17 outubro 2009

O PSD ANDA À CATA DO LÍDER/MESSIAS?


Não basta mudar de líder. O PSD mudou de líder 3 vezes nos últimos anos e não adiantou nada. As eleições directas não podem servir apenas para mudar de líder, têm de ser muito mais do que isso. Quando o PS fez as directas que leveram Sócrates à liderança, havia 3 candidatos - Sócrates, Alegre e João Soares- todos eles com projectos diferents. Esses projectos, para o país não para o partido, definiam 3 lihas de rumo diferentes, foram discutidos pelos candidatos em debates nas televisões e em debates internos abertos ao público. Só depois se procedeu à eleição. Sócrates foi eleito porque os militantes maioritariamente preferiram o seu projecto aos dos outros. Veio daí a sua força, que o levou depois a ganhar eleições no país. O problema do PSD é que os vários candidatos que têm surgido parece nunca terem apresentado um projecto claro, diferente. E enquanto não discutirem o que pretende cada um dos candidatos que se apresentar a eleições directas, tanto faz Passos Coelho ou Marques Mendes ou Ferreira Leite ou Marcelo ou Menezes ou Santana, porque não se vê a diferença entre eles e não se percebe o que pretende cada um para o país.
Continuarão por certo a cultivar a ideia do mítico líder iluminado que os levará à Terra Prometida, resquícios ou nostalgias de um salazarismo bacoco que parece viver incólome na alma do PPD/PSD. Para alimentar o equívoco até a triste figura de Santana Lopes tem servido. Esta é que será a realidade do PSD: uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. E urge que a alternativa séria surja límpida do emaranhado das contradições em que as gentes do PSD vivem mergulhados.
"O PSD pode entreter-se com a Manuela, o Pedro, o Marcelo ou
o Rato Mickey. Sem decidir para onde vai, arrisca-se a ficar
onde está. Entalado e perdido"
João P.Coutinho C.M.

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