08 novembro 2011

O CALADO VENCE SEMPRE




Enquanto durar a missão em Portugal Comissão Europeia manda calar enviados da troika a Portugal” (…) este silêncio constitui “a prática habitual”. “Quando as discussões estão em curso, não é sério criar um segundo fórum de discussão público”, disse o porta-voz de Olli Rehn, comissário europeu responsável pelos assuntos económicos e financeiros.
As televisões apressaram-se a divulgar a decisão, geralmente em tom crítico, certamente lembradas do “festival” que foi a primeira visita e a primeira conferência de imprensa da troika que tanto deslumbraram os jornalistas, já não falando no Memorando – tão louvado na altura pelo rigor, sistematização, tudo com prazos, metas, etc., – afinal cheio de lacunas e em alguns casos inaplicável (vidé caso da TSU, remetida par a “gaveta”).
Habituados que estamos em Portugal a que grande parte das notícias que lemos se baseiem em declarações (em on e em off) que depois são comentadas e reproduzidas dias a fio em noticiários a fio, aguentar duas semanas de troika calada enquanto analisa o cumprimento do Memorando, é demais para os portugueses e, sobretudo, para os jornalistas.
Mas não desanimemos. A troika pode não falar mas haverá sempre quem se encarregue por ela de fornecer umas dicas e descobrir algum “buraco” extra, senão “colossal” talvez “descomunal” ou coisa assim.
O que significará que uma troika calada acabará por produzir um ruído ainda maior do que se falasse.

 

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