CATARINA PORTAS
Estamos em presença da edição de Dezembro/Janeiro da Monocle, uma das revistas-referência da modernidade, um monumento mensal do melhor jornalismo que se faz por aí. Raras vezes o verbo reportar fez tanto sentido no mundo da imprensa - e a Monocle, mais do que investigar, denunciar ou perseguir, fez do sucesso uma causa e do olhar positivo uma bandeira.Para conceber mensalmente a revista, o seu líder (mais do que um director, é de um líder que se trata), Tyler Brûler, montou uma rede de contactos, informação e informadores de alta qualidade (além das viagens que ele próprio faz permanentemente), que lhe permitem fazer as escolhas que resultam nas apostas informativas da Monocle.Basta ler uma edição para se perceber o “muito trabalho” que está por detrás de cada página – e a dedicação, o cuidado, o rigor, postos na edição da revista.Bom, esta edição dupla de Dezembro/Janeiro, a maior de sempre nos 3 anos de vida da revista, apostas nas receitas para um 2010 melhor, mais feliz, com sucesso. E entre as muitas matérias que oferece ao leitor, inclui uma escolha de 20 heróis, 20 figuras “who deserve a bigger stage”. Há empresários, designers, jornalistas, políticos. Uma escolha dos 20 que vale a pena seguir, em quem vale a pena apostar.Uma dessas vinte figuras é portuguesa. É a Catarina Portas. E por mais que se possa menorizar esta “eleição” dizendo que resulta apenas da opinião de uma revista, qualquer cidadão bem informado sabe que uma "lista" da Monocle não é uma escolha qualquer – é efectivamente uma relevante menção, eu ousaria dizer que é um importante prémio. Com o seu dedicado e apaixonado trabalho no projecto Vida Portuguesa (e também nos Quiosques lisboetas), na filosofia subjacentes a ambos – revitalizar e manter identidade nacional, valorizar o melhor que já fizemos e resiste -, Catarina Portas está efectivamente entre os melhores de nós.Como de costume, cá dentro ninguém releva tal facto. Felizmente, lá fora compensa-se
O texto supra é de Pedro Rolo Duarte, que transcrevemos com ligeiras alterações, pretendendo nós celebrar a revista em apreço e registar o detaque que a dita Revista deu a uma das mulheres portuguesas mais interessantes. Até porque a Catarina Portas é linda, seja qual for a perspectiva da apreciação. Embora por cá os nossos enfatuados andem sempre muito distraídos e só atentos ao secundário e irrelevante.
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