03 novembro 2006

Outonais depressões

Pacheco Pereira anda muito deprimido por causa das nuvens cinzentas que lhe toldam o horizonte e tambem, vá lá, do elevado grau de humidade ambiente que se faz sentir. Não nos parecia ser o insigne intelectual tão dado a estados de alma resultantes da situação meteorológica, mas veio em extenso texto derramar sobre todos nós o presente e plumbeo Outono/Inverno quase como uma consequência das desgraças da situaçao política. Se não surgirem depressa rosáceos ocasos e alvoradas bem alanjaradinhas, o homem dá em maluco.

02 novembro 2006

Jardim no seu Esplendor

Acabo de assistir à peixeirada jardinesca que a RTP organizou, pensando que assim prestaria um serviço público à Nação. E terá prestado se admitirmos que expor o homem, em todo o seu esplendor, mais próximo daqueles que têm ajudado a manter as suas megalomanias (ninguem pode negar que há boa obra feita), talvez tenha valido a pena. De qualquer forma foi um momento insano em termos de discurso e comportamentos que acrescentaram mais uns ponts à descrebilização da política. Quase uma hora a ouvir o senhor é doloroso! É que o cavalheiro, juntando grande dose de tolice vangloriosa, escarnece, insulta e achincalha naquele ar arremengado que nauseia e indigna. Valha-nos Deus!

O PACHEQUISMO FRUSTRADO

O Maoista
Do alto da sua soberba, Pacheco mira o mundo e fulmina todo o terráqueo que mexe e não alinha com os seus propósitos, seus desígnios político-partidários, nem segue reverente a sua palavra evangelizadora. Antes era o Mao agora é o carapau... Antes o modelo de sociedade que o troca-tintas defendia era o da Albânia!!! Agora é o das tias de Cascais...
Como todos os intolerantes procura, com aquela habilidade de palrador encartado disfarçar um radical facciosimo que o leva a fazer dos jornalistas (que parece ignorarem a sua verborreia) inimigos de estimação. O homem fica de cabeça perdida quando não consegue interferir com alinhamentos de telejornais nem condicionar o trabalho individual dos jornalistas! Esperem que o homem ainda poderá ser um dia o ministro da Informação. Anda a fazer o tirocínio.


Doutorolândia em Causa

António Pires de Lima, o jovem e brilhante gestor responsável pelos destinos de uma grande empresa, instituiu (se assim se pode dizer) nessa empresa, entre outras coisas interessantes, tratamento pelo nome do seu pessoal sem o recurso à pomposidade do sr doutor ou sr engenheiro. Talvez esta nova geração queira e consiga dar a volta a isto! E isto é a "doutorolândia" em que estamos atolados: ricos em títulos e indigentes em competências. Curioso foi como um importante cidadão espanhol, que vive entre, nós se referiu a esta problemática, quando perguntado, no programa "Prós e Contras" da RTP sobre as causas do "nosso atrazo", respondeu desta forma singela (fazendo salamaleques) : sr doutor...sr engenheiro... E pronto, todos se riram a bandeiras despregadas, a maioria deles doutores e engenheiros. PIRES DE LIMA à Presidência, nem que seja a de um CDS refundado e robustecido.

Requintes de Malvadez

Vai longe o tempo em que se dizia que os comunistas "davam" a tal injecçãozita atrás da orelha dos velhinhos para se livrarem desses impecilhos. Parece que nunca se provou essa maldade! Porem, Socrates, socialista moderno, tecnológico e despido de teorias marxistas, resolveu exterminar velhinhos, pernetas e tudo que cheire a reformado inválido, de forma menos radical e mais sofisticada: reduz-lhes a "ração" e o dinheirito para recorrerem ao médico e à Farmácia e o "extermínio" será assim executado de forma célere e com requintes de malvadez. Nada como votar em socialitas modernos, impiedosos mas insuflados daquela compaixão condoída dos gatos-pingados.

Vou Dar à Tramela

Começo por dar à tramela apresentando-me como alguem que gosta de dar uns palpites e que vai usar este espaço para "dizer que sim mais que tambem", dar descasca ou dar gaitada, sugeitando-me a apanhar para capote e não ficar a chorar malaguetas curtidas. (Desculpem lá este linguajar do lugar mais lindo do mundo, a Ilha Terceira, terra de "João Ilheu" e terra dos meus amores! Sou madurinho de idade e tenho uma familia bonita que consola. Não tenho inimigos de estimação. Sou irascível mas meigo se me tratarem bem. Tanto me comovo até às lágrimas, como praguejo que nem um carroceiro. Sou um sonhador inveterado e até estou convencido que me vai sair 0 euromilhões. No fundo sou como a maioria dos portugueses que andam por aí a arrastar os pés, uns ranhosos, outros manhosos e muitos pedantes, com uma minoria de refastelados sempre com o patriotismo na ponta da língua e os fundos nos paraísos fiscais... Sou, como julgo ser a maioria silenciosa, Iberista. Iberista cheio de optimismo porque penso estar a situação madura para que os nossos netos corrijam essa insensatez humana que nos confinou neste cantinho indigente. Por aqui me fico e... Haja saúde.