Mário Mesquita deixa o PÚBLICO
MÁRIO MESQUITA anunciou ontem na sua habitual crónica dominical,"Palcos da Discórdia", que vai deixar de escrever no Jornal PÚBLICO!! Uma perda irreparável para o Jornal em questão e seus leitores habituais, que assim deixam de contar com a douta palavra de um dos jornalistas mais cultos e sérios que escrevem na imprensa portuguesa. As razões:
- "O director deste jornal, José Manuel Fernandes, manifestou-me esta semana as suas dúvidas acêrca da compatibilidade entre as funções de membro do Conselho Executivo da Fundação Luso-Americana, que vou assumir em breve, e a condição de colunista do Público. Do meu ponto de vista, não me parece haver qulquer incompatibilidade no plano ético ou jurídico (...) Com a verticalidade que se lhe conhece, o Professor Universitário MÁRIO MESQUITA, o combatente da imprensa livre em Portugal, decidiu desde logo abandonar o PÚBLICO e (acrescento eu) deixar o neo-conservador de pacotilha, pró-americano faccioso, a falar com as paredes...
De qualquer modo é uma notícia que confrange, particularmente por uma pessoa menor ousar pôr em causa a dignidade de alguem com o passado de luta pela credibilização da comunicação social, designadamente como director do Diário de Notícias , onde marcou, de forma indelével, a feição pluralista da imprensa no regime democrático ainda titubeante. Quem viveu esses tempos não esquece e tem parâmetros para enquadrar bem estas situações. Mário Mesquita parece ser uma pessoa serena e bem disposta, como ficou evidente nas palavras de despedida...Esperamos muitos encontros em tribunas mais dignas da sua grandeza humana e profissional. Para o PÚBLICO de Domingo foi um tiro no "porta-aviões". Por lá ficarão criadores de "Tintins" que não conseguem alcançar o talento do "Milu" e... o que mais se verá. Se houver pachorra para verificar, atendendo a que estas manhãs frias de Inverno não convidam ao sacrifício do encontro com o disparate quase certo.
1 comentário:
Estou de acordo genéricamemte.Mesquita é vítima de mau perder do director do Público que esperava algum reconhecimento pelo alinhamento algo acéfalo pela política de Bush. Agora que se fala na sua saída do Público, a Fundação era um respaldo que acalentaria. Só que os americanos, parecem, mas não são parvos...
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