manto na nobreza dos monumentos
vestida nas calçadas de rara beleza
mostra a bandeira com orgulho de ser portuguesa
a cultura do povo nos seus fados apregoa
de quem se fala,
só pode ser Lisboa
Filomena Martins


Beethoven "Moonlight" Sonata op 27 # 2 Mov 3 Valentina Lisitsa

O GALINHEIRO


Nós galináceos, por sabermos que galinha solta é bagunça e sujeira certa, com poleiros imundos, pena e titicas voando pra todo lado, decidimos organizar-nos em forma de galinheiro, todo cercadinho e bem cuidado, de acordo com as disposições que seguem:
I. O galinheiro é das galinhas, e sua função básica é garantir a soberania do galinheiro, a liberdade, a educação e a saúde de cada um dos membros da comunidade, sejam eles galos (inclusive os de briga), sejam galinhas, sejam galinhas-d’angola, sejam frangos, sejam pintos.
II. Para assegurar que o galinheiro possa ser o lugar que se espera dele, atendendo às necessidades do conjunto das galinhas, estas escolherão, em eleições livres e democráticas, representantes entre as raposas, para tomar conta de tudo.
III. Ou seja, a função das raposas é tomar conta do galinheiro.
IV. Para garantir que as raposas façam um bom trabalho, serão eleitas outras raposas para fiscalizar as primeiras raposas. A toca em que as raposas se reunirão para votar leis e vigiar as raposas governantes será chamada de Casa da Joana, em homenagem à heróica galinha de mesmo nome. Para que tudo funcione direitinho, haverá rotatividade entre as raposas, com as raposas que governam alternando a sua função com as que fiscalizam, a cada quatro ou, no máximo, oito anos.
V. Às galinhas é facultada a posse de asas, mas é vedado o voo. As raposas, que nem asas têm, voarão, quando necessário, para o exercício de suas funções, com passagens subsidiadas, que poderão ser transmitidas a parentes, inclusive surfistas.
VI. Para assegurar que o galinheiro viva em paz e segurança, e que as galinhas não voem, não roubem nem abusem do consumo de milho e quirera, as raposas criarão um serviço de vigilância, com câmeras fotográficas, bafómetros, cigarrometros e radares de diversos tipos.
VII. A privacidade das galinhas é um direito essencial. Dessa forma, desde já se avisa que elas podem estar sendo filmadas ou tendo suas conversas gravadas.
VIII. Para que os serviços prestados pelas raposas possam ser executados a contento, serão cobrados, das galinhas, impostos, taxas e contribuições, temporárias ou permanentes. O montante a ser pago deverá equivaler a um ovo em cada três.
IX. As galinhas que não pagarem os impostos serão promovidas a frango assado.
X. Se alguma riqueza for descoberta no subsolo do galinheiro, ela pertencerá a todas as galinhas. Para garantir que o produto da descoberta beneficie todo o galinheiro, ela será explorada com exclusividade pela Petrogalo, empresa pública administrada pelas raposas.
XI. A arte, a crítica e o livre-pensamento devem ser incentivados pelas raposas por intermédio de fundos especiais de apoio à criatividade das galinhas. Já está programada, para este ano, uma peça de teatro baseada na obra educativa do chicken mac nugget George Orwell, que mostra claramente que as galinhas só podem confiar mesmo é nas raposas.
XII. Para compensar a dívida histórica com as galinhas-d’angola, cujos antepassados foram trazidos para o galinheiro de certa forma, por assim dizer, a contragosto, as raposas determinam que haverá um sistema de cotas para estas, de forma que, de cada dez frangos assados de padaria, canjas ou yakisobas de frango, dois terão que ser preparados com aquelas galinhas.
XIII. Se acontecer, por acidente, de brilhar a estrela de uma galinha e ela ser eleita, no meio das raposas, para tomar conta do galinheiro, as raposas deverão providenciar uma cirurgia urgente para que essa galinha seja transformada em raposa. Não importa, aliás é até bom, que por fora ela continue a parecer-se com uma galinha, pois assim ela será uma raposa ainda melhor. Além disso, a raposa que permanecer em cargos eleitos por mais de 30 anos, mesmo que esteja mais suja do que pau de galinheiro, ganhará imunidade contra qualquer acusação, pois terá, a seu favor, a história.
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André Caramuru Aubert, 47, é historiador e também trabalha em tecnologias . O seu e-mail é acaramuru@trip.com.br