12 novembro 2011

ISTO É UMA GUERRA DE RICOS CONTRA POBRES

Isto é uma guerra dos ricos contra os pobres e a pandilha de Pedro Passos Coelho está a vencê-la
A frase original não é minha, mas faz todo o sentido adaptá-la aos dias que vivemos.
Mesmo que os dotes de oratória do primeiro-ministro conseguissem convencer-nos do contrário,
o que não é o caso, a verdade é que está a ser delineada uma guerra que, em última instância, tem como objectivo aumentar as desigualdades sociais e cavar um fosso cada vez maior entre ricos e pobres através da transferência de dinheiro dos segundos para os primeiros.
Ao mesmo tempo que se
esbulha funcionários públicos e reformados em 14% do seu vencimento anual, os detentores das grandes fortunas não pagam um cêntimo que seja para a resolução da crise.
Ao mesmo tempo que se esbulha funcionários públicos e reformados em 14% do seu vencimento anual, os grandes grupos económicos vêem ser criada uma pequena taxa adicional de apenas 5%.
Ao mesmo tempo que funcionários públicos e reformados são espoliados em 14% do seu vencimento anual, os detentores do grande património continuam sem qualquer tipo de taxação.
Ao mesmo tempo que funcionários públicos e reformados são rapinados em 14% do seu vencimento anual, os Bancos – principais causadores da crise – continuam a não pagar impostos e ainda se dão ao desplante de querer
abocanhar, sem condições, os milhões da Troika que todos nós vamos pagar.
Ao mesmo tempo que funcionários públicos e reformados são usurpados dos seus direitos mais básicos, todos aqueles que ganham milhões
em mais-valias bolsistas e dividendos continuam a rir-se do esforço que os outros fazem.
Ao mesmo tempo que tudo se ratoneia aos mais pobres, tudo se perdoa aos mais ricos.
Ao mesmo tempo que as Micro e Pequenas e Médias Empresas vão sobrevivendo como podem, o Grande Capital esconde o seu dinheiro nos off-shores e paraísos fiscais e sai da crise ainda mais rico do que antes.
Ao mesmo tempo que todos os sectores públicos sofrem cortes, o dinheiro disponível para consultorias e pagamento de projectos, sabemos nós a quem, vai aumentar.
Ao mesmo tempo que todos pagam os bens de primeira necessidade mais caros através do IVA, os produtos de luxo continuam sem qualquer tipo de aumento fiscal.
Ao mesmo tempo que as escolas públicas se debatem com dificuldades cada vez maiores, as escolas privadas vêem crescer o quinhão que generosamente recebem do Orçamento de Estado.
Os exemplos podiam continuar. Mas a verdade, sem querer desculpar Pedro Passos Coelho, é que ele não é o principal culpado. O primeiro-ministro não passa de um peão, devidamente instrumentalizado pelos chefes da pandilha que nos governa. Todos eles estão conscientes de que a guerra só será vencida quando os portugueses forem reduzidos a uma condição de quase escravatura e quando todos os os europeus estiverem a receber
ao nível dos chineses. Estas medidas são apenas a forma de chegar lá.
Como diz acima o
Tiago, os ricos protegem-se entre si quando chegam ao poder. Porque há uma guerra a travar. E infelizmente, por muito que nos custe, são eles que neste momento estão a ganhar essa guerra.






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