12 novembro 2011

SEGURO - UM BRÓCULO POLÍTICO


caricatura de AJS
António José Seguro queria dar uma boa imagem de si e acabou por ser achincalhado por Miguel Relvas. Quando Seguro pediu a Passos Coelho que mantivesse um subsidiozinho para os coitados dos funcionários públicos ficou eufórico quando ouviu  Relvas a  abrir a porta a essa possibilidade e até parece ter posto os spin do PSD ao serviço do líder do PS. Durante dois dias o PSD (dominador dos media) consentiu que  Seguro fosse a vedeta dos jornais. Só que,  em pleno debate, o mesmo Relvas puxou o tapete a Seguro e deu-lhe com uma almofada quando afirmou que não havia almofadas para aumentos da despesa. Entretanto Relvas iniciava uma batalha de almofadas e o pobre do Seguro estatelou-se no chão, sem ter uma almofada para lhe amparar o traseiro.
Seguro permitiu a revisão do acordo com a troika pelos partidos do Governo e sem (aparentemente) ter sido ouvido, admite que o governo faça uma interpretação extremista dessa segunda versão do acordo, permite que o nome do seu partido continue a ser usado como um dos partidos da troika e,  no fim,  ainda aceita um OE digno de Salazar.
Os funcionários públicos, os trabalhadores portugueses que irão para o desemprego, as vítimas das medidas brutais desta pinochetada orçamental não têm nada que ver com as ambições de Seguro, com as suas preocupações em relação à imagem, com as suas relações de amizade com Passos Coelho ou com o facto de não possuir qualquer qualidade política que o aproxime de  Sócrates ou de outros anteriores dirigentes do PS.
 O que esses portugueses viram foi um PS que soçobrou perante a direita, que não teve  coragem de apoiar, nem de chumbar o OE,  acabando por votar de forma cobarde ao abster-se.
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