12 maio 2009

CASA PIA - INTERVENÇÃO MUITO DURA DE SÁ FERNANDES

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A Defesa de Carlos Cruz acusou ontem o Ministério Público de estar a "esconder a verdade", considerando que o espírito da Inquisição "sobrevive" no julgamento de pedofilia da Casa Pia.
"Este julgamento não tem a ver com um julgamento num País democrata. A Inquisição não faria melhor", disse Sá Fernandes, culpando o Ministério Público pela criação de "monstros judiciais" por não fazer a "pedagogia da racionalidade". "O País vive num lamaçal. Ninguém sabe o que é verdade e o que é mentira, ninguém faz avaliação de factos. É um grande problema da sociedade e da Justiça", declarou o advogado de Cruz, referindo-se expressamente aos "acontecimentos da última semana", numa alusão ao processo Freeport, e em comparação com o processo Casa Pia. "Jesus Cristo também foi condenado na opinião pública", acrescentou.
Apesar de se ter dirigido ao procurador João Aibéo, que se manteve sereno perante as críticas do advogado, Ricardo Sá Fernandes responsabilizou o magistrado João Guerra pela "tragédia" que considera ser o caso de pedofilia.
" A Justiça tem rosto e tem nome, não é justo criticar-se a Justiça em abstracto. Cometeram-se erros grosseiros e o principal responsável é João Guerra", afirmou, exaltado, Ricardo Sá Fernandes, considerando que a Acusação "partiu de teorias e depois tentou adaptar os factos a essas teorias". O defensor voltou a alegar que o processo é uma "fantasia adolescente" e manifestou-se convicto de que os juízes decidirão pela absolvição.
in CORREIO DA MANHÃ

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