07 novembro 2011

Quando oiço Cavaco Silva dizer: «só a união de todos pode atenuar os sacrifícios que se pedem aos portugueses», ou «os próximos tempos podem ser insuportáveis para alguns dos nossos concidadãos», quando antes, para derrubar o anterior governo, disse precisamente o contrário: «há limites para os sacrifícios que se exigem aos portugueses», até me dá arrepios. Salta-me a tampa, literalmente.Cavaco Silva não tem moral para dizer nada sobre sacríficios a pedir aos portugueses. Cavaco Silva é o principal responsável pelo momento que Portugal atravessa. Porque está há mais de 20 no poder. Porque moldou o rumo do país no pós-integração na EU, quando o dinheiro chegava a rodos. Porque deixou atrás de si um rasto de colaboradores a contas com a justiça, com acusações das mais diversas. Porque não faz um único sacrífio pelo país, chegando ao ponto de viajar para o Paraguai com uma comitiva de 23 acompanhantes (Populismo? - uma treta!). Porque nunca se norteia pelo sentido de Estado, nem de interesse nacional, mas por interesses pessoais e comezinhos. Cavaco Silva não é um Presidente da República, é o coveiro-mor desta choldra kafkiana.

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