07 novembro 2011

NÃO HÁ FONTES COMO AS DO PRF.MARCELO

 

“Não estamos em época de ter dois professores em sala de aula”, estimou Nuno Crato
Hoje, ao ouvir o professor no seu comentário dominical na TVI dizer que telefonou ao ministro Nuno Crato para saber o que se passa com a supressão da disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no 9.º ano, anunciada pelo ministro na entrevista que recentemente deu ao Público, e que este lhe explicou que é apenas uma ideia (cito de cor), confirmei o que escrevi no post anterior: ”os jornalistas que se cuidem” porque hoje em dia os ministros e outras fontes bem colocadas preferem explicar-se perante comentadores como Marcelo e Marques Mendes do que perante jornalistas.

Aqui há uns meses escrevi aqui que não há fontes como as do professor Marcelo. Estávamos então no advento da formação do actual governo e o PS não tinha ainda eleito o seu novo líder mas o professor já dava notícias em primeira mão sobre o futuro governo.
Já era uma originalidade portuguesa ter ex-líderes de partidos como comentadores residentes em televisões, que escolhem os temas sobre que querem falar em espaços que lhes são pessoalmente atribuídos.
Mas a originalidade é ainda maior quando esses comentadores não se limitam a comentar: dão notícias em primeira mão, citando fontes que são também seus ex-colegas de partido e em alguns casos de governo.
Não há mal nisso, é claro, pelo contrário, sempre se vão sabendo umas coisas para além daquelas que os jornalistas vão relatando. Noutras “bandas” chamar-se-ia a isto promiscuidade. Por cá é uma espécie de comentário, aqui e ali travestido de “jornalismo”.

Sem comentários: