26 janeiro 2010

MORDER A MÃO QUE LHES DÁ DE COMER

Anda por aí uma polémica porque alguns pilotos da TAP terão tido conversas pouco abonatórias para a empresa no Facebook.É natural que uma empresa, ou patrão, não aprecie ser publicamente denegrida, com razão ou sem ela, por aqueles a quem paga salário e que têm o dever de a defender.Não sabemos se a TAP censurou os seus pilotos por este facto. O que se sabe é que decidiu proporcionar formação ética aos seus quadros e há quem veja nisso um atentado à liberdade de expressão dos pilotos. Mas não é disso que se trata.Quem trabalha por conta de outrem tem o dever de lealdade para com o empregador. Em Portugal, sobretudo no sector público, esta lealdade é quase sempre desvalorizada como atitude careta, quando não simplesmente apodada de graxa. Porém, quem morde a mão que lhe dá de comer não é de confiança.Muitos admiram-se porque a competitividade do país anda pelas ruas da amargura, mas o que se observa é demasiada tolerância com os vícios que a põem nesse estado.
E como o sindicalismo em Portugal opera numa lógica de agitação tendente à destruição do sistema capitalista, conforme missão suprema de comunistas e afins, é lamentável que classes profissionais com aparente capacidade para compreender o fenómeno se prestem a colaborar alegremente, facebookando contra a empresa que os trata principescamente (que me desculpem se estou enganado).

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