25 novembro 2006

Os Dilemas de Manuel Alegre

Vital Moreira estranhou que Manuel Alegre se tenha prestado a apresentar a biografia do pretendente ao trono do reino de Portugal e tambem por na ocasião ter usado o tratamento monárquico de "Dom" Duarte. E porque terá admitido mesmo a possibilidade de promover um referendo que possa,eventualmente, colocar o candidato no trono. Por certo que o nosso poeta da Praça da Canção estará zangado com a República, mas tambem com a avó Beatriz que presidia aos comícios em ALMA, representando seu avô Geraldo, chefe da Carbonária e fundador da República. A avó Beatriz que levava mesmo o pequeno e futuro poeta às reuniões da Carbonária, onde os republicanos presentes lhe dispensavam grande atenção, um quase respeito, tratando-o por príncipe herdeiro. Atavismos de republicanos desses tempos a quem não passaria pela cabeça que o pequeno viria a ser gente grada ao serviço da República,incluindo a candidatura à presidência do regime pelo qual o avô Geraldo tanto lutou. Porque evocamos aqui memórias de Manuel Alegre, dessa infância donde vêm as imagens e as emoções que norteiam a vida, o poeta terá tambem presente a memória do pai Lourenço de Faria, que era monárquico! Será curial perguntar ao Vice-Presidente da Assembleia da República se é da "carbonária" ou da "monarquia"? É justo que pensemos não ter Manuel Alegre dilemas desses, mas não se afasta das nossas cogitações que o celebrado Movimento da Cidadania possa ser o embrião de um "Movimento Dom Duarte ao Trono (MDDT).

1 comentário:

mch disse...

Puxa vida!
MDDT e MIC! Que imaginação a sua.
Não se esqueça que os monárquicos são os detentores da herança democrática integralista